Um sonho chamado Esperança

Certa noite, tive um sonho. Sonhei que o telefone de madrugada tocou; ao atender, um senhor com a voz calma e serena me pedia para que fossemos à Hope, pois algo havia ocorrido. Mais que depressa, chegamos à instituição. O guarda que costumeiramente se postava à porta não estava; na portaria não havia ninguém; o silêncio era total.

Desesperados, eu e Cláudia aumentamos os passos nos largos corredores da Hope à procura de alguém que nos informasse a razão do telefonema. Passamos pela monitora e não havia sequer um monitor; então, num gesto rápido e inquieto, subimos com a respiração ofegante, as escadas em direção à ala dos quartos, onde as crianças e os acompanhantes dormem. Para nossa surpresa, estava vazio: nenhuma criança, nenhum acompanhante, nenhum monitor. Apenas um doce silêncio rompia o frio vazio dos quartos.

De repente, uma luz brilhante no final do corredor surgiu. A mesma voz, calma e serena, do senhor do telefonema nos dizia: “Fiquem tranquilos, apenas houve um milagre por aqui. O Santo Bendito, num ato de misericórdia resolveu curar todas as crianças da Hope. Elas já partiram. Estão em suas cidades de origem e curadas. A casa está vazia, mas cheia de amor e misericórdia divina”.

Atônitos, sem reação, sentimos uma forte luz nos impulsionando para a saída da Instituição. Senti naquele momento uma imensa paz, o doce calor da luz divina nos acalentava; na saída, ao lado da porta, centenas de bilhetinhos das crianças alegres se despedindo.

Ao acordar, ainda sob um estado extasiante, contei à Cláudia meu sonho. Ela olhou bem nos meus olhos e disse: “Não se impressione, eu já tive este sonho várias vezes, sei que um dia ele vai se realizar, talvez por isso o lugarse chame “Casa Hope “; uma casa da esperança.

Tentei dormir novamente, mas, não consegui. Então, pensei comigo: “Por que os sonhos não se tornam realidade? E então algo interior, no tom daquela calma voz, novamente me disse:

“Ajudar e fazer a caridade é a melhor forma de sonhar acordado, é reacender a luz da esperança quando tudo se parece perdido”

Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz!

Publicado em a lógica e a fé, a morte e Deus, aceitar Deus, aceitar os desígnios de Deus, Allan Kardec, alma, alma e o espírito, Artigos de Fernando Rizzolo, as tragédias e Deus, últimas notícias, Blog da Dilma, Blog do Rizzolo, budismo, Casa Hope, comportamento, Conheça o Site da Casa Hope, cotidiano, crianças com cancer se casam nos EUA, crianças da casa hope, cultura, Deus e você, Direitos Humanos, Edir Macedo, eleições 2010, espiritismo, espiritualidade, espiritualidade e medicina, espiritualidade maçônica, espiritualidade na crise, evangélicos, Falta de ética e de Deus, falta de Deus predispõe à violência, Federação Israelita do Estado de São Paulo, Fernando Rizzolo, Festa Literária Internacional de Paraty, geral, graac, igrejas evangélicas, Judaismo, Literatura, maçonaria, medicina, melhores especialista médicos e melhores hospitais, melhores hospitais, News, notícias, poesia, Política, Principal, RELIGIAO, Religião e Reflexões Espirituais, Silvio Santos e o Yom Kippur, sonhos e espiritismo, Transplante de medula ósses, Veja o Video Casa Hope. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Uma Pedra no Meio do Caminho ( texto publicado no Blog da Dilma )

Qual seria a lógica dos acontecimentos na vida? O que fez com que aquilo que parecia tão importante, fosse interrompido e abandonado por um problema repentino? Muitas destas perguntas, milhares de pessoas se fazem quando algo inesperado surge pelo caminho. A tal “pedra no caminho” que existiu, segundo a poesia de Drummond, nos leva a refletir o sentido da vida antes e depois dos infortúnios.

Na política essa questão toma proporções ainda maiores. O caso da ministra Dilma, seria um exemplo. Na trajetória de sonhos por um Brasil melhor, a mineira Dilma desde a sua adolescência, sempre sofreu os impactos de sua indignação ao entender que lutar pelos pobres era sua predestinação. Teve a oportunidade que o destino lhe concedeu no governo Lula, mas no meio do caminho surgiu uma pedra, sua doença; que de certa forma limitou por certo tempo sua atuação política. Por outro lado, tal infortúnio indicou e norteou uma luta pessoal solitária, que só os que padecem no ritmo do construir é que sabem o quanto sofrível é vivenciá-la.

Lutar por justiça social, erradicar a miséria, construir programas de inclusão, e sofrer uma experiência solitária de restabelecimento da saúde, é algo que nos faz refletir sobre aqueles que nada possuem, e exclusos estão dos tratamentos de ponta, padecendo nas longas filas dos hospitais públicos, reais retratos da ausência de Estado, do abandono, e do desalento.

A experiência da ministra Dilma, é triste e enriquecedora. É uma luta interior de quem sempre pensou no coletivo, e que agora se divide entre o social e a sua pessoa. Um desafio que reascende os questionamentos sobre aqueles – que diferente dela não podem custear um tratamento digno. É a visão mais cruel e triste de impotência ao constatarmos que, mesmo os mais sedentos de justiça social como ela, padecem e são impelidos de forma súbita, a fazer uma profunda reflexão de que muito falta a fazer na área da saúde pública.

Talvez, em seus momentos de solidão, padeça de uma culpa intrínseca, ao se ver rodeada dos melhores médicos do Brasil, e pensar sobre a imensa maioria pobre deste País sofrendo do mesmo mal que lhe acomete. Estes, distantes estão de um tratamento eficaz do ponto de vista de medicação, e de estrutura como o seu.

Dilma no meu entender é uma boa pessoa bem-intencionada, e o Brasil torce pela sua recuperação. Os pobres, por sua vez, mais uma vez estarão aguardando alguém; quem sabe ela, um dia, libertando-os do abandono material, da falta de recursos para a saúde, da distância que existe entre os que podem viver, e os condenados a ter uma menor chance de vida.

A vida é feita de dias, viver um dia de cada vez é pensar como construir um amanhã melhor. Os infortúnios nos fazem crescer, e a ministra Dilma vencerá com a ajuda de Deus e com o olhar complacente do povo brasileiro, que espera por um Brasil mais justo, tendo a ministra Dilma como protagonista; na luta contra os infortúnios e as inesperadas pedras do caminho.

Fernando Rizzolo

VEJA O TEXTO NO BLOG DA DILMA

Conheça os artigos do Rizzolo à direita da página abaixo da foto