Fidel Castro: Não creio que alguém tenha sido mais caluniado que os judeus

LA HAVANA (CJL) – “Não creio que alguém tenha sido mais caluniado que os judeus” refletiu Fidel Castro em uma entrevista concedida a um jornalista norte-americano, na qual falou, entre outras coisas, sobre Irã, Israel e Estados Unidos, sua percepção sobre os judeus e o antissemitismo.

“Castro iniciou nosso primeiro encontro contando-me que havia lido meu artigo e que este confirmava sua opinião de que Israel e Estados Unidos se dirigiam precipitada e gratuitamente a um enfrentamento com o Irã. Esta interpretação não é de se surpreeender: Castro é o ?avô? do anti-americanismo global e tem sido um duro crítico de Israel. Sua mensagem a Binyamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, disse, era simples: Israel somente terá segurança se renunciar o seu arsenal nuclear, e o resto das potências nucleares do mundo somente terão segurança se elas também renunciarem as suas armas.

Mas a mensagem de Castro a Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, não foi tão abstrata. Ao largo desta primeira conversa de cinco horas, Castro repetidas vezes voltou a sua crítica ao antissemitismo. Criticou muito a Ahmadinejad por negar o Holocausto e explicou que para o governo iraniano seria mais útil à causa da paz se reconhecesse a história “única” do antissemitismo e tratasse de entender o porquê os israelenses temem por sua vida.

Começou seu discurso descrevendo seus primeiros encontros com o antissemitismo, mesmo sendo ainda um menino. “Recordo-me de quando era pequeno -há muito tempo-, quando tinha cinco ou seis anos, e vivia no campo”, disse, “e lembro da Sexta-Feira Santa. Que clima respirava um menino? ‘Silêncio, Deus foi morto’. Deus morria todos os anos entre a quinta-feira e o sábado da Semana Santa, e isso deixava uma profunda impressão em todos. O que aconteceu? E me diziam: ‘Os judeus mataram Deus’. Culpavam os judeus de matarem Deus! Você se dá conta disso?”

E prosseguiu: “Pois bem, eu não sabia o que era um judeu. Conhecia um pássaro que era chamado ?judeu? e então, para mim, os judeus eram esses pássaros. Essas aves tinham um grande nariz. Nem sequer sei por que os chamavam assim. Isso é o que me recordo. Assim, de ignorância, e o mesmo ocorria com toda população.”

Explicou que o governo iraniano devia entender as consequências do antissemitismo teológico. “Isso durou cerca de dois mil anos”, disse. “Não creio que alguém tenha sido mais caluniado que os judeus. Eu diria que muito mais que os muçulmanos, porque os culpam e os difamam por tudo. Aos muçulmanos de nada os culpam.” O governo iraniano deveria compreender que os judeus “foram expulsos de sua terra, perseguidos e maltratados em todo o mundo, por serem os que mataram a Deus. Ao meu ver, isso é o que aconteceu: seleção inversa. O que é seleção inversa? Ao longo de dois mil anos, foram submetidos a uma terrível perseguição, e logo, aos pogroms. Poderia haver quem supusesse que desapareceriam. Creio que sua cultura e sua religião os mantiveram unidos como nação.? Castro continuou: “Os judeus tem levado uma vida muito mais difícil que a nossa. Não há nada que possa se comparar ao Holocausto.” Perguntei-lhe se diria a Ahmadinejad o que estava me dizendo. “Digo isso para que você possa comunicá-lo”, respondeu.

Castro então, passou a analisar o conflito entre Israel e Irã. Disse entender os temores iranianos ante a uma agressão de Israel e Estados Unidos e agregou que, pelo seu modo de ver, as sanções estado-unidenses e as ameaças israelenses não dissuadiriam a dirigência iraniana de intentar possuir armas nucleares. “O problema não vai se resolver porque os iranianos não vão retroceder ante as ameaças. Essa é mina opinião”, assinalou. Logo destacou que, a diferença de Cuba, Irã é um “país profundamente religioso” e disse que os líderes religiosos estão menos dispostos a fazerem concessões.”

No final da entrevista, Fidel demostrou que realmente estava semi-retirado. O dia seguinte era segunda-feira, quando se supõe que os máximos líderes estejam ocupados trabalhando sem a ajuda de suas economias, prendendo dissidentes e coisas desse estilo. Mas, a agenda de Fidel estava aberta. Perguntou-nos: ?Gostariam de ir ao aquário comigo e assistir o espetáculo com golfinhos?”

Não estava seguro de haver entendido bem. E isso ocorreu varias vezes, durante mina visita. ?O espetáculo com golfinhos?”

“Os golfinhos são animais muito inteligentes”, disse Castro.

Disse-lhe que tínhamos uma reunião programada para a manhã seguinte, com Adela Dworin, presidente da comunidade judaica de Cuba.

“Que venha”, disse Fidel.

Alguém à mesa, mencionou que o aquário estava fechado às segundas. Fidel falou: “Amanhã estará aberto”.

E assim foi. Na manhã seguinte, bem cedo, depois de buscar Adela na sinagoga, nos encontramos com Fidel na escada do aquário. Ele deu um beijo em Dworin, não por acaso em frente a câmeras (outra mensagem para Ahmadinejad, talvez).

Fonte: Clarín – Pelo Jeffrey Goldberg. The Atlantic Monthly

Tenham um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

ONU aprova resolução condenando o Irã; Brasil se abstém

VIENA – O Conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) condenou nesta sexta-feira, 27, o Irã, pela primeira vez desde 2006, por seu polêmico programa nuclear e sua falta de cooperação na investigação internacional de suas atividades atômicas. O Brasil, que recebeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad nesta semana, se absteve de votar. É a primeira vez desde fevereiro de 2006 que a AIEA aprova uma resolução contra o Irã.

Do grupo de 35 países da atual Junta de Governadores da AIEA, 25 concordaram com a resolução, segundo diplomatas. Três países votaram contra o texto: Venezuela, Malásia e Cuba. Além do Brasil, Afeganistão, Egito, Paquistão, África do Sul e Turquia se abstiveram. Um país, o Azerbaijão, não estava representado.

Ao receber Ahmadinejad no País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito iraniano de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos. Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia, China e Estados Unidos impulsionaram a nova resolução contra o Irã na AIEA por suas atividades nucleares. O documento pede a paralisação das obras de uma planta de enriquecimento de urânio, mantida em segredo até recentemente.

Países como EUA e Israel temem que Teerã tenha um programa secreto para produzir armas nucleares, mas o governo iraniano garante ter apenas fins pacíficos, como a produção de energia. O Irã já foi alvo de três rodadas de sanções no Conselho de Segurança da ONU, por se recusar a interromper seu programa nuclear.

