Rússia abre crédito para Venezuela comprar armas

CARACAS – A Rússia abriu uma linha de crédito de US$ 2,2 bilhões para que a Venezuela compre veículos blindados e mísseis terra-ar, anunciou neste domingo o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

O acordo foi selado na semana passada, quando o líder do país sul-americano visitou Moscou, mas os detalhes foram divulgados apenas hoje.

Chávez disse que seu país pretende comprar 92 tanques T-72 e sistemas Smerch de lançamento de mísseis.

Desde 2005, a Venezuela já comprou US$ 4 bilhões em armas e equipamentos bélicos da Rússia.

Segundo Chávez, seu país carece de novas armas para substituir equipamentos obsoletos e para preparar-se para a possibilidade de uma invasão por parte dos Estados Unidos. As informações são da Associated Press.
agência estado

Rizzolo: Engraçado, não vejo nenhuma manifestação do governo brasileiro, tampouco um ” pedido de explicações ” a Chavez em relação a compras monstruosas de equipamento bélico da Rússia. A Venezuela pode, a Rússia pode. Agora a Colômbia jamais, a Quarta Frota então é a cobiça do pré-sal; olha, sinceramente é tanta incoerência, que só pode mesmo fazer a popularidade do presidente cair, pelo menos entre os que lêem notícias, ou jornais.

Mísseis russos S-300 podem proteger petróleo da Venezuela, disse militar russo

Sistemas anti-míssil russos S-300 poderiam garantir a segurança dos recursos petrolíferos na Venezuela, acredita Anatoly Kornukov, antigo chefe da Força Aérea da Rússia.

Se Venezuela recebe essas armas, “irá reforçar a sua segurança contra potenciais adversários. Será difícil punir este país com ataques contra os campos petrolíferos,” disse o militar.

Uma dúzia de divisões de S-300, com seis sistemas cada, seria suficiente para proteger todo o território venezuelano, de acordo com Kornukov. O fornecimento de armas russas a Venezuela é absolutamente legal, o especialista sublinhou, recordando que a Rússia já entregue sistemas S-300 PMU para a China.

Igor Korotchenko, membro do Conselho Público anexo ao Ministério da Defesa da Rússia, acredita que a Venezuela não está interessado em esporádicas entregas de mísseis, mas a criação de um sistema coerente de defesa aérea, incluindo a rede de radares e de controle.

“Na Venezuela é necessário implementar uma linha independente”, explicou Korotchenko. A nacionalização das grandes petrolíferas ocidentais, segundo ele, “aumenta o risco de usar a força militar contra a Venezuela, principalmente os E.U.A”.

Fonte: Ria Novosti

Rizzolo: Depois ainda existem aqueles que defendem e alegam que a Venezuela não propõe uma corrida armamentista na América Latina. Eu tive a coragem de no momento preciso, virar as costas à política Chavista. Fica cada vez mais patente que o governo da Venezuela de certa forma, intimida os demais vizinhos com toda essa ” parceria” quer com a Rússia, com o Irã, com a Coréia do Norte e a China.

Essa pretensa aventura chamada de união dos países da América Latina capitaneado por Chavez, união esta que muitos apregoam, é na verdade uma forma velada de enfrentamento aos EUA, que no meu ponto de vista, nem estão tão preocupados com a Venezuela em si, mas na possibilidade da Venezuela vir a servir de base a outros países, digamos, nada democráticos, e que pretendem dominar e ter influência na América do Sul. O próprio presidente da Venezuela Hugo Chávez no seu encontro com o primeiro-ministro russo Vladimir Putin fez uma proposta sensacional. Se a Rússia quiser instalar bases militares no território venezuelano será recebida “calorosamente”, disse Chávez. E ainda falam mal da Quarta Frota, hein !