Fernando Rizzolo 3318 candidato a Deputado Federal por SP. Divulgue este vídeo e ajude o Rizzolo a chegar lá !!
Igreja Universal do Reino de Deus é acusada de ter enviado para o exterior cerca de R$ 5 milhões por mês entre 1995 e 2001 em remessas supostamente ilegais feitas por doleiros da casa de câmbio Diskline, o que faria o total chegar a cerca de R$ 400 milhões. A revelação foi feita por Cristina Marini, sócia da Diskline, que depôs ontem ao Ministério Público Estadual e confirmou o que havia dito à Justiça Federal e à Promotoria da cidade de Nova York.
O criminalista Antônio Pitombo, que defende a igreja e seus dirigentes, nega as acusações.
Cristina e seu sócio, Marcelo Birmarcker, aceitaram colaborar com as investigações nos dois países em troca de benefícios em caso de condenação, a chamada delação premiada. Cristina foi ouvida por três promotores paulistas. Ela já havia prestado o mesmo depoimento a 12 promotores de Nova York liderados por Adam Kaufmann, o mesmo que obteve a decretação da prisão do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), nos Estados Unidos – ele alega inocência.
Os doleiros resolveram colaborar depois que a Justiça americana decidiu investigar a atividade deles nos Estados Unidos com base no pedido de cooperação internacional feito em novembro de 2009 por autoridades brasileiras. Em Nova York, eles são investigados por suspeita de fraude e de desvio de recursos da igreja em território americano.
Seus depoimentos foram considerados excelente pelos investigadores. Ela afirmou aos promotores que começou a enviar dinheiro da Igreja Universal para o exterior em 1991. As operações teriam se intensificado entre 1995 e 2001, quando remetia em média R$ 5 milhões por mês, sempre pelo sistema do chamado dólar-cabo – o dono do dinheiro entrega dinheiro vivo em reais, no Brasil, ao doleiro, que faz o depósito em dólares do valor correspondente em uma conta para o cliente no exterior. Cristina disse que recebia pessoalmente o dinheiro.
Subterrâneo. Na maioria das vezes, os valores eram entregues por caminhões e chegavam em malotes. Houve ainda casos, segundo a testemunha, que ela foi apanhar o dinheiro em subterrâneos de templos no Rio.
Cristina afirmou que mantinha contato direto com Alba Maria da Silva Costa, diretora do Banco de Crédito Metropolitano e integrante da cúpula da igreja, e com uma mulher que, segundo Cristina, seria secretária particular do bispo Edir Macedo, fundador e líder da igreja.
De acordo com a testemunha, ela depositou o dinheiro nos EUA e em Portugal. Uma das contas usadas estaria nominada como “Universal Church”. Além dela, os promotores e procuradores ouviram o depoimento de Birmarcker. Ele confirmou a realização de supostas operações irregulares de câmbio para a igreja, mas não soube informar os valores.
Os doleiros Cristina e Birmarcker estão na relação de investigados no Caso Banestado (inquérito federal sobre evasão de divisas). Em 2004, foram alvo da Operação Farol da Colina – maior ofensiva da história da Polícia Federal contra crimes financeiros no País. Cristina e Birmarcker foram presos na ação e hoje respondem a processo na 2.ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
No Brasil, Macedo e Alba estão entre os diretores do chamado Grupo Universal processados sob as acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro obtido de fiéis por meio de estelionato. Alba representaria no País as empresas Investholding e Cableinvest, ambas sediadas em paraísos fiscais. A acusação sustenta que elas seriam usadas para a lavagem de dinheiro.
Provas. Os promotores brasileiros têm ainda como prova um relatório financeiro feito pelo Ministério Público Federal que relaciona algumas remessas supostamente ilegais feitas pela Diskline para a Cableinvest. A empresa teria movimentado recursos por meio da conta Beacon Hill, no JP Morgan Chase Bank, de Nova York, mantida pelos doleiros.
