Gabriel Chalita, escritor, católico, e radialista da Canção Nova, fala sobre a campanha a campanha de ódio feita contra Dilma
http://www.youtube.com/watch?v=xS2pv2z8BP4&feature=player_embedded%5D
Gabriel Chalita, escritor, católico, e radialista da Canção Nova, fala sobre a campanha a campanha de ódio feita contra Dilma
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O diabo está no Vaticano. Pelo menos é nisso que acredita o padre Gabriele Amorth, de 84 anos. Exorcista chefe da Igreja Católica, ele crê que as más influências do demônio foram responsáveis pelos casos recentes de pedofilia envolvendo padres e o ataque ao Papa Bento XVI.
“O diabo vive no Vaticano. Ele ganhou a confiança das pessoas, mas é difícil conseguir provas sobre isso, mas as consequências são bem visíveis. Nós temos cardeais que não acreditam em Cristo, bispos ligados a demônios. Também temos essas histórias de pedofilia. Dá para sentir o fedor da podridão da fumaça de Satã nos locais sagrados (do Vaticano)”, disse o padre, ao tablóide britânico “The Sun”.
Fã confesso do filme “O Exorcista”, ele lembrou alguns casos de exorcismo que protagonizou recentemente. “Da boca dos possuídos, sai todo tipo de coisa. Pedaços de metal do tamanho de um dedo, pétalas de rosas”, garantiu.
SRZD
Rizzolo: Primeiramente esse é o tipo de abordagem religiosa sensacionalista. Mas achei interessante comentá-la pois passa pela crença de muitos a existência real da capacidade da influência negativa. Não vou entrar no mérito da questão religiosa em si, porém alegar que o diabo vive no Vaticano é no mínimo se empenhar numa notícia sensacionalista e sem base. A premissa serve para qualquer religião, pessoa, culto, credo: onde há luz não há escuridão, ou não existe treva em local iluminado, seja ele em qualquer crença. Não devemos insinuar ou desqualificar religiões sejam elas quais forem . Entenderam, não é ?
CIDADE DO VATICANO – A Igreja Católica disse estar muito preocupada com o comércio de drogas, a corrupção e o tráfico de armas na América Latina, e demonstrou disposição em colaborar “eficazmente” com as autoridades para desenvolver projetos que acabem com esses problemas na América Latina.
É o que afirma um documento divulgado nesta terça-feira, 1, pelo Vaticano por ocasião da 14ª Reunião do Conselho especial para a América da secretaria geral do Sínodo de Bispos, realizada nos dias 17 e 18 de novembro.
Os bispos latino-americanos denunciaram que o continente sofre de graves problemas como o comércio de drogas, reciclagem de lucros ilegais, corrupção, violência, corrida armamentista, discriminação racial, dívida externa, desigualdades entre grupos sociais e destruição da natureza.
Sobre a corrupção, assinalaram que é um fenômeno “muito disseminado” no continente e que a Igreja apoia os esforços das autoridades civis para “derrotá-la ou, pelo menos, reduzi-la”.
Além do comércio de drogas, que, segundo os religiosos, “ameaça a integridade dos povos americanos”, os bispos denunciaram a facilidade com que armas circulam na América Latina.
“A Igreja deve levantar a voz que denuncia o rearmamento e o escândalo do comércio de armas, que consome grandes quantias de dinheiro que deveriam ser destinadas a combater a miséria e a promover o desenvolvimento”, diz o texto Vaticano.
Os bispos também afirmaram que é necessário promover uma cultura da solidariedade que incentive iniciativas de apoio aos pobres e aos marginalizados, especialmente aos refugiados.
agencia estado
Rizzolo: Bem em relação à corrupção não resta a menor dúvida, o rearmamento fica pela corrida armamentista de Chavez, patrocinado pelo Irã, Rússia, e China que tentam ter maior influência na América Latina. Apoio aos refugiados é bom, dependendo do refugiado, é claro. Tráfico de armas se resolve com vontade política, polícia e erradicação da miséria. Não falaram nada que ninguém saiba.
Londres, 25 fev (EFE).- Chegou hoje a Londres o bispo britânico ultraconservador Richard Williamson, que foi obrigado a abandonar a Argentina após receber a ameaça de expulsão do Governo argentino por suas declarações negando o Holocausto de 6 milhões de judeus.