A resolução aprovada expressa a “séria preocupação” de que Teerã continua “desafiando as exigências” da comunidade internacional, que pede entre outros assuntos uma suspensão completa do enriquecimento de urânio no Irã. O texto, elaborado pela Alemanha em coordenação com as cinco potências do Conselho de Segurança, vinha sendo redigido enquanto a AIEA esperava uma resposta iraniana para sua proposta de transferir a maior parte do urânio enriquecido no Irã ao exterior. No marco desta medida de criação de confiança, França e Rússia se comprometeram a transformar esse material em combustível nuclear para um reator científico em Teerã.

A resolução aprovada critica a construção sem aviso prévio de uma nova fábrica de enriquecimento de urânio na cidade de Qom, a sudoeste de Teerã. O fato de que o Irã não tenha informado a tempo à AIEA da existência dessa instalação “não contribui para a criação de confiança”, diz o documento. A fábrica de Qom “reduz o nível de confiança sobre a ausência de outras instalações” e cria dúvidas sobre se “existem outras instalações nucleares no Irã que não foram declaradas”, adverte a resolução.

O Irã reconheceu em setembro passado que está construindo em Qom uma segunda planta de enriquecimento de urânio, muito menor que o centro de Natanz, o que causou inquietação na comunidade internacional. O mal-estar aconteceu porque muitos especialistas consideram que o tamanho da instalação, que entrará em funcionamento em 2011, não é compatível com um programa nuclear civil.
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Rizzolo: Todos sabem que o governo do Irã não é de confiança. Num momento em que o mundo condena a forma pela qual o Irã trata e informa suas atividades na área nuclear, o Brasil se coloca como quase um cúmplice em não rechaçar a postura estranha do Irã que sonega informações, se colocando perante o mundo como um rebelde na área atômica, desconsiderando as posições da ONU sobre o caso.

Já o embaixador norte-americano Glyn Davies, enviado de Washington à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou que “a paciência dos Estados Unidos com o programa nuclear iraniano “está se esgotando”. O comentário foi feito depois de a AIEA ter aprovado hoje, em Viena, uma moção de censura contra o Irã por causa de seu programa nuclear. Davies ressalvou, no entanto, que a resolução aprovada hoje “não tem caráter punitivo”. O embaixador disse esperar que a moção dê “novo ímpeto ao caminho da diplomacia”.

Lula defende direito do Irã a programa nuclear pacífico

SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira, 22, o direito do Irã de manter seu programa nuclear para fins pacíficos. “O que defendemos há muito tempo é que o Irã tenha o direito a um programa nuclear para gerar energia”, disse o brasileiro durante pronunciamento ao lado de seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

As declarações de Lula vão de encontro aos interesses dos Estados Unidos, que acusam o Irã de possuir um programa secreto para a construção de uma bomba nuclear.

Ahmadinejad retribuiu o apoio de Lula pedindo uma reformulação no Conselho de Segurança da ONU. “O Conselho de Segurança deve ser ampliado. Portanto, apoiamos o status permanente do Brasil o órgão”, disse o líder iraniano, em referência a entrada do Brasil como membro rotativo do conselho.
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Rizzolo:
Da forma em que o Brasil se colocou, numa posição amena em relação ao programa nuclear iraniano, estabeleceu-se uma “certa cumplicidade” entre as iniciativas mal vistas perpetradas pelo governo iraniano em relação a esta questão nuclear. É claro que ninguém vai falar que o programa nuclear não é para fins pacíficos, porém ao que parece, faltou ao Brasil uma reafirmação em defesa do defesa do Estado de Israel, da democracia e contra a proliferação nuclear.

O grande interesse do Irã na América Latina é comercial, mas também joga sua estratégia para buscar apoio internacional ao seu programa nuclear. A grande verdade é que as sanções econômicas dos Estados Unidos e outros países europeus fizeram o governo do Irã se lançar em busca de novos mercados, principalmente no Hemisfério Sul. Enfim, o saldo da visita politicamente é medíocre, além de corrermos o risco de sermos mal interpretados perante o mundo.

Rabino manifesta a Sarney preocupação com visita do presidente do Irã ao Brasil

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O presidente do Senado, José Sarney, recebeu, na manhã desta terça-feira (20), o grão rabino Asquenazi de Israel, Yona Metzger, que lhe trouxe a preocupação da nação judaica com a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, marcada para o próximo mês. Ele manifestou o desejo de que essa visita seja adiada.

– Falei da dor que sentimos a respeito da vinda do presidente do Irã ao Brasil. Para nós, é muito triste saber que o Brasil vai receber um homem que já disse publicamente que quer destruir nosso país. Depois de negar o holocausto que, há 65 anos, matou 6 milhões de judeus, ele quer continuar agora a matar outros 6 milhões, dentro do Estado de Israel – afirmou o rabino.

Yona Metzger disse que não fez nenhum pedido oficial, mas deixou o Senado com a certeza de ter expressado o doloroso sentimento que a visita de Mahmoud Ahmadinejad significará para o povo judeu. Em sua análise, como Sarney já foi presidente do Brasil, tem melhores condições de avaliar essa situação.

– Seria importante que o presidente Lula adiasse a visita do presidente do Irã, até que ele mudasse de idéia. Tenho certeza que adiar a visita seria uma decisão recebida com muito admiração e apoio no mundo todo.

Yona Metzger também disse que, dentro em breve, Brasil e Israel assinarão um acordo econômico da maior importância para as duas nações. E afirmou ter ouvido de Sarney que este fará tudo para que esse acordo se processo o mais rapidamente possível.

Sarney também disse ao visitante que o Brasil espera com expectativa a visita do presidente de Israel, Shimon Peres, prevista para o final de 2009, e que tem especial estima por esse líder, a quem citou, em suas memórias, como uma das grandes inteligências mundiais.

No encontro, contou o visitante, Sarney também mencionou os estreitos laços culturais e de amizade que o Brasil tem com Israel, dizendo esperar que todos os seres humanos usufruam de uma convivência pacífica e que a religião não seja objeto de conflito entre os povos, mas instrumento de paz.

fonte: Informativo da Federação Israelita do Estado de São Paulo

Rizzolo: Realmente procede as preocupações, mas acredito que o governo saberá separar o que é comercial e o que é malévolo. É claro que a comunidade judaica brasileira e mundial ficam ressentidas e até constrangidas, e parece que nessas horas Sarney, com todos os seus defeitos, que nós já conhecemos, nos dá ouvidos neste momento complicado. Acredito que o presidente Lula saberá conter o presidente do Irã, na sua verborragia antissemita. A Federação Israelita do Estado de São Paulo em nota acima demonstra sua preocupação. Enfim nos resta confiar no bom senso do presidente.

Irã detém funcionários de embaixada britânica

CAIRO – Oito funcionários da Embaixada britânica em Teerã foram detidos por seu suposto papel nas manifestações de rua que se seguiram à reeleição do presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, há duas semanas, informou hoje a mídia iraniana. A Embaixada tem mais de 100 funcionários, incluindo cerca de 70 iranianos.

