Parada Gay de Jerusalém ocorre sob forte esquema de segurança

Cerca de 2.000 agentes policiais foram mobilizados nesta quinta-feira na cidade de Jerusalém para garantir a segurança dos participantes da Parada do Orgulho Gay, por temor de possíveis protestos violentos da comunidade hebraica ultraortodoxa, que organizou uma contramanifestação.

O evento, que passa pelo centro de Jerusalém e termina em um parque da cidade, teve a participação de cerca de 2.000 pessoas, segundo a rádio pública.

Em um outro local da cidade, perto do bairro ultraortodoxo de Mea Shearim, uma multidão de religiosos se reuniu para protestar, dizendo que a parada é uma “vergonha” e que “Jerusalém não é Sodoma”.

Anteriormente, a parada também havia sido denunciada pelos religiosos muçulmanos e cristãos de Jerusalém, cidade que possui caráter sagrado para os fiéis das três religiões.

O evento anual dos gays israelenses em Jerusalém é sempre acompanhado de fortes polêmicas e de ameaças de violência contra os participantes, diferente de Tel Aviv, onde a participação do público é bem maior e a parada ocorre não somente com tolerância, mas também com um caráter folclórico e de festa.
Folha Online

Rizzolo: A questão do homossexualismo é controversa e polêmica, quem segue a Torah (Antigo Testamento) numa visão mais ortodoxa e seguindo os preceitos bíblicos como eu, não há como aceitar o homossexualismo em suas manifestações de caráter público e carnavalesco.

Espero não ser mal interpretado ou ser taxado de intolerante, sou apenas religioso. A minha restrição às manifestações públicas são de carater religioso e não de racismo ou de intolerância política como na época da Alemanha nazista. Ser gay não está certo ou errado, mas não há necessidade da manifestação explícita nas ruas.

Precisamos trazer valores religiosos às crianças e aos jovens, quem quiser seguir outro caminho, não há nada que impeça, que o siga mas na descrição, não no apregoamento. É uma opinião estritamente pessoal. Só assim – no meu entender – construiremos uma grande nação. Será que só eu tenho coragem de dizer o que penso ?

Estilo de vida ou Visão da vida

Estava muito frio e o quarto escuro, acendi minha luz de leitura e constatei : eram 3:20 da manhã. Estava com uma dor de cabeça insuportável; como de costume, me posicionei me acomodando melhor, e pedi a Deus que me aliviasse aquela dor, em seguida peguei meu livro de reza em hebraico e orei durante 5 minutos; após ter feito isso tomei duas aspirinas de 500mg. Deitei-me novamente e dormi.

Pela manhã refleti o quanto esse costume tem sido freqüente em minha vida, até porque sofro de uma enxaqueca odiosa, e com freqüência surge a incômoda dorzinha que me acompanha há quase 30 anos. Mas o que mais me fez pensar, foi a ritualística quase que imperceptível dos meus atos, como que para ter eu acesso a aspirina, precisaria passar por Deus.

Não só nas pequenas coisas da vida temos que criar costumes, os hábitos saudáveis devem ser construídos passo a passo na formação da nossa imagem e na consolidação dos nossos princípios. No judaísmo a fé é acompanhada de ” obrigações” ( mitzvot ) que pouco interessa a quem as faz saber no fundo seu significado, sendo o mais importante fazer. Na minha reflexão matinal consegui enfim analisar o ponto nevrálgico da questão da fé e das obrigações que temos com Deus, impostas por Ele.

Na verdade há uma relação entre o espiritual e o material que se consolida pelo ato comissivo de fazer, e isso é claro na Bíblia ( torah). O fato de fazermos uma benção antes de comer ( como um costume também dos evangélicos), promove uma ” energização” aos alimentos, e nos dá um sentido maior ao ato de se alimentar.

Mas sem querer dar uma conotação religiosa ao texto, que não é o propósito desta reflexão, entendo ser de suma importância desenvolvermos certos hábitos físicos que se relacionam com o espiritual, e isso, de forma alguma tem a ver com a religião em si de cada pessoa. Um católico ou evangélico que descobrir ao ler no Antigo Testamento, as vantagens e o porquê de se usar barba, poderá incorporar esse hábito ao seu estilo de vida, e ainda por ter se aprofundado no assunto, levar uma conversa entre amigos na direção à Deus, do sagrado. Segundo a Torah, o sagrado Zôhar e o Arizal, não se deve cortar a barba.

Por mais que se possa achar estranho, usar barba é um mandamento, e isso no meu ponto de vista são valores bons que deveríamos incorporar em nossas vidas, e que não depende especificamente da fé que se professe. Estilo de vida significa valorizarmos nossas vidas com valores para nós sagrados, e que na sua essência, são propagadores de ações boas, que por sua vez levam mais pessoas a compactuarem desses ideais também as incorporando a suas vidas.