Em meio à grande expectativa da imprensa, o bispo chegou ao aeroporto londrino de Heathrow em um voo procedente de Buenos Aires, mas não quis fazer declarações.
Williamson, que negou que as câmaras de gás nazista tivessem sido utilizadas para exterminar milhões de judeus, foi escoltado por numerosos agentes da Polícia a um automóvel que o esperava.
Os bispos católicos da Inglaterra e Gales condenaram as afirmações de Williamson, que classificaram como de “totalmente inaceitáveis”.
Um porta-voz da Conferência de bispos católicos na Inglaterra e Gales disse hoje que “não tem ideia” sobre onde o religioso ficará no Reino Unido.
Entre as pessoas que o esperavam em Heathrow estava o inglês judeu Mayer Gruver, que perdeu sete de seus 11 parentes durante o Holocausto e classificou de “escandalosas” as opiniões do bispo sobre o Holocausto.
O bispo, de quem o papa Bento XVI retirou a excomunhão emo janeiro, negou que as câmaras de gás nazistas tivessem sido utilizadas para exterminar a judeus e disse que no Holocausto não morreram 6 milhões de pessoas mas entre 300 mil e 400 mil.
Essa afirmação estava contida em entrevista gravada na Alemanha em novembro e transmtida em 21 de janeiro pela TV estatal sueca “Svt”.
Folha online
Rizzolo: Mas esse bispo nunca teve vocação religiosa mesmo. É impressionante seu comportamento, nega o holocausto, dá afirmações de cunho racista, quase agride jornalista; realmente um bispo ultra reacionário. Não sei até quando algumas pessoas que se dizem religiosas, vão continuar a pregar o mal, a submeter as minorias incitando o racismo, e contar com o apoio institucional dos dirigentes da Igreja, no caso a católica. Bem fez o governo argentino, que numa medida nobre expulsou o “bispo” Williamson, agora ele é problema da Inglaterra.
VATICANO – O papa Bento XVI recebeu no Vaticano sobreviventes do Holocausto. Após a audiência geral, o papa “acolheu de braços abertos” o norte-americano Gary Krupp, presidente da “Pave the Way Foundation” (Fundação Pavimente o Caminho), segundo informou o jornal Osservatore Romano.
Krupp “quis fortemente o encontro com Bento XVI” para informar-lhe sobre um simpósio que, de 15 a 18 de setembro, em Roma, “aprofundará” o estudo sobre a ajuda oferecida aos judeus pelo papa Pio XII.
Para o norte-americano, a presença durante a audiência de sobreviventes do Holocausto é “uma expressão de gratidão ao papa Pio XII, por ocasião dos 50 anos de sua morte”.
Alguns judeus acusam Pio XII, no comando da Igreja Católica de 1939 a 1958, de ser indiferente em relação ao Holocausto e de não se manifestar contra Hitler. Os defensores do papa vêem nele um homem santo que trabalhou nos bastidores para ajudar os judeus na Europa toda.
Vários grupos judaicos, em especial a Liga Antidifamação, com sede nos EUA, já pediram que o Vaticano suspenda o processo de canonização desse papa, que se encontra em andamento, enquanto não divulgar todos os documentos secretos referentes à Segunda Guerra.
O Osservatore Romano também informou que, além dos judeus, Bento XVI recebeu Mame Mor Mbacke, “notável referência para os muçulmanos do Senegal”, que expressou seu compromisso de colaborar com os católicos pela paz e pela justiça. Segundo a publicação, o encontro “é um sinal positivo para o diálogo com o Islã na África”.
Agência Estado
Rizzolo: O tema é polêmico, a Liga Anti Difamação Judaica nos EUA alega que o processo de canonização do Papa deve ser suspenso até que os arquivos secretos do Vaticano datados da época sejam analisados. É o tipo de discussão que provavelmente não levara a nada. O anti-semitismo ainda está vivo por toda parte, inclusive no Brasil, e digo isso como conhecedor da causa, com freqüência envio emails que recebo de conotação anti semita aos devidos órgãos policiais para as devidas apurações de autoria. Nenhum povo pode ser discriminado por motivos religiosos, étnicos, ou seja lá qual for a justificativa. Acredito que o Papa Pio XII deve ter agido no âmbito que tinha alcance, deve ter agido no que era ao seu alcance; pessoalmente não acredito na tão promulgada passividade do Papa em relação ao Holocausto, até porque isso jamais seria um comportamento cristão. Pelo menos prefiro assim pensar.
