Para EUA, Brasil oculta prisão de terroristas, revela WikiLeaks

SÃO PAULO – Documentos diplomáticos secretos dos EUA divulgados no domingo, 28, pelo site WikiLeaks, revelam que as autoridades brasileiras prenderam “vários indivíduos engajados em supostas atividades de financiamento do terrorismo”, mas basearam sua detenção em acusações diferentes para “não chamar a atenção da mídia e dos altos níveis governamentais”.

As informações estão contidas em um relatório enviado pelo então embaixador da missão americana no Brasil, Clifford Sobel, às autoridades americanas em 8 de janeiro de 2008 referente à política brasileira em relação ao combate ao terrorismo.

Os relatórios são parte dos mais de 250 mil documentos vazados pelo WikiLeaks e publicados no domingo pelos jornais The New York Times (EUA), The Guardian (Reino Unido), Le Monde (França), El País (Espanha) e pela revista Der Spiegel (Alemanha). O material se refere a informações diplomáticas obtidas desde a década de 1960 até fevereiro deste ano.

No despacho, o embaixador afirma que o governo do Brasil é “um parceiro cooperativo” contra atividades terroristas, apesar de não gostar de tornar o assunto público. Segundo o documento, o Brasil colabora e inclusive “prende com frequência indivíduos ligados ao terrorismo”.

Por outro lado, o despacho afirma que o tema é tratado com cuidado no País, em parte, pelo “medo de estigmatizar a grande comunidade muçulmana no Brasil”, ou de “prejudicar a imagem da área como um destino turístico”. O texto afirma que a postura pública brasileira busca “evitar parecer com o que é visto como uma política agressiva dos EUA de guerra ao terrorismo”.

O despacho relativo ao Brasil, de janeiro de 2008, afirma que os mais altos órgãos do governo brasileiro, “particularmente o Ministério das Relações Exteriores”, são “extremamente sensíveis a quaisquer alegações de que terroristas tenham uma presença no País – seja para levantar fundos, arranjar logísticas ou mesmo transitar pelo território – e irão rejeitar vigorosamente quaisquer declarações” nesse sentido sobre o tema.

Apesar das prisões citadas, o documento assinado pelo embaixador lembra que, em geral, os suspeitos são acusados em vários quesitos, não relacionados ao terrorismo, para “evitar chamar a atenção da mídia e dos níveis mais altos do governo”. O documento cita especificamente a Polícia Federal, afirmando que ela prendeu no ano anterior (2007) vários suspeitos de financiar o terror, mas estes foram acusados por vínculos com o narcotráfico, entre outros. O documento afirma que também a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) “monitora as atividades desses supostos extremistas”.

O despacho ainda nota que a área que mais domina a cobertura jornalística nacional sobre a suposta presença de extremistas é a Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Apesar disso, o texto afirma que “a principal preocupação de contraterrorismo, tanto para funcionários brasileiros quanto para a missão dos EUA no Brasil, é a presença de atividades de indivíduos com vínculos com o terrorismo – particularmente vários suspeitos extremistas sunitas e alguns indivíduos ligados ao Hezbollah – em São Paulo e outras áreas do sul do Brasil”.

O WikiLeaks é um site que se dedica a revelar documentos militares secretos dos EUA e de outros países. Neste ano, o site divulgou cerca de 400 mil documentos secretos sobre a guerra do Iraque. Antes disso, o WikiLeaks já havia divulgado 90 mil relatórios confidenciais sobre abusos cometidos no Afeganistão.
Estadão

Rizzolo: Bem, se a informação procede, podemos ficar mais tranquilos, pois se as autoridades brasileiras, segundo os EUA, promovem a detenção de terroristas, ou pretensos terroristas, porem lhes outra tipificação penal, é sinal que as coisas funcionam no Brasil. A questão interna do ponto de vista político pouco importa, estamos nós ” fazendo a lição de casa” e entendo isso ser uma boa notícia, pena que vem dos EUA através do Wikileads, e não das autoridades brasileiras.

Blogueiro iraniano é condenado a 19 anos de prisão, diz ativista

Um tribunal do Irã condenou um pioneiro blogueiro do país a mais de 19 anos de prisão, disse à Reuters um ativista de direitos humanos nesta terça-feira, 28

O iraniano-canadense Hossein Derakhshan, que usava o apelido “the Blogfather” e é considerado o responsável por uma revolução nas redes de blogs iraniana, está preso na República Islâmica desde 2008, segundo a mídia por ser suspeito de espionagem para Israel.

“Fomos surpreendidos com a condenação de Derakhshan a mais de 19 anos de prisão por cooperação com países hostis, propaganda política e insulto a figuras religiosas”, disse à Reuters um ativista de direitos humanos, que pediu anonimato.

A agência de notícias semioficial Fars citou “uma fonte judicial informada” dizendo que a condenação imposta a Derakhshan não era definitiva e que o blogueiro ainda pode recorrer. Autoridades do Judiciário não estavam disponíveis para comentar.

Derakhshan era jornalista em Teerã antes de mudar-se para Toronto em 2000. Ele ficou famoso ao publicar na Internet instruções sobre como começar blogs no idioma Farsi, dando início a uma explosão de blogs na língua oficial do Irã.

Em Ottawa, o chanceler canadense Lawrence Cannos disse que estava profundamente preocupado com a notícia sobre a condenação.

“Nossos funcionários continuam tentando confirmar essas reportagens de Teerã. Se for verdade, isso é completamente inaceitável e injustificável. O Canadá acredita que ninguém deve ser punido em nenhum lugar simplesmente por exercer o direito da liberdade de expressão”, disse o ministro em comunicado.