As provas sobre essas remessas foram encontradas em um CD apreendido na sede da casa de cambio pela PF. Uma tabela descreve remessas que totalizam R$ 7,5 milhões (em valores da época) feitas entre agosto de 1995 e fevereiro de 1996.
Na esfera estadual, as investigações seguem em duas frentes – uma comandada pela Promotoria do Patrimônio Público e Social e outra pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A primeira pode levar ao bloqueio e à perda dos bens dos diretores da igreja no Brasil. A segunda investigação pode levar à condenação criminal dos acusados.
agencia estado
Rizzolo: Bem, esta não é a primeira vez que surgem acusações contra a Igreja Universal, que evidentemente devem ser apuradas com o rigor apropriado. Contudo, ao que parece, existe em determinados segmentos da mídia uma verdadeira cruzada contra as atividades da referida Igreja, e aos evangélicos de uma forma geral, o que leva por certo à conclusão de que sempre há um componente político por trás de todas as acusações. A delação premiada é controversa, e na minha opinião pessoal, extremamente perigosa para a devida instrução criminal, portanto delação premiada, componentes políticos religiosos, conflitos de mídia, tudo pode levar à devida suspeição. Enfim apurar é o papel do Ministério Público.
Chovia muito e a estrada de terra escorregadia fazia o carro deslizar como que se estivesse sobre uma fina manta de gelo. De longe avistei Reinaldo, um rapaz pobre, agricultor, alcoólatra, que com a camisa ensopada pela água da chuva, tentava esquivar-se dos pingos segurando com firmeza sua Bíblia. Ao me aproximar parei e lhe ofereci uma carona. Meio sem jeito, agradeceu com um olhar desarmado e me disse que voltava do culto evangélico. Tinha, enfim, tornado-se “crente” e afirmou isso com certo orgulho, patente no seu gesto determinado e temente a Deus.
Ao chegar em sua casa agradeceu-me e convidou-me para um dia conhecer sua igreja, mesmo sabendo que não sou cristão. Aquele simples trajeto em meio a uma chuva fina, me fez refletir sobre as transformações espirituais que toda religião induz nas pessoas, pois de forma nobre afloram da alma as melhores intenções do ser humano. Reinaldo é um dos 26 milhões de evangélicos do Brasil, segundo censo de 2000, número que que com certeza, nos dias de hoje, deve ter-se elevado consideravelmente.
Não poderíamos deixar de reconhecer que as igrejas evangélicas, independentemente de seus segmentos, contribuem de forma decisiva para a formação da ética, da moral, dos bons costumes, preenchendo uma lacuna e um espaço fértil onde a desesperança, a miséria e a desventura prosperam face à fragilidade sócio-econômica e à falta de oportunidade que ainda persistem no nosso meio, conduzindo os jovens à criminalidade, ao vício e à desintegração familiar.
As várias denúncias elencadas nos últimos anos em relação aos líderes de igrejas evangélicas nos assustam e certamente, cabe ao Judiciário, como já o fez inúmeras vezes, apurar os fatos baseando-se no princípio de isenção religiosa, como é sua marca no Brasil. Contudo, nos parece pertinente uma reflexão sobre o papel da imprensa em relação a essa questão que envolve, de certa forma, essa grande parcela da sociedade brasileira, pois desta feita, quem está sendo julgado são seus líderes religiosos.
Com efeito – e me abstendo da questão criminal em si ajuizada – cabe ao provimento jurisdicional julgar. Maso que se observa é que existe nos meios de comunicação uma insinuação velada de que ser evangélico no Brasil é sinônimo de estar sendo enganado, ao mesmo tempo que, pouco se demonstra ou valoriza, os atos dos fiéis, a mudança em suas vidas, a fé despertada, a vida reconstruída. Tudo mais é enaltecido: os maus atos dos líderes e a improbidade religiosa, o que por consequência, desqualifica o espírito evangélico renovador, coisa que não deveria acontecer. Nos EUA os evangélicos são responsáveis pelas maiores doações a Israel e no Brasil, observa-se que a simpatia dos evangélicos pelo povo judeu faz com que as diferenças religiosas sejam superadas através do entendimento pela paz e da busca quanto à harmonia das idéias.
