USP decide não usar a nota do Enem na Fuvest 2010

A Universidade de São Paulo (USP) decidiu nesta quarta-feira (7) não usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no vestibular da Fuvest 2010. Segundo a instituição, a aplicação do exame nos dias 5 e 6 de dezembro inviabiliza o seu uso por “razões operacionais”. A prova representaria um acréscimo de até 20% na nota final do candidato.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também já havia informado que não utilizaria o Enem neste ano pelos mesmos motivos. O Ministério da Educação (MEC) adiou o Enem na quinta-feira (1º), após o vazamento da prova.

A nota da primeira fase da Fuvest será, então, exatamente o número de pontos que o candidato tirar no exame, que acontece no dia 22 de novembro.

Para os candidatos que optaram por participar do Programa de Inclusão Social (Inclusp), o cálculo do bônus correspondente ao Enem será feito com base no desempenho do candidato no exame da primeira fase da Fuvest.

O calendário e as demais regras do edital 2010 permanecem inalterados. As provas da segunda fase acontecerão de 3 a 5 de janeiro.

No total, 128.144 candidatos se inscreveram na Fuvest. Desse número, 10.989 são treineiros. Estão em disputa 10.812 vagas: 10.622 na USP, cem na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e 90 na Academia de Polícia Militar do Barro Branco.

No próximo vestibular, o processo seletivo terá um novo formato. Com a mudança, a nota da primeira fase, com 90 questões, não será mais computada na pontuação final do vestibular. As provas da segunda fase, assim como as disciplinas específicas, foram alteradas.
Globo

Rizzolo: Sinceramente entendo que estão utilizando de forma política esse vazamento. Estranho me parece as duas Universidades Estaduais decidindo não utilizar a nota por “razões operacionais”. Quem sofre é o aluno pobre, que tem menos tempo para se preparar, já que a prova representaria um acréscimo de até 20% na nota final do candidato. Se a prova da Fuvest fosse totalmente substituída pela do Enem, a porcentagem de alunos de escolas públicas na USP pularia para de 22% para 27%.

MEC escolhe 5 e 6 de dezembro para prova do Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai ser aplicado nos dias 5 e 6 de dezembro, segundo o G1 apurou nesta tarde. Essa data foi definida pelo Ministério da Educação e será apresentada para o ministro da Justiça, Tarso Genro, na tarde desta terça-feira (6). O ministro da Educação, Fernando Haddad, quer a participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança na aplicação da nova prova do Enem. Haddad também vai pedir a Tarso que a PF avalie os procedimentos de segurança que serão utilizados.

Na segunda (5), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, anunciou que o contrato com o Connasel, consórcio responsável pela aplicação do exame que vazou na semana passada, foi rompido bilateralmente.

O Cespe, da Universidade de Brasília, e a Fundação Cesgranrio, segundo Fernandes, já aceitaram participar conjuntamente da aplicação da prova. Para tanto, deve ser assinado um contrato de emergência, sem licitação.

Ao todo, 68 universidades têm convênio com o MEC para usar os pontos do Enem no processo de seleção. O presidente da Andifes, Alan Barbiero, que representa instituições federais de ensino superior, disse que as universidades podem atrasar em 15 dias o início das aulas. Ele deixou claro, no entanto, que a decisão cabe a cada universidade.
Globo

Rizzolo: Esta prova do Enem já virou uma dificuldade e um problema para todos os jovens, me parece inclusive que neste dia haverá uma prova concursal para a Receita Federal, imaginem o caos que será. O jovem neste País alem de sofrer coma falta de oportunidade ainda é vítima da incompetência do governo em alguns segmentos como a educação.

No Rio, estudantes criticam ministro pelo vazamento do Enem

RIO – Estudantes cariocas criticaram o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante protesto em Copacabana na manhã desta sexta-feira, 2. Cerca de 400 estudantes, a maioria de cursos de escolas particulares, realizam um protesto contra o adiamento da prova do ENEM. A prova foi remarcada para a primeira quinzena de novembro após o Estado ter avisado ao Ministério da Educação que a prova tinha “vazado”. Haddad foi criticado por “desorganização” e “incompetência”.

O grupo fecha meia pista da Avenida Atlântica, uma das principais vias de acesso à zona sul, e se dirigem ao palco montado na praia de Copacabana para acompanhar a escolha da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

As palavras de ordem dos manifestantes são direcionadas contra o ministro da Educação, Fernando Haddad, a quem os estudantes acusam de “desorganização” e “incompetência”. “Haddad não executou o que estava planejado este ano. Queremos a aplicação da prova o mais rápido possível” declarou o estudante da Unidade Barra da Tijuca do Curso Miguel Couto, Rafael Martins, de 19 anos. Segundo os alunos, o protesto foi convocado pela internet.
agencia estado

Rizzolo: Que é desorganização não resta a menor dúvida, o pior, isso foi descoberto pela imprensa, o que na verdade nos indica o quanto importante é a liberdade de informação, coisa que alguns ainda não entenderam amordaçando a imprensa em determinados casos. A manifestações é legítima, e pura desorganização mesmo e incompetência. Resta agora lamentar e grita, na rua de preferência.