Líder indígena diz que Exército deverá “pedir licença” para entrar na Raposa/Serra do Sol

As terras indígenas são de propriedade da União, com usufruto dos índios. Não há qualquer impedimento legal para que as Forças Armadas atuem em seus limites. Esse aspecto foi enfatizado com insistência pela Advocacia-Geral da União (AGU) e por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento que selou a demarcação em faixa contínua da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima. A principal liderança indígena do Estado, no entanto, acredita que o Exército precisa comunicar previamente as comunidades antes de fazer qualquer operação na área, de 1,7 milhão de hectares.

“Nós estamos na nossa casa. Então, por que não podem pedir licença para nós? Se eu for falar com um coronel num quartel, desde a entrada eu serei investigado. Dizer que entra a hora que quiser é sacanagem e falta de respeito. Tem que avisar e informar as comunidades”, comparou o coordenador-geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza. “Se o Exército, a polícia ou qualquer organização for trabalhar nas áreas indígenas, tem que comunicar às pessoas para elas ficarem sabendo o que está acontecendo. Não é nada demais comunicar aos tuxauas [caciques] o que vai fazer na Raposa/Serra do Sol”, acrescentou.

O argumento de que terras indígenas em áreas de fronteira comprometem a segurança nacional foi usado recorrentemente pelos setores contrários à demarcação contínua da Raposa/Serra do Sol.

Outro ponto de discórdia dos índios em relação à decisão do STF foi a proibição da cobrança de pedágio para o acesso de brancos à terra indígena. Os índios queriam fazer exploração turística no Lago Caracaranã, a 166 quilômetros de Boa Vista, que conta com uma praia de água doce e cristalina e é considerada um dos pontos mais belos do Estado. A ideia seria permitir a visitação dos brancos ao local mediante cobrança de taxas, que seriam revertidas para a comunidade.

“Se não for possível explorar assim, vamos fechar e deixar o lago só para uso dos índios mesmo. Não vamos abrir para os brancos sem receber nada”, disse Dionito.

Em relação às organizações não-governamentais nacionais e estrangeiras que trabalham com as comunidades, o líder indígena garantiu que passarão por um controle rigoroso. “Para comparecer lá [na Raposa/Serra do Sol], a ONG vai ter que ser reconhecida na Funai [Fundação Nacional do Índio], na Polícia Federal, e as comunidades conhecerem o seu trabalho. Vai haver uma autorização com respeito aos povos indígenas. Se o objetivo da ONG for dividir os povos, não vai entrar lá”.

Na Raposa/Serra do Sol vivem aproximadamente 18 mil índios das etnias Macuxi, Wapichana, Patamona, Ingaricó e Taurepang. As duas principais organizações indígenas da região são o CIR e a Sociedade dos Índios Unidos em Defesa de Roraima (Sodiu-RR), que frequentemente têm opiniões conflitantes. A Agência Brasil procurou pelos dirigentes da Sodiu-RR, mas não conseguiu localizá-los. Na sede da associação, em Boa Vista, a informação foi de que estavam dentro da reserva, envolvidos em uma eleição da entidade.

folha online

Rizzolo: Bem, quem acompanha este Blog sabe da nossa luta contra a demarcação contínua e o absurdo de deixar uma vasta área sob controle indígena. Apesar dos pronunciamentos de grande parte do povo brasileiro, de autoridades do exército, e de muitos outros setores, prevaleceu a proposta contrária, e com respeito temos que acata-la. Contudo, o que se observa já de plano, é que a postulação crítica inicial nossa está sendo comprovada bem antes do que imaginássemos. Ora, exigir que o Exército Brasileiro ” peça licença” para adentrar em território nacional só pode ser uma piada de mau gosto. Bem já alertava o General Heleno quando afirmava o absurdo da política indigenista neste País. Está aí para todos verem o caminho que trilha essa política. Com a palavra os patriotas que como eu, muito embora foram vencidos nas suas proposições, ainda possuem discernimento e visão crítica, ao mesmo tempo respeitosa da r. Decisão do STF, no tocante à questão. Agora, as Forças Armadas ” Pedirem licença” para o Dionito, só pode ser brincadeira…

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Espanhóis planejam a compra de 100 mil hectares de terras na Amazônia

Uma ONG denominada “Manguaré” – que reúne cientistas espanhóis – planeja comprar 100 mil hectares de terras na Amazônia a pretexto de criar uma reserva natural a ser administrada por comunidades indígenas.

