‘Nós devemos procurar a Marina’, defende Tarso Genro

Governador eleito do Rio Grande do Sul e interlocutor político privilegiado do Palácio do Planalto, o ex-ministro Tarso Genro (PT) defendeu nesta segunda-feira (4), em entrevista em Porto Alegre, a aproximação imediata da candidatura de Dilma Rousseff com a ex-candidata Marina Silva (PV), terceira colocada no pleito presidencial.

“Creio que nós devemos procurar a Marina, devemos conversar com ela, e o método como vai fazer e as pessoas que irão fazer é o que vai ser analisado nessa reunião”, disse Tarso, em referência ao encontro convocado pela coordenação da campanha de Dilma para a tarde de hoje (4) em Brasília com governadores e senadores eleitos .

Com o aval de quem ocupou quatro pastas no governo Luiz Inácio Lula da Silva, duas delas de caráter político (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e Relações Institucionais), Tarso fez elogios à senadora e se dispôs, inclusive, a ser o interlocutor da campanha de Dilma perante a senadora do Partido Verde.

“Se a coordenação [da campanha] me der essa tarefa, farei com o maior prazer. Porque conheço a Marina há mais de 30 anos, nós militamos juntos na clandestinidade, e além disso somos amigos pessoais. Eu adoro a Marina. Do ponto de vista pessoal, gosto igualmente da Marina e da Dilma”, afirmou Tarso, eleito em primeiro turno com 54,35% dos votos válidos.

O ex-ministro também procurou reforçar o que diz ser uma maior identificação de Marina, ex-petista e ex-ministra do Meio Ambiente de Lula, com o projeto governista.

“Sei que é uma pessoa que tem muito mais afinidade com o projeto que Lula e Dilma representam do que com o projeto que o Serra [José Serra, candidato do PSDB à Presidência] representa”, afirmou.

Tarso atribui queda de Dilma a “bombardeio” contra candidata
Em público, o governador eleito do Rio Grande do Sul disse que não irá levar sugestões para a campanha de Dilma porque seria “precipitado”, mas, questionado pelo G1, não se furtou a dar sua avaliação sobre o resultado da campanha para o governo, inferior ao que apontavam pesquisas recentes.

Disse que houve uma “ofensiva pesada, monocórdica, quase totalitária” contra a candidatura da situação. Embora isente Dilma de responsabilidade, apontou os episódios da quebra de sigio fiscal de tucanos, as denúncias de irregularidades na Casa Civil e afirmações sobre a suposta falta de religiosidade da candidata como fatores que, afirma, motivaram migração de votos da candidata petista para Marina, senadora de fé evangélica.

“Primeiro foi a questão do Imposto de Renda [quebra do sigilo fiscal de tucanos], que se esvaziou, não tinha nenhuma prova. Segundo foi a Casa Civil, que até agora não tem nenhum dado que longinquamente vincule a Dilma a qualquer irregularidade que tenha sido cometida lá, e parece que foi. Em terceiro lugar foi essa questão de natureza religiosa, que teve efeito de levar à perplexidade determinados setores que estavam apoiando a candidata [Dilma]”, disse Tarso.

O governador eleito, contudo, afirmou que a candidatura de Dilma é “muito forte” e disse estar “na ponta dos cascos” para uma “grande ofensiva política”.

Governador eleito defende “ajustes no discurso” da campanha de Dilma
Tarso também deu amostras das sugestões que levará à coordenação da campanha, ao afirmar que ajustes de discurso político” serão necessários na campanha do segundo turno.

“Os ajustes de discurso político deverão ser feitos porque agora é uma candidatura que se reporta exclusivamente a um adversário, que também tem sua origem, ideologia política, esteve no governo, tem sua avaliação da população”, afirmou Tarso, sugerindo uma busca por maior polarização no segundo turno.
G1
Rizzolo: É impossível que alguém como Marina Silva que teve um passado de luta no PT, acabe se transformando numa agente da política conservadora desse país. Marina deve ser coerente com seu passado de luta, sua história, e deve de uma vez por todas ela sim fazer uma “mea culpa” e apoiar Dilma no segundo turno. A questão política em São Paulo não é de fácil compreensão, existem núcleos conservadores, e não me refiro à vitória de Alckmin. Observem que jamais ataquei Geraldo Alckmin, até porque entendo que o Geraldo Alckmin foi mais uma vítima de Serra e sua trupe, foi isolado e humilhado, e mais, Geraldo pode se tornar mais socializado, menos neoliberal, ou seja possui “recuperação ideológica”. Em outras palavras, Geraldo sempre foi o que é, mas pode melhorar, agora Marina, precisa fazer uma reflexão do seu passado e ver até que ponto ela efetivamente a cada dia que passa se torna um instrumento do conservadorismo a serviço do Serra. É isso que ela quer ?? Acho que não não é, tampouco seus eleitores assim desejam.

Fernando Rizzolo candidato a Dep.Federal fala de Sonhos e Esperanças.

