Divórcio aumenta, mas maio é o mês das noivas.

 

 

*por Fernando Rizzolo

De tão cansado de ouvir sobre corrupção, nomes como Cachoeira, senador Demóstenes, CPI, corrupção, resolvi sentar-me no meu antigo sofá e tentar subtrair do momento político brasileiro algo que me desse satisfação e ao mesmo me levasse a uma reflexão sobre a vida – não essa vida de políticos, nem a vida dos investidores da Bolsa, mas algo que me motivasse a escrever sobre investimentos diferentes daqueles que costumo comentar. Decidi escrever sobre investimentos no amor.

Assim, separei tudo o que invade o noticiário ao meu redor, e deparei com uma notícia que realmente me tocou: um levantamento do Colégio Notarial do Brasil, seção São Paulo, mostra que em 2011 os cartórios paulistas registraram um aumento de quase 50% no número de divórcios. E mais: segundo o IBGE, a proporção de pessoas divorciadas quase dobrou em uma década: saltou de 1,7% em 2000 para 3,1% em 2010. São mais de cinco milhões de brasileiros divorciados. Sim, é isso: houve um estrondoso aumento daqueles que dizem adeus à relação. No início fiquei meio receoso de tocar nesse assunto – até porque já estou no meu terceiro casamento; com certeza o último da minha vida –, mas a grande questão é o porquê desse aumento nos divórcios numa grande metrópole.

No meu imaginário quase tentei fazer uma análise do motivo de nos divorciarmos com tanta facilidade – nas relações amorosas – e de insistirmos em não nos divorciar nas relações políticas, dando sempre o nosso voto para aquele político que sabemos ser traidor e safado… parei por aí. Já estava, quase sem querer, voltando a falar do Cachoeira, do senador Demóstenes e dos políticos em geral, e esse definitivamente não seria o tema do artigo.

Num lance à direita da mesa ao lado do meu antigo sofá que me acolhe sentado, pensando e escrevendo aos meus leitores, vejo que estamos em maio.. Ah!!! Maio, o mês das noivas: esse seria o início do sonho de acreditar que tudo vai dar certo e no fundo acho mesmo que a união de duas pessoas é uma construção de um sonho diário, intenso, e que dá trabalho, mas compensa. Esse aumento dos divórcios talvez se deva à facilidade de ir ao cartório, quando a lei permitir essa via, e resolver tudo de uma vez por todas e dizer adeus. Mas nada melhor do que amar, se dar bem, rir, compartilhar o amor num clima de praia, num banho de cachoeira… Opa! Cachoeira não!!! Vamos amar com dignidade, sinceridade, para termos sorte na vida a dois. Aliás, como disse o cineasta Woody Allen certa vez, o segredo do bom casamento é sorte… simplesmente sorte…. Ah! Pensando bem, como falta sorte na política brasileira…….

Quase metade dos adultos do país está acima do peso, diz IBGE

Quase metade da população adulta brasileira, com 20 anos de idade ou mais, está acima do peso, sendo que cerca de 15 por cento desses são considerados obesos, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE.

“O excesso de peso e a obesidade são fenômenos crescentes e aparecem de forma generalizada. As informações sobre excesso de peso são muito contundentes”, disse a coordenadora do instituto, Márcia Quintsler. As classificações sobre o peso têm como referência parâmetros utilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O problema do excesso de peso atinge mais homens que mulheres, embora a diferença seja considerada pequena. Já a obesidade é maior entre as mulheres, segundo o IBGE.

De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), em 2009, 49 por cento dos brasileiros com 20 anos ou mais apresentavam excesso de peso, sendo que entre os homens esse patamar chegou a 50,1 por cento e entre as mulheres é de 48 por cento. O resultado representa, de acordo com o IBGE, um grande salto estatístico em relação ao perfil observado na década de 1970.

O sobrepeso é maior entre os que têm 55 anos e 64 anos, sendo que 60,7 por cento apresentam sobrepeso. “O excesso de peso foi diagnosticado em cerca de metade dos homens e das mulheres, excedendo em 28 vezes a frequência do déficit de peso, no sexo masculino e em 13 vezes no feminino”, disse o IBGE em comunicado.

O problema da obesidade, identificado em 14,8 por cento dos adultos brasileiros, é mais grave entre as mulheres (16,9 por cento) do que entre os homens (12,5 por cento).

O excesso de peso e a obesidade foram observadas em todas as faixas etárias pesquisadas pelo IBGE, independentemente do sexo, da região ou do estrato de renda. Márcia Quintsler observou, no entanto, que “nos homens, o excesso de peso e a obesidade têm mais equivalência com a renda”.

“Há uma tendência de evolução temporal do excesso de peso e obesidade com aumentos modestos ou até mesmo estabilidade de 1974 a 1989 e aumentos explosivos entre 1989 e 2009”, afirmou o

IBGE.

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

O excesso de peso foi identificado em 2009 em uma em cada três crianças de 5 a 9 anos (33,5 por cento), o equivalente a um salto de 20 pontos percentuais em 20 anos.

Entre os 34,8 por cento de meninos com sobrepeso, quase metade (16,6 por cento) apresentou obesidade (mais de quatro vezes os 4,1 por cento de 1989). Nas meninas, de 32 por cento com sobrepeso, um terço (11,8 por cento) era obesa (quase cinco vezes os 2,4 por cento registrados em 1989.

O avanço do aumento de peso entre adolescentes com idade de 10 a 19 anos se manteve nos últimos 34 anos. No sexo masculino, o índice passou de 3,7 por cento para 21,7 por cento. Já entre as mulheres, as estatísticas saltaram de 7,6 por cento (1974-1975) para 19,4 por cento (2008-2009). Entre os dois sexos, o sobrepeso tendeu a ser mais frequente em áreas urbanas que em rurais.
estadão

Rizzolo: O excesso de peso é um problema não só do Brasil como da humanidade no pós-moderno. Com efeito o aumento de peso tem estrita relação com o desenvolvimento econômico, com o estilo de vida, e nas formas pelas quais a maioria dos produtos comercializados no setor de alimentos são fabricados. Apenas com uma grande campanha de conscientização dos males da obesidade, poderemos conter essa verdadeira epidemia do mundo contemporâneo. A pesquisa em questão mostra uma realidade, e nos leva já a pensar em programas de saúde pública preventivos nesse segmento.