O gesto foi descrito pelo chanceler britânico, David Miliband, como “perseguição e intimidação de um tipo inaceitável”. Miliband, que está na ilha grega de Corfu para uma reunião de chanceleres, disse que as detenções ocorreram ontem.

O líder da oposição iraniana, Mir Hossein Mousavi, alega que a eleição de 12 de junho foi fraudada e que ele é o legítimo vencedor do pleito. O governo vem desde então reprimindo protestos que contestam o resultado da eleição.

Na rede estatal iraniana de TV, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez um apelo neste domingo pela união nacional e pediu a líderes de ambos os lados da disputa para “não atiçarem as emoções dos jovens”. Khamenei rejeitou o apelo de Mousavi para uma recontagem de votos. Em contrapartida, o líder reformista Mousavi recusou a proposta do Conselho dos Guardiães de participar de uma comissão especial que examinaria os polêmicos resultados da votação. Em carta ao conselho, Mousavi sugere a criação de outro comitê, porém independente.

O Conselho dos Guardiães, que supervisiona o processo eleitoral, reconheceu que houve irregularidades e propõe a recontagem de 10% dos votos.

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Rizzolo: Observem a violência deste regime. Não há nenhuma seqüela de democracia, são arbitrariedades e mais arbitrariedades. Agora, será que o governo brasileiro ainda defende este regime após ele ter demonstrado as violações de direitos humanos e seu caráter antidemocrático? Será que aquele tal ” convitezinho” para o presidente do Irã vir ao Brasil ainda existe? Se insistirem nesse agrado, será a triste imagem da democracia brasileira, que aliás patina no mar de corrupção.

Irã ataca Ocidente e volta a intimidar imprensa

Teerã, 21 jun (EFE).- O Irã começou hoje a mirar sua pontaria para os países ocidentais, enquanto prosseguem os protestos contra o Governo, especialmente em Teerã, onde cerca de 20 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas nos confrontos entre a Polícia e manifestantes.

De manhã, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, cuja reeleição foi o estopim da revolta no país, exigiu que Estados Unidos e Reino Unido parem de interferir nos assuntos internos do país.

“Com estas opiniões prematuras, tirarei-os com toda certeza do círculo de amigos do Irã. Portando, aconselho corrigirem esta postura intervencionista”, disse o chefe de Estado.

Segundo Ahmadinejad, acusado pela oposição de fraudar as eleições, EUA e Reino Unido não conhecem o povo iraniano e se equivocam ao julgarem “estes eventos que elevam ainda mais a importância da República Islâmica do Irã”.

Horas depois, o Governo ordenou a expulsão do correspondente permanente da “BBC” em Teerã, John Leyne, acusado de dar “informações falsas”, “não manter a objetividade”, “estimular os distúrbios” e desrespeitar o código de ética da profissão.

Leyne, assim como os outros repórteres estrangeiros que ainda estão em Teerã, desde terça-feira está proibido de sair às ruas para cobrir as manifestações da oposição, consideradas ilegais pelo regime.

O ataque verbal contra os países estrangeiros foi iniciado pelo ministro de Assuntos Exteriores, Manouchehr Mottaki, quem numa reunião com o corpo diplomático credenciado no país acusou França, Alemanha e Reino Unido de aproveitarem as eleições presidenciais para tentar derrubar o regime.

“Os políticos de certos países fizeram declarações intrusivas e irresponsáveis (…). Eles deveriam pensar duas vezes antes de questionar o processo democrático das últimas eleições”, afirmou.

Mottaki foi especialmente duro com a Chancelaria britânica, que, segundo disse, perturba a paz no Oriente médio para “proteger o Estado sionista (Israel)”.

Além disso, pediu à França que se desculpe pelas declarações do presidente Nicolas Sarkozy, que disse ter certeza de que são verdadeiras as denúncias de fraude nas eleições.

O presidente do Parlamento, Ali Larijani, foi além e disse que os legisladores do país deveriam reconsiderar as relações diplomáticas com todos estes países.

Segundo a rádio oficial, Larijani classificou como “vergonhosa” a postura adotada pelas três potências europeias e pelos Estados Unidos. Em resposta, sugeriu à Comissão de Assuntos Exteriores do Parlamento que “repense os laços com os três países europeus”.

Há uma semana, o Irã é palco de protestos e confrontos diários entre a oposição e a Polícia, esta última apoiada por integrantes da milícia islâmica Basij.

A situação na capital Teerã se agravou ontem, depois que pelo menos 13 pessoas morreram vítimas da repressão policial contra mais uma manifestação convocada pela oposição em protesto contra o resultado do pleito do último dia 12.

Hoje, a TV estatal classificou como “terroristas” os que enfrentam a Polícia. Disse ainda que a Polícia deteve várias pessoas relacionadas ao grupo opositor armado Mujahedin Khalq.

Enquanto a militarização cresce nas ruas, o líder da oposição, Mir Hussein Moussavi, disse que é preciso “limpar as mentiras e as atitudes desonestas” que ameaçam destruir o sistema.

Num texto publicado em seu site, o ex-primeiro-ministro disse que as autoridades da República Islâmica devem permitir os protestos ou enfrentar as consequências.

As palavras de Moussavi representaram um claro desafio ao líder supremo da Revolução iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, que na sexta-feira negou as denúncias de fraude eleitoral e exigiu um fim nos protestos.

“Não nos opomos ao sistema islâmico e a suas leis, mas às mentiras e às ideias desviadas. Só buscamos uma reforma”, afirmou Moussavi.

“O povo espera de seus governantes honestidade e decência, porque muitos de nossos problemas se devem às mentiras. A revolução islâmica deve ser o caminho”, acrescentou. EFE

Rizzolo: Bem, como podemos observar, todo regime tirano quando é de certa forma desnudado, aponta suas ameaças sem constrangimento a seus inimigos. Intimidar a imprensa, vociferar contra países democráticos do Ocidente, é tudo que este Blog já previa quando os EUA se enfraqueceu com a vitória e o discurso dócil de Obama. Foi justamente quando os radicais do mundo descobriram a fragilidade ideológica de Obama, seu discurso populista, bobo, sem sentido, é que como bactérias oportunistas, aproveitaram para enrijecer suas disposições contra a democracia, a liberdade de imprensa, e a livre expressão do pensamento.

Agora o pior, o Brasil neste cenário, bate palmas e aplaude Mahmoud Ahmadinejad, convida-o para visitar o país, promete “estreitar os laços”, faz “vista grossa” para as armas de destruição em massa desenvolvidas no Irã e falta de direitos humanos, e se encantam com os discursos bobos de Mahmoud Ahmadinejad. O presidente de Israel, Shimon Peres, disse neste domingo, 21, que espera que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad seja derrubado “Não sabemos o que desaparecerá antes no Irã: o programa de enriquecimento de urânio ou o miserável governo (de Ahmadinejad). Esperamos que seja o governo”, disse Peres numa reunião da Agência Judaica em Jerusalém. É isso ai.