O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou nesta quinta-feira (29) as pesquisas com células-tronco embrionárias no país. O Supremo rejeitou uma ação direta de inconstitucionalidade contra o artigo 5º artigo da Lei de Biossegurança que permite a utilização, em pesquisas, dessas células fertilizadas in vitro e não utilizadas.
Seis ministros do tribunal votaram a favor das pesquisas. Outros cinco sugeriram mudanças na lei. Anteriormente, o voto do ministro Cezar Peluso havia sido contabilizado pelo Supremo como favorável às pesquisas, mas a informação foi retificada e o ministro foi classificado no grupo dos que pediram alterações na lei.
Folha online
Rizzolo: Do ponto de vista moral e espiritual essa decisão é um retrocesso. Não podemos deixar de entender que o embrião é um ser humano em seu estágio inicial. A questão é controversa, até porque esses seres ainda embrionários não tem a quem recorrer, foram sim derrotados, e serão exterminados; é lamentável que o STF não tenha confirmado esse direito cristalino, permitindo que vidas humanas em estado embrionário sejam ceifadas. Como alega a Igreja Católica, não há até hoje nenhum protocolo médico que autorize pesquisas científicas com células-tronco obtidas de embriões humanos em pessoas, por causa do alto risco de rejeição e de geração de teratomas. Sinto por esses seres. Espiritualmente para nós brasileiros, é um retrocesso cujo impacto será sentido através do tempo pelas nossas almas.
Veja a posição do Rabino D. Weitman do Beit Chabad em entrevista concedida à revista Morashá em 2008: E como fica o uso de embriões clonados para pesquisas com células-tronco?
“A pergunta refere-se à célebre clonagem terapêutica, mas já que ela consiste igualmente em destruir o embrião para obter as células-tronco, fica automaticamente proibida, conforme já foi explicado. Afora as inúmeras objeções morais a respeito, pois afinal o homem será reduzido a um mero depósito de peças avulsas. E isso é, claro, impensável.
Ao se permitir a clonagem terapêutica, o próximo passo será, inevitavelmente, a permissão da clonagem reprodutiva. Que ninguém se iluda: a pressão será enorme. E apesar de não estarmos preparados para afirmar que a halachá proíbe a técnica da clonagem reprodutiva, seguimos com reservas consideráveis a respeito.
A clonagem, apesar de ainda bastante teórica, ameaça a diversidade genética do ser humano. Transforma-o em mera matéria-prima; é uma demonstração de egoísmo, e gera a rivalidade entre a mãe que forneceu o óvulo e a que deu o núcleo para a transferência nuclear. Isso sem contar a multiplicidade de abortamentos e más-formações até que o resultado desejado seja atingido. A clonagem permite a seleção racista e eugênica da raça humana, promovendo a produção de filhos sem pais, algo totalmente antinatural.
A clonagem, enfim, traz consigo inúmeros problemas e dilemas, como mencionado.1 Não foi à toa que muitas autoridades internacionais convocaram uma moratória da clonagem humana reprodutiva.”
1. 1. Para um melhor entendimento, aconselhamos a leitura da entrevista do Rabino, “Clonagem Humana”. Vide Morashá no 33, junho de 2001.
Rabino Y. David Weitman, originário da Bélgica, freqüentou academias talmúdicas em Israel, França e Nova York. Graduou-se juiz de corte rabínica em 1979, ano em que se fixou no Brasil. Em 1990 fundou o Centro Judaico Chabad Morumbi e dois anos depois estabeleceu a Institução Beneficente Israelita Ten Yad, dedicada ao combate à fome e ao resgate da dignidade de pessoas carentes. Reconhecido articulista e palestrante sobre pensamento judaico, misticismo e temas contemporâneos. Rabino Y. David Weitman é o autor de “Bandeirantes Espirituais do Brasil” que descreve a contribuição judaica no Brasil colonial e atua como rabino na Sinagoga Beit Yaacov da Congregação e Beneficência Sefardi Paulista, situada na região de Higienópolis. Professor dinâmico, transmite conceitos tão antigos quanto profundos em uma linguagem clara e acessível, logrando que a autêntica mensagem milenar judaica chegue intacta aos corações de suas audiências.
