Um Imenso Vazio

Esta semana foi banhada com as lágrimas da tristeza por aqueles que se foram no vôo 447 da Air France. Só quem perdeu, disse adeus, e se despediu acenando dos que embarcaram, sabe a dimensão da dor e do sofrimento. Este não foi o primeiro vôo trágico, outros antecederam, como o da Tam em São Paulo. Todos enfim, serviram para dimensionar o sofrimento das perdas repentinas.

Que palavras dizer, como entender, qual a lógica do desenlace da tragédia não anunciada? As explicações surgem em todas as religiões, mas a certeza de que as tragédias nos fazem refletir sobre nosso papel neste mundo, nos eleva na condição de repensarmos o aspecto espiritual de nossas vidas, muitas vezes ocultado pelo materialismo desenfreado do dia-a-dia .

Vidas ceifadas, amores que se foram, filhos queridos que jamais voltarão, traduzem os desperdícios das discórdias, da luta pela busca do material como prioridade, e da fragilidade da condição humana. Talvez seja tempo em que as pessoas devam buscar na espiritualidade, as respostas para os infortúnios da vida.

A lógica divina não pertence à mesma condição da lógica humana, e de nada adianta contestarmos a incapacidade do nosso cérebro de compreender os desígnios de Deus; que por vezes, faz das coisas tristes a maior razão do compreender divino. Se assim agirmos, estaríamos espiritualmente não elevando a alma e a lembrança daqueles que se foram, ao nos conformarmos, ultrapassamos nossa incapacidade diminuta, e sintonizamos uma lógica distante, incompreensível, mas repleta de luz.

Quando as buscas são ineficazes, quando as explicações técnicas das causas se confrontam, e não se vê absolutamente nada a não ser a saudade; fechar os olhos, se conformar e se apaziguar com Deus, é conectar-se com uma a lógica maior, é o caminho para entender o seu último adeus, seu último abraço, e quem sabe este imenso vazio.

*Dedico este texto aqueles que perderam seus entes queridos de forma trágica.

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Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz.

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Jobim propõe conselho de Defesa sul-americano

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, propôs ao governo argentino a criação do Conselho Sul-americano de Defesa, que contaria com a participação de todos os países da região.
O objetivo, disse Jobim, é a definição de um mesmo discurso sobre defesa em fóruns internacionais e a construção de um “parque industrial” comum neste setor.

“Essa indústria seria privada, mas com nichos para a presença estatal. Não se pode pensar nenhum avanço tecnológico das Forças Armadas da América do Sul sem que se tenha, no próprio continente, a capacitação dos insumos necessários (para esta área)”, afirmou.

“Por exemplo, num submarino de propulsão nuclear, o combustível tem que ser brasileiro. Se não, não faz sentido”.

Armas

Jobim ressaltou que esta indústria conjunta incluiria a produção de armas para as Forças Armadas e outros tipos de insumos para o setor de defesa. ”

Não se justifica que para se mobilizar as Forças Armadas de um país seja necessário depender de insumo de estrangeiros”, declarou.

Em Buenos Aires, Jobim se reuniu com a ministra da Defesa da Argentina, Nilda Garré, e com os chefes das Forças Armadas que, segundo ele, apoiaram a iniciativa da criação do conselho de defesa.

Jobim contou que deve se reunir no mês que vem com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para discutir a proposta, a mesma que levará até junho a todos os países da América do Sul.

Quando perguntado se este conselho representaria uma espécie de OTAN da região, ele discordou.

“OTAN não, não tem sentido. Essa é uma solução antiga, do pós-guerra”.

Comitiva de Lula

Jobim esteve em Buenos Aires como integrante da comitiva do presidente Lula. Na sexta-feira, autoridades brasileiras assinaram 17 acordos com o governo argentino, entre eles o que prevê o enriquecimento conjunto de urânio para fins pacíficos.

Sobre o tratado na área nuclear, o ministro comentou ter conversado sobre a criação de uma empresa e de um reator binacional.

“Seria reator para a propulsão de um submarino e também para energia, importante para o continente”.

Não é a primeira vez que o ministro propõe a criação de um submarino nuclear.

Jobim disse que no caso do acordo entre a Argentina e a Embraer ficou decidido que ele está condicionado à compra de aviões da empresa brasileira por parte do governo da presidente Cristina Kirchner.

A Embraer ofereceria manutenção e compraria peças da empresa argentina Área Material de Córdoba (AMC), mas desde que a Argentina confirme a compra de seus aviões.

BBC Brasil

Rizzolo: Tenho afirmado exaustivamente neste Blog, que a empreitada de compra de armamento vinculada a uma “transferência de tecnologia” é uma ilusão que chega às raias da infantilidade. Sou Advogado, não sou do ramo, mas qualquer militar, e os que já conversei inclusive do meu rol de amizades, confirmam; jamais empresas internacionais vão transferir tecnologia militar. Outro dia jantando na casa de amigos com um Brigadeiro que participou de projetos vinculados à indústria bélica brasileira em São José dos Campos, me disse categoricamente o que sempre afirmo : se não investirmos na capacitação tecnológica do nosso corpo técnico, formando profissionais altamente qualificados, até para absorver tecnologia, jamais teremos uma indústria bélica. A ” receita do bolo” vinda no manual de instrução, de presente pela compra dos equipamentos, é uma ilusão infantilóide. A China, e outros países asiáticos, investiram na capacitação profissional, até para saberem copiar projetos; mesmo a Argentina durante certa época investiu muito no desenvolvimento nuclear, na capacitação tecnológica de seus técnicos.

Talvez agora, Jobim tenha chegado a conclusão que unir esforços nesse sentido junto aos países da América Latina seja uma saída. Não é uma má idéia, mas o importante é deixar de acreditar em “conto de carochinha”, e que algum País venda seu submarino nuclear transferindo a tecnologia de fabricação do mesmo passo a passo. Isso é uma besteira. Vão é morrer de rir de nós, pobres brasileiros.