Após confusão com a PM, manifestantes se reúnem na Prefeitura

Depois do tumulto, contido por policiais militares com spray de pimenta, parte do grupo de manifestantes que protesta contra os alagamentos na cidade conseguiu entrar no prédio da Prefeitura de São Paulo, no Centro, na tarde desta segunda-feira (8). Antes disso, durante a confusão, um vereador e um deputado federal, os dois do PT, receberam o gás no rosto. O senador Eduardo Suplicy chegou para ajudar nas negociações.

O vereador José Ferreira, o Zelão, ainda foi agredido na cabeça duas vezes, como informou sua assessoria de imprensa. Já o deputado federal Carlos Zarattini foi atingido pelo spray, assim como outros manifestantes. A reunião na Prefeitura começou por volta de 15h.

Carregando uma garrafa cheia de água tirada do alagamento do Jardim Romano, bairro da Zona Leste bastante afetado com os temporais, o senador Suplicy afirmou: “Essa é a água que essas pessoas estão em contato, que causa uma série de doenças”. Ele prometeu empenho em marcar uma audiência entre Kassab e os manifestantes.

O protesto envolve cerca de 200 moradores de bairros alagados. Além do gás de pimenta, os policiais usaram cassetetes para conter o tumulto, que começou por volta de 14h. A PM formou um cordão de isolamento para afastar os manifestantes e a assessoria de imprensa da Prefeitura havia informado no início da confusão que as pessoas só seriam recebidas se o movimento fosse pacífico.

Revolta

Moradora do Jardim Pantanal, na mesma região do Jardim Romano, Clarice Ferreira, de 25 anos, estava revoltada com a ação da PM. “Estou com meu filho de 5 meses aqui e recebi gás de pimenta na cara. É um absurdo”. Ela levou ao protesto a filha de 9 anos. As duas vomitaram após o contato com a substância.

Outra moradora da região, Ana Paula Leite Rodrigues, de 36 anos, também foi atingia por spray no rosto. “Estamos aqui para reivindicar nossos direitos e acabamos agredidas”.
Globo

Rizzolo:A manifestação é legítima e reprimi-la com violência é uma tática autoritária contra o povo já sofrido pela falta de investimento e omissão do poder público. Só para se ter uma idéia, no Orçamento para 2010, o governador José Serra reduziu as verbas para o combate às enchentes de R$ 252 milhões (2009) para R$ 200 milhões. Além disso, através de dados do Sistema de Gerenciamento de Execução Orçamentária (Sigeo), a representação aponta que dos R$ 188 milhões previstos no Orçamento de 2009 para o desassoreamento do Rio Tietê – apontado por especialistas como uma das principais formas de combater as enchentes na capital paulista – o governo de São Paulo executou apenas R$ 82 milhões.

Pesquisa revela queda na popularidade da Prefeitura de SP

SÃO PAULO – Uma pesquisa encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo ao Ibope revelou que o índice de satisfação da população de São Paulo com a atual administração municipal caiu bruscamente de 2008 para 2009.

De novembro de 2008 a dezembro de 2009, o percentual de paulistanos que considera a administração da Prefeitura boa ou ótima caiu de 46% para 28%. Já o percentual dos que consideram a administração municipal ruim ou péssima subiu de 12% para 26%.

A avaliação foi feita com base no IRBEM (Indicadores de Referência de bem-estar no Município), que compreende aspectos como transparência e participação política, saúde, transporte, habitação, meio ambiente, trabalho, espiritualidade, sexualidade, entre outros.

A nota média de São Paulo foi de 4,8 pontos numa escala de 1 a 10. A nota 1 significa estar totalmente insatisfeito; a nota 10, totalmente satisfeito.

A pesquisa foi feita pelo Ibope, com 1.512 entrevistados, entre 2 e 16 de dezembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
agencia estado

Rizzolo: Bem , é claro que com o distanciamento de Kassab da população, o abandono da questão das enchentes, e outros problemas, a popularidade do prefeito despencou. Essa queda já se vinha observando de forma não oficial, pelas opiniões, pelo descontentamento do povo nas ruas. A pesquisa apenas corrobora uma situação que já existia.