Fernando Rizzolo 3318 candidato a Deputado Federal por SP. Divulgue este vídeo e ajude o Rizzolo a chegar lá !!

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DÊ UMA CHANCE AO RIZZOLO !! ESTAMOS NA RETA FINAL, MULTIPLIQUE O SEU VOTO, DIVULGUE O NOME DO RIZZOLO ENTRE SEUS AMIGOS, FAMILARES,VIZINHOS, E VOTE FERNANDO RIZZOLO 3318 PARA DEP. FEDERAL, UM CANDIDATO DE OPINIÃO, PREPARADO, O VERDADEIRO VOTO DA RENOVAÇÃO!!


Foi no ano passado, não me lembro bem do mês, que através de um telefonema recebi um convite para ingressar na política. É claro que ao receber o convite de um partido, mesmo sendo pequeno, ponderei sobre qual poderia ser meu papel na política brasileira, além dos meus textos, da minha formação acadêmica, dos meus pensamentos e ideais de patriotismo.

Nunca exerci um mandato, nunca fui político, mas a sinceridade do convite feito pelo PMN (Partido da Mobilização Nacional) e a deterioração do Congresso Nacional me fizeram pensar que um nome novo como o meu, em face das inúmeras propostas minhas publicadas em mais de 800 artigos pelos jornais do país, dos meus livros que abordam a temática social brasileira e do meu passado íntegro, poderia somar, do ponto de vista político, a uma nova opção eleitoral. Assim sendo, aceitei. Sou candidato a Deputado Federal por São Paulo pelo PMN nº. 3318.

*Minhas propostas para educação, como Deputado Federal

Educação pública ISO 9000 : Um dia a escola pública já foi referência de ensino, quero novamente tornar realidade a qualidade do ensino público no Brasil, universalizando o atendimento público, gratuito, de qualidade e obrigatório na pré-escola, no ensino fundamental de nove anos e no ensino médio. Precisamos também, criar milhares de Escolas de Tempo Integral para assistir a população pobre. Portanto, necessitamos mobilizar gradativamente mais recursos para a educação pública, num patamar mínimo de 9% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB), para que possamos tornar viável a implantação disso tudo, além dos cursos profissionalizantes, em nível médio nas escolas públicas. Necessitamos ampliar em 20% ao ano, as vagas nas universidades públicas, sem contar com o essencial: pagar salários dignos aos professores da rede pública e particular.

*Minhas propostas para saúde, como Deputado Federal

Programa de Saúde SPS ( Saúde Preventiva Segmentada ): Não basta investir apenas no tratamento, precisamos investir em medicina preventiva segmentada, prevenindo as doenças de forma eficaz segmentando-a para os jovens, as crianças, as mulheres, os idosos, incidindo a prevenção nas doenças que mais atingem segmento por segmento. Lutarei também para um maior investimento federal na construção de novos hospitais no Estado de São Paulo.

*Minhas propostas para segurança, como Deputado Federal

Programa Segurança para Todos SPT: O programa segurança para todos possui duas vertentes principais: repressão ao crime organizado e educação de base. Hoje existe um consenso de que só remunerando os policiais com salários dignos poderemos implementar os demais programas, inclusive os de inclusão. Portanto reprimir de uma ponta o crime organizado com rigor e policiais bem pagos, e educar os jovens de outra, é a saída a médio prazo para a questão da segurança. Sou a favor também de um forte monitoramento na saída temporária dos presos, pois muitos ficam à mercê do crime organizado nessa circunstância.

*Luta pelo fim do fator previdenciário: Todos sabem da minha luta neste Blog pelo o fim deste fator perverso, assumo aqui compromisso com os aposentados que já me conhecem em intensificar essa luta.

* ENGAJE-SE : Peça votos, fale sobre o Rizzolo, distribua os “santinhos” do Rizzolo para os amigos, colegas de trabalho, de clube, de academia, de faculdade ou da sua igreja, para os vizinhos de sua rua, do seu prédio, do comércio no entorno e nas reuniões de família.

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FERNANDO RIZZOLO PARA DEPUTADO FEDERAL POR SÃO PAULO Nº 3318 , NA LUTA PELOS JOVENS, PELA PROTEÇÃO AOS ANIMAIS, PELOS DIREITOS DAS MULHERES E NA INTRANSIGENTE DEFESA DOS APOSENTADOS E DAS MINORIAS


“Um novo nome se faz com formação acadêmica, propostas, ética e sensibilidade, por isso eu apoio o Fernando Rizzolo para Deputado Federal”

Claudia Bonfiglioli, presidente da Casa Hope

DOAÇÕES

Um projeto político não é apenas um sonho de uma única pessoa, mas o resultado da ação organizada de muitas outras que se engajam nesse projeto. Como tudo na vida, exigirá meios e formas para que possa ser concretizado. Quanto mais pessoas dele participarem, mais ele atingirá os objetivos para os quais foi traçado: melhorar a vida das pessoas.

Isso implica a necessidade de levantamento de recursos econômicos, dentro da mais estrita legalidade. O meio que a Lei possibilita são as doações.