Sábado violento no Irã deixa mais de 20 mortos, diz TV

TEERÃ – Pelo menos 19 pessoas teriam morrido nos protestos que ocorreram hoje em Teerã, contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. A informação é da rede de televisão “CNN”, que citou fontes dos hospitais. Também neste sábado, uma explosão suicida deixou pelo menos dois mortos e oito feridos, segundo a emissora de TV estatal. O atentado ocorreu no mausoléu do líder da revolução islâmica, Aiatolá Ruhollah Khomeini. Dados não confirmados colocam o número de mortos em até 150 em uma semana de conflitos após as eleições; fontes do governo afirmam que 400 policiais ficaram feridos nesse período.

Os manifestantes apoiam Mir Hossein Moussavi, candidato derrotado no pleito, e afirmam que houve fraude eleitoral. O líder supremo da nação, Aiatolá Ali Khamenei, disse ontem que responsabilizará Moussavi caso os confrontos continuem, o que fez com que o oposicionista declarasse que estava pronto para o “martírio”, segundo a “CNN”. A rede de televisão norte-americana também informou que os helicópteros do governo que foram vistos despejando água sobre os manifestantes poderiam ter utilizado na verdade água fervente ou até mesmo ácido, segundo testemunhas.

Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu que as autoridades iranianas interrompam “toda a violência e ações injustas contra seu próprio povo”. Obama havia se oferecido para abrir negociações com o Irã, o que poderia aproximar os dois países depois de um congelamento diplomático de quase 30 anos, mas o aumento da violência pode prejudicar essa tentativa de distensão.
agência estado

Rizzolo: A situação esta se complicando no Irã. Os manifestantes apóiam Mir Hossein Moussavi, não se conformam, e com razão promovem as devidas manifestações de cunho democrático, enfrentando as milícias. Um governo que não respeita os direitos humanos, merece uma manifestação à altura. Os radicais do regime de Mahmoud Ahmadinejad com o apoio dos religiosos extremistas, faz com que o Irã se torne uma preocupação para o mundo, e a violência faz parte deste cardápio de horror promovido pelo louco Ahmadinejad. A imprensa estrangeira é coibida de seu exercício, e está proibida manifestações. Agora, o que eu não entendo é um país como o Brasil, democrático, aplaudir este regime estreitando os laços com essa gente, com o “pretexto comercial”.

Lula diz que não há prova de fraude no Irã e pretende visitar o país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira em Genebra que “não há provas” de que tenha havido fraude nas eleições iranianas e afirmou que pretende definir uma data para visitar o país no ano que vem.

“Veja, o presidente (iraniano Mahmoud Ahmadinejad) teve uma votaçao de 61, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”, disse Lula em entrevista coletiva.

“Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”, afirmou o presidente.

Lula afirmou ainda que a polêmica em torno da reeleição de Ahmadinejad não muda os planos de visitas entre representantes dos dois países. Ahmadinejad cancelou uma visita ao Brasil marcada para maio deste ano, afirmando que queria esperar o fim do processo eleitoral no seu país.

“Ele viria, pediu para esperar o processo eleitoral, mas pode vir na hora que quiser, eu recebo do mesmo jeito”, disse Lula.

Questionado se pretende ir ao Irã, o presidente também foi assertivo.

“Eu pretendo ir ao Irã. Eu pretendo arrumar uma data para o ano que vem e fazer uma visita ao Irã porque nós temos interesses em construir parcerias com o Irã, em trocas comerciais com o Irã”, afirmou.

“O Brasil vai fazer todas as incursões que precisarem ser feitas para estabelecer as melhores relações com todos os países do mundo, e o Irã é um deles.”
BBC

Rizzolo: É uma pena que o presidente Lula e o governo ainda não se deram conta que o regime do Irã é perigoso. A intolerância, os discursos que lembrar Hitler, a reprovação da comunidade internacional, o perigo das armas de destruição em massa, o desrespeito aos Direitos Humanos, nada disso conta para o governo brasileiro.

O único país confiável, um exemplo de democracia que é os EUA, já deram suficientes sinais de que o Irã é perigoso. Temos que nos relacionarmos com países democráticos do ponto de vista humano, digno, que nos leva à construção de um país tolerante e com preceitos de paz. Mas o Brasil optou pelo pior, e mais, sem demonstrar ao Brasil e ao mundo nenhum constrangimento, afirma ainda o presidente, que quer visita-lo. Preocupante isso, hein !

Opositor ao governo do Irã, Moussavi está preso, afirma jornal israelense

Candidato à presidência, ele disse que eleições foram fraudadas.
Jornal ‘Haaretz’ diz que governo está dificultando comunicação em Teerã.

O candidato à presidência do Irã, Mir Hossein Moussavi teria sido preso neste sábado (13), informou o jornal israelense “Haaretz”. Ele é o principal opositor ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, reeleito em pleito conturbado nesta sexta-feira (12).

Moussavi, que obteve 33,75% dos votos, acusou o governo do Irã de fraudar as eleições. De acordo com uma ONG que defende os direitos humanos no país, ele foi preso a caminho da casa do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei.

Segundo o “Haaretz”, os jornalistas estrangeiros que estão no Irã têm dificuldades para saber o paradeiro do candidato derrotado, pois o governo estaria criando dificuldades para a comunicação.

Neste sábado, autoridades iranianas bloquearam o site de relacionamento Facebook, que seria utilizado por Moussavi para reportar fraudes nas eleições. Os telefones celulares também deixaram de funcionar em alguns momentos na sexta-feira e no sábado.

Após o anúncio da vitória de Ahmadinejad, milhares de eleitores de Moussavi se reuniram no centro de Teerã para pedir a anulação das eleições. O clima na capital ficou tenso, e houve confrontos com eleitores do presidente reeleito, segundo a agência Reuters.
globo

Rizzolo: Era de se esperar que a tirania continuasse sob os auspícios de Ahmadinejad. Infelizmente por meios fraudulentos, segundo informações, o cerceamento à democracia continua com o maior inimigo do mundo ocidental. Os próprios iranianos já não mais suportam a linha férrea do governo que isolou o Irã do mundo, com suas ameaças. A notícia de que o opositor Moussavi está preso corrobora o estado de exceção que vive o Irã. O pior é a política de países como o Brasil que apóiam o regime de Ahmadinejad, e ainda o convidam para uma visita de “cunho comercial”. Com certeza o povo iraniano saberá dar a devida resposta a estas arbitrariedades deste regime perigoso. Bela democracia, prende-se o opositor e ponto final.

Irã testa míssil capaz de atingir Israel e sudeste da Europa

TEERÃ – O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que o país testou com sucesso nesta quarta-feira, 20, um um míssil terra-terra com alcance de cerca de 2.000 km, capaz de atingir o Estado de Israel, bases dos Estados Unidos no golfo Pérsico e alguns países do sudeste da Europa.

