O ministro do Meio-Ambiente, Carlos Minc, participou de um debate na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na última terça-feira (10), e discutiu com o presidente da entidade, Paulo Skaf, a assinatura de um termo de cooperação para que as indústrias auxiliem na preservação da Amazônia.
Durante a reunião, Minc destacou que o governo passará a exigir a legalização da cadeia produtiva na região amazônica. O ministro defendeu também a adoção de metas mais rigorosas para emissão de gases do efeito estufa. Através de uma lista de fornecedores que atuam na região, Minc pretende destrinchar os culpados por crimes ambientais. “O objetivo é colocar as cadeias produtivas dentro da lei. As empresas serão co-responsabilizadas pelos crimes ambientais cometidos pelos fornecedores”, afirmou.
Minc lembrou que durante sua gestão à frente da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, sua principal preocupação foi agilizar a liberação de licenças ambientais sem abrir mão da responsabilidade no processo. “O que fizemos foi reduzir a burocracia. Antigamente, um pedido de licença passava por 16 funcionários antes de chegar às mãos do analista ambiental. No nosso mandato, suprimimos 15 destes burocratas”, explicou o ministro. “Não saímos expedindo licenças de forma irresponsável. Empreendimentos que não podiam ser liberados receberam resposta negativa, mas fizemos isso com agilidade. Não tem motivo para deixar um processo se arrastar durante anos”, completou Minc.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, aproveitou a presença de Carlos Minc para destacar o crescente empenho da indústria paulista na questão ambiental. “Quebramos a caixa blindada, que afastava o setor produtivo das questões ambientais. Tudo tem que ter equilíbrio. Queremos desenvolvimento, sim, mas de forma responsável”,disse.
Hora do Povo
Rizzolo: A parceria entre entre o ministério do Meio Ambiente e a Fiesp, é de suma importância. O aspecto da cadeia produtiva e da análise dos fornecedores talvez seja a única forma viável de se identificar aqueles que não cumprem a Lei. Assisti o debate, e tenho acompanhado o empenho da Fiesp, na pessoa do seu presidente Paulo Skaf, em pautar as questões ambientais de forma responsável. No tocante à preservação da Amazônia todas as medidas são necessárias para coibir a devastação, a parceria com a iniciativa privada no cerco aos que não respeitam as leis ambientais poderá surtir efeito. Vamos acompanhar.