Não seria justo que o lado bom de qualquer religião fosse ofuscado pela postura dos líderes, mas assim como é necessário denunciar as improbidades, também é dever da imprensa reconhecer e dar espaço às boas coisas, prestigiando aqueles que como Reinaldo, através da religião, tiveram o firme propósito de renascer com a sua fé, de superarem-se através do amor que nutrem por Deus e com orgulho, dirigem um olhar sereno segurando uma Bíblia, quando dizem: “ – Eu mudei, sou evangélico, estou renascendo. Deus te abençoe.”
Fernando Rizzolo
A pedido do Ministério Público de São Paulo, a Justiça abriu ação criminal contra Edir Macedo e outros nove integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus sob a acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, informa reportagem publicada nesta terça-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
A investigação mostra que, somando transferências atípicas e depósitos bancários feitos por pessoas ligadas à Universal, o volume financeiro da igreja de março de 2001 a março de 2008 foi de R$ 8 bilhões, segundo informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda.
A movimentação suspeita da Universal somou R$ 4 bilhões de 2003 a 2008. Os recursos teriam servido para comprar emissoras de TV e rádio, financeiras e agência de turismo e jatinhos. Os advogados da Universal negam irregularidades. Segundo eles, a Receita aprovou as contas das empresas apontadas na denúncia.
Em resposta à Folha, Arthur Lavigne, advogado dos dez líderes da Igreja Universal, disse que as empresas apontadas pelo Ministério Público como fachada para a movimentação do dinheiro pago por fiéis como dízimo já foram fiscalizadas pela Receita Federal e tiveram suas contas aprovadas.
Reportagem da Folha publicada em dezembro de 2007 revelava o patrimônio da Igreja Universal do Reino de Deus acumulado em mais de 30 anos –o que incluía um conglomerado empresarial em torno dela. Após a publicação, fiéis da igreja entraram com ações por dano moral contra o jornal, no país todo.
folha online
Rizzolo: Evidentemente durante a instrução criminal os acusados poderão comprovar sua inocência. O papel do Ministério Público é este, promover as devidas denúncias para que se recebidas pelo Juiz, dar início à ação penal com amplo direito ao contraditório.
Contudo, deixando de lado esta denúncia específica, tampouco opinando em relação ao processo em questão, a grande verdade é que de uma maneira geral existe um certo “antievengelismo” acompanhado de um denuncismo, que vez ou outra acomete as Igrejas Evangélicas em geral, principalmente por parte da imprensa.
Nunca fui advogado de nenhuma Igreja Evangélica, sou uma pessoa religiosa, não sou cristão, mas tenho uma profunda admiração aos evangélicos de uma maneira geral. A retidão do pensamento, os valores, os trabalhos sociais, o temor à Deus, tudo isso na realidade é que o falta ao povo brasileiro, e em especial à classe política, e isso os evangélicos tem de sobra.
Se há culpados que sejam julgados, mas a reflexão que disponho a fazer, é em relação aos valores religiosos, este sim são de extrema importância, e talvez num país aonde a corrupção, a falta de ética, o desrespeito a Deus impera, provavelmente as perseguições prosperam na mesma intensidade.
Foi um domingo normal, como de costume li todos os jornais da capital paulista, artigos sobre política, economia, política internacional, ciência, enfim, tudo que é reservado a uma manhã de domingo ensolarada lendo e relendo trechos não tão diferentes daqueles que li no decorrer da semana. Foi no caminho, no cumprimento de mais um ritual da manhã de domingo, caminhar no Ibirapuera, que me vi perdido em meus pensamentos, refletindo sobre o nosso desenvolvimento econômico, sobre o que estamos vivenciando nessa era de desenvolvimento brasileiro, quando preliminares apontam que pelo menos R$ 15 bilhões poderão entrar a mais do que o projetado pelo governo no decreto de programação orçamentária, quando novas reservas de petróleo nos enchem de orgulho, ao pensarmos que poderemos entrar no rol daqueles maiores produtores do mineral, que não pára de se valorizar.
