Índios pedem apoio britânico para reserva de Roraima

Dois índios brasileiros se reuniram com parlamentares britânicos nesta quarta-feira em Londres em busca de apoio internacional para a reserva indígena Raposa Serra do Sol.

Jacir José de Souza, da tribo Makuxi, e Pierlangela Nascimento da Cunha, da tribo Wapixana, se reuniram com parlamentares de uma comissão multipartidária sobre povos tribais do Parlamento britânico.

A reserva indígena tem sido alvo de disputa entre plantadores de arroz e índios. Na segunda metade deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir se a homologação das terras, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, é constitucional.

Uma das ações contra a reserva indígena é do governo do Estado de Roraima – que contesta o laudo antropológico no qual o governo federal se baseou para homologar reserva em área contínua.

Interferência

No encontro, os dois índios falaram aos parlamentares sobre a disputa no STF do governo de Roraima contra a homologação da reserva.

“Nós não estamos pedindo parte financeira não. Nós estamos apenas pedindo às autoridades (internacionais) para que elas nos ajudem a confirmar a nossa terra que esta demarcada e registrada”, disse Souza à BBC Brasil.

Uma das entidades que apoiou os índios na viagem à Europa, a Survival International, afirmou que “não espera a interferência dos parlamentares em assuntos internos do Brasil”, mas apenas quis ajudar a “levar aos parlamentares a história dos índios”.

A Survival International, que é sediada em Londres, afirma que a viagem foi financiada pelos próprios índios através do Conselho Indígena de Roraima, entidade que foi fundada por Jacir José de Souza.

Após o encontro com os índios brasileiros, os parlamentares britânicos se disseram “simpáticos à causa”, mas que dificilmente poderiam interferir no assunto, que cabe ao judiciário brasileiro.

“Eu gostaria de ver a demarcação da área tribal protegida”, disse à BBC Brasil o diretor da comissão multipartidária sobre povos tribais do Parlamento britânico, o deputado liberal-democrata Martin Horwood.

“Nós respeitamos os processos legais que estão acontecendo no Brasil e nós não temos intenção de interferir nisso, mas seria uma vergonha se o bom histórico do Brasil de reconhecimento de direitos indígenas for manchado pelo resultado deste caso.”

Além da Grã-Bretanha, os índios brasileiros também visitarão grupos na França, Itália, Bélgica e Portugal. Eles já estiveram na Espanha.

A reserva Raposa Serra do Sol foi homologada em 2005 por um ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As terras ocupam 1,7 milhão de hectares em Roraima, perto da tríplice fronteira de Brasil, Guiana e Venezuela.

Existem mais de 30 ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a demarcação da reserva indígena de forma contínua.

Neste ano, a Polícia Federal tentou retirar da reserva produtores de arroz que há anos ocupam parte da terra indígena, supostamente com o consentimento de parte dos índios.
Agência Estado

Rizzolo: Realmente chega a ser hilário o ponto em que o Brasil chegou no tocante ao desgoverno, principalmente nas questões sobre a soberania nacional; questões de ordem interna nacional são internacionalizadas com o propósito de “alavancarem” apoio de outros países, cujos principais interessados são essas próprias ONGS, que por sua, representam esses países. A desculpa de que ” não tem eles a intenção de interferir nisso, mas seria uma vergonha se o bom histórico do Brasil de reconhecimento de direitos indígenas for manchado pelo resultado deste caso “, é um exemplo do grau de ingerência externa que alcançamos. Entendo que ao invés do nosso governo se preocupar em voz uníssona com Chavez contra a política anti-imigração européia, deveria sim rechaçar o comportamento dessas ONGS visando os interesses que não são da nação brasileira, mas sim da nação indígena, futuro porto seguro na ocupação e da internacionalização da Amazônia, ou como dizem eles do ” compartilhamento da Amazônia”. Será que ninguém vê nada ou apenas eu sou o louco?

Em nota, Eletrobrás declara indignação com ataque a engenheiro em reunião sobre Usina Belo Monte

Na terça-feira (20), o engenheiro da Eletrobrás, Paulo Fernando Rezende, coordenador de estudos da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, foi atacado por índios armados de facão num encontro organizado por Ongs ambientalistas e indigenistas em Altamira. O engenheiro sofreu um corte profundo no braço e foi atendido num hospital da região.

O engenheiro foi convidado para falar sobre a construção da Usina pelos organizadores do encontro – entre outros, o Instituto Sócioambiental (ISA), o Conselho Missionário Indigenista (CIMI), as Ongs WWF, FASE, Rainforest Foundation, Fundação Heinrich Boell, Survival International, e a americana International Rivers Networks (IRN), liderada na América Latina por Glenn Switkes, conhecido por fazer campanha contra a construção de hidrelétricas e obras de infra-estrutura na Amazônia.

Ao terminar sua exposição, Paulo Fernando foi cercado e espancado, até que um índio o atacou com um facão. Em nota oficial, a estatal se disse ”indignada” com o incidente, que “lamenta veementemente”, e afirma que “tomará todas as providências necessárias para que os responsáveis pela agressão sejam punidos”.

Na quarta-feira, diretores da Eletrobrás disseram que os protestos não vão atrapalhar Belo Monte.

“O Brasil precisa de energia limpa com o menor custo possível para a sociedade”, disse a Eletrobrás em comunicado. Belo Monte representaria a melhor opção porque a grande quantidade de energia a ser produzida ali poderá ser facilmente integrada na rede nacional de distribuição, afirmou.
Hora do Povo

Rizzolo: Enquanto nada se fizer para que essas ONGS internacionais parem de uma vez por todas de insuflarem “índios”, os conduzindo para a violência e para o ” exercício arbitrário das próprias razões”, estaremos vivendo o caos indigenista. Não há que se falar em inimputabilidade para esse tipo de índio, que bem tem a noção do que é certo e o errado. Aqueles que defendem uma amazônia ladeada pelos ” guardiões das florestas”, prestam serviços à internacionalização da Amazônia e um desserviço ao País. Temos que dar um basta nisso, por uma amazônia livre de ONGS internacionais e principalmente livre de alguns civis fantasiados de “índios”, apenas porque descobriram que ser índio é um bom negócio. Logo aparecerá um petista para defende-los, mas tenho certeza que para cada petista surgirão 1.000 generais Helenos com um ponto de vista coerente e patriótico.