Espaço da direita no Senado tende a cair pela metade, calcula Datafolha

Após análise dos dados divulgados na última pesquisa do Instituto Datafolha, os analistas concluiram que os partidos da direita tentem a perder vagas no Parlamento após as eleições de outubro deste ano. A derrota dos partidos que integram a coligação liderada pelo tucano José Serra está prevista para os oito principais colégios eleitorais do país. A pesquisa, realizada em sete Estados (SP, MG, RJ, PE, BA, RS e PR) e no Distrito Federal, mostra que a bancada de PSDB e DEM ficaria reduzida à metade se a eleição fosse nesse momento. Outro partido da coligação, o PPS conseguiria eleger o ex-presidente Itamar Franco, para uma vaga ao Senado por Minas Gerais.

Ainda segundo a pesquisa, a bancada do PT tende a dobrar, de dois para quatro senadores. Excluído o PMDB, que poderá perder dois governistas e eleger ao menos dois parlamentares independentes, ainda assim a base de apoio ao governo tende a subir oito para dez integrantes, enquanto a oposição cairia de seis para quatro. Entre essas 16 vagas em disputa, a tendência do quadro é de haver a renovação de, no mínimo, 62% e a eleição de, no mínimo, nove senadores com o primeiro mandato.

O candidato tucano de São Paulo, aliado de Serra, Aloysio Nunes Ferreira aparece apenas em sétimo lugar, com 4%, tecnicamente empatado com Ana Luiza, do PSTU. A petista Marta Suplicy, no entanto, lidera a corrida pelo Senado, enquantno o senador Romeu Tuma (PTB) e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) seguem tecnicamente empatados na disputa pela segunda cadeira reservada ao Estado. Marta conta com 32% das intenções de voto. Tuma tem 22%, e Quércia, 21%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

No Rio, o aliado de Dilma, Marcelo Crivella (PRB) tem 42%, enquanto o companheiro de chapa do tucano José Serra, o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), tem 31%, em segundo lugar, seguido pelo ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), com 20%.

Já em Minas, o candidato Fernando Pimentel (PT), tem 23% e está em terceiro lugar, atrás do ex-governador tucano Aécio Neves (62%) e de Itamar (41%).

Na Bahia, o petista Walter Pinheiro, candidato do governador Jaques Wagner (PT), está em terceiro, com 20%. Como a margem de erros é três pontos, para mais ou para menos, Pinheiro está encostado em Lídice da Mata (PSB), 26%. O senador Cesar Borges (PR) lidera, com 34%.

O Datafolha ouviu 2.803 eleitores entre os dias 20 e 23 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 20161/2010.
Correio do Brasil

Rizzolo: Esse conceito de partido de direita tende a se minimizar daqui para frente. É claro que em função do governo desenvolvimentista de Lula e de sua popularidade, os partidos tendem agora a ter um viés mais de esquerdista com o intuito de angariar mais votos. A grande questão é que o povo teme um retrocesso com os partidos chamados de direita, e a oposição não tem demonstrado a devida segurança nas afirmativas de continuidade dos programas de inclusão, isso , é claro aliado à popularidade de Lula, prejudica os conservadores.

‘Lula tem sido conivente com a corrupção’, diz Jarbas

BRASÍLIA – Depois de atacar seu próprio partido, o senador peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE) mirou o Planalto. Ele acusou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser conivente com a corrupção que, segundo ele, está impregnada em todos os partidos, “sobretudo no PMDB”. “Não é de hoje que o PMDB tem sido corrupto. Mas o Lula tem sido conivente com a corrupção. Lula e o PT não inventaram a corrupção, mas ela tem sido a marca do governo dele. É o governo do toma-lá-dá-cá”, disse.

Ao reforçar os ataques a seu partido, Jarbas afirmou que a corrupção aumentou no PMDB na última década. “O descaminho do PMDB é de dez anos para cá. O que tem motivado o gigantismo do PMDB é o fisiologismo”, afirmou. Apesar de insistir nas denúncias, Jarbas se recusou a apontar nomes de peemedebistas que praticam atos de irregularidade. “Todo mundo sabe da corrupção do PMDB. Estou combatendo práticas, e não vou ficar puxando listas. Seria muito volumoso. Para que isso seja investigado deve haver uma pressão. Não sou eu quem vai comandar esse processo, eu apenas abri o debate dando o pontapé inicial”, disse.

Jarbas procurou desvincular sua atitude com a eventual candidatura como vice-presidente na chapa do tucano José Serra (SP), governador de São Paulo, na eleição para o Planalto em 2010. “Meu candidato é Serra, mas não quero ser vice. Não tenho condições, mesmo porque não vou sair do PMDB”, afirmou. Jarbas não acredita que o PMDB vá lançar candidato próprio à sucessão de Lula. “O PMDB é uma confederação de interesses regionais. Não tem uma liderança nacional para disputar, não tem um líder para empolgar o partido.”

Agência Estado

Rizzolo: É muito simples, se o PMDB é um partido corrupto o senador peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE) deveria no mínimo dar ” nomes aos bois” e num rompante de ética, sair do partido. No Brasil tão comum quanto a corrupção, são as alegações sem as devidas provas.

Na verdade entendo que Jarbas quer mesmo aparecer, se o PMDB não presta, se o PT não presta , se Lula é conivente segundo ele, e após todas as alegações ele se declara apoiar Serra, tudo não passa de jogo político, sem a menor importância, não vale a pena nem perder tempo, aliás, dar ouvidos a quem considera o Bolsa Família um ” compra de votos”, é ouvir quem não sabe o que passar fome, e faz apenas o jogo político e o da pior espécie.