O Brasil na era Lula é um País que desponta com uma enorme energia, com um vocação de crescimento nunca antes vista, mas algo me leva a pensar que deveria refletir sobre uma questão maior, uma questão que de tal forma fosse, a justificar a utilização de forma ética e benéfica os recursos públicos e pessoais advindos desta prosperidade. Aí me perguntei, será que entre tantos planos de desenvolvimento econômico, estaríamos programando para nós mesmos um plano maior, visando acompanhar este desenvolvimento material?
Não temos no Brasil uma tradição em valorizar o conteúdo espiritual e religioso das pessoas, até por que tantos foram os problemas que afligiram nossa nação, que os esforços se deram mais na direção do desenvolvimento econômico, contudo, me parece que algo maior nos chama a medida em que materialmente começamos a nos desenvolver. Nos EUA, a tradição espiritual é projetada pela linhagem protestante, cujos líderes sempre procuraram adequar o desenvolvimento material com o espiritual. O que faz dos EUA, uma nação marcada por valores que refletem nos votos, no caráter dos candidatos, e na ética que permeia a democracia. Numa sondagem organizada por uma organização evangélica sediada em Washington DC foi revelado que entre os cristãos, cerca de 82% acreditam que têm uma obrigação moral para apoiar Israel, os evangélicos americanos entendem que Israel significa mais do que um lar judaico, um lar espiritual.
No Brasil, felizmente, aqueles que exercitam a palavra de Deus, de Hashem, não param de crescer, isso significa que, em três anos, quase seis milhões de brasileiros aderiram ao protestantismo, que continua crescendo graças ao trabalho de uma nova geração de pastores. A socióloga da USP (Universidade de São Paulo) Maria Cristina Loureiro Serra afirma que o sucesso do discurso dos novos pastores está relacionado ao fato de enfatizarem a importância da racionalidade, além de mirarem um segmento que começa a crescer: o dos fiéis da classe média. O estudo da FGV indica que a maior parte dos evangélicos no país pertence às classes econômicas mais pobres: enquanto o percentual de evangélicos no Brasil era de 15% em 2000, na periferia e nas regiões metropolitanas ele chegava a 20%.
Não há como conviver com o desenvolvimento econômico, se dentro de nós existe a pobreza espiritual, a violência, a tristeza e a desesperança. Ao contrário daqueles que apregoam o antievangelismo entendo que o caráter espiritual de um povo independe de religião, mas incontestável é a necessidade de viabilizarmos a nós mesmos, um desenvolvimento interior baseado em algo maior, um PAE (Plano de Aceleração Espiritual), para que a ética, a bondade, e os valores de paz integrem o diversos “planos de desenvolvimento”. Quem sabe assim, possamos educar melhor nossas crianças para o convívio com o desenvolvimento material, lançando as espiritualmente ao encontro de Deus, e jamais arremessando-as ao mais baixo nível de amor como o que vimos no caso Isabella.
E assim foi, quando me apercebi pensando nisso tudo, já tinha dado três voltas no Parque do Ibirapuera, e uma proeza: não pensei em política. Cansado ao voltar para casa, entrei na sala e vi a Torah (Bíblia) sobre a mesa, abaixei os olhos e pensei : alguém me acompanhou nessa caminhada…. valeu…
Fernando Rizzolo
O Teatro Record foi palco, na noite desta quinta-feira (27), da cerimônia que marcou o início das transmissões do canal de notícias Record News. Na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador de São Paulo, José Serra, o bispo Edir Macedo, concessionário da Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, atacou a Globo no discurso inaugural.
“Nós fomos injustiçados por muitos anos por um grupo de comunicação que tinha e mantém o monopólio da notícia no Brasil. Daí nosso desejo de dar um fim a esse monopólio”, afirmou. A referência indireta à emissora carioca é a justificativa para a criação do “primeiro canal exclusivo de notícias 24 horas da TV aberta”. À Folha Online, ao ser perguntado sobre o prazo para quebrar o monopólio da Globo, Macedo comentou: “A gente vai cutucando o fígado até cair”.