Segundo reportagem da agência “Efe”, a reserva ficaria entre a cidade colombiana de Leticia e o Parque Nacional de Amacayacu, situado na região de fronteira com o Brasil e o Peru, às margens do Rio Amazonas.

Javier Lobón, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha e membro da ONG Manguaré, ao argumentar pela necessidade da reserva afirmou que “a história da Amazônia passou por séculos de esquecimento, e quando alguém se lembrou da região os resultados foram catastróficos, porque os brancos nunca conversaram com os indígenas”. A afirmação do espanhol, diga-se de passagem, é, no mínimo, uma afronta a todo o trabalho desenvolvido pelos irmãos Villas-Bôas na defesa das comunidades indígenas.

A compra de enormes áreas de terra na Amazônia por estrangeiros ou entidades forâneas levou o governo a adotar medidas mais restritivas para a venda de terras na região, além de ampliar as exigências para atuação de ONGs estrangeiras em território nacional.

“Não queremos que alguém suponha que a terra não é nossa. Às vezes, nesses discursos, há pessoas que passam da conta – ‘A Amazônia é do mundo, não é do Brasil’”, afirmou no início do mês o secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior.

O governo investiga a atuação de grupos por espionagem industrial e biopirataria, além de prejudicar a cultura dos índios nativos. Tuma Júnior declarou que há “uma vontade política do governo de restringir, de criar efetivamente um controle” sobre a propriedade de terras. “É uma questão de soberania nacional”.
Hora do Povo

Rizzolo: Não podemos aceitar passivamente, essa “invasão branca” na Amazônia. E não se trata de xenofobismo ou nacionalismo exacerbado, mas sim da noção de soberania e patriotismo. As alegações de grupos estrangeiros que se escondem por trás de ” ONGS” sempre carregam no bojo de seus discursos a defesa do índio, que é uma forma argumentativa criando uma ” legitimidade”, de adentrarem em nosso território. Como bem lembrou o artigo, os lendários irmãos Villas-Bôas sempre participaram da luta na defesa das comunidades indígenas. Conheço pessoalmente o amigo e secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior, e sei que é um patriota em alerta.

General Heleno alerta para “flagrante” ausência do Estado nas fronteiras

O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, disse nesta quarta-feira, em Manaus, que a ausência do Estado é flagrante, principalmente nas áreas de fronteira da Amazônia. “O que já foi percebido não só por mim, mas por todos os que visitam a Amazônia, é a ausência flagrante do Estado brasileiro, principalmente nas áreas de fronteira, onde muitas vezes a única presença física efetiva é do Exército”, afirmou.

Em um balanço do trabalho na região nos últimos dois anos, o general salientou que a região sempre foi cobiçada por sua riqueza natural. “Conseguimos avanços fundamentais para que a Amazônia não seja vista como um país amigo. A Amazônia é Brasil e precisamos ter isso na cabeça. Não restam dúvidas de que a Amazônia é cobiçada”, disse.

“Seria ingênuo pensar que só os brasileiros pensaram em aproveitar os recursos naturais da região. Acho que temos o direito e o dever de aproveitar esses recursos em prol do povo brasileiro, dentro da política de desenvolvimento sustentável”, acrescentou o general.

O comandante cobrou investimentos para a melhoria do transporte na região. “Existe na região uma situação de transporte bastante crítica. A Amazônia é uma área com deslocamentos difíceis e problemáticos”, avaliou.

Na próxima segunda-feira, dia 6, o general Heleno vai passar o comando do Comando Militar da Amazônia ao general Luís Carlos Gomes Mattos e deverá assumir o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, em Brasília. Segundo o oficial, seu sucessor tem vasta experiência militar, com 43 anos de serviço prestado ao Exército. “O general Matos conhece muito bem o Exército e a Amazônia porque serviu muitos anos na Brigada de Infantaria Paraquedista , que é uma força estratégica com atuação freqüente na região. Desejo a ele que seja tão feliz quanto eu fui aqui e receba imediatamente todo apoio que eu recebi do povo desta região. Essa população precisa muito de nós”, ressaltou o general.
Hora do Povo

Rizzolo: Todos sabemos que os deslocamentos na Amazônia são complicados. Falta investimento na área de transporte, e mobilidade significa poder de dissuasão. O general Heleno, deverá assumir o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, em Brasília, departamento este de suma importância do Exército.

O Comando Militar da Amazônia passará a ser do general Luís Carlos Gomes Mattos militar experiente e do nível de patriotismo do general Heleno. Este Blog sempre prestigiou o Exército brasileiro e as demais forças, e muitos não entendem o porquê. A resposta é simples: os grandes patriotas deste País, ainda pertencem à Forças Armadas. E eu sou um patriota. Falo isso alto e em bom tom.