As doações feitas ao candidato a Deputado Federal Fernando Rizzolo serão utilizadas exclusivamente na campanha eleitoral, nos gastos com material para divulgação da plataforma de campanha e do próprio candidato e todos os demais gastos relacionados com a propaganda política e despesas de campanha, tais como: viagens, combustível, impressão de material, criação e desenvolvimento de temas, dentre outras coisas.

A ajuda dos eleitores e de empresas interessadas é importante para uma campanha política engajada com o meio social, sem gastos demasiados. Fernando Rizzolo pretende arrecadar recursos para realizar uma campanha ecologicamente correta em respeito a seus eleitores e em coerência com a sua plataforma.

Toda pessoa, física ou jurídica, que colaborar com a campanha política do candidato Fernando Rizzolo receberá, no endereço informado, um exclusivo Kit de campanha, como agradecimento pela colaboração.

As doações somente poderão ser feitas por meio de depósito na conta corrente do candidato Fernando Rizzolo.

O recibo eleitoral será emitido assim que o valor doado for creditado na conta bancária

DADOS PARA DEPÓSITO

Correntista: Eleição 2010 Fernando Rizzolo Deputado Federal
CNPJ: 12.179.144/0001-36
Banco Itaú Unibanco
Agência: 8576
Conta- 00004-9

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Alckmin e Mercadante defendem revisão das tarifas de pedágio em SP

SÃO PAULO – Os dois principais candidatos ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT), defenderam nesta quarta-feira, 7, a revisão dos valores das tarifas de pedágios nas estradas paulistas.

Alckmin, acompanhado pelo presidenciável tucano José Serra em Jundiaí, interior do Estado, disse que pretende revisar as tarifas de pedágio no Estado. “O que coloquei (em Campinas, na terça-feira) é que em alguns casos você pode ter uma cidade ou um bairro muito perto de uma praça de pedágio em que a pessoa percorre às vezes um período curto e paga a tarifa cheia, então esses casos nós vamos analisar, caso a caso, e vamos procurar reduzir”, afirmou.

Em São Paulo, Mercadante, junto à presidenciável pelo PT, Dilma Rousseff, prometeu renegociar os contratos de concessão de rodovias estaduais em São Paulo para reduzir as tarifas de pedágio. “Vamos negociar e diminuir o pedágio em São Paulo. As empresas não podem continuar tendo o lucro que têm hoje. Vamos acabar com o abuso dos pedágios. O preço do abuso será a derrota eleitoral (dos tucanos)”, criticou. “A gente começa a sentir o sabor da vitória”, disse, confiante. Ele também defendeu salários melhores para os professores e uma política intensiva de combate ao crack.

Alckmin esteve em Jundiaí ao lado dos candidatos ao Senado por São Paulo Aloísio Nunes (PSDB) e Orestes Quércia (PMDB), com quem passeou pelas ruas do Centro de Jundiaí, tomou café com leite, entrou nas lojas, tirou fotos e cumprimentou eleitores e fãs. Um grupo de professores seguiu o quarteto com uma faixa na qual estava escrito: “Serra mente para o povo. Educação pede socorro”.

Pouco antes de Serra chegar à cidade, Alckmin, acompanhado de Quércia, entrou na Catedral Nossa Senhora do Desterro durante uma missa. Os candidatos ajoelharam sob os flashes e após alguns minutos saíram. “Eu aprendi com o meu pai que você, sempre que entrar em uma igreja em que você nunca foi, você pode fazer três pedidos. Mas meus pedidos nunca são políticos”, disse Alckmin. “A tarefa política é nossa.”
agencia estado

Rizzolo: Essa questão do pedágio é realmente problemática. Ambos os candidatos possuem uma visão revisionista sobre o caso. Com efeito, precisamos rever os abusos, analisar cuidadosamente os aumentos, os contratos, e intervir nos trechos onde existe pedágio e pequenas cidades ou comunidades, trechos estes de passagem. O que causa espécie, é como isso não foi pensado antes, prejudicando assim grande número de pessoas.

” Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo ” PMN 3318

‘Temos candidato com bigode que vai fazer tremer o chuchu’, diz Marta

SÃO PAULO – O presidente Lula encerrou a maratona do 1 de Maio em uma manifestação organizada pela Central Única dos Trabalhadores em São Bernardo do Campo – a cidade do ABC Paulista onde construiu sua carreira de líder sindical. Foi um evento de forte coloração eleitoral.

Ao lado de Lula, no palco armado para shows musicais e que funcionou como um palanque improvisado, estavam a ex-ministra Dilma Rousseff, pré candidata do PT à Presidência, a ex-prefeita Marta Suplicy, que deve concorrer a uma vaga no Senado, e o senador Aloísio Mercadante, pré-candidato a governador. Os três discursaram.