A cerimônia começou a ser transmitida às 20 horas com imagens do auditório e do palco do Teatro Record. O evento reuniu o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), entre outras autoridades. Edir Macedo e Lula acionaram o botão que deu início oficial às transmissões do canal – que ocupa o lugar da Rede Mulher, transmitida em São Paulo no 42 UHF.
No início da cerimônia, o apresentador Celso Freitas lembrou a história da Record, que completou 54 anos nesta quinta e que já esteve, em 1989, à beira da “falência”. Freitas citou que a emissora é “a segunda assistida do Brasil” e que está “a caminho da liderança”. Em seguida, Macedo fez seu discurso, agradeceu a presença das autoridades e citou o objetivo do Record News de “levar informação de qualidade, de graça”.
Lula, exclusivo
Ainda na cerimônia, o presidente Lula defendeu a democratização do acesso à comunicação. “Estou certo que todos os envolvidos na criação da Record News têm competência e dedicação para trabalhar em prol do avanço e maior democratização da comunicação no Brasil”.
Segundo o presidente, a emissora está “trabalhando para levar aos brasileiros, de forma independente e equilibrada, as informações e os debates mais relevantes para o presente e o futuro da sociedade”. Lula pediu para a Record News levar um jornalismo independente e pluralista para a população. “E para refletir em sua programação jornalística toda a pluralidade dos pontos de vista e ideais presentes em nossa nação.”
O presidente encerrou seu rápido discurso com um trecho do Hino à Proclamação da República: “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!”. Antes disso, Lula enalteceu a iniciativa dos donos da Record de contribuir para a democratização do acesso à comunicação por levar para a TV aberta algo que só havia antes nos canais por assinatura.
Em entrevista exclusiva e especial para o novo canal, após a cerimônia, Lula não poupou críticas ao seu antecessor Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a quem acusou de não se comportar adequadamente como ex-presidente. “Somos amigos desde 1978. Isso perdurou até ele deixar a Presidência da República e não se comportar adequadamente como um ex-presidente”, respondeu Lula, ao ser questionado sobre o motivo de nunca ter convidado FHC para tomar um café.
O presidente afirmou ainda que chegou a perguntar ao ex-presidente norte-americano Bill Clinton sobre a relação dos democratas com a ação de George W.Bush no Iraque. “Ele me disse que, nos Estados Unidos, os ex-presidentes não dão palpite em tomadas de posições de atuais presidentes. FHC não soube se comportar. Deu palpite o tempo inteiro.”
Lula disse que fez no seu governo o FHC não quis fazer. “E não foi por incapacidade porque ele é intelectualmente preparado. Talvez porque a conjuntura política não tenha permitido ou porque ele não soube aproveitar oportunidades”, disparou. “Se tem alguém que deveria estar feliz era ele. Eu consegui fazer o Brasil que ele não conseguiu.”
O novo canal
Nem só de briga pela audiência vive uma emissora de televisão. Apesar de ser a mais empenhada em ganhar público, a Record se embrenha por um caminho pouco explorado na TV aberta brasileira, ao lançar a Record News. Foram gastos US$ 7 milhões em equipamentos e infra-estrutura.
De acordo com o vice-presidente comercial da TV, Walter Zagari, o “empresário Edir” está empenhado em apostar mais ainda no canal de notícias. Mesmo assim, aproveitou boa parte da estrutura da emissora e os mil jornalistas de que dispõe para tocar o novo projeto, com o reforço de mais 200 repórteres. “Agora vem o investimento em conteúdo e pessoal”, diz o presidente da Record, Alexandre Raposo.
A idéia do diretor de Jornalismo Douglas Tavolaro e sua equipe é fazer um trabalho diferente daquele dos canais abertos e noticiosos da TV paga. “A cobertura das emissoras é insossa, apática e superficial”, criticou ele, referindo-se principalmente à Rede Globo. “Nosso foco vai ser a informação.”