Derakhshan, que no passado era crítico ao governo do Irã, visitou Israel em 2006. O Irã não reconhece Israel como um Estado, e os iranianos são proibidos de viajar para lá.
estadão

Rizzolo: Falta muito ao Irã a compreensão do que significa os direitos fundamentais da pessoa humana, isso em muitos segmentos, no Judiciário iraniano, nas interpretações e conceitos sobre as penas, e acima de tudo em relação à liberdade de pensamento. Se eu vivesse no Irã, por este Blog, já estaria condenado há muitos anos, ainda mais sendo judeu, imaginem a minha situação. Por esta e por muitas, sou um amante da liberdade, gosto de viver aonde eu possa expressar-me, e no Brasil liberdade é que não falta, há tanta liberdade que alguns jornais se portam como verdadeiros partidos políticos de oposição, e isso sim é estranho, tão estranho quanto a prisão do pobre blogueiro iraniano.

Yom Kipur

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Hoje nesta sexta-feira, ao final da tarde, se dará o início ao Yom Kipur. Portanto, este será o último post de hoje; amanhã sábado retornarei após 21 horas. Como meu jejum é completo, sem água inclusive, espero novamente estar ao lado de vocês, bem disposto. A todos os meus leitores, que são meus amigos invisíveis, saibam da minha mais profunda admiração, carinho e respeito que tenho por todos. Obrigado por me acompanharem nas minhas reflexões no ano que passou. Continuem divulgando o Blog do Rizzolo, e a minha candidatura, minha mídia é você querido leitor, mais ninguém ! Até mais.

Fernando Rizzolo

Um pouco da história

O nome Yom Kipur – Dia do Perdão – nos informa de um aspecto apenas de sua significação. “Porque neste dia se fará expiação por vós para purificar-vos de todos os vossos pecados; Perante Ad-nai ficareis purificados (Lev.XVI,30).

Isso é Yom Kipur, perdão e purificação, esquecimento dos erros e extirpação das impurezas da alma. Nobres conceitos que se tomam em sua acepção mais ampla. Não se trata unicamente do perdão Divino, que se invoca mediante a confissão das faltas e as práticas de abstinência, mas, também, do perdão humano, que exige o desprendimento da vaidade e contribui para a elevação moral. Quando chega Yom Kipur, cada judeu deve estender ao seu inimigo uma mão de reconciliação, deve esquecer as ofensas recebidas e desculpar-se pelas feitas aos outros, pois, limpo de todas as suas escórias físicas e morais, deve comparecer perante o Tribunal de D`us. Durante um dia inteiro ele permanece diante desse Tribunal numa ampla confissão de suas culpas, em humildade e arrependimento, não com o fim de rebaixar sua dignidade humana, mas para elevar-se acima de suas misérias morais e apagar toda sombra de pecado em seu interior. E assim, depurado, vislumbrar com mais claridade os caminhos do bem.

Yom Kipur é data de jejum absoluto que se interpreta não somente como uma evasão do terreno, mas como uma prova de nossa força de vontade sobre os apetites materiais que tantas vezes conduzem ao pecado. Por último, o jejum nos faz sentir na própria carne os padecimentos de tantos seres humanos que, por falta de meios, sofrem fome e sede.

por Isaac Dahan

Talebã executa casal ‘adúltero’ por apedrejamento

Autoridades da província de Kunduz, no Afeganistão, afirmaram nesta segunda-feira que um homem e uma mulher foram executados a pedradas em um vilarejo sob controle do Talebã.

Ambos foram executados após serem acusados de ter um caso. Segundo os relatos, o homem tinha uma esposa e a mulher estava noiva.

Testemunhas disseram à BBC que o casal foi apedrejado em um mercado lotado no vilarejo de Mullah Quli no domingo.

Antes da execução da sentença, membros do Talebã afirmaram que o casal confessou o caso.

No início deste mês, relatos deram conta de que o Talebã castigou com chicotadas e depois matou uma mulher grávida na província de Baghdis.

Contra o apedrejamento
A lei islâmica, ou Sharia, pune com castigos públicos o sexo entre pessoas não casadas. O apedrejamento até a morte é a pena para os condenados por casos extraconjugais.

Durante os anos em que controlou todo o Afeganistão (1996-2001), o Talebã aplicou com rigor esses princípios.

Organizações ocidentais de direitos humanos pedem o fim deste tipo de punição, normalmente aplicada após julgamentos sumários e muitas vezes somente à mulher.

A Anistia Internacional e o movimento Stop Stonning qualificam a prática de “brutal”.

O caso de maior repercussão atualmente é o da iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, que já foi punida com chicotadas pela acusação de adultério no Irã.

Sakineh foi condenada à morte por apedrejamento, mas diversos governos e organizações ao redor do mundo pediram clemência ao governo iraniano.

Até o Brasil já ofereceu asilo à condenada – Teerã diz que nunca recebeu uma comunicação formal do governo brasileiro. Quando a oferta foi feita, o governo iraniano disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava “mal informado” sobre o caso de Sakineh.

Na semana passada, a TV estatal iraniana divulgou o que disse ser uma confissão voluntária da mulher, mas organizações de direitos humanos disseram crer que a admissão foi feita sob tortura.

Rizzolo:Infelizmente o fundamentalismo religioso das teocracias é um dos maiores problemas na esfera dos Direitos Humanos na atualidade. Com efeito a comunidade internacional se mobiliza para que essa aberração desumana não se concretize. Um país por mais religioso que seja, não deve tomar como medida executória formas de punição que agridam o ser humano, como as execuções do Irã legitimadas por valores que saltam aos olhos do mundo.

Execução de iraniana pode ocorrer a qualquer momento, alerta ONG

LONDRES – A Anistia Internacional alertou a comunidade internacional nesta quarta-feira, 11, para o grave risco que segue correndo a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério e assassinato, de ser executada a qualquer momento no Irã.