Em seu pronunciamento, a ex-prefeita disse que os eleitores paulistas devem “dar um basta na tucanagem no nosso Estado” e apontou o nome de Mercadante como o encarregado de fazer a mudança. ” Temos um candidato com bigode, que vai fazer tremer o chuchu. O picolé vai tremer”, disse ela, numa alusão ao candidato tucano, Geraldo Alckmin, que na campanha presidencial ganhou o apelido de “picolé de chuchu.”

O presidente fez um balanço emocionado de seu governo e das conquistas dos trabalhadores, sem referências diretas às eleições e a nomes de candidatos. Ao final disse: “Para que isso continue, todos sabem o que devem fazer.”

agencia estado

Rizzolo: Eu pessoalmente não gosto de adjetivar as pessoas, entendo que a Marta nem precisava usar certos termos em relação ao Alckmin. Eleição se ganha com propostas, com nível e Mercadante tem tudo para enfrentar o candidato tucano, fazer alusão à Alckmin como “picolé de chuchu” o nível desce e a democracia empobrece.

A Cartela e a Virtude

O endereço era em Pinheiros, bairro de classe média em São Paulo. Quando chegamos, fiquei impressionado com uma placa luminosa que piscava como naqueles cassinos em Las Vegas. A curiosidade era muita – afinal, nunca havia entrado num bingo antes, e, como na vida precisamos conhecer de tudo um pouco, lá fui eu com uns amigos que, após muita insistência, conseguiram me convencer a conhecer a tal casa noturna, na época em que os bingos ainda eram legais.

Ao entrar, o ambiente era de fumaça, envolto numa expectativa quase ofegante e atenta por parte dos participantes, sentados em mesas redondas como se sugerissem a roda da vida. Senti algo estranho, certo desespero disfarçado naqueles que ali procuravam mais que diversão, mas uma possibilidade de ganho fácil. Dos que estavam comigo, todos jogavam, incluindo eu, à minha maneira, é claro. Apostava, sim, nos números de forma mental, ganhava e perdia numa dança mentalizada, mas não investia, não comprava cartelas. Talvez uma forma judaica, no bom sentido, de não perder dinheiro, até porque jogos de azar são proibidos no judaísmo e em Israel.

Observei também que a grande maioria das pessoas era composta de gente simples – donas de casa, trabalhadores humildes que muitas vezes se endividavam para sustentar a adrenalina do vício de jogar. Interessante notar que hoje, na nossa sociedade, vivemos um momento em que os valores que compõem a virtude e os bons costumes estão em plena batalha na sobrevivência pela ética. Se por um lado as medidas de cunho profilático e de saúde pública assentam-se como a lei antitabagismo ou como a lei de restrição ao consumo de álcool aos motoristas, por outro as medidas preventivas de saúde mental, da manutenção dos bons costumes ou do combate ao vício do jogo parecem estar demasiadamente enfraquecidas.

Observamos alguns apregoando a descriminalização das drogas, enquanto outros tentam, de todas as maneiras, revitalizar os polêmicos bingos, que já no passado levaram à desintegração várias famílias da periferia, vítimas insanas do vício contumaz. Com efeito, nas próximas semanas, o projeto que legaliza os bingos e caça-níqueis deve agitar os debates do Congresso – a bancada do jogo articula para que o projeto seja votado na segunda quinzena de outubro.

Na verdade, não há argumentação plausível para a implantação de uma estrutura predatória e desintegradora como a legalização dos jogos de azar no nosso país. Instituir o hábito do jogo levará os jovens desde cedo, com toda certeza, a instarem-se ao vício, promovendo no futuro um problema de saúde pública. Ademais, todos os antecedentes do bingo apontam para a criminalidade, a corrupção e a lavagem de dinheiro.

Temos que repensar o Brasil do ponto de vista da virtude, do bem, dos bons costumes, fortalecendo o espírito religioso, da prática dos esportes, e não nos deixar levar pela eterna disputa entre a virtude e o vício. Hoje, quando passo pela rua onde estava localizado o bingo, há uma velha placa escrita “aluga-se”. Não há movimento, não há jogadores, não há luzes piscando. Apenas a lembrança de uma sala esfumaçada, de olhares tristes e tensos, de pessoas cabisbaixas. Naquela noite, ao sair, lembrei-me de uma frase do escritor austríaco Karl Kraus: “O vício e a virtude são parentes como o carvão e o diamante”. Nessa questão, como brasileiros, temos que torcer para que a luz do diamante ilumine de forma intensa o nobre espírito do nosso Congresso, na inegável virtude dos nossos parlamentares.

Fernando Rizzolo

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A virtude e a formação dos jovens

A virtude é uma qualidade moral particular. Poderíamos dizer que é a força de se fazer o bem em seu mais amplo sentido; tolerância, honestidade, caridade e lealdade fazem parte deste elenco de qualidades que devem ser instiladas à sociedade e aos homens públicos.

Muitos foram os sábios que se ativeram ao estudo sobre a formação humana, sua moral, e a conduta mais correta nas relações do ser humano com seus semelhantes. De grande parte vieram as propostas de cunho religioso, norteando os caminhos da retidão, servindo como uma bússola aos discípulos que se encarregavam de propagar tais conceitos éticos na humanidade.

