JERUSALÉM – Um homem armado invadiu a sala de jantar de um seminário rabínico em Jerusalém e começou a atirar logo após o anoitecer desta quinta-feira, 7. Segundo informou a polícia e as equipes de resgate, ao menos oito pessoas foram mortas. A imprensa israelense afirmou que cerca de dez pessoas ficaram feridas. Foi o pior atentado em Israel nos últimos dois anos, desde o incidente de 17 de abril de 2006. Na ocasião, o ataque de um homem bomba deixou 11 mortos e 60 feridos durante o feriado de Pessach – a Páscoa judaica – em Tel Aviv.
No momento do atentado desta noite no seminário, cerca de 80 pessoas estavam reunidas para uma cerimônia, prestes a ser realizada, quando o homem abriu fogo. Segundo o site do jornal Jerusalem Post ele disparou entre 500 e 600 balas num período entre quatro e dez minutos, antes de ser morto.
O seminário rabínico de Mercaz Haravyeshiva, que fica no quarteirão Kiryat Moshe de Jerusalém, é um seminário tradicional e foi fundado há mais de 80 anos.
O comandante da polícia de Jerusalém, Aharon Franco, disse que apenas um homem invadiu o local, apesar de testemunhas relatarem a presença de dois homens. Franco declarou que “um oficial israelita que estava por perto” atirou no homem e o matou.
Cerca de 50 ambulâncias foram chamadas no local. “Houve muitos tiros e histeria”, contou uma mulher que mora perto da escola. “O tiroteio durou cerca de 10 minutos”, disse outra testemunha.
Um canal de televisão do Hezbollah libanês afirmou nesta quinta-feira, 7, à noite, que um grupo desconhecido, a “Brigada dos homens livres de Galilea-Grupo do Mártir Imad Mughnieh e dos mártires de Gaza”, havia reivindicado o ataque em Jerusalém, segundo informou a agência France Presse.
Hamas
Na cidade de Gaza, rmoradores saíram para às ruas e dispararam tiros de rifles em comemoração ao ataque no seminário. O grupo militante Hamas elogiou o ataque. “Nós abençoamos a operação. Essa não será a última”. Um porta-voz do grupo declarou que o ataque “foi heróico, em resposta aos crimes de Israel”.
Bush
O presidente americano, George W. Bush disse ter conversado com o premiê israelense, Ehud Olmert, para levar suas condolências. “Eu disse a ele que os Estados Unidos se mantém firme ao lado de Israel diante desse terrível atentado.” Em nota, o presidente norte-americano declarou: “Eu condeno nos maiores termos possíveis o ataque terrorista em Israel”. A Secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, também condenou o ato e expressou suas condolências ao governo israelense.
ONU
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o atentado à escola religiosa de Jerusalém. A porta-voz da ONU, Marie Okabe, anunciou que o presidente rotativo do Conselho de Segurança, o embaixador russo Vitaly Churkin, decidiu convocar para esta quinta, em caráter de urgência, uma reunião para analisar a situação na região após o ataque.
Agência Estado
Rizzolo: Existe uma discussão generalizada sobre até que ponto podemos entender o conceito de soberania de um Estado. Ontem escrevi um artigo sobre organizações terroristas e mal poderia imaginar que próximo a um Shabbat aspectos reais do problema do terrorismo iriam se materializar no dia seguinte. Existe na região um conflito entre grupos terroristas árabes e o Estado de Israel; como Estado, Israel pode apenas se defender, como terroristas limite não há, e atentados a inocentes acabam sendo comemorados nas ruas por grupos como o Hamas, que patrocinam e incentivam o terror. Não podemos conceber violência por parte de Israel tampouco por parte de grupos árabes que querem a desestabilização do Estado judeu. É muito triste saber que jovens num seminário rabínico ( yeshivá ) foram brutalmente atacados. O Brasil deve se solidarizar com Israel nesse momento, até para que o povo judeu não entenda que aos olhos de Lula e do PT, Reyes valha mais, do que os pobres estudantes do seminário judaico. Leia também artigo meu ” Contexto ideológico e Soberania relativa ”