Ashtiani foi considerada culpada por ter mantido “relações ilícitas” com dois homens no ano 2006 e desde então permaneceu em prisão na cidade de Tabriz. Recentemente, ela foi condenada à morte por apedrejamento, mas a pressão internacional fez o Irã acusá-la também por assassinato e mudar a forma de execução para enforcamento.

A AI lembrou em seu comunicado que esta mulher perdeu sua principal defesa depois que seu advogado, Mohammad Mostafaei, deixou o Irã por perseguição. A organização dos direitos humanos disse que embora em 4 de agosto a condenação à morte de Ashtiani tenha começado a ser revisada no Tribunal Supremo iraniano, essa revisão poderia tratar-se de uma tentativa das autoridades do Irã para reduzir a pressão internacional.

A AI ressaltou que enquanto não existir uma declaração expressa da magistratura iraniana anulando a condenação por apedrejamento, Ashtiani “poderá ser morta a qualquer momento”. A entidade continua recolhendo assinaturas no site http://www.actuaconamnistia.org para pedir que a execução não ocorra.
estadão

Rizzolo: Infelizmente o fundamentalismo religioso das teocracias é um dos maiores problemas na esfera dos Direitos Humanos na atualidade. Com efeito a comunidade internacional se mobiliza para que essa aberração desumana não se concretize. Um país por mais religioso que seja, não deve tomar como medida executória formas de punição que agridam o ser humano, como as execuções do Irã legitimadas por valores que saltam aos olhos do mundo.

Irã diz que Lula está ‘desinformado’ sobre caso de iraniana condenada

TEERÃ – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma “personalidade emotiva” e fez sua proposta de conceder asilo à iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani sem “informação suficiente” sobre o caso, segundo afirmou nesta terça-feira o porta-voz do Ministério do Exterior iraniano, Ramin Mehmanparast.

Esta foi a primeira reação oficial do Irã à proposta feita no sábado por Lula para que Ashtani, condenada à morte por apedrejamento no Irã sob acusação de adultério, se asile no Brasil.

“O presidente (Lula) da Silva tem uma personalidade muito emotiva e humana, mas provavelmente não tem informação suficiente sobre o caso”, declarou o porta-voz.

Mehmanparast disse que a Ashtiani “cometeu um crime” segundo a lei iraniana e que o governo iraniano pode passar mais informações ao presidente Lula “para que ele entenda o caso”. O porta-voz respondia, durante uma entrevista coletiva, à pergunta de um jornalista que havia questionado se havia ou não interferência do presidente brasileiro nessa questão.

A oferta brasileira de asilo a Ashtiani foi feita no fim de semana. O presidente fez um “apelo” ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para que “permita ao Brasil conceder asilo a esta mulher”, disse Lula, durante um comício em Curitiba.

Opiniões divididas

A proposta brasileira foi apoiada por ativistas que defendem os direitos humanos no Irã, mas foi criticada por setores mais conservadores ligados ao governo do país.

Membros de organizações de direitos humanos disseram que a oferta de Lula de conceder asilo a Ashtiani é um passo positivo, mas que ainda é preciso fazer mais para pressionar o Irã a banir esse tipo de sentença. Um site ligado à Guarda Revolucionária do Irã fez críticas à posição do presidente brasileiro, acusando-o de interferir nas questões internas do país.

Ashtiani, de 43 anos, está presa no Irã desde maio de 2006, quando um tribunal na Província do Azerbaijão Ocidental a considerou culpada por manter “relações ilícitas” com dois homens após a morte de seu marido.

No início do mês, as autoridades iranianas haviam afirmado que ela não seria mais morta por apedrejamento, embora a mulher ainda possa ser sentenciada à morte por enforcamento pelo adultério e por outras acusações que pesam contra ela.

O caso teve grande repercussão internacional e, no sábado, o presidente Lula fez um apelo ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pedindo que permita que a mulher possa se asilar no Brasil. Falando à imprensa, o filho da mulher condenada, Sajjad Ashtiani, disse que o governo não poderia ignorar um pedido do Brasil.
bbc

Rizzolo: O caso em pauta nos faz pensar que realmente a política externa brasileira esta incorreta em relação ao Irã, vez que numa relação internacional não podemos apenas ter uma visão unilateral comercial, e sim observar que tipo de tratativa um país tem em relação aos direitos humanos. Lula agiu bem, agiu com o coração ocidental , mas a reação do Irã denota pouca sensibilidade aos conceitos de direitos humanos e tudo que diz respeito à dignidade humana

Uribe critica comentários de Lula sobre crise com Venezuela

O gabinete do presidente colombiano, Alvaro Uribe, emitiu nota criticando os comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise com a Venezuela.

” Deploramos que Lula, com quem temos as melhores relações, tenha se referido à crise como um caso pessoal e ignore a ameaça que representa a presença de guerrilheiros das Farc na Venezuela”, diz a nota.

“É deplorável que Lula, com quem temos as melhores relações, tenha se referido à crise como um caso pessoal e ignore a ameaça que representa a presença de guerrilheiros das Farc na Venezuela”, diz a nota.

“Ainda não vi conflito. Eu vi conflito verbal, que é o que nós ouvimos mais aqui nessa América Latina”, afirmou Lula ontem após se reunir com o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.

Lula se encontrou no começo da semana com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, com quem discutiu a crise. Ontem, o presidente indicou que pretende negociar uma distensão entre Colômbia e Venezuela com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, que toma posse no próximo dia 7, e Chávez.

A Colômbia acusa a Venezuela de abrigar, com a anuência do governo do presidente Hugo Chávez, guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), incluindo vários líderes do grupo. Caracas nega que dê proteção à guerrilha.
efe

Rizzolo: Bem, acho que por hora o que o presidente Lula fez foi o suficiente. Ora, se não queremos tensão, crise, conflito, temos que levar as coisas de uma forma amena. E na verdade está bem claro que Uribe antes de acabar seu mandato quer mesmo gerar um conflito com a Venezuela. Agora, o Brasil como país que tem tradição no entendimento, apregoa a paz, a mediação, evidentemente tenta distensionar as partes, o que é natural. O Brasil não deve se indispor com vizinhos, e para isso mantem sempre sua postura independente e conciliatória, mas parece que Uribe quer mesmo confusão a todo preço, desestabilizando a região. Bom mesmo por hora é o Brasil ficar longe disso, e acompanhar o desenrolar dos fatos.