“O míssil Sejil 2, que possui uma avançada tecnologia, foi lançado hoje… e caiu exatamente no alvo”, disse Ahmadinejad durante uma visita à província de Semnan, norte do país, que a Irna informou ter sido o local do lançamento.

O anúncio deve aumentar as preocupações no Ocidente sobre as ambições militares do Irã, já que foi feito dois dias após o presidente dos EUA, Barack Obama, assegurar que está pronto para buscar sanções internacional mais duras contra Teerã se o regime rechaçar as tentativas de negociações para encerrar seu programa nuclear. Os Estados Unidos e seus aliados suspeitam que a república islâmica esteja tentando fabricar armas nucleares. Teerã nega a acusação.

Segundo Ahmadinejad, o novo foguete ainda é capaz de chegar ao espaço. “Hoje, a República Islâmica conseguiu um novo marco no que diz respeito à fabricação de foguetes. É um novo e grande êxito da Organização Aeroespacial Nacional”, afirmou o governante durante um comício na cidade de Semman. Segundo Ahmadinejad, o foguete possui duas cápsulas capazes de atravessar a atmosfera e entrar em órbita graças ao fato de ser alimentado com “combustível sólido”. “Este combustível o torna mais potente. Primeiro é lançado, e antes de atravessar a atmosfera perde uma de suas partes, enquanto a outra alcança o ponto aonde tem de chegar”, explicou Ahmadinejad.

O Irã colocou em órbita seu primeiro satélite de comunicações de fabricação integralmente nacional em fevereiro, fato que disparou o alarme sobre os avanços obtidos em seu programa de mísseis balísticos. A comunidade internacional, com os Estados Unidos, Israel e as principais potências europeias na liderança, temem que o regime de Teerã esconda, sob seu programa nuclear civil, um suposto projeto militar destinado a dotar estes mísseis com ogivas nucleares.

O Irã informou em novembro ter testado um míssil Sejil, descrevendo-o como uma nova geração de mísseis terra-terra (lançados da terra contra alvos em terra ou no mar). Teerã disse estar pronta para se defender contra qualquer agressor. Washington disse na época que o teste destacou a necessidade de um sistema de defesa de mísseis que os norte-americanos pretendem instalar na Polônia e na República Tcheca para conter ameaças do que classificam de “Estados nocivos”.

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Rizzolo: A cada dia que passa o regime de exceção iraniano se torna mais agressivo. Agressivo do ponto de vista dos Direitos Humanos, quanto ao de fabricação de armas nucleares. Ahmadinejad é o homem que o Itamaraty entende como um presidente que poderá “implementar as relações comerciais” com o Brasil.

Na visão errada do governo, o comercial está acima dos conceitos de ética, e de ameaça à humanidade, e ao que parece pouco importa ao ministério das relações exteriores do Brasil a opinião internacional em relação a esta condenável aproximação do Irã com o Brasil. É triste observar a visão brasileira na aceitação de uma parceria comercial com um país beligerante e perigoso como o Irã, mais triste ainda seria receber Ahmadinejad por aqui com toda pompa e circunstância, como assim queriam.

Adiamento de Ahmadinejad não desgasta relações, diz Amorim

BRASÍLIA – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou nesta terça-feira, 5, que o adiamento da visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, “não provocou desgaste nenhum” entre os dois países. Amorim esclareceu que não há ainda uma nova data marcada para a viagem, mas assegurou que o Brasil tem todo o interesse em cooperação com os iranianos. O ministro avisou ainda que o convite para o presidente eleito em 12 de junho “está de pé”, seja Ahmadinejad reeleito ou seja eleito algum opositor seu.

Ao confirmar o convite, o ministro quis demonstrar que o Brasil está empenhado em ampliar a relação comercial entre os dois países, daí a manutenção da reunião entre os empresários dos dois países, apesar do cancelamento da visita presidencial. “Temos de esperar as eleições e, então, veremos quem vai ganhar. Mas o convite está de pé”, afirmou Amorim.

“Temos interesse em cooperação com o Irã porque não dialogamos apenas com países com os quais estamos de acordo”, prosseguiu o ministro, que se referia às declarações de Ahmadinejad, na ONU, sobre holocausto, que provocaram reações de desaprovação pelo mundo a fora, inclusive pelo Brasil.

“Não estamos de acordo com algumas opiniões (do presidente iraniano). Já dissemos isso e não precisamos repetir. Inclusive publicamos uma nota depois do pronunciamento de Ahmadinejad. Mas isso não deve nos impedir de dialogar porque não podemos dialogar somente com quem estamos de acordo porque isso não é dialogo, é monólogo”, completou o ministro.

Nesta terça, as autoridades brasileiras insistiam que vão se empenhar para que a visita comercial tenha sucesso, assim como o governo vai continuar trabalhando para garantir que não haja nenhum incidente na nova visita, em data a ser marcada, a exemplo do que já vinha fazendo para esta. Embora o governo saiba que o cenário político não está confortável para a reeleição de Ahmadinejad, motivo principal do cancelamento da viagem, o Planalto recebeu sinais de que o presidente iraniano não gostou da nota divulgada pelo Itamaraty repudiando as declarações dele sobre o holocausto.

O fato de estarem ocorrendo manifestações contra o iraniano, também contribuiu para o cancelamento. Nas reuniões preliminares, o governo brasileiro alertou ainda o iraniano que o polêmico tema – racismo – não poderia entrar na pauta da visita e obteve a concordância dele para isso. O governo brasileiro não quer estender esta polêmica porque não está interessado em contribuir para o isolamento do Irã ou em estigmatizar aquele governo.

Tem lembrado, inclusive, o gesto do presidente norte-americano, Barack Obama, que, ao assumir, mandou uma mensagem para o povo iraniano. Houve quem avaliasse até que, ao esperar o resultado das eleições para fazer a viagem, Mahmoud Ahmadinejad poderia desembarcar com um maior respaldo político para enfrentar as possíveis manifestações.

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Rizzolo: Como se não bastasse as considerações positivas dos EUA sobre a não vinda do presidente do irão ao Brasil, o ministro e o governo ainda insistem em manter a posição de ” alinhamento comercial” com o Irã. Isso é muito mal para o Brasil do ponto de vista internacional. Quando a Europa e o mundo desenvolvido viram as costas para a intolerância, o Brasil ainda insiste na teoria ” tudo por dinheiro” como um pano de fundo para chancelar de certa forma a aproximação com este País É uma pena para o Brasil estar sob a influência de uma ala petista radical que enxerga alguma coisa de boa no Irã que o mundo e a comunidade internacional não quer mais ver.

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EUA comemoram adiamento da visita de Ahmadinejad

WASHINGTON – O adiamento da visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil foi recebido com alívio nos EUA. A relação Brasil-EUA é boa e vai se tornar mais próxima no futuro. Estou contente que não há mais a distração de uma visita de Ahmadinejad ao Brasil para atrapalhar essa relação, disse ao Estado o democrata Eliot Engel, presidente do subcomitê de Hemisfério Ocidental no Congresso americano e copresidente do Brasil caucus. Engel é o nome mais poderoso na Câmara americana para assuntos da região. Ele tinha dito que a visita de Ahmadinejad era vergonhosa e enviava uma mensagem errada à região.