Por outro lado instituições mais refratárias, e empenhadas em fazer desta empreita uma verdadeira escola da moral surgiram, como a Maçonaria que deste o seu início cercou-se de homens comprovadamente éticos, e que preenchiam as características da virtude no seu mais amplo sentido. Mas porque estaria eu refletindo hoje sobre a virtude e formação do ser humano?

Vivemos atualmente um Brasil politicamente desprovido de ética, o Congresso Nacional tornou-se alvo de críticas e desaprovação do povo brasileiro, os jovens brasileiros não mais possuem referencial de valores políticos e sociais, e lhes faltam um norteamento ético-humanistico no tocante ao trato das coisas públicas.

Não é por menos que instruir a juventude brasileira através de fontes que primam pela virtude, se faz necessário até para que num futuro próximo, tenhamos uma safra vocações políticas despertadas pela real vontade de servir ao povo de forma íntegra, e não fazer do mandato um braço vil a serviço de seus próprios interesses.

Hoje infelizmente assistimos ao comportamento pouco virtuoso de grande maioria da classe política brasileira, que de certa forma – pelo mau exemplo- maculam os jovens que ainda estão em formação intelectual e do caráter. A naturalidade no mau uso do Erário Público, faz com que a juventude incauta passa a entender que não há nada de errado em faltar com os essenciais predicados da virtude, predispondo a uma inversão de valores corrompendo os alicerces da democracia e da liberdade.

Cabe aos educadores, religiosos e aos formadores de opinião, reascender, elevando a chama da boa conduta, relembrando as antigas aulas de Educação Moral e Cívica onde se discutia o Brasil dentro de um prisma de civismo e de patriotismo.

Fernando Rizzolo

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PT usará projetos de Lula como arma no segundo turno

O Diretório Nacional do PT preparou munição para os 15 candidatos do partido que disputam o segundo turno das eleições municipais. Eles e os cabos eleitorais petistas receberam um dossiê com todos os investimentos feitos e a fazer, até 2010, pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas cidades brasileiras, particularmente naquelas em brigam pela vitória no dia 26. Só o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem obras no valor total de R$ 503,9 bilhões.

O mesmo documento preparado pelo PT mostra a distribuição das bolsas do Universidade para Todos (ProUni), por município, onde estão os 10 milhões de empregos criados desde a primeira posse de Lula, em janeiro de 2003, o número de beneficiados pelo Bolsa Família, em cada município, repasses para saneamento básico, educação, dragagem de rios e assinatura de convênios que envolvem a construção de pequenos ginásios de esportes e centros de saúde nos mais longínquos lugares. O forte, mesmo, são as obras do PAC. Elas estão nos 15 municípios em que o PT disputa a reeleição.

De acordo com um petista que atua no Diretório Nacional, a idéia de fazer o resumo de todos os investimentos do governo nos municípios surgiu ainda no primeiro turno e foi reforçada agora no segundo. Havia, de acordo com ele, queixas de petistas de que não conseguiam levar para suas campanhas as bondades feitas pelo governo federal. O material foi então resumido e posto à disposição dos petistas, na página do partido na internet. Mas, para acessá-lo, é preciso que a pessoa seja filiada ao PT, pois exige senha e o número do documento de filiação.

De acordo com o trabalho de orientação para os candidatos petistas, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) passou de R$ 19,3 bilhões em 2003 para R$ 33,9 bilhões em 2007; a partilha da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (imposto do combustível) passou de R$ 322,1 milhões em 2004 para R$ 465,4 milhões em 2007; os recursos para a saúde saíram de R$ 13 bilhões em 2003 para R$ 19 bilhões em 2007; o salário-educação, de R$ 1,6 bilhão em 2004 para R$ 2,3 bilhões em 2007. No transporte escolar, os investimentos eram de R$ 241,9 milhões em 2004, e passaram para R$ 291,9 milhões em 2007.
Agência Estado

Rizzolo: Bem, os projetos elencados na “propaganda política”, na verdade, exceto os que já foram concluídos, são apenas “projeções”, até porque com a crise em que estamos vivenciando, é de bom alvitre a redução dos gastos públicos, o que na verdade influenciará em toda planificação orçamentária. O que precisamos insistir, é no fato real de revermos a nossa condição de investimentos face à crise; não fazer de conta que ela não nos atingiu, e “panfletar” projetos que com certeza serão à frente reconsiderados do ponto de vista orçamentário.

Se o governo não fizer a devida contenção imediata dos gastos públicos, obrigará o setor privado a fazer um ajuste ainda mais severo. Se pretendemos reduzir o impacto da crise sobre o bem-estar social, o aumento da poupança pública é um dos poucos instrumentos de suma importância, pois reduz o custo do ajuste, além de auxiliar a política monetária. Não há como evitar a escassez externa, mas o governo pode, ao menos, poupar para que a população não tenha de fazê-lo em seu lugar. Infelizmente essa é a realidade, prometer o chamado ” pé no acelerador” nessa crise imensa é no minimo ” propaganda enganosa”.