Após 14 horas de debates, Argentina aprova casamento entre pessoas do mesmo sexo

BUENOS AIRES – Na madrugada desta quinta-feira, 15, depois de 14 horas de debates intensos, o Senado argentino aprovou o projeto de lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Do total de senadores presentes, 33 votaram a favor. Outros 27 senadores votaram contra. Três parlamentares abstiveram-se.

Desta forma, a Argentina tornou-se o primeiro país da América Latina a contar com o casamento homossexual e o segundo em todo o continente americano (na América do Norte, o Canadá conta com legislação similar).

A votação desta madrugada também torna a Argentina no décimo país em todo o mundo a oficializar o casamento homossexual (já existe na Holanda, Bélgica, Noruega, Suécia, Islândia, Portugal, Espanha, África do Sul e Canadá).

O projeto causou profundas divisões nas fileiras do próprio governo da presidente Cristina Kirchner, que respaldou a ideia, originalmente apresentada pelo Partido Socialista. Além disso, o casamento homossexual também gerou divisões dentro dos diversos partidos da oposição. Diversos senadores governistas votaram contra o projeto, enquanto que muitos parlamentares da oposição respaldaram a lei de casamento homossexual.

‘Guerra de Deus’

A cúpula da Igreja Católica posicionou-se contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo de forma categórica. Nas últimas semanas, o primaz da Argentina, cardeal Jorge Bergoglio, havia convocado uma campanha contra o casamento homossexual. O cardeal definiu sua batalha contra o projeto de lei como uma “Guerra de Deus” (Bergoglio foi um “papável” que no último conclave no Vaticano ficou em segundo lugar na votação para escolher o novo Sumo Pontífice, ficando atrás de Joseph Ratzinger, que foi eleito papa).

O bispo de Río Cuarto, monsenhor Eduardo Martín, sustentou que os homossexuais colocam em risco o “futuro da pátria”.

No entanto, diversos padres em dezenas de paróquias do país respaldaram a iniciativa, indo na contra-mão da alta hierarquia. O projeto de lei também provocou divergências entre pastores de igrejas evangélicas e entre rabinos da comunidade judaica.

O debate sobre o casamento entre homossexuais gerou a maior discussão na sociedade argentina desde a votação da lei do divórcio em 1987.

Uma pesquisa divulgada ontem, elaborada pela consultoria Ipsos Mora y Araujo indicou que 54% dos argentinos estão a favor da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Outros 44% estavam contra, enquanto que 2% não contavam com opinião formada sobre o assunto.

Michelangelo

Do lado de fora do edifício do Congresso Nacional milhares de pessoas, vinculadas a movimentos de defesa dos direitos humanos e de minorias sexuais, celebraram o resultado da votação.

Perto dali, grupos de católicos que opunham-se ao casamento entre pessoas do mesmo sexo choravam enquanto seguravam estátuas da Virgem Maria. Os integrantes destes grupos rezavam o rosário e alertavam para o iminente “Apocalipse” que assolaria a Argentina.

Durante os debates no plenário, o senador Eduardo Torres, a favor do projeto, destacou que os setores do clero que realizaram campanha contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo “deveriam recordar que no Vaticano, o centro do catolicismo, os murais que decoram a Capela Sistina, entre elas ‘A criação de Adão’, foram realizadas pelo pintor Michelangelo…famoso por ser homossexual!”.
agência estado

Rizzolo: A dinâmica só substrato social é o que determina a democracia, a legislação, os costumes. Não há como ignorar a realidade das uniões do mesmo sexo, o que por lógica tais relacionamentos devem ter o respaldo da Lei, até para que haja segurança jurídica entre as pessoas do mesmo sexo, que por opção, vivem juntas. As ideias conservadoras, devem se adequar à realidade assim como a legislação. Sou totalmente à favor da regulamentação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, e se eleito, lutarei para que isso se torne um realidade no nosso país.

” Chega de corrupção e rolo, para Deputado Federal Fernando Rizzolo PMN 3318 “

Chávez se solidariza com chuvas no nordeste do Brasil e oferece ajuda

CARACAS- A Venezuela expressou nesta terça-feira, 22, sua solidariedade com o Brasil, especialmente com os habitantes de Pernambuco e Alagoas, pela tragédia causada pelas fortes chuvas que atingiram os estados na última semana e que já deixaram ao menos 41 mortos e 607 desaparecidos.

“O presidente Hugo Chávez transmite suas mais sentidas condolências aos familiares e amigos das milhares de vítimas, e manifesta seu profundo pesar pelos numerosos danos materiais causados por este fenômeno”, afirmou um comunicado da chancelaria venezuelana.

Segundo o texto, o “governo bolivariano” colocou à disposição do Brasil “os meios humanos e materiais que modestamente possam contribuir modestamente para salvar vidas e aliviar as dificuldades provocadas por esta catástrofe”.

Além disso, Caracas expressou sua confiança em que o povo brasileiro “saberá superar esta adversidade graças a seu espírito combativo e solidário.
agência estado

Rizzolo: É nesse momento que realmente encontramos os países solidários e amigos. Quando muitos apregoam a desunião, o fim do Mercosul, lançam verbalizações demoníacas contra Hugo Chavez, surge a Venezuela nos estendendo a mão. Eu não vi até agora nenhum país europeu, se solidarizar com a catástrofe do nordeste. A união dos países da América do Sul e o respeito que devemos ter com a democracia participativa venezuelana são prerrogativas essenciais a um candidato à presidência. Devemos enxergar a solidariedade bolivariana como um a demonstração de carinho ao nosso povo, agora os radicais não gostam , não é ? Para eles o povo do nordeste que se dane, e romper com os nossos vizinhos é o sonho de verão de todo radical de plantão. Eu conheço a Venezuela, suas favelas, e o avanço social que o Chavez empreedeu, antes de falar mal sugiro: vão lá e vejam.

