Investimento estrangeiro dobra em fevereiro e soma US$ 1,9 bi

BRASÍLIA – O ingresso de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil dobrou em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2008, somando US$ 1,968 bilhão. O resultado é ligeiramente superior ao projetado pelo Banco Central no mês passado, que esperava um fluxo de IED de US$ 1,8 bilhão.

Os investimentos estrangeiros em ações, porém, tiveram saldo negativo de US$ 343 milhões no mês. Os investimentos em ações negociadas no País tiveram saídas de US$ 321 milhões e as negociadas no exterior, saldo negativo de US$ 21 milhões. Em fevereiro do ano passado, os investimentos em ações também tiveram saldo negativo, de US$ 270 milhões.

Os investimentos em títulos de renda fixa, em fevereiro, tiveram saldo negativo de US$ 1,327 bilhão, acumulando, no ano, saldo negativo de US$ 3,128 bilhões. Em fevereiro do ano passado, a renda fixa registrava ingressos de US$ 2,886 bilhões e acumulava, no primeiro bimestre, saldo positivo de US$ 4,198 bilhões.

Os investimentos em títulos negociados no País tiveram saídas de US$ 734 milhões em fevereiro e acumulam, no ano, saldo negativo de US$ 2,363 bilhões. Já os títulos negociados no exterior, tiveram saídas de US$ 593 milhões em fevereiro e acumulam, no ano, US$ 764 milhões de saídas.

No primeiro bimestre do ano, o ingresso de investimentos estrangeiros diretos soma US$ 3,898 bilhões. No período, as aplicações em ações acumulam saldo negativo de US$ 885 milhões ante déficit de US$ 3,351 bilhões em janeiro e fevereiro de 2008. Em 12 meses, o saldo até fevereiro subiu para US$ 43,243 bilhões ou 2,90% do PIB. Até janeiro, o IED acumulado era de US$ 42,164 bilhões ou 2,75% do PIB.
agência estado

Rizzolo: O aumento do ingresso de investimentos estrangeiros diretos (IED), são na realidade investimentos que tem por objetivo a compra de ativos no Brasil, dentre eles empresas nacionais. Bem essa questão é delicada, até porque a entrada de IED não significa investimentos no País em si.

Só para se ter uma idéia, saíram US$ 10 bilhões e 435 milhões em remessas de lucros e dividendos (tanto especulativos quanto remessas de lucros de filiais de empresas externas às suas matrizes, além de juros, renda fixa e outros rendimentos). Em 10 dias do mês de março, a transferência de US$ 3,266 bilhões pelas multis foi maior do que em todo o mês de janeiro: US$ 2,251 bilhões. A verdade é que este “investimento direto estrangeiro” tem apenas rosto de investimento, mas na verdade é em última instância a compra e desnacionalização de empresas nacionais por atacado, além disso estas ” filiais” remetem mais ao exterior do que investem no País.

Não se trata de nacionalismo, mas temos que prestigiar a empresa nacional, aquele que investe e não remete, e que por muitas sofre sem financiamentos e recursos enquando a farra das remessas sangra o País. É isso aí. Depois dizem que eu oscilo entre discurso de direita e da esquerda, mas a verdade é que quando se trata de proteger a industria nacional e o mercado interno todos se calam, como se isso fosse uma blasfêmia. Vamos falar a verdade !

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Investimento estrangeiro bate recorde no Brasil em 2007

O total de Investimento Estrangeiro Direto (IED) que ingressou no Brasil no ano passado foi de US$ 34,616 bilhões. Apenas em dezembro, o IED somou US$ 886 milhões. O total de investimentos estrangeiros em 2007 bateu o recorde de 2006, quando a marca chegou a US$ 18,782 bilhões.

O Banco Central, que divulgou os números nesta segunda-feira (28), previa que o total de investimento estrangeiro direto em 2007 fosse de US$ 35 bilhões. Já a conta corrente do balanço de pagamentos de 2007 fechou o ano com saldo positivo de US$ 3,555 bilhões, segundo os números do BC.

Em dezembro, porém, o saldo foi negativo em US$ 699 milhões. Em 2006, as transações financeiras do Brasil com o resto do mundo resultaram em um superávit da ordem de US$ 13,53 bilhões.

Com o aumento em 2007, esse capital que vem do exterior passa a ter uma importância maior para a economia nacional. Enquanto em 2006 o IED correspondeu a 1,75% do PIB (Produto Interno Bruto), no ano passado a proporção foi de 2,64% do PIB.

Os dados levam em conta recursos estrangeiros para o setor produtivo no país e ainda empréstimos intercompanhias, aqueles feitos pela matriz da multinacional para a subsidiária brasileira, abatidas as remessas feitas por conta de ganho com o capital investido.

Do total ingressado em dezembro, US$ 1,235 bilhão foi de participação no capital. Houve saída líquida de US$ 349 milhões nos empréstimos intercompanhias.

2008 começa diferente

O Banco Central (BC) informou que em janeiro, até esta segunda-feira, já foram registradas saídas líquidas no valor de US$ 1,8 bilhão de investimentos estrangeiros em ações e renda fixa.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, atribui o movimento à excessiva volatilidade das Bolsas de Balores em todo o mundo, resultado da incerteza proveniente da economia norte-americana. “Há perdas nas Bolsas do mundo inteiro, e é natural que ocorra aqui também” , disse.