Lula e o efeito placebo

Quando todos imaginavam que poderiam contar com um “maná” vindo dos céus, como o ocorrido no deserto relatado pelo Antigo Testamento, ao receberem os resultados das urnas, tristemente constataram os apadrinhados que, posar ao lado do presidente, pouco efeito produz de concreto ao candidato apoiado; porém por outro lado, muito resultado é auferido ao próprio presidente, que com isso, acaba ganhando de certa forma mais popularidade.

Aliás num exercício de analogia, de nada adianta um cantor popular de música sertaneja se postar à platéia, e ao invés de cantar, pedir ao público que se encantem com seu outro amigo cantante; o público quer sim ouvir o cantor principal, não o recomendado. A transferência de votos tão apregoada e tão temida, perdeu-se na realidade das urnas. A condição dos indicados de Lula no palanque, indica também a derrota na emprestabilidade de seu prestígio a outros. Constata-se que a popularidade de Lula é sim de caráter personalíssimo.

O imaginário do eleitor em relação à popularidade de Lula, não se mistura com um outro candidato apoiado pelo presidente. Como que reconhecesse que estaria Lula prestando apenas uma deferência, ou um reconhecimento pessoal, o eleitor rechaça a transferência de voto e faz uma leitura pequena do gesto em si. Uma prova disso é o fato de o presidente ter tido pouca influência na eleição do Rio de Janeiro, assim como no resultado da candidatura de Marta, em São Paulo, bem como com Luiz Marinho em São Bernardo; embora tenha havido todos os esforços empreendidos, constatou-se um resultado muito abaixo do que o próprio presidente previa.

A análise de que as eleições municipais estão mais ligadas aos problemas do dia-a-dia do município, é procedente; contudo a pauta das propostas dos candidatos apoiados por Lula, eram centradas na essência do pensamento petista de desenvolvimento dos municípios, e nem assim essa combinação entre a proposta e a imagem, sensibilizou os eleitores. O melhor exemplo ocorreu em Natal, onde a adversária do PT foi eleita já no primeiro turno, o que foi uma derrota para Lula.

Da forma em que foram constatados os resultados das eleições municipais no país, e a participação da presença de Lula no palanque como fator de transferância de votos, podemos já prever que Dilma Roussef enfrentará problemas; talvez menores do que a decepção petista em São Paulo, ou em outras capitais. A lição do palanque sugere um remédio talvez na verdade, bem mais forte do que aquele experimentado e vivenciado pela mágica de Lula em gerar votos aos seus apadrinhados.

Fernando Rizzolo

Um dia após declarar apoio a Alckmin, Serra elogia Kassab

Um dia após declarar apoio à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à prefeitura de São Paulo, o governador José Serra não economizou elogios ao agora adversário do tucano Gilberto Kassab (DEM), prefeito da capital paulista que concorre à reeleição.

“Na minha campanha para prefeito prometi que a prefeitura entraria no metrô. O prefeito Gilberto Kassab deu continuidade à minha gestão e está cumprindo aquilo que prometemos em campanha”, afirmou Serra, em discurso durante anúncio de convênio com bancos japoneses que prevê investimento de U$S 1,275 bilhão na expansão e modernização das linhas do metrô paulistano e da CPTM. O anúncio foi feito nesta segunda (23), por volta das 14h, no Palácio dos Bandeirantes.

Tanto Kassab quanto Serra evitaram polêmicas quanto ao racha dos tucanos com o DEM após a oficialização da candidatura Alckmin, que ocorreu em convenção do PSDB no domingo (22). Ao ser questionado sobre a decisão do PSDB, Kassab limitou-se em reafirmar que o partido é “um aliado importante”.

Serra também esquivou-se de todas as perguntas sobre a corrida pela prefeitura de SP e, perguntado se subiria no palanque junto a Alckmin, simplesmente ignorou. “Eu faço anúncio de um investimento tão importante como esse e vocês vêm me perguntar sobre eleições municipais?”, ironizou o governador, aos jornalistas, após o evento. “Estamos entrando no metrô, de fato. Não de boca, de fantasias. É na prática.”

Ontem, Serra participou da convenção do PSDB. Antes, havia sinalizado apoio a uma coligação PSDB-DEM, o que causou divergências entre os membros do próprio partido. Durante a convenção, o governador também defendeu uma possível aliança de Alckmin e Kassab no segundo turno contra a petista Marta Suplicy.
Folha online

Rizzolo: Não vejo problema algum no elogio de Serra à Kassab, tampouco vejo alguma relação entre a decisão na convenção do PSDB de ontem, com o convite feito à Kassab para uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, bem como o anúncio da assinatura do convênio com um banco japonês destinado ao transporte público. Investimento em transporte é sempre bem-vindo e nada tem a ver, como alguns insinuam, em ” adoçar” a boca de Kassab.