Rússia ameaça responder contra presença de navios da Otan

MOSCOU – A Rússia irá responder a crescente presença de navios da Organização do Tratado de Atlântico Norte (Otan) no Mar Negro com calma e sem histeria, declarou nesta terça-feira, 2, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin. Segundo um oficial do Ministério do Exterior, Andrei Nesterenko, há dois navios americanos, um espanhol, um alemão e outro polonês na região. Moscou já expressou várias vezes sua preocupação pela presença das embarcações.

As autoridades americanas alegam que seus navios – do Exército e da Guarda Costeira – trazem apenas ajuda humanitária para a Geórgia, cuja infra-estrutura foi duramente afetada depois do confronto com as tropas russas em agosto. Putin afirmou que a reação virá com “calma, sem nenhuma histeria”, de acordo com a agência russa Interfax. “Mas, claro, haverá uma resposta”, continuou.

Quando perguntado quais medidas a Rússia poderá tomar, o premiê respondeu: “Vocês verão”. Ele falou com repórteres durante uma visita ao Uzbequistão. Oficiais da Rússia acusam os Estados Unidos de enviarem armas para a Geórgia sob o disfarce de ajuda humanitária. Na semana passada, um alto general russo disse que a presença naval americana no Mar Negro é “diabólica.”

“Se estamos falando de ajuda humanitária, isso deveria ser enviado à vítima da agressão, isto é, para Ossétia do Sul”, declarou Putin. “Nós não entendemos o que os navios americanos estão fazendo na costa da Geórgia, mas isso é uma decisão dos nossos colegas americanos”. “A questão é por quê o auxílio está sendo enviado em navios equipados com os mais novos sistemas de foguetes”, questiona.
Agência Estado

Rizzolo: É sempre a mesma história dos navios equipados, é sempre a teoria conspiratória alegando que os EUA estão ” enviando armas”. Putin ainda está no tempo do ” envio das armas”, se os EUA tivessem um confronto com a Rússia, ou se “patrocinassem ” a Geórgia não enviariam via navios, ou em navios equipados com foguetes como adoram falar. Aliás aqui na América Latina os esquerdistas também implicam com os navios americanos de ajuda humanitária, na visão deles, se é humanitária deveriam vir de cor de rosa, apenas com religiosos.

Ora, os EUA são uma potência militar e uma potência militar tem que estar resguardada em qualquer ponto do planeta do ponto de vista bélico, ou seja, mesmo que estejam em missão humanitária, ninguém garante que os inimigos dos EUA que não são poucos os ataquem. Não é que os EUA usarão o navio como camuflagem para atacar. Isso é infantilidade, Russa, Chavista, Petista radicais ( porque também tem os petistas do bem, lights, são poucos mas existem). Agora, dêem espaço para a Rússia, para ver o que acontece, por isso apoio MacCain, mudei, e daí? Os Obanistas não gostaram, problema deles. Quero dormir tranquilo.

Rússia está anexando territórios à força, diz Geórgia

O governo da Geórgia acusou a Rússia de estar anexando ostensivamente seu território e disse que o reconhecimento da independência das Províncias rebeldes Ossétia do Sul e Abkházia não tem força legal.

“Isto é uma anexação ostensiva desses territórios, que são uma parte da Geórgia”, disse Giga Bokeria, vice-ministro das Relações Exteriores da Geórgia.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, anunciou nesta terça-feira que a Rússia reconheceu formalmente a independência das duas Províncias.

O reconhecimento pelo Kremlin valida a aprovação de medida semelhante no Parlamento russo, por unanimidade e em sessão extraordinária, na segunda-feira.

Os Estados Unidos e a França qualificaram a medida russa de lamentável, enquanto o Reino Unido disse que rejeita categoricamente a decisão dos russos.

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) disse que a declaração viola várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU endossadas pela própria Rússia.

Entretanto, os líderes da Ossétia do Sul e da Abkházia, que proclamaram sua independência no início da década de 1990, agradeceram à Rússia.

Kosovo

Medvedev disse à BBC que a Rússia tentou preservar a unidade da Geórgia durante 17 anos, mas que a situação mudou após a violência ocorrida neste mês.

Ele afirmou que Moscou sentiu-se obrigada a reconhecer a Ossétia do Sul e a Abkházia, da mesma forma como outros países fizeram no caso de Kosovo.