Fernando Rizzolo candidato a Dep.Federal fala de Sonhos e Esperanças.

Fernando Rizzolo 3318 candidato a Deputado Federal por SP. Divulgue este vídeo e ajude o Rizzolo a chegar lá !!

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Dívida com negros não pode ser paga em dinheiro, diz Lula

Ao comentar a sanção da lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (26) que a dívida do Brasil com os negros não pode ser paga em dinheiro, mas com solidariedade.
No programa semanal Café com o Presidente, ele avaliou que a importância da lei está em garantir que, a partir de agora, não exista diferença entre brancos e negros no país. Lula lembrou que o projeto tramitou no Congresso Nacional por vários anos, até a elaboração de uma proposta única.

“Não é tudo o que a gente quer. Ainda faltam coisas pra gente fazer, mas é importante que a gente tenha a clareza de que hoje nós temos o Estatuto da Igualdade Racial, nós temos uma lei que dá mais direitos, que recupera a cidadania do povo negro brasileiro”, disse.

O estatuto prevê garantias e políticas públicas de valorização, além de uma nova ordem de direitos para os brasileiros negros, que somam cerca de 90 milhões de pessoas. O documento é composto por 65 artigos e tem como objetivo, segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a correção de desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do país.

Universidade Luso-Afro-Brasileira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ainda que a criação da Universidade Federal de Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab) é uma espécie de pagamento de tributos aos povos africanos. A lei que cria a instituição foi sancionada na semana passada.

“É o Brasil assumindo a sua grandeza, assumindo a condição de um país que, a vida inteira, foi receptor e, agora, é um país doador. Nós queremos ajudar os outros a se desenvolverem”, disse.

Lula citou o exemplo de Cuba que, apesar de pobre e com uma população de cerca de 11 milhões de habitantes, possui universidades que atendem estudantes de todo o mundo. “E um país do tamanho do Brasil não pode ter?”, questiou o presidente.

O objetivo da Unilab é promover atividades de cooperação internacional com os países da África por meio de acordos, convênios e programas de cooperação internacional, além de contribuir para a formação acadêmica de estudantes dos países parceiros.

A nova universidade será instalada no município de Redenção, a 66 quilômetros de Fortaleza. De acordo com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a previsão é que as obras do campus comecem em meados de 2011. As atividades acadêmicas terão início este ano em instalações provisórias, em prédios cedidos pela prefeitura local.

Com Agência Brasil

Rizzolo: Quem acompanha este Blog sabe da minha preocupação e defesa dos negros deste país, não é possível que ainda existam pessoas que entendem que os negros do Brasil não precisam de proteção do Estado para se desenvolverem. A dívida que temos para com os negros, quer pela discriminação, quer pela falta de oportunidade, quer pela segregação educacional imposta não só a eles mas a todos os pobres desse país, é enorme, portanto o Estatuto, que para mim ainda é incompleto, vem ao encontro em parte daquilo que devemos à população negra do Brasil. A Universidade Federal de Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab), é prova de que o governo Lula se empenha e reconhece essa desigualdade que chega a ser gritante do ponto de vista educacional e econômico. Precisamos de um Brasil de muitos médicos negros, juízes negros, professores negros, e políticos negros, só assim traremos a igualdade racial num país que foi injusto e que agora tenta se recuperar desse atraso étnico.

Estatuto da Igualdade Racial é aprovado por comissão do Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (16) o Estatuto da Igualdade Racial – proposto em 2003 pelo senador Paulo Paim (PT-RS). A matéria ainda precisa ser votada pelo Plenário da Casa.

Segundo o coordenador geral da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Edson França, a aprovação do estatuto irá contribuir para a unidade do povo brasileiro. “Este é um dia histórico para o movimento negro. Nenhum país do mundo possui uma carta parecida com o Estatuto da Igualdade Racial brasileiro”.

O coordenador da Unegro explicou ainda que mesmo com a retirada do artigo referente às cotas para negros na educação, a questão deverá ser avaliada pela CCJ através de um projeto de lei (PL) que já está tramitando no Senado.

O projeto prevê a unificação do regime de cotas para o ingresso nas universidades federais e estaduais e nas instituições federais de ensino técnico (nível médio) – aprovado na Câmara dos Deputados.

Sobre a resistência que o estatuto encontrou dentro de setores do próprio movimento negro, França afirmou que foi aprovado um estatuto possível. “Não há como compensar com apenas uma lei um déficit de mais de 500 anos de desigualdade. Aprovamos um estatuto possível e não aquele que queríamos”.

Ele ressaltou que a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial encerra com chave de ouro os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O movimento negro irá sentir muita falta do governo Lula. Esperamos que a eleição de Dilma garanta a continuidade dos avanços”.

agência Brasil

Rizzolo: Ainda falta muito para a população negra e parda ter um desenvolvimento social e educacional devido, contudo como podemos inferir no texto, com o Estauto, haverá uma grande melhora no que diz respeito aos avanços na conquista por maior igualdade racial. Em relação aos números da renda dos trabalhadores negros que cresceu 222% durante o governo Lula, também foi uma vitória econômica. O grande desafio ainda é vencer a descriminação que o negro enfrenta no trabalho e no acesso às Universidades, a luta dos negros não é apenas setorial, é de todo povo brasileiro nas conquistas de melhores condições de vida, mas um olhar específico à questão dos negros e pardos deve ser de extrema importância, face aos problemas históricos que permearam o desenvolvimento intelectual dos negros no Brasil.

PIB do 1 º trimestre cresce 9% na comparação anual

SÃO PAULO – O Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 9% no primeiro trimestre de 2010 ante o mesmo período do ano anterior, segundo divulgou nesta terça-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das estimativas do AE Projeções, que variavam de 7,74% a 9,20%, com mediana de 8,55%. Em 12 meses, o PIB acumula alta de 2,4%.