A visita ao Brasil teria dado a Ahmadinejad mais uma plataforma para ele destilar seu ódio, disse Engel, que se estava preparando para participar hoje da reunião anual da Aipac, o influente lobby israelense nos EUA. Uma das principais resoluções de hoje na reunião da Aipac será o pedido de mais sanções contra o Irã. Nenhuma nação de bem deveria permitir uma visita de alguém como Ahmadinejad.

Peter Hakim, presidente do centro de estudos Diálogo Interamericano, diz que o cancelamento da visita evitará dores de cabeça para o Brasil. Se Honduras ou Venezuela recebem Ahmadinejad e apoiam o Irã, ninguém se importa, diz Hakim. Mas ao apoiar o Irã e especialmente Ahmadinejad, o Brasil acaba legitimando as violações do país às resoluções da ONU e suas posições antissemitas – esse é o preço que o Brasil paga ao se tornar mais influente no mundo. Segundo Hakim, o Itamaraty estava buscando uma política de equidistância de Europa, EUA e países como Irã e Venezuela. Mas essa política tem limitações, especialmente no caso do Irã.

O Departamento de Estado americano disse esperar que o Brasil mantenha seu papel construtivo no relacionamento com o Irã. Esperamos que o Brasil tenha um papel positivo de encorajar o Irã a não perder a oportunidade de recuperar a confiança internacional, ao cumprir seus compromissos internacionais, disse uma fonte do Departamento de Estado.

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Rizzolo: O Brasil sempre teve uma tradição em ser um bom parceiro dos EUA; bem pelo menos até agora. Com a nova proposta democrática de Barack Obama, que até elogiou o presidente Lula, a aproximação dos EUA com o Brasil deverá ser intensificada. O que não faz sentido, é a ala petista radical que legitima o ” comércio com o Irã” como pano de fundo para uma aproximação ideológica perigosa e mal vista aos olhos da comunidade internacional.

O Brasil precisa de uma vez por todas enxergar que nada poderá substituir uma boa relação com os EUA. Vivemos no Ocidente e nossos valores são democráticos e não xiitas; nossos costumes, a diversidade cultural, a tolerância são as bases da democracia ocidental. Agora o que não se pode admitir, é que uma minoria no governo apregoe o ódio em relação aos EUA e aplauda um regime intolerante, odioso, e que nos indisponha com os EUA e acomunidade internacional. Pelo menos o Irã teve bom senso em não vir, o que certamente faltou no momento em que o Brasil resolveu convidar Ahmadinejad para aqui saudá-lo como ” parceiro comercial”.

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Repúdio a Ahmadinejad une evangélicos, judeus e homossexuais em SP e RJ

A visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, a Brasília nesta quarta foi alvo de manifestações simultâneas em São Paulo e no Rio de Janeiro neste domingo.

Segundo organizadores, cada uma atraiu cerca de mil pessoas –entre membros da comunidade judaica e da fé bahá’í (perseguida no Irã), evangélicos, homossexuais e grupos de defesa dos direitos humanos e das mulheres.

Em São Paulo, os protestos ocorreram na praça Marechal Cordeiro de Farias, perto da avenida Paulista.

“Não podemos permitir que Ahmadinejad, que já manifestou o desejo de varrer Israel do mapa e negou o Holocausto, seja recebido com honrarias em nosso país”, disse Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), entidade que, como a Folha havia adiantado, enviou carta de repúdio à visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No Rio, em Ipanema, os manifestantes usaram o mote “senhor presidente, explique ao convidado” e falaram de temas como “direitos humanos”, “respeito à mulher” e “liberdade sexual”.

Cartazes mostravam caricaturas de Ahmadinejad junto a suásticas nazistas. “O governo brasileiro deveria se posicionar contra as posturas e práticas do presidente do Irã”, disse Bruno Bondarovsky, diretor da ONG judaica Hillel Rio.

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Rizzolo: Vou repetir um comentário que já fiz anterirormente: ” Primeiramente, e antes de me adentrar à questão comercial em si ente o Brasil e o Irã, tão apregoada e enaltecida pelo ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), a tal ponto que – de forma a “legitimar” a visita – dispensa uma análise sobre os valores democráticos pouco prestigiados e exercidos no Irã, gostaria de discorrer um pouco sobre este presidente de nome complicado.

Entendo que o grande problema é o perigo do radicalismo na pessoa de Mahmoud Ahmadinejad, que já manifestou o desejo de “varrer Israel do mapa” e negou a existência do Holocausto, provocando a comunidade internacional. Na verdade, sua atuação não representa uma ameaça apenas a Israel, mas a todas as nações comprometidas com a democracia. E mais, observem que entre outras coisas, Teerã já ignora três rodadas de sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU e leva adiante suas ambições atômicas.

Agora se o Brasil aceita qualquer regime e chancela qualquer aproximação em nome ” das oportunidades de negócios”, nós estamos muito mal. E o presidente Lula, que é um democrata e amante da paz, acredito eu, sabe disso. Receber um presidente que semeia o ódio, propaga o antissemitismo, ignora a ONU, sob um pretexto comercial não é nada ético. Seria conceituar como aceitável, transações comerciais com pessoas ou empresas que cometem ilicitudes; e a pior ilicitude é aquela que provém da seara do ódio e da intolerância. Os formuladores de nossa política externa devem fazer uma reflexão.”

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Celso Amorim defende visita de presidente iraniano ao Brasil

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) rebateu nesta quinta-feira as críticas do governo de Israel à visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil. Amorim disse que o Brasil é soberano para receber chefes de Estado e representantes de outros países, além do Irã ser um importante parceiro comercial brasileiro.

“Não deveria haver [críticas] porque na realidade nós temos relações com o Irã. O Irã é um grande país, que indiscutivelmente tem papel no Oriente Médio e é um parceiro. Não deixamos de dar nossas opiniões, publicamente o fizemos recentemente, de modo que não vejo preocupação. E, se com cada país com que discordamos de alguma coisa, não pudermos aceitar visitante aqui, vai ficar muito difícil, não vamos receber ninguém”, afirmou.

Reportagem da Folha publicada nesta terça-feira afirma que governo israelense convocou o embaixador do Brasil em Tel Aviv para protestar contra a visita de Ahmadinejad a Brasília, marcada para quarta-feira. O embaixador Pedro Motta, um dos mais graduados diplomatas brasileiros em exercício, foi recebido na última segunda-feira (27), na sede da Chancelaria de Jerusalém, por Dorit Shavit, chefe da diplomacia israelense para a América Latina.

Shavit deixou clara a insatisfação de seu governo com a decisão do Brasil de receber Ahmadinejad, que questiona o Holocausto e defende varrer do mapa o Estado judaico.