Analistas dizem que a resolução deve acentuar ainda mais as tensões entre a Rússia e o Ocidente. O presidente americano, George W. Bush, havia pedido expressamente ao colega russo que não reconhecesse as duas Províncias autônomas.

O Departamento de Estado americano disse que isto configuraria “violação da integridade territorial georgiana” e seria “inconsistente com a lei internacional”.

Ainda nesta terça-feira, a Rússia cancelou uma visita do secretário-geral da Otan, um primeiro passo para suspender a cooperação com a aliança militar.

O embaixador russo para a organização, Dmitry Rogozin, afirmou que as relações só poderão ser retomadas diante de um “novo entendimento” no futuro.

A Rússia entrou em confronto com a Geórgia neste mês, depois que as tropas georgianas invadiram a Província da Ossétia do Sul para recuperar o controle da região.

Moscou acusa as autoridades georgianas de violência contra as populações da Ossétia do Sul e da Abkházia e apóia os rebeldes, comparando a situação à da ex-Província de Kosovo, que se separou da Sérvia com o apoio dos Estados Unidos e de grande parte da União Européia.

A Ossétia do Sul proclamou sua independência no início da década de 90, mas não foi reconhecida pela comunidade internacional.

A Abkházia declarou sua independência pouco depois, mas também não obteve reconhecimento da comunidade internacional.
Folha online

Rizzolo: As acusações por parte de Geórgia são legítimas e merecem uma resposta dura. Já em outras oportunidades afirmei que a Rússia só entende uma linguagem: a força. Portanto, de nada adianta argumentações, mediações, infelizmente vivenciando uma nova Rússia ” de manguinhas de fora” os EUA precisam de uma forma ou de outra penalizar a Rússia, com discursos duros, sanções, e poucos sorrisos à Dmitry Medvedev, filhote de Putin, que tem um saudosismo de Stalin que salta aos olhos.

Não há dúvida que toda essa movimentação da Rússia em vendas de arma à Venezuela, tem um recado certo, colocar os pés em áreas que sempre foram de domínio norte-americano. Face ao exposto, cada dia mais acredito que Obama não vai dar conta do recado. Obama é dado a discursos, e como já disse, russos não se emocionam com discursos mas se consternam com fuzis. Vão dizer, Ah! Mas o Rizzolo hoje está com o espírito de Sharon. Apenas respondo o seguinte : no tocante a russos, sempre me lembro sim do velho Sharon, sem nenhum constrangimento, até por medida de segurança.

Rice diz que Rússia faz ‘jogo perigoso’ com os EUA

BRUXELAS – A secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, disse hoje que a Rússia está jogando um “jogo muito perigoso” com os Estados Unidos e seus aliados e alertou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não permitirá que Moscou vença na Geórgia, desestabilize a Europa ou puxe uma nova Cortina de Ferro. No caminho para o encontro de emergência dos chanceleres de países da Otan sobre a crise entre a Rússia e a Geórgia, Rice disse que a aliança poderá punir a Rússia pela invasão do país do Cáucaso e manifestou apoio total à Geórgia e a outras democracias do Leste Europeu.

“Nós temos que rejeitar os objetivos estratégicos da Rússia, que claramente tentam minar a democracia na Geórgia, usar sua capacidade militar para danificar e em alguns casos destruir a infra-estrutura georgiana e tentar enfraquecer o governo de Tbilisi”, disse. “Nós estamos determinados a rejeitar o objetivo estratégico deles”, afirmou Condoleezza, acrescentando que qualquer tentativa russa de intimidar ex-repúblicas soviéticas e ex-Estados satélites de Moscou fracassará.

“Nós não permitiremos que a Rússia trace uma linha a esses países que ainda não estão integrados nas estruturas transatlânticas”, referindo-se à Geórgia e à Ucrânia, que ainda não aderiram à Otan e à União Européia, mas desejam fazê-lo. Rice não disse o que a Otan fará para deixar clara sua posição, mas afirmou que a organização falará com apenas uma voz para “indicar com clareza que nós não aceitamos uma nova linha divisória”.

Ao mesmo tempo, ela disse que a Rússia, ao mostrar seus poderes militares, como a retomada dos vôos dos bombardeiros estratégicos ao largo da costa do Alasca, embarcou em um política perigosa. “Esse é um jogo muito perigoso e talvez um que a Rússia queira reconsiderar”, disse. “Ninguém precisa da aviação estratégica russa ao largo da costa americana”, afirmou.