Na comparação com quarto trimestre de 2009, o PIB apresentou alta de 2,7%, também dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (2,20% a 3,10%) e acima da mediana projetada de 2,50%. Ainda segundo o IBGE, o PIB do primeiro trimestre somou R$ 826,4 bilhões.

Indústria é destaque entre os setores

O PIB da indústria cresceu 4,2% no primeiro trimestre de 2010 ante o quarto trimestre de 2009. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2009, o PIB do setor subiu 14,6%.

Segundo o IBGE, o PIB da agropecuária subiu 2,7% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o quarto trimestre do ano passado. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB do setor cresceu 5,1%.

O PIB de serviços, por sua vez, registrou expansão de 1,9% no primeiro trimestre, ante o quarto trimestre de 2009 e de 5,9% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Investimentos

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 7,4% no primeiro trimestre deste ano ante o quarto trimestre do ano passado. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2009, a FBCF subiu 26,0% no primeiro trimestre deste ano.

Ainda segundo o IBGE, a taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 18,0% no primeiro trimestre deste ano. No primeiro trimestre do ano passado, a taxa de investimento foi de 16,3%.

agencia estado
Rizzolo: Bem, poderíamos até estar crescendo mais, se não fosse as taxas de juro, contudo é um número fantástico. O resultado está de acordo com as projeções do mercado, que previa um crescimento entre 2,2% a 3,1%, comparado ao trimestre imediatamente anterior (na série que descarta variações sazonais). A média das projeções de 2,5% indicava um ritmo anualizado de 10,2%. Já em relação ao crescimento no primeiro trimestre, comparado a igual período de 2009, as projeções variaram entre 7,74% e 9,20%, com media de 8,55%. É evidente que, qualquer número de 2% a 3% significa um ritmo muito forte, e é nessa direção que tudo indica o nosso caminho econômico neste ano. A forte expansão no período equivale na realidade, a um crescimento no ritmo chinês.

Renda de trabalhadores negros cresce 222% no governo Lula

Os consumidores negros e pardos devem fechar 2010 com uma renda de R$ 546 bilhões no bolso — o que equivale a 40% do total previsto para todas as famílias (negras e não negras) do país, de R$ 1,38 trilhão. Isso significa que, a cada R$ 10 disponíveis para o consumo neste ano no Brasil, R$ 4 estarão em poder de trabalhadores negros e pardos (com ou sem carteira assinada). No total da população, eles representam 51%. Em 1998, eram 45%.

As projeções da renda disponível neste ano foram feitas pelo Data Popular, instituto de pesquisas e consultoria, a partir dos rendimentos das famílias da Pnad de 2008, última disponível pelo IBGE. Os valores foram atualizados para 2010 e consideram a inflação medida pelo IPCA no período, os reajustes concedidos ao salário mínimo nos últimos dois anos e a previsão de crescimento do país de 5% neste ano.

Em 2002, último ano do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, a massa de renda total de negros e pardos foi de R$ 170 bilhões. Se confirmada a previsão deste ano (R$ 546 bilhões), o crescimento será de 222% desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse para seu primeiro mandato.

O resultado chama a atenção porque o salário de um negro ainda é cerca da metade do de um branco. Mesmo assim, a massa de renda dos negros já representa 40% do total. O que explica essa aparente contradição é que, no total de rendimentos das famílias não entram somente salários. No cálculo estão todas as fontes de receita — como trabalhos avulsos (bicos) e temporários.

A disparidade salarial obrigou as famílias negras a estimularem também o trabalho de crianças e adolescentes para complementar a renda. “Em uma família branca, que, em geral, é menos numerosa, é comum encontrar só o pai como gerador de renda”, diz Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto. “Na família negra, os filhos trabalham. Se não for assim, não terão como pagar a faculdade e melhorar de vida.”

Ao longo do governo Lula, o aumento de emprego formal e o maior acesso à educação e ao crédito foram as principais razões para explicar a alta no poder de consumo dos negros. De 1998 a 2008, a proporção de negros e pardos com ensino superior completo no total de adultos (25 anos ou mais) passou de 2,2% para 4,7%.

“As políticas públicas que vêm sendo desenvolvidas desde o final do governo FHC também contribuem para ajudar na inserção do negro no mercado de trabalho”, diz Meirelles. “Antes, havia mais negros na informalidade, com renda ainda menor. Hoje não há como falar sobre a nova classe média brasileira sem falar no negro.”

A classe C negra deve ter disponível renda de R$ 187 bilhões neste ano — ou 43,8% da renda total prevista para a classe C (com renda de três a dez mínimos). Mas as empresas ainda estão longe de atender ao anseio desse consumidor. “Ter uma política de inclusão não significa somente ter um sabonete específico ou colocar o negro como garoto-propaganda. Isso é um avanço, mas é preciso entender os valores e a cultura negra.”

Alcir Gomes Leite, diretor-executivo e sócio da DM9, diz que empresas e marcas estão “aprendendo” a olhar para a classe C independentemente de sua cor. “Ainda existem erros absurdos de criar estereótipos para essa classe, que tem hábitos e um jeito próprio de ser. O Brasil é um país de classes C e D. Acho estranho considerar que são nichos de mercado.”

vernmelho

Rizzolo: Ainda falta muito para a população negra e parda ter um desenvolvimento social e educacional devido, contudo como podemos inferir no texto, houve uma grande melhora no que diz respeito aos números da renda dos trabalhadores negros que cresceu 222% durante o governo Lula. O grande desafio ainda é vencer a descriminação que o negro enfrenta no trabalho e no acesso às Universidades, a luta dos negros não é apenas setorial, é de todo povo brasileiro nas conquistas de melhores condições de vida, mas um olhar específico à questão dos negros e pardos deve ser de extrema importância, face aos problemas históricos que permearam o desenvolvimento intelectual dos negros no Brasil.

