Serra diz esperar ‘bons resultados eleitorais’ em 2010

RIO CLARO – Embora não tenha comentado pontualmente sobre sua pré-candidatura à presidência da República, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse, durante visita para entrega de obras em Rio Claro (SP), que espera bons resultados eleitorais. “Que o Brasil continue indo bem. Que melhore e tenha bons resultados eleitorais no futuro”, afirmou Serra sobre suas expectativas para 2010, ano de eleições presidenciais.

Durante os discursos de políticos presentes à solenidade de inauguração de um Ambulatório Médico de Especialidades, a retórica do prefeito de Rio Claro, Palmínio Altimari Filho (PMDB) foi a que mais surpreendeu.

“José Serra é um grande expoente na sucessão presidencial. Se isso vier a acontecer, ou seja, a sua vitória, a nossa região vai ser contemplada com um ministro. Torcemos para que nosso companheiro Barjas Negri (prefeito de Piracicaba) volte a ocupar espaço no cenário nacional”, disse o prefeito.

Ao iniciar seu discurso, o governador desconversou: “hoje vi uma coisa inusitada. O prefeito lançando o Barjas para ministro”. A afirmação provocou risos no público e nos correligionários.

O deputado estadual Aldo Demarchi (DEM) também falou sobre uma possível atuação de Serra a partir de 2011. “Deus e a vontade da população poderão deixar que o senhor (o governador) consolide a posição do Brasil no mundo”, afirmou Demarchi.
agencia estado

Rizzolo: Serra insiste em não se pronunciar em relação ao pleito de 2010, é uma postura política, deve ele saber as vantagens dessa forma de relacionar politicamente. Não há dúvida que Serra é um candidato de peso, já foi ministro, tem boa articulação, mas é por demais centralizador. O problema é tentar ser maior do que o partido PSDB, e por conseqüência sentirmos a submissão partidária a seus caprichos. Isso não é bom do ponto de vista político partidário, mas Serra é assim e por falta de opções a maioria abaixa a cabeça.

Minc e Fiesp firmam acordo para cooperação da indústria na preservação da Amazônia

O ministro do Meio-Ambiente, Carlos Minc, participou de um debate na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na última terça-feira (10), e discutiu com o presidente da entidade, Paulo Skaf, a assinatura de um termo de cooperação para que as indústrias auxiliem na preservação da Amazônia.

Durante a reunião, Minc destacou que o governo passará a exigir a legalização da cadeia produtiva na região amazônica. O ministro defendeu também a adoção de metas mais rigorosas para emissão de gases do efeito estufa. Através de uma lista de fornecedores que atuam na região, Minc pretende destrinchar os culpados por crimes ambientais. “O objetivo é colocar as cadeias produtivas dentro da lei. As empresas serão co-responsabilizadas pelos crimes ambientais cometidos pelos fornecedores”, afirmou.

Minc lembrou que durante sua gestão à frente da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, sua principal preocupação foi agilizar a liberação de licenças ambientais sem abrir mão da responsabilidade no processo. “O que fizemos foi reduzir a burocracia. Antigamente, um pedido de licença passava por 16 funcionários antes de chegar às mãos do analista ambiental. No nosso mandato, suprimimos 15 destes burocratas”, explicou o ministro. “Não saímos expedindo licenças de forma irresponsável. Empreendimentos que não podiam ser liberados receberam resposta negativa, mas fizemos isso com agilidade. Não tem motivo para deixar um processo se arrastar durante anos”, completou Minc.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, aproveitou a presença de Carlos Minc para destacar o crescente empenho da indústria paulista na questão ambiental. “Quebramos a caixa blindada, que afastava o setor produtivo das questões ambientais. Tudo tem que ter equilíbrio. Queremos desenvolvimento, sim, mas de forma responsável”,disse.

Hora do Povo

Rizzolo: A parceria entre entre o ministério do Meio Ambiente e a Fiesp, é de suma importância. O aspecto da cadeia produtiva e da análise dos fornecedores talvez seja a única forma viável de se identificar aqueles que não cumprem a Lei. Assisti o debate, e tenho acompanhado o empenho da Fiesp, na pessoa do seu presidente Paulo Skaf, em pautar as questões ambientais de forma responsável. No tocante à preservação da Amazônia todas as medidas são necessárias para coibir a devastação, a parceria com a iniciativa privada no cerco aos que não respeitam as leis ambientais poderá surtir efeito. Vamos acompanhar.