BRASÍLIA – O governador de São Paulo, José Serra, disse hoje que é favorável à ampliação da participação da União no capital da Petrobras. No entanto, segundo ele, a forma como isso será feito deve ser debatida. “Tem que ser debatido, muito bem analisado, até porque os acionistas minoritários têm direito a uma oferta pública”, disse Serra, após a cerimônia de anúncio do marco regulatório do pré-sal.
O governador avaliou que todos esses temas, da capitalização da Petrobras, da questão do novo fundo social, da mudança no regime de concessão para partilha, são bastante complexos e, por isso, o tempo de discussão deveria ser ampliado. Questionado se estaria irritado com a mudança de posicionamento do governo, que ontem chegou a concordar com os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo de não enviar os projetos com urgência constitucional para o Congresso e hoje acabou optando pelo regime de urgência, Serra respondeu: “Não se trata de irritação. Minha intenção é colaborar com o Brasil hoje e para o seu futuro”.
Serra não quis entrar no mérito dos projetos porque, segundo ele, não os leu. “Temos de ler os seus diversos aspectos, compreender as razões e chegar a uma posição comum que seja melhor para o Brasil. É precipitado fazer um julgamento a respeito do projeto sem conhecê-lo. Não estou incomodado com nada”, disse.
agencia estado
Rizzolo: Pode-se ser contra detalhes dos projetos, mas que na sua maioria as propostas vão de encontro aos interesses do povo brasileiro isso não resta a menor dúvida. Todos sabem que eu mais do que ninguém “bato pesado” no PT, mas quando observo, analiso, reflito, as boas pospostas, elas têm que ser respaldadas.
Como não concordar com uma maior participação da União na Petrobras? Como não aceitar um fundo dos recursos, para a educação, para o combate a miséria, a favor do meio ambiente e a indústria nacional? Entendo que acima de tudo está o Brasil, o povo, o desenvolvimento, e o novo marco regulatório abrange os interesses nacionalistas; e vou mais adiante, deveria-se prever também neste fundo, uma verba para os aposentados, para que uma por todas parem de alegar que não há dinheiro para aqueles que já deram o seu quinhão de esfôrço nest país.
A oposição já deu demonstrações que é tão sórdida quanto o governo, portanto agora deve ao menos ter o patriotismo de apoiar o que vem de encontro ao desenvolvimento, votando com a devida urgência. Esse “maior debate” apregoado por Serra e pela oposição, pode ter como finalidade esfriar as intenções, para não dizer “melar” o projeto do governo.
Aí vão dizer, “esse Rizzolo é imprevisível, agora apóia essa loucura do PT, este estatismo, defende também que os royaltes advindos da extração dos Estados em que se encontram as reservas sejam divididos entre os demais, esse Rizzolo é um ” vira -casaca” mesmo…”
Falem o que quiser, pouco importa a mim se proposta vem do governo ou da oposição, se é bom apoio mesmo, agora o que eu não cocncordo, é transformar o Pré Sal em festa eletoreira para a Dona Dilma, e outra observação: precisamos saber realmente o que representa em termos quantitativos essas reservas. Ainda é cedo para determinarmos a quantidade de petróleo nisso tudo. Quanto a minha imprevisibilidade política, ela existe, e daí ? Não tenho compromisso político com ninguém, apenas com minhas idéias e meus leitores, e fim de papo.