Produção industrial sobe 19,7% em doze meses, maior alta mensal desde 1991

RIO – A produção industrial subiu 19,7% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo divulgou nesta terça-feira, 4, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento representou o maior crescimento mensal desde abril de 1991 (37,2%), segundo destacou o economista da coordenação de indústria do instituto, André Macedo. As projeções dos analistas iam de 16,50% a 20%, com mediana de 18,80%. No ano, a produção acumula alta de 18,1% e em 12 meses, variação negativa de 0,3%.

Na comparação com fevereiro, houve alta de 2,8% em março, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (1% a 2,62%), com mediana de 1,85%.
agencia estado

Rizzolo: Na realidade o responsável por esse desempenho é o aumento da demanda do mercado interno, demonstrando uma expansão mais disseminada da indústria. A recuperação já demonstrada no início de 2010, aponta para um perfil generalizado do crescimento. A indústria praticamente eliminou os efeitos da crise observados nos últimos três meses de 2008. O mais interessante a notar é que boas notícias como esta, que demonstram a robustez da nossa economia, é pouco divulgada pela grande mídia. É claro, notícias que denotam a boa política desenvolvimentista do governo Lula não podem ser prestigiadas, não é?

“Senador escravocrata causa revolta ao povo brasileiro”

“Eles sempre falaram que a culpa da escravidão é dos próprios negros. É como se um erro justificasse outro”, declarou o professor Eduardo de Oliveira, poeta, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e militante do movimento negro há mais de 60 anos, sobre as declarações do senador Demóstenes Torres (Dem), durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), dias 3 e 4 de março, para debater a política de cotas no ensino superior.

Autor do Hino à Negritude e um dos maiores defensores das cotas para os negros nas universidades, o professor Eduardo condenou as declarações de Demóstenes que “tenta reverter toda a História dizendo que os negros eram culpados pela escravidão e as mulheres se entregavam aos senhores prazerosamente”. “Ele disse que as mulheres foram as responsáveis por serem violentadas. Que quem tinha prazer em servir os senhores eram as mulheres negras”.

Para o professor Eduardo, “o que o Demóstenes acabou fazendo é uma coisa horrível” e mereceu o repúdio de todos os que presenciaram aquele vexame. O presidente do CNAB se solidarizou “com as mulheres que estavam presentes à audiência no STF e redigiram um documento de protesto contra as palavras do senador”. “A atitude tomada por ele nessa audiência pública revoltou muito as mulheres”, declarou ao HP o autor de 10 livros publicados, entre os quais a enciclopédia “Quem é Quem na Negritude Brasileira”.

Eduardo Oliveira disse que os inimigos das cotas estão na contramão do momento em que o país vive, de “expressivas conquistas para a negritude, onde o governo Lula reconheceu a necessidade de compensar os afrodescendentes, com a criação das cotas e com a nomeação de negros para o primeiro escalão da administração pública nacional”.

As posições retrógradas do senador dos Demos provocaram reações indignadas de inúmeras lideranças negras e de várias personalidades. Segundo Demóstenes, “todos nós sabemos que a África subsaariana forneceu escravos para o mundo antigo, para o mundo islâmico, para a Europa e para a América” e “até o princípio do século 20, o escravo era o principal item de exportação da pauta econômica africana”. O professor Eduardo rebateu: “O que ocorria na época eram problemas de guerras tribais. Quem perdia era condenado à morte ou à escravidão”.

O líder negro assinalou que a política de cotas nas universidades “vem no sentido de corrigir uma injustiça histórica que privilegia a condição social e econômica de poucos em detrimento da grande maioria do povo brasileiro de origem afro-descendente”, mas ressalta que “temos ainda muito a conquistar”. Ele destacou, contudo, que “não podemos esquecer as inúmeras vitórias dos afro-brasileiros, fruto de um esforço hercúleo, como a definição do racismo como crime inafiançável, o reconhecimento do direito dos quilombolas às suas terras, a proliferação de conselhos afrodescendentes que hoje atuam em vários estados, a oficialização do Hino à Negritude e a criação da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial”.

ANDRÉ AUGUSTO
Hora do Povo

Rizzolo: Conheço pessoalmente o professor Eduardo de Oliveira, que hoje é um dos expoentes na luta contra as injustiças cometida contra os negros neste país durante nossa história. É repudiável o discurso de Demóstenes que nos remete a uma época em que o Brasil se encharcava de ódio e preconceito. A luta dos negros deve continuar para que possam restabelecer seu lugar com dignidade junto à nação brasileira.

Intolerância e os Jardineiros do Futuro

Muitas são as situações que ainda subsistem, em que a demonstração de intolerância nos leva a uma reflexão de que pouco evoluímos desde a época da libertação dos escravos no Brasil, datada de 1888. A notícia de que jovens foram suspeitos de açoitar um jardineiro negro no interior de São Paulo, agredindo-o verbalmente, demonstra que, neste país, o negro ainda é visto como cidadão de segunda classe. No entanto, o mais interessante nestes episódios de intolerância, é que os atores desses crimes de racismo compõem substancialmente um cenário que é alvo de discussões, que vão desde o papel do negro na sociedade até ações afirmativas e políticas de afirmação do negro no Brasil.

Enquanto a imensa maioria negra é impedida de frequentar determinados cursos superiores como uma faculdade de medicina, particular ou pública, quer pelo alto valor das mensalidades, quer pela concorrência daqueles que dispõem de mais tempo para se preparar, a agressão, o desprezo e o ódio surgem diante de nós promovidos por representantes de uma elite branca jovem, economicamente privilegiada, que, de forma emblemática, como numa cena cinematográfica de violência, acaba traduzindo toda a questão maior que envolve a discussão daqueles que sempre serão os jardineiros e a dos destinados a um lugar de destaque na sociedade, desde a época da escravidão.