Reunião

Em meio a uma deterioração das relações com Moscou, os chanceleres da Otan deverão revisar uma série de atividades militares e ministeriais conjuntas que haviam planejado com a Rússia – e decidir, caso a caso, quais serão canceladas. Eles também discutirão o apoio a uma missão internacional de monitoramento para o Cáucaso e um pacote de apoio para ajudar a Geórgia a reconstruir a sua infra-estrutura, após a devastadora derrota que o país sofreu nas mãos das forças armadas russas.

Rice também sugeriu que o presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, que assinou um acordo de cessar-fogo com a Geórgia incentivado pela França, “pode ser inábil em exercer seu poder sobre seu poderoso predecessor, o atual premiê Vladimir Putin, ou sobre os militares russos”. Dois oficiais graduados americanos disseram hoje, sob anonimato, que relatórios da inteligência indicam que os russos moveram para a Ossétia do Sul vários lançadores de mísseis SS-21, que foram apontados para Tbilisi.

Enquanto isso, Dimitri Rogozin, embaixador russo na Otan, alertou que a campanha de propaganda contra a Rússia poderá colocar em risco a atual cooperação na segurança. “Nós esperamos que amanhã as decisões da Otan sejam harmônicas e que as forças responsáveis no Ocidente desistam do total cinismo que tem sido tão evidente em nos levar de volta à era da Guerra Fria”, disse o embaixador russo. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Agência Estado

Rizzolo: É como costumo dizer em comentários anteriores, demorou por demais o fato de os EUA falarem numa linguagem ocidental e democrática com os russos. Os judeus da Rússia desde a época dos Pogrons, do czarismo, já sabiam que os russos só entendem uma linguagem: a força. A dialética do entendimento não funcionava na antiga União Soviética tampouco agora na Rússia. Observem as pretensões russas na América Latina, é óbvio que existe um caráter provocativo e intimidatório em relação aos EUA. Precisa falar “grosso”, sim. Enquanto isso Chavez e a esquerda da América Latina alisa russos, iranianos, chineses, e todos que detestam uma coisa chamada democracia. Triste isso, hein! Depois me malham porque defendo a presença da Quarta Frota, chamam-se de judeu à serviço do império. Jamais estive a serviço de qualquer império, apenas sou um patriota que ama a libedade. Eu gosto da liberdade e da democracia. E você ?

Defesa da nossa soberania se dá com forte presença do Estado na Amazônia

Publicamos hoje os principais trechos de “A defesa de nossa soberania”, palestra do general Marco Aurélio Costa Vieira, então comandante da Brigada de Operações Especiais e atualmente chefe de gabinete do Estado Maior do Exército Brasileiro, proferida na Assembléia de Deus de Campinas, Goiânia, a convite do diácono João Carlos Barreto. A palestra foi realizada em maio de 2005. No entanto, as questões abordadas por ela são ainda mais candentes nos dias de hoje do que há três anos. Por essa razão, a oferecemos para apreciação dos nossos leitores

Euclides da Cunha já dizia: “A imensidão da Amazônia é tão majestosa que de súbita inteligência humana não lhe suporta o peso”. 56% do território nacional, cerca de 5 milhões e 100 mil km². Aí dentro nós temos 15 países da Europa. Apenas a Ilha de Marajó é maior que a Bélgica. Nove soberanias compõem a Amazônia, o Brasil e os vizinhos, 7 milhões de km² a Amazônia completa. São 5 milhões e 100 mil km² no Brasil, 1/20 da superfície terrestre, dois quintos da América do Sul, 1/5 da água doce do mundo, 1/3 das florestas tropicais do mundo – mais de 1/3 -, 3 fusos horários, distribuindo-se em dois hemisférios, com o maior banco genético do planeta.

A vegetação é fundamentalmente de floresta equatorial úmida, seu maior ecossistema. Entretanto, temos campos como se fosse o pampa gaúcho, em Roraima e Rondônia, principalmente. O clima é quente, e a temperatura varia entre 27ºC e 35ºC, com forte umidade. Temos ouro, estanho, nióbio – 92% do nióbio do mundo se encontra aqui na região de Seis Lagos, ou seja, todo o nióbio do mundo é brasileiro.

Uma observação do famoso barão Von Bismarck, “Recursos naturais nas mãos de nações que não querem ou não podem explorar deixam de se constituir em bens e passam a ser ameaças aos povos que os possuem”, é uma advertência.

Temos cinco milhões e 100 mil quilômetros quadrados e 12% da representação da população, cerca de apenas 2 mil dólares de renda per capita, enquanto no Sul do País a média é quase cinco mil dólares e 40 habitantes por km².