Paulo Henrique Amorim, Celso Freitas, Britto Jr., Christina Lemos e Lorena Calábria estão entre os escalados para ancorar jornalísticos de entrevistas e temáticos no canal. De todos, o primeiro a ter patrocínio foi o de Amorim, Entrevista Record, com tom de entretenimento, exibido na faixa das 22 horas. “Estou bem animado com o programa novo”, contou o apresentador. “Dá para conciliar com a Record sem problema nenhum.”
A previsão de lucros é polpuda, segundo o presidente da Record: R$ 100 milhões de faturamento no primeiro ano. O investimento da emissora na área de jornalismo engrossou nos últimos meses. A Record investiu pesado na compra dos direitos das Olimpíadas de 2012, que pela primeira vez estarão fora da Globo. “O caminho da liderança nunca esteve tão claro para nós”, disse Zagari, reiterando o “mantra” da emissora da Barra Funda. “Quem não é o primeiro tem de procurar ser o melhor.”
A única indefinição na estréia da Record News é a exibição do canal pela Net. Está acertado o sinal na TV aberta e com a TVA, que garantiu a transmissão. “A Net não é obrigada a transmitir o canal, mas esperamos que exiba, porque vai ser cobrada para isso”, afirmou Alexandre Raposo. “Se não exibir, não vou querer mais assinar.” A Net alega que a transmissão da Record News ainda está em negociação e que, portanto, pode não ocorrer.
Da redação, com agências
Site do PC do B
Rizzolo: A estréia da Record News é um novo passo e um avanço, para que o monopólio da Globo fique um pouco mais restrito. Originalmente, Edir Macedo, vem de uma camada social popular, à parte o fato religioso, e seu carisma com a população pobre, sua ascensão deu-se dé forma diferente dos demais proprietário de concessões; Silvio Santos fez- se sobre bases comerciais desde o início de sua ascensão na mídia, Roberto Marinho, através da representatividade da elite, já Edir Macedo sempre dialogou com a população pobre com uma fundamentação ideológica religiosa; o que é bem diferente. O discurso ideológico seja ele político ou religioso percorre outro imaginário nos mais humildes, não é através da compra, nem tampouco da emoção da novela, mas sim de algo espiritual. Talvez, seja este o motivo da opção de “liberalidade democrática” e de visão da realidade social brasileira, mais aguçada. Aqueles que são “contra a inclusão dos 49 milhões de pobres” ficarão de fora do processo de desenvolvimento intelecto econômico brasileiro, e no futuro não mais haverá espaço para estes.
Ademais, os evangélicos, ainda são no Brasil católico, estigmatizados; sempre que posso, muito embora não sou católico, nem evangélico, defendo o caráter de massa dos evangélicos, não posso aceitar que o Papa venha no nosso país, e classifique os evangélicos como “seita”; essa idealização católica em achar que a razão do mundo esta com eles é absurda e já trouxe tragédias comprovadas pela história, como a inquisição, onde milhões de judeus forma mortos. De qualquer forma entendo que os evangélicos têm um papel redentor social que num futuro próximo se revelará através de posturas e posições políticas mais progressistas, ou mais cristã na acepção da palavra.
” Chega de corrupção e rolo, para Deputado Federal Fernando Rizzolo PMN 3318 “
A Igreja brasileira discorda do programa de Lula que instaura a gratuidade dos contraceptivos. Para a instituição, o governo deveria investir os recursos da saúde pública em necessidades mais urgentes da população. A matéria é de Annie Gasnier para o Le Monde deste sábado (9).
A Igreja Católica não gostou nem um pouco do novo programa de planejamento familiar que acaba de ser implantado pelo governo brasileiro, três semanas depois da visita, em meados de maio, do papa Bento 16.
“Trata-se de uma verdadeira febre anticoncepcional, de uma grave infração à lei natural que estabelece um vínculo entre a relação sexual e a transmissão da vida”, estima o bispo de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, Rafael Cifuentes, o presidente da Comissão Episcopal para a vida e a família.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em 28 de maio, em São Paulo, o lançamento de um programa social para o seu segundo mandato, dotado de uma verba de R$ 110 milhões, que se destina a ajudar as famílias brasileiras “a evitarem gravidezes que não são programadas ou desejadas”.