Na visualização dos conceitos de dignidade humana, é mister levarmos aos jovens de todas as classes sociais e origens os conceitos de direitos humanos, de civilidade e de humanidade, tão imperiosos quanto a educação, a cultura e as oportunidades que os programas de inclusão destacam. É preciso impregnarmos nossa sociedade com os valores de igualdade racial e de cidadania, para que nos próximos anos sintamos que efetivamente estamos longe da triste e trágica época escravagista, despertando nas novas gerações um verdadeiro senso de justiça e de igualdade de oportunidades, fazendo com que os estudantes de amanhã respeitem as minorias, os negros e os jardineiros do futuro.

Fernando Rizzolo

Otimismo, o PIB e o Câmbio

Quando todos, já embalados pelo otimismo do governo, concordavam com o presidente que a crise econômica que assolou o país neste ano não passava de uma simples “marolinha”, a notícia sobre o aumento do PIB no terceiro trimestre intensificou ainda mais esse sentimento de otimismo no povo brasileiro, pois, de acordo com o governo, tal aumento deveria superar as expectativas. Contudo, segundo a revisão de dados do IBGE, foi apontada uma queda de 2,1%, em lugar de 1,8%, do PIB no primeiro trimestre e de 1,6%, em vez de 1,2%, no segundo, o que gerou uma frustração geral.

A primeira delas porque ficou comprovado que o empresariado, os economistas e os analistas se renderam muito mais aos impulsos otimistas da era Lula do que aos números reais da economia, os quais podem ser revistos de uma hora para outra e nos levar a uma triste realidade econômica. A segunda frustração – esta já tão contestada por parte de muitos empresários e especialistas – foi que as altas taxas de juros – o grande vilão da história – realmente contribuíram para o resultado obtido, freando o desenvolvimento do mercado interno e prejudicando nossa capacidade de exportação.

Muito embora o desempenho da nossa indústria tenha sido o mais forte entre os setores de produção (2,9% ou 12,1% anualizados), o triste resultado da agropecuária colaborou para o menor crescimento do PIB, em função da valorização do real, que está diretamente relacionado às altas taxas de juros reais, e da queda dos preços no mercado internacional, o que, de certa forma, potencializou o baixo desempenho desse importante setor.

Com efeito, o PIB de 2009 vai depender do resultado do quarto trimestre, mas com certeza será ligeiramente inferior a 1%. Diante desse quadro, só nos resta confirmar que a política macroeconômica que culminou com a valorização de 100,64% do real na era Lula, em função das altas taxas de juros, prejudicando o consumo interno e essencialmente as exportações, deverá ser revista. A pretensa acomodação e a argumentação de que mesmo com os juros no atual patamar a economia deslanchava de vento em popa caíram por terra.

Portanto, resta-nos agora não só rever os valores do PIB, mas também visualizarmos uma nova concepção monetária que priorize as exportações, principalmente as do setor agropecuário, setor este mais afetado, de maior risco e que sempre contou com diversos fatores do otimismo: o realismo, o fatalismo climático, as chuvas, o investimento de risco e a sorte. Otimismo em excesso e números reais que surgem da noite para o dia causam, da mesma forma, os efeitos devastadores a que os agricultores estão habituados: a perda da colheita ou a perda da esperança.

Fernando Rizzolo

Jovens estudam cada vez mais e retardam entrada no trabalho, diz Ipea

Os jovens têm cada vez mais anos de estudo e retardam a entrada no mercado de trabalho, de acordo com análise feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A análise se baseia na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Ipea considera como jovens a população entre 15 e 29 grupos – 49,7 milhões de pessoas, ou 26,2% da população total -, sendo que há três subgrupos: jovem adolescente (15 a 17 anos), jovem jovem (18 a 24 anos) e jovem adulto (25 a 29 anos).

De acordo com os dados, entre os jovens adultos, a pesquisa mostra que o grupo tem 9,2 anos de estudo, o que representa 3,2 anos a mais do que a população com mais de 40 anos.

Os dados mostram ainda que quanto a maior a faixa etária do jovem, maior a taxa de analfabetismo. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 1,7% são analfabetos – em 1998, o índice era de 8,2%. Entre os de 18 a 24 anos, 2,4% são analfabetos – eram, em 1998, 8,8%.

“O avanço representado pela redução substancial do analfabetismo na faixa etária entre 15 a 17 anos e na faixa de 18 a 24 anos mostra o aumento da capacidade do sistema educacional em incorporar e alfabetizar crianças e jovens. Pode-se também constatar pela tabela 1 que a incidência do analfabetismo é tanto maior quanto mais elevada é a faixa etária dos jovens brasileiros. Os jovens adolescentes, portanto, têm menor incidência de analfabetos, o que não deixa de ser uma conquista dessa nova geração”, diz a análise.
Fora da escola

A análise do Ipea diz ainda que 15,9% dos jovens entre 15 e 17 anos está fora da escola. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 64,4% não estudam mais. Na faixa etária entre os 25 e os 29 anos, o percentual passa para 87,7%.

Entre os que saíram da escola entre os 18 e 24 anos, só 2,3% têm ensino superior completo – nível, segundo a análise, adequado a essa faixa etária. Na faixa de 25 a 29 anos, o índice de ensino superior completo passa para 10,2%.

O ensino superior é restrito, conforme os dados do Ipea. Apenas 13,6% dos jovens de 18 a 24 anos frequentam a faculdade.

Mercado de trabalho

Segundo a pesquisa, cada vez menos jovens adolescentes entram no mercado de trabalho. Em 10 anos, a taxa de participação desse grupo no mercado de trabalhou caiu. Em 1998, eram 45% trabalhando. Em 2008, 37% dos jovens de 15 a 17 anos trabalhavam. Segundo o Ipea, a queda ocorreu para ambos os sexos.

“A boa notícia é que esta queda foi mais aguda entre os homens, reduzindo a desigualdade de gênero nessa fase da vida, pois os homens, geralmente, mais do que as mulheres, sofrem grande pressão para entrarem precocemente no mundo do trabalho”, diz a análise.