É necessário lembrar que depois do término da Guerra Fria – onde havia uma bipolaridade entre os países chamados aliados da OTAN e os países do pacto de Varsóvia -, com o fim da bipolaridade instituiu-se uma chamada globalização. Esta globalização desviou o eixo de confrontação estratégico que era basicamente Leste-Oeste e passou a acontecer uma confrontação Norte-Sul, fundamentalmente pobres versus ricos, primeiro x terceiros mundos.

ONGs

Essa confrontação trouxe uma tendência: primeiro o enfraquecimento do chamado Estado-Nação. Então, não interessa mais aos países do primeiro mundo uma nação forte. Quanto mais as fronteiras estiverem dissolvidas, mais fácil entram e saem a moeda, o dinheiro e o poder. Portanto, a noção de soberania foi deteriorada. Passou-se a ouvir muito falar em curdos, yanomamis, e aparecem as ONGs (Organizações Não-Governamentais) que são atores bastante eficientes nessa nova estratégia.

Além disso, a nova ordem mundial determina que a soberania deve ser limitada e assim é na Europa de hoje, em que a defesa não é mais de um país. A defesa deve ser compartilhada. Se atacarmos um país da Europa todos os outros defenderão a Europa, e assim é com os signatários da OTAN.

A tendência da nossa década é: intervenções armadas, persistem as possibilidades de guerras, com ou sem o patrocínio da ONU, notadamente a serviço dos interesses das grandes potências, e não se cumpre resolução da ONU a não ser que interesse para o próprio país. Para se ter uma idéia, Israel tem 33, 34 resoluções da ONU nas costas e não cumpre nenhuma. Por que Israel não cumpre e os Estados Unidos não fazem nada? Agora, imaginemos, por exemplo, se a Coréia não cumprir, ou o Irã não cumprir uma resolução da ONU.

Desta nova globalização, temos a chamada unipolaridade, ou seja, o único país xerife do mundo é os Estados Unidos, e existe uma tendência para uma tripolaridade, difícil de acontecer porque a Europa carrega às costas a África e a Ásia ainda está muito dividida – mas a princípio é um futuro que se pode vislumbrar, ou seja, três grandes pólos de poder no mundo.

Entretanto, o espaço vital americano vai ser sempre esse aqui. O americano raciocina com a América, com todo o espaço vital da América, e como é que se desenvolve esse espaço geopoliticamente. Vamos raciocinar macro, pensando enorme: o espaço geoestratégico do Atlântico Sul é a África e, praticamente, o Brasil. No Atlântico Sul, a não ser a Argentina, é do Brasil praticamente toda a costa face à África. Neste espaço marítimo temos todas as ilhas, e daí são plataformas para qualquer tipo de invasão, ataque, qualquer tipo de ameaça militar. Temos aqui pistas de pouso, pistas, por exemplo, aqui no Suriname, de cinco mil metros, na Guiana, de três mil metros. Eu visitei essas pistas, estão no meio da floresta, quem as construiu foram os americanos – ofereceu-se gratuitamente ao país e o país aceitou, uma pista de três mil metros, por exemplo, aqui em Porto Esperança. Para que serve uma pista de três mil metros no meio da selva? Para uso da Varig, é que não é.

A isso chama-se aprestamento estratégico. Ali descem aviões militares, e uma pista de dois, três mil metros, é capaz de receber uma, duas brigadas rapidamente, então. Por isso, os americanos dizem hoje que podem atuar em qualquer parte do mundo em menos de 24 horas, porque eles têm uma divisão leve, situada no Sul dos Estados Unidos.

Profissionalmente, eu digo, qual é a principal ameaça à nossa Amazônia? Principalmente a ausência do Estado. Lá, é pequena ou nenhuma a presença do Estado. Assim como a possibilidade de que as ONGs atuem livremente no nosso território é o que se chama de satanização do Brasil. O Brasil está errado sempre. Errado porque não consegue controlar o contrabando, os incêndios, porque não consegue desenvolver sustentavelmente a região, ou seja, não há como não satanizar o país que não cuida dessa riqueza enorme que é a Amazônia. A satanização promove um ambiente propício à intervenção futura.