Política de ‘sim, senhor’ com os EUA é passado, diz assessor de Lula

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse nesta quinta-feira em Buenos Aires que a política do “sim, senhor” do Brasil com os Estados Unidos faz parte do “passado” e criticou o governo americano por ter defendido sanções contra o Irã no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Acho que se criou no Brasil a expectativa de que a única relação (com os Estados Unidos) é a do ‘sim, senhor’, mas não é assim. Na política externa há confronto de interesses que são diferentes. A diplomacia existe justamente para organizar isso”, disse Garcia, que participou nesta quinta-feira de um seminário sobre globalização na capital argentina.

O assessor da Presidência, no entanto, afirmou que o Brasil não está “bravo” com os Estados Unidos após a aprovação das sanções contra o Irã e disse que as relações entre os dois países “nunca estiveram tão boas”.

“Tivemos uma divergência. O problema é que, no passado, era a política do ‘sim’, do ‘sim, senhor’. A gente achava que tudo tinha que ser resolvido em acordo com os Estados Unidos. Quando não havia acordo, ficávamos preocupados”, disse.

“Nós temos uma agenda de cooperação muito grande. Nós vamos continuar dialogando e, sempre que tivermos diferenças, vamos dizer”, afirmou.

Na última quarta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma nova rodada de sanções contra o Irã devido a seu programa nuclear.

A medida contou com o apoio dos Estados Unidos e dos outros membros permanentes do Conselho. Brasil e Turquia, membros rotativos do órgão, se colocaram contra a retaliação por avaliarem que ela impede uma solução diplomática para a questão.

‘Ganhador moral’

Comentando a aprovação do novo pacote de sanções, Garcia afirmou acreditar que as medidas de retaliação não terão sucesso em frear o programa nuclear iraniano, que parte da comunidade internacional acredita ter o objetivo de construir armas atômicas, o que é negado por Teerã.

“Se o objetivo disso (das sanções) era frear o programa iraniano, para fins pacíficos, ou para qualquer fim, vai dar exatamente o contrário”, disse Garcia, que ainda afirmou que o Brasil sai como “ganhador moral” na polêmica sobre as sanções e os EUA como “perdedores morais”.

Em entrevista a repórteres brasileiros, Garcia também afirmou que esperava que o governo do presidente Barack Obama trouxesse mudanças à política externa americana, mas que isto “não está ocorrendo”.

“Nós tínhamos expectativa de que haveria uma inflexão do governo Obama e estamos vendo que esta inflexão não está ocorrendo, pelo menos na velocidade e na consistência que esperávamos”, afirmou. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Rizzolo: É claro que aquela política de subserviência aos EUA, aquela de tirar os sapatos na época de FHC, não mais existe. Hoje a relação diplomática entre Brasil e EUA é de respeito mantendo-se a soberania de cada um. Não há interesse brasileiro em um confronto com os EUA, longe disso, existem sim diferentes pontos de vista, e uma expectativa do Brasil de uma maior inflexão de Obama sobre os assuntos internacionais. Contudo continuo entendendo que a postura brasileira de alinhamento com o Irã não foi e nunca será proveitosa do ponto de vista das relações internacionais. Aí vão dizer: Ah! mas é porque o Rizzolo é judeu, até já estou vendo..nada disso, apenas bom senso..



Com sanções, Ahmadinejad cancela acordo nuclear com Brasil e Turquia

Antes mesmo de oficializadas as sanções contra o Irã pelo Conselho de Segurança da ONU, o presidente Mahmoud Ahmadinejad informou que o acordo fechado em 17 de maio com o Brasil e a Turquia estaria cancelado se a pena fosse aplicada.

Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, assinaram junto com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, um acordo segundo o qual o Irã entregaria 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido em troca de combustível nuclear especial para um reator de pesquisa médica para tratar pacientes com câncer. A ideia seria reduzir o estoque iraniano de material nuclear enriquecido e viabilizar o uso pacífico da tecnologia, o que demonstraria a boa vontade do regime islâmico.

Antes do início da reunião do Conselho de Segurança, os Estados Unidos rejeitaram o acordo nuclear.

O acordo trilateral “não leva em conta o fato de que o Irã não cumpre com suas obrigações de não-proliferação (nuclear)”, afirmou Glynn Davies, durante seu discurso no plenário do Conselho de Governadores da AIEA em Viena. Davis destacou, no entanto, hoje que o novo acordo “deixa o Irã com reservas substanciais (de urânio), o que reduz a confiança da proposta original”.

As potências ocidentais afirmam que o acordo Irã-Brasil-Turquia ressuscita uma oferta similar feita pela AIEA e não atende dúvidas-chave sobre o programa nuclear iraniano, que eles afirmam ter o objetivo de desenvolver armas atômicas, o que o Irã nega.

Uma das principais preocupações ocidentais é com o crescimento do estoque de urânio de baixo enriquecimento e com o anúncio do país de que continuará enriquecendo urânio em um grau maio, independentemente do acordo mediado pelo Brasil.

uol

Rizzolo: Até entendo a boa intenção do governo Lula em promover o entendimento entre o Irã e os demais países, mesmo porque os EUA e a Europa sabiam da tentativa e não se opuseram. Contudo, do ponto de vista da política externa, o Brasil jamais deveria insistir nessa aproximação com o Irã, uma vez que o Ocidente todo desaprova, condena e adverte; isso significa a meu ver, um viés equivocado da política externa brasileira na condução de um assunto tão delicado: a não proliferação nuclear. Sabemos da condição de peso atualmente do Brasil nas relações internacionais, mas se envolver num assunto tão controverso é sempre complicado e pode trazer mais desvantagens do que prestígio internacional. Apenas uma observação, minha opinião nada tem a ver com a minha condição judaica, e sim no âmbito das relações internacionais.