Kassab usa carro para visitar áreas alagadas de São Miguel Paulista

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, percorreu nesta terça-feira (12) as áreas alagadas na região de São Miguel Paulista, na Zona Leste da capital paulista. A visita começou às 10h nas ruas do Jardim São Martinho. O prefeito percorreu um trecho a pé, acompanhado de assessores e moradores do bairro.

Em seguida, Kassab subiu em um carro da Defesa Civil para passar pelo alagamento e foi para a Vila Itaim. Alguns moradores seguiram o carro em que estava o prefeito a pé pelas ruas alagadas. A visita durou cerca de 1h30. Kassab disse que as famílias cadastradas serão transferidas em um prazo de até dois anos para prédios do CDHU. Até lá, deverão receber auxílio aluguel.

Na sexta (8), o prefeito foi vaiado por moradores de um conjunto habitacional atingindo pelas enchentes na região do Jardim Romano, no extremo Leste de São Paulo, local que está alagado há um mês. Na ocasião, Kassab conversou rapidamente com alguns representantes e acabou desistindo da visita ao local por causa da reação dos manifestantes.

Defensoria

A Defensoria Pública do Estado entrou com ação na Justiça pedindo a suspensão das demolições de casas e a retirada de famílias das áreas alagadas na várzea do rio Tietê. Só as pessoas em situação de risco poderiam ser transferidas. A Defensoria quer que as mudanças propostas pela prefeitura para construir o Parque Linear do Tietê sejam antes discutidas com a população.

A ação da Defensoria foi proposta no fim da manhã desta terça-feira no Fórum da Fazenda Pública da Capital e a Justiça não tem prazo para se manifestar.

“Nós temos um profundo respeito pela Defensoria Pública e todos sabem a nossa disposição sempre de fazer o trabalho em conjunto. A presença do poder público é fundamental, a transferência dessas famílias, até por uma questão de saúde pública”, disse Gilberto Kassab.

Na ação, a Defensoria também pede à Justiça que a prefeitura e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) sejam obrigados a fazer manutenção permanente de bombas de drenagem, varrição, limpeza de bocas de lobo e córregos nas áreas castigadas pelas chuvas, como Jardim Romano, Chácara Três Meninas, Vila das Flores, Jardim São Martinho, Vila Aimoré e Vila Itaim.
Globo

Rizzolo: O prefeito Kassab precisa sentir e ter mais consternação com o povo pobre da periferia. Não é por nada, mas como político, prefeito, não custava caminhar ao lado do povo, mas preferiu, numa postura elitista se dirigir de carro. São pequenas coisas como esta, que fazem o sentimento do povo se confortar. Precisamos de uma vez por todas resolver o problema das enchentes da periferia, na cidade de São Paulo, e dos municípios afetados pela chuva. Vamos trabalhar pessoal!

Governo de SP deixou de construir 91 piscinões e de limpar Rio Tietê

O engenheiro Júlio Cerqueira César Neto, em entrevista neste domingo (20) ao site de notícias “Vi o Mundo”, desmontou os argumentos usados pelo governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), e pelo prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), para justificar as grandes enchentes que devastaram a cidade nos últimos meses.

Serra disse que a culpa pelas enchentes foi do “lixo jogado na rua pela população”, já Kassab culpou a “quantidade anormal de chuvas no período”.

Mas de acordo com o especialista Júlio Cerqueira, que foi professor de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo por 30 anos e é considerado um dos grandes especialistas dessa área no Brasil, “São Pedro e a educação sanitária não são os causadores das enchentes de 8 de setembro e 8 dezembro”. Segundo ele, “a inundação aconteceu porque o Tietê estava com mais da metade da sua capacidade obstruída por resíduos depositados no fundo do seu canal e que não foram limpos adequadamente pelo governo do estado”.

Cerqueira, que também foi, entre 2002 e 2006, presidente da Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê – Região Metropolitana de São Paulo (BAT-RMSP), afirmou que “as duas chuvas [de 8 de setembro e 8 dezembro] foram moderadas. Aliás, sempre que acontece uma enchente dessas, o prefeito, o governador, os secretários aparecem dizendo que São Pedro foi o responsável. Nada deixa a população mais irritada do que essa desculpa esfarrapada.”

O professor explica que “entre a barragem da Penha [Zona Leste] e o Cebolão [Zona Oeste]”, são depositados “aproximadamente 1,2 milhão de metros cúbicos de terra” por ano, e “se você deixar isso no fundo do rio, a capacidade dele diminui”. De acordo com o Cerqueira, “o DAEE [Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo] faz a limpeza, mas tira apenas 400 mil metros cúbicos por ano”.