A intervenção pode ser direta ou indireta. Eu diria que a indireta já acontece, principalmente por alegações ambientais, indígenas, ilícitas, ou por causa do terrorismo. Será que estou forçando a situação, ou a ameaça da cobiça sobre a Amazônia é verdadeira? Será retórica ou realidade? Busquemos um pouco o passado: em 1750, com o tratado de Madri, o rio Amazonas já tinha uma internacionalização reivindicada; em 1817, um capitão chamado Mathew Perry, que era geógrafo, apresentou um documento ao Congresso dos EUA, relatando que a Amazônia podia receber 600 milhões de habitantes; em 1862, o general Watson, ministro dos EUA, em nome do governo americano sugeriu ao imperador Dom Pedro II, mediante memorial, a destinação da Amazônia aos negros americanos. Em 7 de dezembro de 1866, o Brasil teve que abrir o Rio Amazonas à navegação internacional porque precisava da navegação internacional no Rio da Prata durante a guerra do Paraguai. Em 1948, agora já estamos na ONU, a Amazônia foi cogitada para abrigar o país palestino: eles acabaram com a Palestina e queriam botar os palestinos aqui. O presidente Dutra também recebeu proposta dos americanos para que se inserisse na Amazônia o excedente populacional de Porto Rico. Eles querem porque querem colocar uma população aqui que não é daqui. Aí apareceu o famoso plano Hudson para a construção de um imenso lago artificial que submergiria cerca de 1/3 da Amazônia Ocidental até o chamado Projeto Jari, em 1971. A senhora Margareth Thatcher, já agora em 1983, quando era primeira-ministra da Inglaterra, declarou: “Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar as suas dívidas externas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas”. O senhor Al Gore, então vice-presidente americano, disse o seguinte: “Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós”. O senhor Valery, primeiro-ministro da França, em 1989, disse: “O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa”. E o senhor John Major também primeiro-ministro da Inglaterra (estamos em 1992), disse: “As nações desenvolvidas devem estender o domínio da lei ao que é comum de todos no mundo”. O Japão, agora em 2005, apresenta um plano de redistribuição mundial no qual a Amazônia deveria receber os excedentes populacionais do mundo.

Eles estão ensinando isso para as crianças: podem ficar certos de que os Estados Unidos não deixarão os países da América Latina explorarem e destruírem esse imenso patrimônio da humanidade. Está aqui o patrimônio da humanidade, delimitado: isto é um outdoor, um tenente nosso tirou essa foto em Nova York, na Broadway, na Times Square. O cartaz eletrônico é uma fotografia do arquipélago das Anavilhanas, no Rio Negro, e está escrito: “Share” (“compartilhe”). Passam várias fotografias do Rio Amazonas, e o tempo todo: “compartilhe”, “divida”, “use conosco”, “isso também é nosso”. Na Broadway, sem voz, sem som, só foto e letreiro. Isto aqui é uma criança yanomami hasteando a bandeira na área indígena Raposa Serra do Sol, no ano de 2004. Vejam que não é uma bandeira brasileira, é a bandeira yanomami, com a área da Raposa do Sol. Os índios yanomami têm um escritório que é um consulado em Paris – então, eles já têm a língua própria, têm território, já têm a bandeira, já têm consulado, o que falta para os yanomamis se tornarem um país yanomami?

Vejamos a questão indígena: devemos integrar ou segregar o índio? Demarcar reservas contínuas ou não? E a exploração? Quem explora o que está na terra indígena? Eu não vou entrar nesses aspectos, isso é papo para muita conversa. Mas, existem várias justificativas antropológicas. Cito as razões humanitárias: temos populações indígenas morrendo de fome, morrendo à míngua, e sem remédios. Será que é interessante deixar essa população brasileira sem a atenção humanitária por razões práticas? É praticamente impossível impedir que uma população indígena não se aculture. Hoje temos índios que são considerados não-aculturados, mas que já usam telefone celular e têm D-20. Como vamos mantê-los sem aculturação? 11% do nosso território é terra indígena, cerca de 60% em Roraima. Se somarmos todos os territórios indígenas, vamos ter uma Bélgica, uma Alemanha, um Portugal, uma Espanha. A maior reserva indígena canadense atribui a cada índio cerca de 12 hectares. A maior reserva indígena americana atribui a cada índio cerca de 18 hectares, que é muita terra. As reservas brasileiras atribuem em média a cada índio cerca de 450 a 500 hectares.

Quanto às organizações não governamentais, nós podemos dizer o seguinte: são cerca de cinco mil e seiscentas, atuando nelas 10 mil estrangeiros, sempre com caráter pressupostamente humanitário. Entram na lacuna deixada pelo Estado. Se não tenho comida, roupas, educação, não posso tratar mal uma organização não-governamental.