Mulheres

A análise mostra que mulheres jovens, de 18 a 29 anos, têm menos espaço no mercado de trabalho. “As mulheres pobres tendem a assumir o trabalho doméstico em detrimento do estudo e de atividades laborais externa ao lar. Observa-se que tal tendência independe da condição de maternidade, ou seja, vale tanto para as jovens pobres com filhos quanto para as jovens pobres sem filhos.”

Desigualdade racial

O Ipea analisou ainda a contribuição da desigualdade regional para a desigualdade racial no Brasil. “As regiões do Brasil meridional, mais ricas, apresentam maior porcentagem de pessoas brancas do que as do Brasil setentrional: do Oiapoque ao Chuí, a população embranquece e a renda aumenta. Assim, pode-se demonstrar que, mesmo se não houvesse desigualdade racial dentro das regiões, ainda haveria desigualdade racial no Brasil.”

Ainda segundo a análise, “racismo e discriminação fazem parte de um conjunto complexo de fatores que determinam a reprodução da desigualdade racial ao longo do tempo, dentre os quais figuram as desigualdades regionais e a elevada desigualdade de oportunidades que caracteriza o regime brasileiro de mobilidade social. Portanto, políticas específicas para a população negra são necessárias, porém não suficientes para resolver o problema da desigualdade racial no Brasil”.
globo

Rizzolo: Um dado importante é a questão do ensino superior. Observem que Apenas 13,6% dos jovens de 18 a 24 anos frequentam a faculdade. É um número medíocre, temos muito o que fazer para inclusão dos jovens à Universidade. Falta uma política clara de Universidade Publica neste país, quando me refiro a pública é aquela que oferece vagas suficientes para que o aluno pobre não desembolse o pouco recurso que possui, ou que subsidie por completo o curso em Universidade particular. Recurso nós temos: petróleo, do Pré Sal.

De nada adianta promovermos universidades populares, se nem o recurso pouco necessário a grande maioria possui, vez que muitos sustentam famílias oferecendo seu quinhão de colaboração em casa. Nos depararmos com o fato de que entre os jovens de 18 a 24 anos, 64,4% não estudam mais, é desastroso. Mais uma vez no Brasil falta coragem para enfrentar desafios educacionais, e nesse ponto realmente o governo não cresceu, temos muito que fazer.

A Filarmônica, Villa-Lobos e os Negros

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O teatro não era grande, mas era espaçoso o suficiente para ser aconchegante naquela noite fria. Afinal, ouvir Villa-Lobos é quase um ato de oração ao Brasil. Com efeito, a grandeza da música erudita, quando tocada por uma boa filarmônica, nos leva a viajar na melodia, nos conduz à reflexão, arremessando-nos na seara da imaginação. Pois não há ninguém melhor que o grande compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, com sua música e ritmo, para desnudar de forma artística a essência do povo brasileiro.

Foi exatamente naquela noite, ao som das bachianas brasileiras, que descobri um Brasil que se transforma a cada dia. O público, na maioria oriundo de uma elite paulista, contava também com alguns ouvintes especiais. O que era raro anos atrás estava ocorrendo bem ali à minha frente. Alguns rapazes negros e de aparência humilde aplaudiam o concerto, sensibilizados pela beleza da música – pareciam acompanhar o ritmo cadente brasileiro, degustando a grandiosidade da melodia, embriagando-se de Brasil.

Ao observá-los, comecei a refletir sobre o papel dos negros na cultura, nas artes, na inclusão cultural, fruto de um trabalho social real do governo para finalmente levar a população negra e mais carente a compartilhar das diversas manifestações culturais do país. Não é por acaso que o Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que segue agora para a sanção do presidente Lula.

Não há como pensarmos em igualdade racial sem tutelarmos as ações que visem à igualdade de oportunidades, principalmente no que tange ao mercado de trabalho. Temos que nos conscientizar de que houve, sim, uma defasagem cultural, de oportunidades, de inclusão social, resultado de toda sorte de injustiças que já perduram há 121 anos, desde a abolição da escravatura.

Talvez Heitor Villa-Lobos, ao fundir material folclórico brasileiro às formas pré-clássicas ao estilo de Bach, já estivesse prevendo que um dia sua música inspiraria mais que uma viagem à essência do povo brasileiro – inspiraria uma união racial que levaria suas composições eruditas a serem uma referência lógica; talvez previsse que o reflexo do gosto musical refinado por muitos teria por princípio a participação dos negros e da população excluída – que, de certa forma, serviu de inspiração e de sonho a este grande compositor brasileiro, que cantou um Brasil mais justo para todos nós.

Fernando Rizzolo

Dedico este texto à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

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Lula usa manual de esquerda em encontro de alunos do Prouni e se emociona

Com citações à revolução bolchevique de 1917 e conversas com o ex-ditador cubano Fidel Castro, em meio a comentários sobre sua experiência como sindicalista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em um cada vez mais raro tom esquerdista nesta quinta-feira a alunos do 1º encontro nacional de estudantes do Prouni – Programa Universidade para Todos, do governo federal.

Acompanhado de nove ministros, entre eles Dilma Rousseff (Casa Civil), cotada para disputar a Presidência da República em 2010, Lula, que no passado rejeitou a pecha de esquerdista, definindo-se como “torneiro-mecânico”, foi aplaudido de pé por universitários presentes no 51º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Depois de agradecer à entidade estudantil pelo apoio ao longo do seu governo, o presidente se emocionou por duas vezes e ficou com os olhos mareados: a primeira vez ao comentar sobre a política de cotas para negros em universidades públicas e a segunda quando se recordou de uma visita à Bahia na qual visitou uma mulher atendida pelo programa Luz para Todos.

“Tinha vontade que a UNE sentisse o drama das pessoas que iam para as escolas particulares. Mas essa falta de debate sobre as universidades privadas não era culpa de ninguém (do movimento estudantil), a não ser de sucessivos governos que priorizaram a irresponsabilidade com educação para que ela fosse privatizada”, afirmou Lula durante seu discurso.

O mote da privatização também é de saudosa lembrança para a UNE, que promoveu diversos protestos no país ao longo do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por conta da venda da mineradora Vale do Rio Doce e de outras empresas estatais.