Para o especialista o assoreamento do Rio Tietê é uma das principais causas das enchentes, o que “consequentemente, diminui também a capacidade de transporte de água na hora da chuva”. “Em vez de ter espaço para passar, por exemplo, 1.000 metros cúbicos por segundo, só ‘cabem’ 500. Os outros 500 transbordam”. Por exemplo, “no dia 8 de setembro, às 16h30m, no Viaduto da Casa Verde, um engenheiro mediu a quantidade de água que passava no rio. Deu 735 metros cúbicos por segundo. Ali, naquele trecho, se o canal do Tietê estivesse limpo, poderia passar mais de 1.000 metros cúbicos por segundo. Se o Tietê já transbordou com 735 metros cúbicos é porque estava assoreado”, disse.

E lembra que na chuva de 8 de dezembro “nenhum engenheiro foi lá medir. Mas pelas consequências a coisa foi muito semelhante à de 8 de setembro. Se a vazão não foi 735 metros cúbicos por segundo, foi de 835, 800, ou algo parecido”.

O especialista alerta “se não houvesse assoreamento, a cidade não teria inundado. Houve inundação, porque o Tietê estava ainda mais assoreado do que em setembro. As causas que levam às enchentes são principalmente o assoreamento e a má limpeza do rio”.

Outro fator que agrava a situação do assoreamento, segundo o especialista, é o problema da calha do Tietê. “A calha do Tietê foi projetada há 20 anos. Na época, previa-se que a vazão de 1.000 metros cúbicos por segundo seria adequada para os nossos dias. Dez anos depois de iniciada a obra [que levou 20 para ficar pronta], verificou-se que os 1.000 metros cúbicos já não seriam suficientes. Eram necessários 1.400. A urbanização foi muito mais intensa e mais rápida do que o imaginado. Ampliar o tamanho da calha não dá mais”.

Mas ressalta que “mesmo que a calha do Tietê estivesse limpa, ela seria insuficiente para uma capacidade de 1.300 metros cúbicos por segundo, por exemplo, que são vazões que ocorrerão daqui para frente, no período chuvoso, que vai principalmente de janeiro a março”.

Cerqueira ainda denunciou que “na quarta-feira, a Câmara Municipal [de São Paulo] aprovou o orçamento da Prefeitura”. E que “para 2010, a verba de córregos e galerias para o sistema de drenagem pluvial da cidade foi cortada pela metade. E olha que provavelmente nem o orçamento inicial seria suficiente”.

O especialista afirma que mesmo que construir mais 91 piscinões, além dos 43 que existem, seja a única solução hoje em dia, “na prática, os piscinões são verdadeiros esgotos”. “Ainda mais quando a água fica parada. Daí, sim, ela decanta, formando um lodo no fundo. É uma situação sanitária extremamente desfavorável. Esse é um dos aspectos pelos quais eu não gosto dos piscinões. Na sequência, eles se tornam um tremendo problema; são foco de proliferação de doenças na cidade”.
Hora do Povo

Rizzolo: Não há a menor dúvida que o assoreamento do Rio Tietê é uma das principais causas das enchentes. O fato do governo de SP não assumir a devida responsabilidade é algo preocupante. A grande questão, é que obras como piscinões e limpeza dos rios não promovem votos, e por incrível que pareça, toda pseudo capacidade de gerenciamento do governo, essa empáfia administrativa e ao mesmo tempo fria, de nada serve quando os problemas surgem. Enchentes sempre ocorreram na cidade de São Paulo como no Estado, porém as devidas medidas nunca são implementadas. Uma vergonha que desnuda a falta de capacidade administrativa . Sinceramente, ouvindo opiniões de técnicos, de especialistas chegamos a conclusão que o governo do Estado é apenas uma “embalagem de boa competência” que não é a prova de água, tampouco de chuva forte.

Kassab diz que tem ‘sonho de ver Serra presidente’

SÃO PAULO – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse hoje que sonha em ver seu mentor, o governador José Serra (PSDB), presidente da República. Questionado sobre quem gostaria que o sucedesse na Prefeitura em 2012, Kassab foi reticente no âmbito municipal, mas incisivo no federal. “No momento adequado, definiremos os candidatos liderados pelo nosso comandante político na cidade, o governador José Serra. Eu tenho um sonho: que Serra seja presidente da República.”