Leia artigo de Fernando Rizzolo escrito em março deste ano sobre esta questão : Uma visão humana aos embriões humanos
Quando se fala que a carga tributária de 37% do PIB no Brasil é enorme, e parace que apenas isso preocupa os neoliberais de plantão, tornando a ” eficiência” e o “rigor nos gastos públicos” os mantras da insensibilidade social, podemos inferir que na Inglaterra, um páis onde nem há necessidade de tanta intervenção estatal, a carga tributária é na ordem de 38% do PIB daquele país. Numa análise perfunctória, observamos que alguma coisa esta errada, o Brasil como um país pobre, decidiu, após o desmantelamento proposital da saúde pública, optar por um sistema egoísta de seguro saúde, onde só há possibilidade de se ter um atendimento digno, pagando-se um pedágio à iniciativa privada, ou seja , aos planos de saúde, tornando a população refém dos mesmos.
Não podemos imaginar um país com 45 milhões de pessoas que vivem na miséria, sem ter um atendimento digno na área da saúde, que repito, fora sucateada, para enfim ser destinada e entregue aos ” Barões da Medicina privada “. Num quadro em que os hospitais públicos passam por uma crise, que médicos necessitam ter no mínimo quatro empregos para sobreviver, na escassez de escolas de medicina, na imensa maioria das crianças brasileiras que pouca assistência médica tem por parte do Estado e vivem num verdadeiro abandono em termos de saúde pública, setores insensíveis da política brasileira como parte do PSDB e DEM, conspiram rindo , às gargalhadas, a possibilidade de vetar a prorrogação da CPMF, boicotando parte dos recursos ao PAC da Saúde que será laçado hoje pelo presidente Lula. Para a platéia, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, deverá descrever as linhas gerais da política, prevista para ser executada nos próximos quatro anos. Deverão ser investidos R$ 89 bilhões – R$ 24 bilhões viriam de um porcentual recolhido com a CPMF.
Numa postura que poderíamos chamar até de cristã, o governo vai tentar sensibilizar e demonstrar aos insensíveis, a necessidade do PAC da Saúde que prevê exames anuais, fazendo com que através do diagnóstico precoce, descubra-se problemas, como de visão, que estejam prejudicando os estudantes nas salas de aula. Vai levar para as 27 milhões de crianças nas escolas o Saúde da Família, de maneira que a escola, a família, o aluno e os profissionais de saúde, juntos, tratem da questão da saúde. A idéia, segundo o governo, é que cada criança, dos 27 milhões de alunos, seja examinada duas vezes ao ano por um médico, [crianças] que tenham problema de audição, de visão, de desnutrição. Tudo que pode comprometer o aprendizado vai ser enfrentado e garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ora, o Brasil é um país pobre , e o desenvolvimento social deve ser orquestrado pelo Estado; o que temos hoje, na realidade, é um Estado raquítico, como assim afirma Pochman , presidente do Ipea, e não há como implementar projetos sociais, abrindo – se mão dos 40 bilhões de arrecadação da CPMF; na verdade, o objetivo é ampliar programas já existentes, como Saúde da Família, Farmácia Popular e Brasil Sorridente.
Numa posição mais moderada, mais cristã, e mais coerente com a realidade brasileira, os tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), tentam se engajar na aprovação da CPMF, mas são pressionados pela ala insensível que corre na contramão do povo brasileiro, sem contar é claro, com os apregoadores da ” eficiência” e do rigor nos gastos públicos ” como a Fiesp, que nem com um dedo em riste de um cirurgião como o Dr. Jatene, se curvam ao desejo sombrio, de impedir que crianças tenham acesso à saúde através do Estado. Não podemos conceber os milhões de reais gastos em panfletagem feitas em nome do empresariado paulista, no boicote desses projetos, vinculados , é claro, à CPMF. E vou até mais longe, isso é uma questão de religiosidade, de cristianismo, de bondade. O que diz a Igreja Católica ? Promover conspirações prejudicando a arrecadação de impostos, já exaustivamente exauridos em relação à necessidade dos mesmos ao do povo, é ético, é cristão ?
Acredito que parte do PSDB não é condenada pelo passado, haja vista, o passado do governador Serra, e acredito que os preceitos de justiça social, oportunidade de desenvolvimento, e o dever moral de se levar saúde pública aos pobres, deverá induzir os mais individualistas espíritos que não sabem o que é compartilhar, a ceder pelo menos em nome daquilo que aprenderam nas aulas de religião, amor ao próximo.
Fernando Rizzolo
Leia também : Porque Lula e Temporão incomodam tanto a Igreja Católica