Após questionar Serra na TV sobre os abusivos pedágios de SP, âncora é substituído

A assessoria de imprensa da TV Cultura, emissora que pertence ao governo de São Paulo, informou, na terça-feira (6), que o apresentador do programa semanal de entrevistas “Roda Viva”, Heródoto Barbeiro, será substituído por Marília Gabriela. Ela assumirá o comando do programa a partir de agosto.

O afastamento de Heródoto Barbeiro, que apresentava o Roda Viva desde fevereiro de 2009 – e já tinha sido âncora em 94 e 95, ocorreu logo depois da entrevista com o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que ficou nervoso quando questionado pelo jornalista se não teria um jeito das tarifas de pedágio não serem tão abusivas nas rodovias paulistas.

Heródoto contou sua própria experiência como usuário das rodovias, relatando que pagou R$ 8,80 para andar dez quilômetros. Serra se irritou e sustentou que “o pedágio não é caro, não”. “Eu passava lá. Eu sei que era”, reafirmou Heródoto. Serra continuou e declarou que não viu na pergunta o jornalista “dizer que em algumas estradas abaixaram”. O apresentador respondeu que “uma ou outra pode ser, mais as demais continuam muito caro”. “Mas, Heródoto, isso é um trololó petista que tem muito pouco a falar a respeito de São Paulo. Eles falam e os jornalistas acreditam, e fica a versão…”, continuou o tucano. Porém Heródoto, enfaticamente, respondeu: “Não senhor. Isso é um fato real”.
Jornal Hora do Povo

Rizzolo: A postura de Serra é lamentável e autoritária. Todos sabemos que as estradas se tornaram um bem de comércio, com pedágios abusivos, muito embora as condições em geral melhoraram, agora não aceitar uma crítica de um jornalista credenciado como o Heródoto Barbeiro, a ainda substitui-lo por puro capricho, apenas porque não concordou com seu ponto de vista, é puro autoritarismo. Bem, todos sabem que Serra é um autoritário, e de autoritarismo nós já estivemos mergulhados durante muito tempo no regime militar, acho que chega, não ?

“Chega de corrupção e rolo, para Deputado Federal Fernando Rizzolo – PMN 3318 “

Alckmin e Mercadante defendem revisão das tarifas de pedágio em SP

SÃO PAULO – Os dois principais candidatos ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT), defenderam nesta quarta-feira, 7, a revisão dos valores das tarifas de pedágios nas estradas paulistas.

Alckmin, acompanhado pelo presidenciável tucano José Serra em Jundiaí, interior do Estado, disse que pretende revisar as tarifas de pedágio no Estado. “O que coloquei (em Campinas, na terça-feira) é que em alguns casos você pode ter uma cidade ou um bairro muito perto de uma praça de pedágio em que a pessoa percorre às vezes um período curto e paga a tarifa cheia, então esses casos nós vamos analisar, caso a caso, e vamos procurar reduzir”, afirmou.

Em São Paulo, Mercadante, junto à presidenciável pelo PT, Dilma Rousseff, prometeu renegociar os contratos de concessão de rodovias estaduais em São Paulo para reduzir as tarifas de pedágio. “Vamos negociar e diminuir o pedágio em São Paulo. As empresas não podem continuar tendo o lucro que têm hoje. Vamos acabar com o abuso dos pedágios. O preço do abuso será a derrota eleitoral (dos tucanos)”, criticou. “A gente começa a sentir o sabor da vitória”, disse, confiante. Ele também defendeu salários melhores para os professores e uma política intensiva de combate ao crack.

Alckmin esteve em Jundiaí ao lado dos candidatos ao Senado por São Paulo Aloísio Nunes (PSDB) e Orestes Quércia (PMDB), com quem passeou pelas ruas do Centro de Jundiaí, tomou café com leite, entrou nas lojas, tirou fotos e cumprimentou eleitores e fãs. Um grupo de professores seguiu o quarteto com uma faixa na qual estava escrito: “Serra mente para o povo. Educação pede socorro”.

Pouco antes de Serra chegar à cidade, Alckmin, acompanhado de Quércia, entrou na Catedral Nossa Senhora do Desterro durante uma missa. Os candidatos ajoelharam sob os flashes e após alguns minutos saíram. “Eu aprendi com o meu pai que você, sempre que entrar em uma igreja em que você nunca foi, você pode fazer três pedidos. Mas meus pedidos nunca são políticos”, disse Alckmin. “A tarefa política é nossa.”
agencia estado

Rizzolo: Essa questão do pedágio é realmente problemática. Ambos os candidatos possuem uma visão revisionista sobre o caso. Com efeito, precisamos rever os abusos, analisar cuidadosamente os aumentos, os contratos, e intervir nos trechos onde existe pedágio e pequenas cidades ou comunidades, trechos estes de passagem. O que causa espécie, é como isso não foi pensado antes, prejudicando assim grande número de pessoas.

” Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo ” PMN 3318