Apesar de ausente na inauguração de um trecho do Expresso Tiradentes, na zona leste da capital paulista, o governador de São Paulo foi uma constante nos discursos de vereadores, de Kassab e do vice-governador Alberto Goldman (PSDB), que representava o tucano. Virtual candidato do PSDB à Presidência em 2010, Serra foi aclamado como o autor da reformulação do projeto do corredor de ônibus. A ideia do grande corredor surgiu na gestão do ex-prefeito Celso Pitta, mas teve atrasos e alterações e ainda não foi concluído.

“O povo acreditou no Fura-Fila de Pitta, mas nós sabíamos que era inviável. Durante anos, tivemos palitos suspensos por parte da cidade, atrapalhando o trânsito, sem servir para nada”, criticou Goldman. “Serra e Kassab remodelaram o projeto para atingir Cidade Tiradentes.”

O vice-governador de São Paulo fez questão de citar investimentos do governo do Estado no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e a parceria entre município e administração estadual. “Mostramos ao País como trabalhar integradamente com o interesse público acima de qualquer interesse político eleitoral ou partidário”, disse Goldman, reproduzindo um discurso de Serra.

Aécio

Sem citar o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), Goldman rebateu as declarações do mineiro de que haveria uma tentativa de decidir o candidato tucano a 2010 a partir da Avenida Paulista, em referência implícita a Serra. Ontem, Aécio havia dito que “não se constrói um projeto para o País de alguns gabinetes da Avenida Paulista, mas caminhando pelo País”.

O vice-governador paulista respondeu: “O futuro do País é sempre decidido pelo povo na urna. Serra ainda tem dois anos de mandato e tem de trabalhar para administrar São Paulo. Até o momento em que a legislação, eventualmente, obrigue algum de nós a deixar o cargo para ser candidato, faremos isso.”

agência estado

Rizzolo: É claro que o sonho de Kassab – que é o pesadelo de Dilma e Aécio – seja de que Serra se torne presidente. O PSDB precisa antes de tudo definir quem será o candidato, a demora os questionamentos, as insinuações internas partidárias só servem a oposição tucana. Kassab desponta como um grande nome na política paulista, e seu apoio é essencial. Aécio traz consigo um sentimento mineiro mal resolvido com a morte de Tancredo Neves, Minas ainda não se refez da perda do presidente. A disputa interna no PSDB faz com que as prévias tão defendidas por Aécio seja sim uma extraordinária oportunidade para o PSDB voltar a mobilizar suas bases e falar à sociedade; demais segundo o candidato mineiro “se perder, apoiará Serra, incondicionalmente”. Vamos ver.

Com ironia, Kassab diz que briga pela paternidade de obras o deixa “muito feliz”

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), afirmou nesta quinta-feira que a disputa pela autoria de algumas obras da prefeitura o deixa “muito feliz” porque demonstra o reconhecimento dos adversários às suas realizações. Ele também retrucou Alckmin ao dizer que sabe reconhecer quando uma boa obra foi feita em administrações anteriores.

“Posso dizer que estou muito feliz e agradeço tanto a ex-prefeita [e candidata Marta Suplicy, do PT] quando ao ex-governador [e candidato Geraldo Alckmin, do PSDB] os elogios que fazem às nossas realizações”, afirmou o prefeito logo depois de entregar carteiras para viagens a idosos no centro da cidade.

Ontem, Alckmin afirmou que as AMAs (assistências médicas ambulatoriais) –uma das principais bandeiras eleitorais de Kassab– foram realizadas quando ele ainda era governador de São Paulo. “O governo, em parceria com a prefeitura, fez 23 AMAs.” Ele disse que o Estado desembolsou em sua época R$ 36 milhões entre investimento e custeio.

Já a ex-prefeita visitou ontem o Centro Cultural da Juventude. A assessoria de Marta dizia que a estrutura do prédio foi feita por ela, mas o site da prefeitura diz que o centro foi inaugurado pelo então prefeito José Serra (PSDB), hoje governador.

“Todos eles elogiando as ações que faço na prefeitura visitando o nosso Centro da Juventude, as AMAs, os CEUs (centos educacionais unificados) e até querendo assumir a paternidade deles me deixam muito feliz”, disse Kassab.