Um elemento entra aqui do Peru a pé, com GPS, que é um aparelhinho que dá as coordenadas, até achar uma árvore de mogno. Achou, ele pinta de amarelo, registra num caderno, depois volta para o Peru. Em lá chegando, entrega para um sujeito, vende a listinha dele, ganha uma grana, e aí um cara entra com um tratorzinho e vai direto ao mogno, corta, grampeia, arrasta e leva para o Peru. Hoje estamos sendo roubados em mogno em toda aquela extensão de fronteira do Acre.

O comando militar da Amazônia engloba o Amapá, Pará, Amazonas, Roraima e Acre. Aí está hoje o que chamamos de ordem de batalha. Hoje nós temos mais de 23 mil homens, vamos chegar a 25 mil até 2006. Nós tínhamos em 1950 apenas mil homens. As únicas estradas existentes na Amazônia são construídas pelo exército, pelos batalhões de engenharia. As únicas!

RESISTÊNCIA

Nós temos que ter presença, ou ofensiva, ou, se nós encontrarmos alguém muito superior, uma resistência. Temos ameaças com poder muito superior. Nesse caso, nós desenvolvemos o que se chama resistência, quem tiver dúvida do que é resistência lembre-se que o Iraque está fazendo uma resistência padrão. A guarda de Sadam Hussein tinha 30 mil homens que se prepararam para a resistência durante quase 3 anos. Os americanos pegaram, da guarda de Sadam, quase 1.000 homens. Então, 29 mil estão lá fazendo a resistência – e a lei da resistência é: todo dia, matar um, nem um dia sem que se mate um. Eles estão cumprindo à risca, basta um, mas tem que matar um todo dia, e estão matando. Isso é resistência. Os americanos perderam a guerra do Vietnã assim. Isso promove o que se chama de dissuasão, ou seja, é muito arriscado para qualquer inimigo, ele tem respeito por quem está lá, qualquer ameaça custa muito caro, então ele é dissuadido. Resistência de longo prazo, e para terminar vamos falar rapidamente sobre a Brigada de Operações Especiais, que é o mais novo grande comando operacional do exército.

Por que nós escolhemos Goiânia para sediar a Brigada? Primeiro, porque é uma capital central em relação ao País. Se fixarmos uma ponta seca do compasso e girarmos mil quilômetros, temos cerca de 63% da população brasileira englobada neste círculo. Se aumentarmos o raio para 1.500 km, nós passamos para 92% da população. Goiânia é uma cidade estratégica, está perto de Brasília, permite a chamada concentração estratégica, temos dois aeroportos – Anápolis e Santa Genoveva – e ainda temos outros aeroportos menores, que podem auxiliar no desdobramento de tropas. Nós temos uma terceira companhia de forças especiais em Manaus, o centro de instrução e operações especiais no RJ e a brigada como um todo se encontra em Goiânia.

O que são Tropas de Operações Especiais? São aquelas que estão prontas para cumprir uma grande variedade de missões, em qualquer parte do País. Conclusão: é preciso uma estratégia de defesa para a Amazônia, que ações governamentais promovam a integração ao restante do País, conferir a Amazônia status distinto do restante do País, e incisiva oposição diplomática a qualquer intenção internaci-onalista. Por último, e não menos importante, manter força militar com aquele poder de dissuasão – porque, sim, a Amazônia desperta cobiça internacional. A globalização alterou as relações internacionais, o que torna mais fácil vislumbrar a Amazônia como internacional, pois inúmeras ONGs atuam descontroladamente, praticando atitudes contrárias aos interesses nacionais da Amazônia.

Matéria do Jornal Hora do Povo

Rizzolo: A explanação do nobre general Marco Aurélio Costa Vieira foi excelente, contudo desatualizada em face à epoca de que foi proferida, em 2005. Hoje a nossa situação é muito pior. Com efeito, as propostas de soberania nacional atuais são frágeis e já foram por demais discutidas neste Blog. A presença ostensiva das Forças Armadas na Amazônia é essencial, a cobiça pela região faz com que inúmeras ONGS de fachada, se estabeleçam por lá sem a menor resistência do governo federal. Piorou de lá para cá? Sim, e muito. O que foi feito de concreto deste a denúncia do General Heleno? Nada. Estamos sim de passivamente aguardando de forma resignada, inúmeros grupos cada vez mais estruturados se instalarem na Amazônia levando a mensagem do ” compartilhamento” ou da soberania indígena na região. Quantos Generais Helenos precisaremos para mudar o rumo dessa política e prevalecer o bom senso no combate ao entreguismo?