O técnico do Banco Central disse ser difícil avaliar se a forte saída do investidor estrangeiro das ações prosseguirá, pois depende do comportamento das Bolsas internacionais frente ao atual ambiente de crise.

Lopes lembrou, porém, que do ponto de vista do investimento estrangeiro produtivo, 2008 começou de forma promissora para o Brasil, uma vez que já ingressaram US$ 4 bilhões em investimento externo direto (IED) até hoje, com a previsão de fechar o mês em US$ 4,5 bilhões.

Da redação, com agências

Rizzolo: As perdas são significativas em 2008, contudo, ao analisarmos a natureza dos investimentos, observamos que houve uma recuperação nos investimentos estrangeiros de cunho produtivo, já ingressaram US$ 4 bilhões em investimento externo direto (IED), esses recursos tem entrado pela perspectiva da economia brasileira, e não pela pura especulação financeira, haja vista, o fato da bolsa e renda fixa terem sofrido uma queda de US$1,8 bilhão muito em face também ao nervosismo externo.

Outro fator preponderante foi a redução do juro americano que faz com que com capital externo tenha mais ganho no Brasil, aumentando a atratividade do país. Por outro lado, a remessa de lucros para o exterior em 2007 foi de US$ 21,2 bilhões. Em 2006, havia sido de US$ 16,3 bilhões. O que representa uma escalada, aumentando sucessivamente de US$ 6,4 bilhões (2003) para US$ 8,2 bilhões (2004), US$ 10,6 bilhões (2005), US$ 16,3 bilhões (2006) e US$ 21,2 bilhões (2007). Leia o artigo acima onde procuro fazer uma análise mais detalhada sobre essa questão.

Brasil é 2º país onde investimento estrangeiro mais cresce

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O Brasil é o segundo país onde o investimento estrangeiro direto mais cresceu em 2007, segundo estimativa divulgada nesta terça-feira pela Unctad, órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento.
O volume líquido de investimento direto recebido pelo Brasil deve dobrar (alta de 99,3%) em relação ao ano anterior e chegar a US$ 37,4 bilhões.

A previsão é diferente da avaliação do Banco Central, segundo a qual o volume total do ano deve chegar a US$ 35 bilhões. Os dados até novembro mostram um total acumulado de US$ 33,37 bilhões.

De acordo com os economistas da Unctad, a maior parte dos investimentos recebidos pelo Brasil destinam-se a aumentar a produção industrial.

O país onde o investimento estrangeiro mais cresceu foi a Holanda, onde a entrada de capital externo passou de US$ 4 bilhões, em 2006, para US$ 104,2 bilhões no ano passado, uma variação de 2.285%.

Neste caso, a diferença é quase toda explicada pela venda do ABN-Amro (holandês) para o espanhol Santander, por US$ 98,5 bilhões.

América Latina

Na América Latina e Caribe, os investimentos estrangeiros somaram US$ 125,8 bilhões no ano ano passado, segundo a Unctad, um crescimento de 50% em relação ao ano anterior, com novos investimentos e expansão da produção de empresas já instaladas.

Também praticamente dobraram o volume de recursos estrangeiros direitos recebidos pelo México (alta de 92,9%) e o Chile (92,2%), enquanto na Argentina houve uma redução de 39,6% e na Colômbia um crescimento de 30%.

O volume total de investimento estrangeiro no mundo chegou ao montante recorde de US$ 1,5 trilhão. O país que mais recebeu recursos foi os Estados Unidos, com um volume de US$ 192,9 bilhões e crescimento de 10% sobre o ano anterior.

De acordo com os economistas da Unctad, a depreciação do dólar ajudou a manter o país atraente para o investimento estrangeiro, mesmo com a desaceleração do ritmo de crescimento da economia americana.

Estes recursos, por sua vez, ajudaram a reduzir os efeitos da crise dos créditos imobiliários na capacidade de empréstimos dos bancos.

Mas a organização alerta que a probabilidade cada vez maior de uma recessão nos Estados Unidos e a incerteza sobre suas repercussões podem levar a uma atitude de maior cautela por parte dos investidores.

O segundo país com maior volume de investimentos foi o Reino Unido, que recebeu no ano passado um total estimado de US$ 171,1 bilhões, 22,6% mais do que no ano anterior.

A China recebeu 3% menos investimentos do que no ano anterior, um total de US$ 67,3 bilhões.

BBC BRasil

Rizzolo: Os investimentos estrangeiros crescem no Brasil, face à diversificação dos investidores dos seus ativos. O Brasil possui um mercado de 190 milhões de pessoas, sendo que 45 milhões vivem na linha de pobreza, tal fato, sugere que a ampliação do parque industrial se faz necessário, tendo em vista os programas de transferência de renda implementados pelo governo. O volume líquido de investimento direto recebido pelo Brasil deve dobrar (alta de 99,3%) em relação ao ano anterior e chegar a US$ 37,4 bilhões.

Esse fato não só deu-se no Brasil, assim como na América Latina, onde os investimentos estrangeiros tiveram um crescimento de 50% em relação ao mês anterior. O Brasil só não cresce mais, porque a autonomia do Banco Central e sua condução conservadora, não se alinham com a política de inclusão e desenvolvimentismo necessários ao desenvolvimento do povo brasileiro. Essa é a triste verdade.