A diplomata israelense argumentou que o Irã é visto como uma ameaça não somente por Israel, mas por quase todos os países árabes, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Urgência

Na tentativa de impedir a visita do presidente do Irã ao Brasil, o deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) pediu esta semana à Câmara urgência na votação do projeto de lei de sua autoria que criminaliza o Holocausto. “O Holocausto é um fato público que esse canalha [Ahmadinejad] insiste em negar. Ele promete promover o segundo Holocausto. É inconcebível que o Brasil receba um chefe de Estado que nega a existência de um massacre contra mais de 6 milhões de judeus”, disse o deputado.

Israel, que possui armas atômicas, acusa o Irã de desenvolver secretamente um arsenal nuclear. Teerã, submetida a sanções econômicas, nega e argumenta ter direito ao enriquecimento de urânio sob o Tratado de Não-Proliferação.

Israel afirma que o governo iraniano está reforçando sua presença diplomática na América Latina como forma de romper seu isolamento.
folha online

Rizzolo: Primeiramente, e antes de me adentrar à questão comercial em si ente o Brasil e o Irã, tão apregoada e enaltecida pelo ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), a tal ponto que – de forma a “legitimar” a visita – dispensa uma análise sobre os valores democráticos pouco prestigiados e exercidos no Irã, gostaria de discorrer um pouco sobre este presidente de nome complicado.

Entendo que o grande problema é o perigo do radicalismo na pessoa de Mahmoud Ahmadinejad, que já manifestou o desejo de “varrer Israel do mapa” e negou a existência do Holocausto, provocando a comunidade internacional. Na verdade, sua atuação não representa uma ameaça apenas a Israel, mas a todas as nações comprometidas com a democracia. E mais, observem que entre outras coisas, Teerã já ignora três rodadas de sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU e leva adiante suas ambições atômicas.

Agora se o Brasil aceita qualquer regime e chancela qualquer aproximação em nome ” das oportunidades de negócios”, nós estamos muito mal. E o presidente Lula, que é um democrata e amante da paz, acredito eu, sabe disso. Receber um presidente que semeia o ódio, propaga o antissemitismo, ignora a ONU, sob um pretexto comercial não é nada ético. Seria conceituar como aceitável, transações comerciais com pessoas ou empresas que cometem ilicitudes; e a pior ilicitude é aquela que provém da seara do ódio e da intolerância. Os formuladores de nossa política externa devem fazer uma reflexão.

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Crianças e o Holocausto

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crianças judias de uma escola dutch portando suas estrelas amarelas

* por Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks

Depoimento

A morte de uma criança é difícil de entender. O assassinato de uma criança é ainda mais difícil. O assassinato de um milhão e meio de crianças é impossível de compreender. E mesmo assim os líderes nazistas decretaram que, juntamente com todos os judeus adultos, as crianças judias também deveriam ser exterminadas.

A aniquilação foi quase completa: menos de dez por cento das crianças judias sobreviveram na Europa ocupada pelos nazistas. Os filhos não foram poupados do sofrimento e tortura imposto aos pais. Pelo contrário, como não podiam obedecer ordens e trabalhar, eram tratados ainda mais duramente.

Por exemplo, quando eram feitas as rondas, as crianças eram atiradas pelas janelas ou arrastadas pelos cabelos para serem jogadas nos caminhões. As crianças não foram poupadas da segregação, estigmatização, uso da estrela, superlotação, esconderijo, rondas, fuzilamento, deportação, trabalho escravo, campos de concentração, tortura, experimentos médicos, humilhação e assassinato. Muitas morreram através de inanição deliberadamente induzida, frio e doenças.

As experiências com crianças judias (menores de 13 anos) na Europa durante o Holocausto foram variadas. O mais comum, no entanto, era a constante e avassaladora sensação de medo que aquelas crianças enfrentavam diariamente. Nos primeiros anos, enfrentavam as mesmas humilhações pelas quais seus pais passavam; discriminação racial e abuso por parte dos colegas (e adultos, com o apoio do Estado), segregação da sociedade, expulsão das escolas e de toda a vida pública.

Algumas crianças judias eram escondidas dos nazistas. Eram dadas para amigos ou vizinhos não-judeus que fingiam ser os verdadeiros pais. Algumas vezes esses não-judeus escondiam as crianças por consciência ou caridade; outras vezes (com freqüência) exigiam pagamento para fazer isso. Alguns abusavam das crianças judias aos seus cuidados, verbal, física ou sexualmente.

Algumas das crianças escondidas dessa maneira tinham permissão de se misturar na sociedade não-judaica, embora naturalmente disfarçadas de cristãos. Como os meninos judeus eram circuncidados, estavam sempre em perigo porque era fácil conferir sua identidade religiosa. Para proteger seus filhos, algumas mães judias disfarçavam os filhos de meninas, ensinando-os a sentar para usar o toilete em caso de alguém suspeitar que eram meninos.

Nestes casos, porém, a criança tinha de manter a fachada de não-judeu, adotar um novo nome, aprender preces cristãs, e assim por diante. Ao final da guerra, algumas dessas crianças tinham esquecido quem eram suas famílias originais e até seus verdadeiros nomes.

Outras crianças foram escondidas durante toda a guerra. Sobreviveram em sótãos, porões, celeiros e outros esconderijos, às vezes com o conhecimento dos donos daqueles locais, outras sem que os proprietários soubessem. Algumas crianças não viram a luz nem tiveram refeições adequadas, e tiveram de procurar ou mendigar bocados de comida durante anos.

“Como crianças podem lidar com algo tão horrível?” perguntei a minha prima israelense anos depois enquanto tomávamos um café num terraço ensolarado com vista para o Mediterrâneo. “Naqueles tempos, as crianças não eram crianças,” disse ela baixinho. “Deixamos de ser crianças para enfrentar a morte.”

Fonte: site do Beit Chabad

Tenha um sábado feliz e uma semana de paz !

Fernando Rizzolo

Discurso de Ahmadinejad foi “vil e odioso”, dizem EUA

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) – O discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na conferência sobre racismo das Nações Unidas em Genebra, no qual ele chamou Israel de Estado racista, foi “vil e odioso”, disse o enviado adjunto de Washington à ONU na segunda-feira.

Ahmadnejad provocou uma debandada em protesto de vários delegados durante sua fala, quando acusou Israel de estabelecer um “regime cruel e racista” contra os palestinos.

“Eu não posso pensar em nenhuma palavra a não ser vergonhoso”, disse o embaixador adjunto Alejandro Wolff, acrescentando que foi um discurso “vil e odioso”.

“Isso provoca uma séria injustiça contra a nação iraniana e o povo iraniano, e nós conclamamos a liderança iraniana a mostrar uma retórica muito mais equilibrada, moderada, honesta e construtiva quando lidar com as questões da região”, afirmou.