Cônsul diz frases infelizes antes de gravar entrevista para a TV

SÃO PAULO – O cônsul-geral do Haiti em São Paulo, George Antoine, segundos antes de iniciar a gravação de uma entrevista para o SBT na quinta-feira, 14, soltou algumas frases infelizes em relação ao terremoto que devastou o país mais pobre da América Central. O cônsul tem mais de 100 parentes no Haiti.

Com microfone de lapela e aparentemente sem saber que o áudio já estava sendo gravado, Antoine virou-se para um funcionário da representação diplomática e disse: “A desgraça de lá tá sendo uma boa para a gente aqui ficar conhecido (…) Aquele povo africano acho que de tanto mexer com macumba, não sei o que á aquilo (…) O africano em si tem maldição. Todo lugar em que tem africano tá f…”

Após saber que o microfone de lapela estava ligado, o cônsul, já durante a entrevista, segurou um terço nas mãos, e disse estar abalado com o que ocorreu no Haiti. “Esse terço nós usamos pois nos dá uma energia positiva que acalma a pessoa. Como eu estou muito tenso e deprimido com o negócio do Haiti, a gente fica mexendo com vários para se acalmar”.
agência estado

Rizzolo: Não é possível que um cônsul pense uma coisa dessa. Agora eu não conheço o Haiti, mas sei das práticas religiososas por lá, tenho conhecimento que praticam o vodu, esse tipo de vertente espiritual. Agora não podemos jamais atribuir a uma religião essa desgraça, muito embora, pessoalmente, abomino crenças que envolam “praticas espirituais estranhas”. Sei que existem várias modalidades dessa religião na África. Em relação aos comentários sobre a população negra de lá, é lastimável esse ponto de vista desse cônsul preconceituoso. Fico indignado.

Para ‘El País’, visita de líder iraniano pode tirar prestígio de Lula

MADRI – Um editorial do jornal espanhol “El País” nesta terça-feira diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva corre o risco de “perder parte do prestígio internacional que colheu”, ao receber o colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

“Ahmadinejad pretende buscar fora (de seu país) a legitimidade que dentro continua sendo contestada. Mas a visita ao Brasil também está relacionada às sanções que a comunidade internacional imporá a Teerã após o bloqueio das negociações sobre seu programa atômico”, diz o jornal.

O artigo parte do princípio de que a visita de Ahmadinejad a Brasília amplia “o cenário internacional onde se dá a disputa sobre o programa nuclear iraniano”.

Para o diário espanhol, ainda que o Irã tenha relações com a Venezuela, a Bolívia, o Equador e a Nicarágua, e seja ainda um observador na Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) – o bloco de países criado e incentivado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez -, “nada disso tem o profundo significado da nova escada latino-americana de Ahmadinejad”.

“O Brasil decidiu ocupar o novo papel que lhe corresponde, e isso passa por desenvolver uma política própria para as questões mais contenciosas, em particular, as do Oriente Médio e do programa nuclear iraniano.”

“É uma aposta arriscada para o presidente Lula que, antes de Ahmadinejad, recebeu o presidente israelense Shimon Peres e o da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, forçado pelo dominó de equilíbrios que deve respeitar após mover a primeira peça.”

Na opinião do “El País”, “a visita de Ahmadinejad ao Brasil não admitiria outro desenlace senão o que um jogo que termina em zero a zero”.

“Ou Lula fica em evidência por debilitar em troca de nada a frente internacional contra o programa nuclear iraniano, ou o Irã tem de fazer ante Lula concessões que até agora tentou evitar por todos os meios.”

“Talvez um meio caminho, como ganhar tempo antes das sanções (internacionais), fosse aceitável para Ahmadinejad. Lula, por outro lado, perderia uma parte do prestígio internacional que colheu merecidamente.”
agência estado

Rizzolo: Entendo que há mais perdas do que ganhos. O Brasil ainda está num estágio prematuro para assumir uma liderança internacional, podendo com esta aproximação ser mal interpretado. Por outro lado Lula também recebeu Shimon Peres para contrabalançar eventuais reações. O grande problema do Irã hoje é a desobediência em relação às questões nucleares, assim como seu discurso odioso. Ontem ao observar a postura de Lula pudemos inferir que havia certa angústia por parte do presidente em não deixar dar espaço ao Ahmadinejad, pois acredito que se houvesse uma ofensa qualquer Lula responderia. Sou ingênuo?

Investimento estrangeiro dobra em fevereiro e soma US$ 1,9 bi

BRASÍLIA – O ingresso de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil dobrou em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2008, somando US$ 1,968 bilhão. O resultado é ligeiramente superior ao projetado pelo Banco Central no mês passado, que esperava um fluxo de IED de US$ 1,8 bilhão.

Os investimentos estrangeiros em ações, porém, tiveram saldo negativo de US$ 343 milhões no mês. Os investimentos em ações negociadas no País tiveram saídas de US$ 321 milhões e as negociadas no exterior, saldo negativo de US$ 21 milhões. Em fevereiro do ano passado, os investimentos em ações também tiveram saldo negativo, de US$ 270 milhões.

Os investimentos em títulos de renda fixa, em fevereiro, tiveram saldo negativo de US$ 1,327 bilhão, acumulando, no ano, saldo negativo de US$ 3,128 bilhões. Em fevereiro do ano passado, a renda fixa registrava ingressos de US$ 2,886 bilhões e acumulava, no primeiro bimestre, saldo positivo de US$ 4,198 bilhões.