Lições

Em seguida, Lula afirmou no evento da entidade sob gestão de membros do PCdoB que “quem mais ganhou com a revolução de 17 foi a Europa Ocidental, porque com o medo do comunismo criou o Estado do bem-estar social”, referindo-se à derrubada dos governantes da Rússia para instituição de um governo comunista. Palmas menos efusivas da platéia.

No fim do discurso, em uma demonstração de visão prática da política, o presidente afirmou que “uma pessoa pobre ter uma caixa de lápis é mais importante do que uma revolução”.

“Na revolução, as pessoas não sabem o que vão fazer depois. Uma pessoa pobre sabe como usar o lápis”, ensinou. Lula defendeu o sistema de cotas para negros em universidades públicas, o qual chamou de “pequeno reparo” devido “às gerações perdidas pelos africanos” que se tornaram escravos no Brasil.
Uol

Rizzolo: Bem eu entendo houve por parte da matéria uma versão tendenciosa. Pelo texto pode-se inferir que o presidente usou o ” manual da esquerda” apenas para justificar o avanço social da Europa Ocidental. Agora, em relação à dívida da sociedade brasileira com os negros, o presidente está correntíssimo. Temos uma enorme dívida para com os negros neste país.

Como afirma Lula, as cotas significam ” pequenos reparos” face “às gerações perdidas pelos africanos” que se tornaram escravos no Brasil. Sempre defendi o sistema de cotas para negros em universidades públicas, e ainda acho pouco. Desta vez quem exagerou foi a imprensa, isso não é esquerdismo, e o presidente está correto.

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Um Olhar Enviesado

Vivemos no Brasil um momento em que a discussão sobre o papel do negro na sociedade é levado ao debate de uma forma a torná-lo confuso, polêmico, e até certo ponto complicado. Mistura-se a observação julgadora daqueles que legitimamente estão incumbidos desta função nas universidades, com injustiças aos demais não negros, causando de certa forma uma polêmica racial que tem por objetivo culminar com a extinção dos direitos à inclusão do negro na sociedade brasileira.

O que poderia numa análise perfunctória ser simples, torna-se complicada pois ao invés de se centrar na questão do negro, pontua-se com maior relevância os métodos de admissibilidade e reconhecimento da condição de ser ou não negro. Com efeito a análise ou os métodos não devem por si só, serem alvo das críticas, que pretensamente invalidam a luta na inserção do negro à sociedade, e animam os conservadores a uma cruzada à favor da manutenção do negro na condição de submissão na mantendo-o refém de seu próprio destino histórico.

Um olhar enviesado, uma distância nas relações pessoais, o preterimento na escolha de candidatos negros, a pronta relação vinculatória entre o negro e a pobreza, a pouca abertura ao ingresso de negros nos cargos públicos de nível, já seria por demais o suficiente para que a libertação do negro se desse de forma interior, vez que de nada adianta uma libertação exterior ou laboral como se deu na libertação da escravidão, se na alma os negros continuam acorrentados, humilhados, constrangidos, vítimas do contumaz olhar enviesado daqueles que se nutrem da enraizada intolerância histórica.

Fernando Rizzolo

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Serra critica a demora do Copom para baixar taxa básica de juros

Ao participar do Exame Fórum, na última segunda-feira, em São Paulo, o governador José Serra (PSDB) criticou a lentidão do Banco Central na redução da taxa básica de juros (Selic) e afirmou que o Copom deveria ter aproveitado a crise para derrubar a taxa em 3 ou 4 pontos percentuais logo no início da crise, de uma só vez e sem avisar ninguém por antecedência.

“Mesmo em setembro, com a crise nas ruas, o Banco Central subiu juros. É evidente que, nesse contexto, a crise de crédito atingiu as empresas. O BC tem agido corretamente agora ao reduzir taxas e expectativa futura, mas o fato é que, no auge da crise, demorou para resolver esse problema”, disse.

Segundo Serra, “foi um erro da política econômica, insuficiente conhecimento da economia, não é má fé. Eu acho que é problema estritamente de conhecimento e de receios. Nunca tem de se subestimar que o responsável não quer cometer erros. Mas às vezes, por não querer cometer erros, acaba cometendo”, disse.

O governador também disse temer que os primeiros sinais de estabilização da economia mundial façam o BC parar de baixar os juros. “Não vejo motivo nenhum para o BC não baixar os juros em 1 a 1,5 ponto em junho”.

Hora do Povo

Rizzolo: O governador está coberto de razão, o pior na demora na queda da taxa básica de juros é que nesse nível ainda atrai uma enxurrada de dólares para o País de especuladores que visam se beneficiar das altas taxas, fazendo com que o real fique valorizado, prejudicando nossas exportações, principalmente a de manufaturados. Acredito que não há na realidade uma má-fé, mas sim um enorme receio em relação às tomadas de decisão do ponto de vista macroeconômico.

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IBGE: desemprego é mais elevado para negros que para brancos

RIO – O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 13, levantamento que mostra que o desemprego em março deste ano era mais elevado para os pretos ou pardos do que para os brancos. Além disso, o rendimento médio de pretos ou pardos, de acordo com o instituto, era quase a metade do recebido pelos brancos. Os números foram contabilizados a partir de dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) referente a março de 2009.

A taxa de desocupação dos pretos ou pardos (10,1%) era mais alta que a dos brancos (8,2%). Além disso, entre a população em idade ativa (10 anos de idade ou mais) nas mesmas seis principais regiões metropolitanas do País, os brancos tinham, em média, 9,1 anos de estudo, enquanto os pretos ou pardos tinham 7,6 anos. Já o rendimento médio habitual dos trabalhadores pretos ou pardos (R$ 847,71) é “praticamente a metade” do que recebem os brancos (R$ 1.663,88).

Os técnicos da pesquisa destacam no documento de divulgação que, embora a diferença no desemprego ainda persista por cor ou raça, diminuiu nos últimos anos. Em 2003, a taxa de desocupação dos que se declararam pretos ou pardos era 14,4% e a dos brancos de 10,6%.