Trata-se de democratizar o acesso aos métodos contraceptivos, principalmente para as classes sociais as mais desfavorecidas e as menos informadas, uma vez que as famílias de renda mais elevada já planejam há muito tempo o número de filhos desejados.
Desigualdades regionais
No Brasil, a taxa de natalidade é de 2,4 filhos por mulher, mas o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e de Estatísticas) estabelece distinções em relação a essa média. As famílias que vivem com menos de R$ 3 por dia têm 5,3 filhos – e até mesmo 6,3 no Nordeste, uma das regiões mais pobres do país. Enquanto isso, famílias cujo salário mensal está acima de R$ 2.000 têm 1,1 filho – ou seja, uma taxa equivalente à média européia.
Com isso, os custos dos métodos contraceptivos serão reduzidos de maneira drástica. O ministro da Saúde, José Temporão, anunciou a comercialização de cartelas de pílulas, de ampolas para injeções anticoncepcionais e de preservativos com um desconto de 90%, nas farmácias populares e afiliadas credenciadas pelo programa Farmácia Popular.
As pílulas e os preservativos já são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) – mas o objetivo é ampliar o seu acesso para um público mais vasto. Também serão incentivadas as vasectomias. Essas micro-cirurgias, que já vêm sendo praticadas de modo amplo, custam menos do que as operações de ligaduras de trompas.
Todos esses métodos serão objetos de uma campanha de educação nas escolas, nos centros comunitários, nos centros de saúde e nos meios de comunicação. Um dos seus objetivos é de alcançar as adolescentes das favelas das grandes cidades, onde, segundo o IBGE, os nascimentos aumentaram em 42%, dos quais mais da metade não foi o fruto de uma união estável.
“Cultura da morte”
O aumento da natalidade em favelas urbanas resulta num número cada vez maior de crianças abandonadas que vivem nas ruas. Assim, em qualquer esquina nos bairros residenciais, tais como os da zona sul do Rio de Janeiro, é possível ver moleques, cuja idade, em geral, não passa de 4 a 5 anos, fazendo malabarismos na calçada com bolas de tênis, diante dos veículos parados no farol.
Descalços, encharcados durante a estação das chuvas, trajando geralmente camisetas puídas, eles passam então entre os carros para pedir uma moeda. Nunca o pai ou a mãe aparecem nos arredores.
Três semanas depois da visita do papa, que condenou enfaticamente o aborto e a “cultura da morte”, Brasília fez questão de sublinhar que a sua iniciativa está orientada “em favor da vida”, uma vez que os casais terão a possibilidade de escolha para planejar a sua família.
Bento 16 havia preconizado antes a castidade em discurso que ele pronunciou perante 30 mil jovens reunidos em São Paulo. A reação da Igreja católica foi tanto mais viva que o ministro da Saúde também deu início a um debate sobre a liberalização da interrupção voluntária de gravidez, a qual permanece proibida até hoje – uma questão sobre a qual ele gostaria de organizar um referendo.
Para José Temporão e para o presidente Lula, trata-se de um problema de saúde pública: 1 milhão de abortos clandestinos estariam sendo praticados anualmente no Brasil, e 4 mil mulheres morreriam das conseqüências dessa cirurgia.
Le Monde
Rizzolo: Uma igreja que considera os Evangelicos como seitas, o que se pode esperar ? Um país como o Brasil que no passado perseguia -os, como cristãos de segunda categoria, a mando da Igreja Católica, não pode se deixar manipular pelo fundamentalismo religioso arcaico. A prova esta na Igreja Universal . Quando um líder católico, no Brasil, seria humilhado como foi o evangélico Edir Macedo ? Lula deixou claro que o Brasil é um Estado laico, agora, sinceramente, se o Bento não gostou ou não gosta da política do nosso governo o problema é da Igreja, espero que seja incisivo com as atrocidades cometidas pelos EUA no encontro com Bush. Será que vai ser ? Duvido.