Feio foi o comportamento de alguns empenhados na desconstrução do PSDB. Mas como não pertenço ao partido rachado, assisto de camarote esta triste cena que serve sim de pavimentação à candidatura de Marta Suplicy. O bom senso indica que Geraldo Alckim, quer queiram ou não, é o candidato ideal, pelo menos é a cara da classe média paulista, e com densidade eleitoral para enfrentar o PT. Será que enfrenta?

Fim da novela: Alckmin é o candidato tucano em São Paulo

O ex-governador Geraldo Alckmin é o candidato do partido às eleições para a prefeitura de São Paulo. Uma prévia feita por alckmistas e a organização da convenção garantem a vitória do candidato. De um total de 1.344 convencionais, mais de 1.100 compareceram. O resultado oficial deve sair no final da tarde. Com a decisão deste domingo (22), chega ao fim a “novela” que foi a escolha do candidato tucano.

Alckmin chegou à convenção acompanhado apenas pela mulher, Maria Lúcia. Alguns membros do partido esperavam que o governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estivessem ao lado de Alckmin em sua chegada.

Ele negou que sua candidatura concretize um racha dentro do PSDB. “É natural que dentro de um partido grande como é o PSDB exista divergência de pensamentos. O tempo da divergência acabou. Agora todos estarão unidos em minha campanha”, disse Alckmin.

Em relação à ausência de Serra, o candidato minimizou. “Não tenho nenhuma divergência com José Serra. Eu sempre o apoiei e sei que ele me apoiará agora. Nossa divergência é apenas de fuso horário”, disse.

Partido rachado

Quando decidiu sair candidato a prefeito, em meados do ano passado, Alckmin deflagrou uma disputa dentro do PSDB, que acabou dividido entre a sua candidatura e o apoio à reeleição do prefeito Gilberto Kassab.

Os alckmistas, liderados pelos deputados federais Silvio Torres e Edson Aparecido, de um lado, e os tucanos que apóiam o prefeito, liderados pelo vereador Gilberto Natalini e o secretário de Esportes, Walter Feldman, de outro lado, protagonizaram um racha que pode ter conseqüências nas eleições de 2010 para governador e presidente.

Para piorar, um fato ocorrido na última quinta-feira (19) -uma denúncia de aliciamento de delegados do partido- agravou ainda mais a péssima relação entre as duas alas.

Pedro Vicente, alckmista e presidente do diretório do PSDB no Jardim São Luís, zona Sul de São Paulo, afirmou que recebeu uma proposta de R$ 100 mil “da parte de vereadores do PSDB” para assinar a lista em favor da chapa encabeçada pelo atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

A denúncia caiu como uma bomba. Tucanos saíram em revoada. Era preciso um bombeiro para apagar o incêndio. E foi o que aconteceu na noite de sábado (21).

Um acordo costurado pelo governador José Serra baixou, pelo menos por enquanto, a temperatura do clima quente entre tucanos. Temendo ser responsabilizado pela derrota de Alckmin e até mesmo por um quebra-quebra na convenção, Serra deu ordem a seu grupo para que desistisse da disputa na convenção. Disse que o embate se daria nas urnas.

Os tucanos que apoiavam Kassab obedeceram e se retiraram, apesar de contrariados com a decisão. O secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, disse, na manhã deste domingo, que será impossível os secretários tucanos, que fazem parte do governo Kassab, caminhar junto a Alckmin nestas eleições.

A partir de agora o discurso oficial será o da união. Mas daqui a 2010 muita água ainda vai rolar nesse oceano que separa Alckmin de Serra.
Folha online

Rizzolo: Desde o início este Blog sempre defendeu o que eu chamo de espírito partidário. Ora, não é possível que um partido como o PSDB, com uma tradição, uma história, se apequene e decida por conta de alguns, desprezar candidatos que representam a alma do partido. Realmente me pergunto o que levou a esse grupo pretender desestabilizar ou provocar esse racha que sentido nenhum tem a não ser fortalecer a candidatura petista.

O pior, Pedro Vicente, alckmista e presidente do diretório do PSDB no Jardim São Luís, zona Sul de São Paulo, afirmou que recebeu uma proposta de R$ 100 mil “da parte de vereadores do PSDB” para assinar a lista em favor da chapa encabeçada pelo atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Como já falei inúmeras vezes Alckmin tem o perfil do eleitor paulista, é um nome conhecido, tem boa acessibilidade e aceitação na classe média. Quais as razões que estão por de trás disso tudo? Será Aécio Neves? Não acredito. Se alguns tucanos “apreciam” a candidatura Kassab, que se proponha seu apoio num eventual segundo turno, agora rachar o partido dessa forma chega a ser amoral. Ainda bem que se retrataram a tempo. Os resultados finais da convenção do PSDB, que aconteceu neste domingo (22) na Assembléia Legislativa de São Paulo, apontam que 90% dos filiados aptos a votar optaram pela chapa “Candidatura Própria Geraldo Alckmin.

Leia também artigo escrito por mim em março deste ano: Alckmin X Kassab

Kassab confirma que fechou aliança com Quércia

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) confirmou que fechou mesmo um acordo com o PMDB de Orestes Quércia. Diplomático, disse que deseja inserir na articulação o PSDB de Geraldo Alckmin.