Os investimentos em títulos negociados no País tiveram saídas de US$ 734 milhões em fevereiro e acumulam, no ano, saldo negativo de US$ 2,363 bilhões. Já os títulos negociados no exterior, tiveram saídas de US$ 593 milhões em fevereiro e acumulam, no ano, US$ 764 milhões de saídas.

No primeiro bimestre do ano, o ingresso de investimentos estrangeiros diretos soma US$ 3,898 bilhões. No período, as aplicações em ações acumulam saldo negativo de US$ 885 milhões ante déficit de US$ 3,351 bilhões em janeiro e fevereiro de 2008. Em 12 meses, o saldo até fevereiro subiu para US$ 43,243 bilhões ou 2,90% do PIB. Até janeiro, o IED acumulado era de US$ 42,164 bilhões ou 2,75% do PIB.
agência estado

Rizzolo: O aumento do ingresso de investimentos estrangeiros diretos (IED), são na realidade investimentos que tem por objetivo a compra de ativos no Brasil, dentre eles empresas nacionais. Bem essa questão é delicada, até porque a entrada de IED não significa investimentos no País em si.

Só para se ter uma idéia, saíram US$ 10 bilhões e 435 milhões em remessas de lucros e dividendos (tanto especulativos quanto remessas de lucros de filiais de empresas externas às suas matrizes, além de juros, renda fixa e outros rendimentos). Em 10 dias do mês de março, a transferência de US$ 3,266 bilhões pelas multis foi maior do que em todo o mês de janeiro: US$ 2,251 bilhões. A verdade é que este “investimento direto estrangeiro” tem apenas rosto de investimento, mas na verdade é em última instância a compra e desnacionalização de empresas nacionais por atacado, além disso estas ” filiais” remetem mais ao exterior do que investem no País.

Não se trata de nacionalismo, mas temos que prestigiar a empresa nacional, aquele que investe e não remete, e que por muitas sofre sem financiamentos e recursos enquando a farra das remessas sangra o País. É isso aí. Depois dizem que eu oscilo entre discurso de direita e da esquerda, mas a verdade é que quando se trata de proteger a industria nacional e o mercado interno todos se calam, como se isso fosse uma blasfêmia. Vamos falar a verdade !

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Mercado vê economia estagnada neste ano, mostra Focus

SÃO PAULO – O mercado financeiro brasileiro reduziu fortemente sua estimativa para o crescimento econômico deste ano e cortou também os prognósticos para a taxa de juro Selic e para a produção industrial, segundo o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 23.

A previsão para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 caiu de 0,59% na semana anterior para 0,01%. O cenário para 2010 permaneceu em 3,50%. A projeção para a produção industrial este ano recuou de -1,59% para -2%.

O prognóstico para a Selic caiu de 9,75% para 9,25% neste ano e para o próximo permaneceu em 9,75%
O mercado manteve a visão para a Selic na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom) em 10,25% agora.

A estimativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano caiu de 4,52 para 4,42% , enquanto para 2010 ficou estável em 4,50%.
agência estado

Rizzolo: Observem que haverá menor crescimento, menor inflação, menores taxas de juros e consequentemente, piora na arrecadação. O Focus é uma consulta a 100 instituições do mercado financeiro – departamentos econômicos de bancos e consultorias – e o número que sai é uma média. Na verdade, mediana: o ponto em que metade está abaixo e metade está acima daquele número. A verdade é que diante desse crescimento zero, e inflação abaixo da meta o que se pode dizer é que, conhecendo-se o Banco Central, ele deve reduzir sim a taxa de juros na reunião de abril.

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Arrecadação federal cai 27% em fevereiro a R$ 45,1 bi

BRASÍLIA – A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 45,106 bilhões em fevereiro, informou hoje a Receita Federal do Brasil. O resultado teve queda real, ajustado pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 26,99% em relação a janeiro deste ano. em relação ao dado do mesmo período do ano passado, a queda real é de 11,53%

Segundo a Receita, fevereiro foi o quarto mês consecutivo em que houve queda na arrecadação federal na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No acumulado do primeiro bimestre de 2009, a arrecadação federal totalizou R$ 106,548 bilhões, o que representa uma queda real de 9,11% ante o dado do primeiro bimestre de 2008.

A arrecadação das receitas administradas pela Receita Federal caiu 11,13% a R$ 44,347 bilhões em fevereiro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já a arrecadação previdenciária somou R$ 14,44 bilhões em fevereiro, resultado 3,57% maior que a arrecadação de fevereiro de 2008, mas recuou 3,69% em relação a janeiro deste ano.

Impactos

De acordo com a Receita, entre os principais fatores que contribuíram para a queda da arrecadação federal estão o recuo de 17,23% na produção industrial de janeiro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado.

A Receita destacou também a alteração da tabela de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis, que vigora até o fim deste mês, como uma das medidas de esforço contra a crise, anunciadas em dezembro do ano passado. Em relação ao IPI de automóveis, a Receita informou que houve uma queda real de 92,5% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2008.

Ainda de acordo com a Receita, o resultado do mês passado foi afetado também pela alteração da tabela de recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), em vigor desde o início deste ano. Segundo a Receita, houve uma queda de 30,6% no mês passado no recolhimento do IRPF na comparação com fevereiro de 2008. Esta baixa concentra-se nos itens referentes a ganhos de capital e ganhos líquidos em bolsa.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda da arrecadação foi atribuída à desaceleração da economia verificada, por exemplo, na retração da produção industrial e venda de bens, que influenciam diretamente a arrecadação de IPI, PIS e Cofins.