Alckmin havia criticado os políticos que não reconheciam a realização de administradores anteriores. Sobre o assunto, Kassab rebateu dizendo que é um político diferente. “O que são coisas boas, mas não foram realizadas em nossa gestão, eu sempre elogiei e continuarei elogiando.”

Folha Online

Rizzolo: Não há dúvida que a gestão kassab foi muito boa. Temos que reconhecer isso. Toda minha restrição na questão PSDB-DEM, era em relação ao comportamento de tucanos que deveriam apoiar candidatos de seu partido – PSDB- e não provocar uma crise interna. Contudo, passado o constrangimento, podemos observar não só o caráter pessoal de Kassab que é uma pessoa boa, com um espírito empreendedor e dotado de uma “retidão administrativa” invejável.

Aqueles que querem difama-lo, principalmente petistas, tentando impregnar sua imagem à do ex-prefeito Celso Pitta, com as expressões pejorativas tipo ” gestão Pitta-Kassab”, esquecem que sua participação naquela gestão foi pequena, até porque ficou pouco tempo no governo. Agora contou, sim, a gestão Pitta-Kassab com a colaboração daquele que seria o secretário de candidata Marta Suplicy (PT), Jorge Wilheim, quando ela assumiu a prefeitura em 2001. Portanto não adianta Dona Marta falar de gestão Pitta-Kassab, que isso a remeterá de plano à participação do ex-secretário da petista no mesmo governo.

Kassab confirma que fechou aliança com Quércia

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) confirmou que fechou mesmo um acordo com o PMDB de Orestes Quércia. Diplomático, disse que deseja inserir na articulação o PSDB de Geraldo Alckmin.

“A aliança com o PMDB não é com o Democratas. Ela está sendo feita com o candidato do PSDB e DEM”, disse Kassab. “No PSDB, o candidato é o Geraldo Alckmin. Se ele for o candidato [da aliança], contará com o nosso apoio porque o importante é manter a aliança”.

Trata-se, obviamente de uma lorota. A única hipótese de inserção do tucanato na costura ‘demo’-peemedebista seria a desistência de Alckmin de levar o seu nome à cédula de 2008. Alternativa que os aliados do ex-governador se apressam em refutar.

“Já estamos conversando com outros partidos, como o bloquinho [PSB, PCdoB e PDT], o PTB e o PV”, afirmou o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), lugar-tenente do candidato tucano. “Alckmin é um candidato forte nas pesquisas e popularmente forte, por isso buscamos alianças fortes para ele.”

DEM e a ala do PSDB alinhada a Alckmin travam agora uma queda-de-braço pela definição da data da oficialização das candidaturas. A Kassab interessa protelar, para submeter o rival a um processo de desidratação política: “Decidiremos tudo até o dia 30 de junho.”

A Alckmin interessa apressar. “A orientação da Executiva Nacional é para que as candidaturas sejam anunciadas o quanto antes, para que seja possível articular alianças e iniciar as campanhas o quanto antes”, disse Silvio Torres.

Ao atrair Quércia para o seu lado, além de se fortalecer como opção a Alckmin, Kassab impôs uma derrota ao petismo. Os operadores da candidatura de Marta Suplicy (PT) davam de barato que o PMDB paulistano cairia no colo da ministra do Turismo. Resta agora saber, para além do tempo de TV, se a sociedade com Quércia dá ou tira votos.
Fonte : Blog do Josias

Rizzolo: Já disse em várias outras ocasiões sobre a atual vocação do PMDB, principalmente em São Paulo. Podemos observar pelas manobras políticas, que o antigo partido que foi uma trincheira da luta democrática, hoje nada mais é do que uma “empresa de transferência de votos”, utilizam-se da máquina partidária, da estrutura montada para barganhar politicamente, no ” quem dá mais leva”.

O que comprova isso, é a aproximação e o recuo, estavam próximos do PT, de repente, não mais que de repente, se unem a Kassab, pura negociação e interesses. É, precisamos de uma reforma política patriota, mas aí vem algumas perguntas que não querem calar: Como fica a esquerda do PMDB em São Paulo? Como ficaria o projeto de Michel Temer e outros na aproximação do PMDB com o PT? No meu entender não foi uma boa escolha do Quércia, isso vai gerar com certeza muito conflito interno no partido.