Nosso povo brasileiro carece de valores, nossos filhos precisam crescer num ambiente sadio, e as propostas para isso Deus já nos enviou, basta agora incorporá-las e vivencia-las, nada é fácil no início. Tampouco você precisa levar tempo para tomar sua aspirina, mas lembre-se que até uma dor de cabeça pode levar você a Deus. Obs. Só para não dizer que não falei sobre política no texto: ser patriota também é uma estilo de vida. ( risos..)

Fernando Rizzolo

PAE – Plano de Aceleração Espiritual

Foi um domingo normal, como de costume li todos os jornais da capital paulista, artigos sobre política, economia, política internacional, ciência, enfim, tudo que é reservado a uma manhã de domingo ensolarada lendo e relendo trechos não tão diferentes daqueles que li no decorrer da semana. Foi no caminho, no cumprimento de mais um ritual da manhã de domingo, caminhar no Ibirapuera, que me vi perdido em meus pensamentos, refletindo sobre o nosso desenvolvimento econômico, sobre o que estamos vivenciando nessa era de desenvolvimento brasileiro, quando preliminares apontam que pelo menos R$ 15 bilhões poderão entrar a mais do que o projetado pelo governo no decreto de programação orçamentária, quando novas reservas de petróleo nos enchem de orgulho, ao pensarmos que poderemos entrar no rol daqueles maiores produtores do mineral, que não pára de se valorizar.

O Brasil na era Lula é um País que desponta com uma enorme energia, com um vocação de crescimento nunca antes vista, mas algo me leva a pensar que deveria refletir sobre uma questão maior, uma questão que de tal forma fosse, a justificar a utilização de forma ética e benéfica os recursos públicos e pessoais advindos desta prosperidade. Aí me perguntei, será que entre tantos planos de desenvolvimento econômico, estaríamos programando para nós mesmos um plano maior, visando acompanhar este desenvolvimento material?

Não temos no Brasil uma tradição em valorizar o conteúdo espiritual e religioso das pessoas, até por que tantos foram os problemas que afligiram nossa nação, que os esforços se deram mais na direção do desenvolvimento econômico, contudo, me parece que algo maior nos chama a medida em que materialmente começamos a nos desenvolver. Nos EUA, a tradição espiritual é projetada pela linhagem protestante, cujos líderes sempre procuraram adequar o desenvolvimento material com o espiritual. O que faz dos EUA, uma nação marcada por valores que refletem nos votos, no caráter dos candidatos, e na ética que permeia a democracia. Numa sondagem organizada por uma organização evangélica sediada em Washington DC foi revelado que entre os cristãos, cerca de 82% acreditam que têm uma obrigação moral para apoiar Israel, os evangélicos americanos entendem que Israel significa mais do que um lar judaico, um lar espiritual.

No Brasil, felizmente, aqueles que exercitam a palavra de Deus, de Hashem, não param de crescer, isso significa que, em três anos, quase seis milhões de brasileiros aderiram ao protestantismo, que continua crescendo graças ao trabalho de uma nova geração de pastores. A socióloga da USP (Universidade de São Paulo) Maria Cristina Loureiro Serra afirma que o sucesso do discurso dos novos pastores está relacionado ao fato de enfatizarem a importância da racionalidade, além de mirarem um segmento que começa a crescer: o dos fiéis da classe média. O estudo da FGV indica que a maior parte dos evangélicos no país pertence às classes econômicas mais pobres: enquanto o percentual de evangélicos no Brasil era de 15% em 2000, na periferia e nas regiões metropolitanas ele chegava a 20%.

Não há como conviver com o desenvolvimento econômico, se dentro de nós existe a pobreza espiritual, a violência, a tristeza e a desesperança. Ao contrário daqueles que apregoam o antievangelismo entendo que o caráter espiritual de um povo independe de religião, mas incontestável é a necessidade de viabilizarmos a nós mesmos, um desenvolvimento interior baseado em algo maior, um PAE (Plano de Aceleração Espiritual), para que a ética, a bondade, e os valores de paz integrem o diversos “planos de desenvolvimento”. Quem sabe assim, possamos educar melhor nossas crianças para o convívio com o desenvolvimento material, lançando as espiritualmente ao encontro de Deus, e jamais arremessando-as ao mais baixo nível de amor como o que vimos no caso Isabella.

E assim foi, quando me apercebi pensando nisso tudo, já tinha dado três voltas no Parque do Ibirapuera, e uma proeza: não pensei em política. Cansado ao voltar para casa, entrei na sala e vi a Torah (Bíblia) sobre a mesa, abaixei os olhos e pensei : alguém me acompanhou nessa caminhada…. valeu…

Fernando Rizzolo