Ainda segundo a Receita, o resultado da arrecadação no acumulado de 2009 também é impactado negativamente pela redução da lucratividade das empresas e pelas desonerações tributárias. Além disso, a Receita lembra que no primeiro bimestre de 2009 houve uma compensação no pagamento de tributos (Cofins, PIS e Cide) no valor de R$ 2,7 bilhões.

Por fim, o aumento da arrecadação previdenciária em relação a fevereiro do ano passado é explicado pelo impacto do maior número de empresas optantes pelo Simples este ano, já que a nova legislação, que entrou em vigor no fim de 2008, deu um prazo de até 15 de fevereiro de 2009 para a adesão de novos optantes. Segundo a Receita Federal, as receitas desse item cresceram 25,6%.

agência estado

Rizzolo: É dado ruim porque uma arrecadação menor compromete os investimentos principalmente em relação ao PAC e outros. A política de liberalidade tributária na alteração da tabela de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis, tem na verdade dois componentes perigosos.

O primeiro é o comprometimento da receita, o segundo é o fato de se abrir um precedente, observem que a construção civil agora pleiteia o benefício dada ao setor de automóveis. Mas o grande vilão foi mesmo o recuo de 17,23% na produção industrial de janeiro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado.

Sem uma política de revisão dos gastos públicos com pessoal, que é na verdade o maior montante dos gastos, será difícil encontrar recursos para tudo. O resto é política, como 1 milhão de casas. Haverá recursos para tudo ?

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Criação de emprego cresce após 3 quedas, mas é 95,5% menor que em 2008

A economia brasileira gerou 9.179 empregos com carteira assinada em fevereiro, depois de três meses seguidos de fechamento de vagas. Apesar da alta, a criação de postos em fevereiro foi 95,5% inferior ao resultado obtido em igual mês de 2008, quando foram abertas 204.963 vagas -maior número para o mês desde 1992 (veja gráfico ao final do texto).

O desempenho do mercado de trabalho começou a cair no Brasil em outubro, quando uma série de quatro recordes mensais de geração de postos foi quebrado.

“Esse comportamento favorável (do mês passado), embora modesto, demonstra uma importante reação do mercado de trabalho formal brasileiro, após três meses consecutivos de resultados negativos expressivos”, afirmou o ministério em nota.

De acordo com o Caged, no segundo mês deste ano, foram contratadas 1.233.554 pessoas enquanto as demissões somaram a 1.224.375.

As principais áreas de impulsão ao aumento de emprego no mês passado foram ensino (+35.389 vagas), alojamento e alimentação (+13.355 postos) e serviços médicos e odontológicos (+5.666 vagas), além de comércio e administração de imóveis (+3.056 empregos).

Tais ramos contribuíram para o que o setor de serviços puxasse a contratação em fevereiro, com a criação de 57.518 postos. Na verdade, este segmento foi o principal responsável pelo resultado positivo do mês, seguido por agronegócio, com adição de 957 postos. A indústria de transformação registrou demissão líquida de 56.456. A construção civil adicionou 2.842 postos.
Folha online

Rizzolo: Um a queda de 95,5 % em relação a 2008 é muito. Aliás o grande problema com a incapacidade de geração de emprego, é o fato de que precisamos criar no mínimo 5 milhões de novos empregos por ano para absorver novos trabalhadores que ingressam no mercado de trabalho. E é bom lembrar que nos últimos três meses foram perdidos 800 mil empregos formais.

Os empresários ainda estão com medo de empregar. Os que estão segurando estão apenas querendo ver melhor como ficam as coisas. Se elas piorarem, as demissões virão. Provavelmente, 1 milhão e 1,5 milhão de empregos podem ser perdidos até março do ano que vem se a crise continuar. Temos que discutir meios para que numa situação de crise – como a que vivemos – possamos disponibilizar de instrumentos de proteção à nossa indústria nacional, assim como os demais países desenvolvidos o fazem. Outras medidas, como desburocratizar, melhorar o desempenho dos portos, financiamentos à exportação são bons, mas levam tempo. Um protecioniso de bom senso, seletivo, light, faz bem em épocas de crise.

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Brasil se torna o 5º maior credor dos EUA em títulos do Tesouro

São Paulo – O Brasil aumentou sua posição em títulos do Tesouro dos Estados Unidos (“treasuries”) em janeiro e assumiu a quinta posição no ranking, ultrapassando o Reino Unido, com US$ 133,5 bilhões desses títulos.

Em dezembro passado, o Brasil detinha US$ 127 bilhões em Treasuries, segundo tabela no site do Tesouro norte-americano.

O primeiro lugar do ranking é ocupado pela China, com US$ 739,6 bilhões, enquanto o Japão está na segunda posição, com US$ 634,8 bilhões.

A terceira posição é ocupada por países exportadores de petróleo, que juntos detêm US$ 186,3 bilhões em papéis do Tesouro dos EUA, e o quarto lugar está com Centros Bancários no Caribe, com US$ 176,6 bilhões.

O Reino Unido passou para o sexto lugar, com US$ 124,2 bilhões de títulos do Tesouro dos EUA em janeiro, abaixo dos US$ 130,9 bilhões que detinha em dezembro. As informações são do site do Departamento do Tesouro dos EUA.
Agência Estado

Rizzolo: Esses títulos ainda são o investimento mais seguro do mundo. Recentemente, em meio à turbulência, a remuneração de alguns desses papéis caiu para quase zero por causa do aumento na demanda por esses títulos – resultado de investidores fugindo de qualquer tipo de risco. outros países vêm diversificando as reservas.

Contudo, países como a Rússia e Índia vêm diversificando bastante as reservas, reduzindo bastante a exposição ao dólar. A Rússia deve estar com cerca de 45% das reservas denominadas em dólar, ante menos de 40% da Índia. A Índia tem muitos depósitos no BIS. A China tem muitos títulos da Fannie Mae e Freddie Mac, além de Treasuries. Por ironia os papeis do centro do furacão da crise passam a ser os preferidos.

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