Em março de 2009, ainda de acordo com o levantamento do IBGE, a população composta pelas pessoas que se declararam pretas ou pardas representava, 42,8% das 40,7 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade nas seis regiões metropolitanas investigadas pela PME. A Região Metropolitana de Salvador apresentou a maior proporção de pretos e pardos (82,7%) e Porto Alegre a menor (12,6%).
agência estado

Rizzolo: E ainda existem pessoas que entendem que a sociedade nada deve aos negros e pardos, contestam as cotas, argumentam contra as iniciativas de inclusão, desprezam a imposição histórica de submeter os negros há anos de escravidão, ou seja, pessoas desprovidas do mínimo senso de justiça social e que lutam para a preservação da condição humilde dos negros do Brasil.

Tenho sempre dito neste blog que a sociedade brasileira deve sim ser responsável e reconhecer a defasagem intelectual imposta aos negros pela exclusão e pela miséria, poucos são os negros de destaque neste País e quando surgem, não são devidamente prestigiados, um exemplo clássico é ministro do STF Joaquim Barbosa, o primeiro negro a tomar posse como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Lucro da Petrobras cai 20% no 1o trimestre

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O lucro da Petrobras no primeiro trimestre do ano caiu para 5,8 bilhões de reais, 20 por cento inferior ao mesmo período do ano passado, afetado por preço em baixa do petróleo e demanda menor tanto no Brasil como no exterior.

O resultado ficou acima da previsão de cinco analistas consultados pela Reuters, que estimavam em média lucro de 5 bilhões de reais.

“O principal fator foi o aumento de produção de petróleo no Brasil, de 7 por cento, acrescentamos 150 mil barris no primeiro trimestre (contra o mesmo período do ano anterior), e tivemos queda de custos em relação ao quarto trimestre”, explicou a jornalistas o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.

Ele informou que apesar do petróleo estar em queda em relação há um ano, o preço médio do trimestre foi de 44 dólares o barril, acima dos 37 dólares utilizados como preço de referência para os projetos da companhia este ano. Somente com esse efeito o ganho da companhia foi de 900 milhões de dólares.

“Cada dólar acima do que estipulamos gera 500 milhões de dólares, e se a média desse ano for 47 (dólares o barril) vão ser 5 bilhões de dólares a mais, que ficam para o ano que vem”, afirmou o executivo.

Ele explicou também que a companhia trabalha com a expectativa de redução de custos a partir do segundo trimestre. “Se houver queda nos custos dos equipamentos de 15 por cento teremos uma contribuição de 4 bilhões de dólares adicionais”, calculou.

Ele destacou que o lucro do primeiro trimestre também teve ajuda da manutenção dos preços da gasolina e do diesel, elevados há um ano, e que representam entre 50 e 60 por cento da receita da companhia.

Além disso, a queda de 8 por cento no consumo interno foi compensada por mais exportações, que tornaram a Petrobras novamente exportadora líquida no primeiro trimestre deste ano.

“Com a produção maior e a queda no mercado interno de derivados sobrou mais para ser exportado”, informou.

De janeiro a março a empresa exportou 666 mil barris diários e importou 566 mil barris diários, resultado em uma exportação líquida de 100 mil barris diários. Em valor, no entanto, o déficit ficou em 150 milhões de dólares, redução de 125 milhões de dólares em relação as perdas de 775 milhões de dólares da balança comercial da companhia no primeiro trimestre de 2008.

O ganho antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em 13,4 bilhões de reais, queda de 5 por cento comparado ao primeiro trimestre de 2008.

Analistas estimavam, em média, que o Ebitda ficaria em apenas 11,9 bilhões de reais.

Segundo relatório divulgado pela companhia, o resultado reflete, em parte, “a redução no preço das commodities e a retração da demanda por derivados no mercado interno”.

SERVIÇO DA DÍVIDA

A estatal tem registrado aumentos mensais na produção recentemente, devido à entrada em operação de novas plataformas, e fechou o primeiro trimestre com produção total média (Brasil e exterior) de 2,48 milhões de barris de óleo equivalente/dia (boed), 6 por cento acima do resultado do primeiro trimestre de 2008.

Barbassa afirmou que a empresa também tem despendido mais recursos com o serviço da dívida.

“O lucro líquido foi resultado de uma alteração nas despesas financeiras, porque a empresa tem um nível de endividamento maior e paga mais juros”, afirmou, acrescentando que também ocorreu efeito cambial adverso, já que no ano passado o real estava se desvalorizando e no momento ele está se fortalecendo.

Como a companhia possui volume considerável de recursos e ativos em suas operações fora do país, a mudança no câmbio reduziu o valor em reais desses itens.

Barbassa destacou ainda que a empresa investiu mais do que gerou de caixa no primeiro trimestre, o que não chega a ser um problema, segundo ele, já que financiamentos anunciados pela companhia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e um pool de bancos estão garantidos.

“Não está incluído no primeiro trimestre as negociações com o BNDES e ainda falta uma parcela dos 6,5 bilhões de dólares do empréstimo-ponte que fizemos”, explicou, ressaltando que a última parcela do empréstimo do banco e os recursos do BNDES (25 bilhões de reais) entram no caixa até o final de maio.
folha online

Rizzolo: É claro que a retração na demanda, e maiores custos exploratórios, devido à baixa de poços secos ou sem viabilidade econômica, foram os fatores que influenciaram o desempenho da área. Parte desses efeitos, no entanto, foi na realidade compensada pelo aumento de cerca de 6% na produção diária de óleo e gás e pela redução nos custos com participações governamentais. Por outro lado, a queda na cotação do petróleo beneficiou a área de abastecimento da estatal. O segmento reverteu resultado negativo de R$ 435 milhões, no primeiro trimestre de 2008, para um lucro de R$ 4,576 bilhões no intervalo de janeiro a março de 2009. Agora não se pode ter tudo, não é ?

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