“A aliança com o PMDB não é com o Democratas. Ela está sendo feita com o candidato do PSDB e DEM”, disse Kassab. “No PSDB, o candidato é o Geraldo Alckmin. Se ele for o candidato [da aliança], contará com o nosso apoio porque o importante é manter a aliança”.

Trata-se, obviamente de uma lorota. A única hipótese de inserção do tucanato na costura ‘demo’-peemedebista seria a desistência de Alckmin de levar o seu nome à cédula de 2008. Alternativa que os aliados do ex-governador se apressam em refutar.

“Já estamos conversando com outros partidos, como o bloquinho [PSB, PCdoB e PDT], o PTB e o PV”, afirmou o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), lugar-tenente do candidato tucano. “Alckmin é um candidato forte nas pesquisas e popularmente forte, por isso buscamos alianças fortes para ele.”

DEM e a ala do PSDB alinhada a Alckmin travam agora uma queda-de-braço pela definição da data da oficialização das candidaturas. A Kassab interessa protelar, para submeter o rival a um processo de desidratação política: “Decidiremos tudo até o dia 30 de junho.”

A Alckmin interessa apressar. “A orientação da Executiva Nacional é para que as candidaturas sejam anunciadas o quanto antes, para que seja possível articular alianças e iniciar as campanhas o quanto antes”, disse Silvio Torres.

Ao atrair Quércia para o seu lado, além de se fortalecer como opção a Alckmin, Kassab impôs uma derrota ao petismo. Os operadores da candidatura de Marta Suplicy (PT) davam de barato que o PMDB paulistano cairia no colo da ministra do Turismo. Resta agora saber, para além do tempo de TV, se a sociedade com Quércia dá ou tira votos.
Fonte : Blog do Josias

Rizzolo: Já disse em várias outras ocasiões sobre a atual vocação do PMDB, principalmente em São Paulo. Podemos observar pelas manobras políticas, que o antigo partido que foi uma trincheira da luta democrática, hoje nada mais é do que uma “empresa de transferência de votos”, utilizam-se da máquina partidária, da estrutura montada para barganhar politicamente, no ” quem dá mais leva”.

O que comprova isso, é a aproximação e o recuo, estavam próximos do PT, de repente, não mais que de repente, se unem a Kassab, pura negociação e interesses. É, precisamos de uma reforma política patriota, mas aí vem algumas perguntas que não querem calar: Como fica a esquerda do PMDB em São Paulo? Como ficaria o projeto de Michel Temer e outros na aproximação do PMDB com o PT? No meu entender não foi uma boa escolha do Quércia, isso vai gerar com certeza muito conflito interno no partido.

Alckmin X Kassab

No Brasil, a medida que o panorama político se define, os traços da personalidade política de cada um acaba aflorando. O que seria lógico em qualquer partido político, tornou-se uma celeuma, surgiram e ainda surgem situações políticas constrangedoras num partido que até há pouco tempo era o mais ” certinho”. Não há dúvida que Geraldo Alckim é o homem do PSDB, jamais deveria se cogitar, em se tratando de um partido sério e que no decorrer dos anos se propôs a ser um paradigma ideológico neoliberal, em conceber uma articulação com outro partido sem antes analisar profundamente suas conseqüências, até do ponto de vista do constrangimento.

O que ocorre agora, é uma eventual debandada do tucanato que está na prefeitura de Kassab, caso venha a se confirmar a oficialização da candidatura de Geraldo Alckmin. Alguns mais apressadinhos como Andréa Matarazzo já tencionam deixar o cargo, até por uma questão de lógica; se não houver aliança com DEM, seria no mínimo constrangedor a um tucano que se preze ficar no cargo. Mas o mais intrigante nessa história, é que algo na essência ideológica do PSDB está ocorrendo. As manobras ficam mais claras, quando se observa que o conteúdo partidário de união em torno do partido e de sua estrutura ideológica, dá lugar a uma aliança onde na mistura PSDB e DEM nada se encontra de cunho ideológico, tampouco se observa, algo que poderia trazer um benefício direto ao partido PSDB em São Paulo. Tenta-se misturar dois partidos dando-lhe legitimidade em função de uma aliança, que nada tem de partidária e sim de pessoal, entre Serra e Kassab. Puro exercício de poder interno.

Kassab é um bom nome, porem para o PSDB, Alckmin tem o perfil de um candidato paulista, alem disso, possui densidade eleitoral na Capital. Estranho são membros de um partido virarem as costas para um candidato natural e original desse mesmo partido, se colocando de forma inversa numa frontal falta de fidelidade partidária. O PSDB paulista, deve rever seus conceitos partidários e advertir aqueles que tentaram e tentam em nome de uma ” aliança”, virar as costas para a sigla que um dia optaram em fileiras cerrar. Observação: não sou tucano, nem tenho ” ligações” com o PSDB. Ainda bem….( risos..)..

Fernando Rizzolo