A cúpula em Genebra já havia sido duramente atingida pelo boicote promovido pelos Estados Unidos e alguns de seus maiores aliados por causa de preocupações de que o evento seria usado como plataforma para ataques contra Israel.

Folha onlie

Rizzolo: A triste notícia, é que este senhor pretende vir ao Brasil em maio. Não é posssível que depois de tudo o que o mundo já sabe a respeito deste presidente, o governo brasileiro o receba aqui em nosso território com pompa e circunstância. No Irã de Ahmadinejad persistem as sistemáticas violações de direitos humanos, como prisões arbitrárias, tortura institucionalizada, uso indiscriminado da pena de morte – o país é o segundo em execuções, depois da China -, perseguições de minorias religiosas, violação dos direitos das mulheres e severas restrições à liberdade de expressão.

Para piorar, os dirigentes iranianos continuam apoiando e financiando organizações terroristas – como no Líbano e em Gaza – e estão firmemente empenhados em fabricar a bomba atômica, apesar do disfarce civil de seu programa nuclear. O que temos a aprender com esse regime? Absolutamente nada. O Brasil deveria aproximar-se das lideranças responsáveis do Oriente Médio, jamais de tiranetes demagógicos dispostos a ver o circo (o mundo) pegar fogo.

A Costa do Sauípe a as manobras no Caribe

Na Cúpula da América Latina e do Caribe, onde os líderes ali estiveram para discutir os caminhos do nosso continente. Ouviu-se de tudo. Desde os ditames de como Barack Obama deve se comportar para que o grupo diminua seu rancor aos EUA, até a impossibilidade de alguém atirar sapatos em função do calor, o que poderia gerar ” chulé”, como assim disse aos jornalistas o presidente Lula, num tom de brincadeira.

Chavez que ainda não resolveu fazer uma ponte, digo dentária, com sua camisa vermelha ressaltou que o Brasil não é o único país a exercer “uma liderança importante na América Latina”, e que um conjunto de lideranças seria o ideal. Talvez, sob o ponto de vista de Chavez, as lideranças na América Latina, num discurso uníssono, poderiam em conjunto dar um “pito maior”, e com mais eficiência em Obama, se por ventura este não se adequasse às exigências da turma vermelha do continente, que insistem em ser contra o imperialismo, mas adoram e aplaudem as manobras russas do Caribe.

Aplaudem também o grupo de forma velada, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, um homem tão complicado quanto seu nome, e que tem entre seus projetos humanitários “varrer Israel do mapa”, e enfrentar o capitalismo americano com suas armas, que segundo ele, são ” de uso pacífico”. A verdade é que todos esperam saber quem é Barack Obama, e já delineiam como o mesmo deve se comportar. Afinal como um presidente negro, na visão da esquerda retrógrada, deveria ele alinhar-se à turma do continente, e se tornar bonzinho e dócil.

Contudo, Obama já mostra seu perfil de estadista, de homem realmente comprometido com o papel dos EUA no mundo. Com efeito, não podemos aceitar um presidente de uma potência mundial conivente com países de pouca envergadura democrática. Há poucos dias, para desespero da turma vermelha, Barack Obama confirmou sua intenção de defender Israel e de manter a política externa americana nos moldes anteriores, porém com mais suavidade política.

Já em relação à turma vermelha do continente americano, e nessa turma, não incluo o presidente Lula, que é mais vítima do PT e de Amorim do que das circunstâncias políticas em si, estes continuarão eternamente a vociferar contra o imperialismo e o capitalismo, coisas que estão mais para a esquerda de Ipanema, regada a vodca e Mercedes Sosa. Aliás, ao que parece, a Costa do Sauípe tornou-se um imenso Ipanema, onde de tudo se pode falar menos sobre o Irã, sobre Cuba e sobre as manobras russas do Caribe, em nome da Garota do Caribe.

Fernando Rizzolo

EUA são a verdadeira ameaça mundial, diz Ahmadinejad

NAÇÕES UNIDAS – O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou hoje os Estados Unidos de cercarem o seu país e afirmou que Washington é a verdadeira ameaça à estabilidade mundial. Pouco antes de discursar na 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente do Irã defendeu sua postura de confronto com o Ocidente e com Israel. “Eu gostaria de perguntar a vocês: O (exército) iraniano que está ao redor do seu país, ou são as tropas americanas que estão ao nosso redor?”, disse em entrevista à Rádio Pública Nacional dos EUA.

“São as tropas americanas que estão ao redor das nossas fronteiras. Não são as nossas que estão ao redor das fronteiras americanas. Então, o que exatamente os americanos fazem lá?”, questionou Ahmadinejad. Ao se referir à crise financeira nos Estados Unidos, Ahmadinejad afirmou ao jornal Los Angeles Times que “a economia mundial não suporta mais o déficit orçamentário e as pressões financeiras (dos EUA)”.

Apesar de três rodadas de sanções do Conselho de Segurança (CS) da ONU contra o Irã, o governo de Teerã continua a desafiar os pedidos dos EUA e do Ocidente para suspender o seu programa de enriquecimento de urânio, que Israel e os EUA acusam de estar sendo usado para produzir no futuro armas nucleares. O Irã alega que tem apenas objetivos pacíficos.

Ahmadinejad culpa os EUA pelas tensões mundiais e descreveu o Estado de Israel como “um avião que perdeu a sua turbina”. Ahmadinejad, que no passado pediu a destruição de Israel, disse hoje que o país aliado aos EUA deveria ser transformado em um Estado unificado com judeus e palestinos, incluídos refugiados palestinos regressados, que superariam de longe em número a população judaica majoritária. As informações são da Dow Jones.
Agência Estado

Rizzolo: Esse cidadão de nome complicado, não cumpre as exigências do do Conselho de Segurança (CS) da ONU e ainda se acha no direito de afrontar os EUA, a maior potência militar democrática do Ocidente. É claro que por hora o exército iraniano não está por perto dos EUA, muito embora o maior de desejo de Mahmoud Ahmadinejad é um dia estar por perto não só dos EUA mas o pior: por perto de nós. Aliás se depender de Chavez, não só o Irã, mas a China, a Coréia do Norte e a Rússia estarão por aqui, e enfim aqueles que maldizem a Quarta Frota, gritarão em socorro por ela. Acreditar que o Irã tem fins pacíficos em seu programa de enriquecimento de urânio, é o mesmo que acreditar em Papai Noel.

Concordo com Bush quando afirma que o Irã apóia as milícias do Hisbolá que tentam enfraquecer o Governo democrático do Líbano, financia grupos terroristas como o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina, desestabiliza os territórios palestinos e envia armas aos talibãs no Afeganistão “que podem ser usadas para atacar americanos e as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ah! Mas o Rizzolo fala isso porque defende Israel. Olha, o Irã não é um problema real para Israel, um País armado, e aliado dos EUA, é sim um problema para outros desarmados como o nosso.

Obs. Leitores agora temos um domínio próprio: http://www.blogdorizzolo.com.br