Campanha não é agressiva, mas “assertiva”, corrige candidata

A presidenciável Dilma Rousseff (PT) discordou nesta terça-feira que a campanha do segundo turno esteja mais agressiva. Na avaliação da candidata, agora está “assertiva”.

– Agressiva ela esteve no primeiro turno, quando houve a campanha de boatos e quando as pessoas que acusavam não apareciam. Fui atacada de forma clara – afirmou Dilma durante evento comemorativo ao Dia das Crianças em Brasília.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, um dos coordenadores da campanha de Dilma, também afirmou que não houve mudança na tática da campanha, mas um revide aos ataques. Segundo Dutra, a campanha de segundo turno “agora vai reagir”.

– Não há uma mudança na tática. O que nós decidimos é que não vamos aceitar calados os ataques. Eles têm uma campanha na televisão, onde fazem o debate político, e ao mesmo tempo no submundo, no subterrâneo, têm uma campanha com argumentos absolutamente medievais – pontuou Dutra.

Para Dutra, a posição mais firme de Dilma não vai prejudicá-la nesta campanha. Para ele, o fato de se liderar nas pesquisas de intenção de voto não implica que a petista deva aceitar “calúnias” levantadas contra ela. Dilma tem afirmado ser vítima de uma “rede de boatos e intrigas” com o intuito de prejudicar sua campanha, envolvendo principalmente questões relacionadas a aborto e religião.

A petista aproveitou o evento comemorativo ao Dia das Crianças para enfatizar a promessa de construir seis mil crechers caso seja eleita, afirmando que a “criança é o futuro do nosso país”.

– Um país, ele se mede pelo que ele faz pela criança, pela capacidade do país de proteger, de apoiar, de incentivar as crianças, e, sobretudo, de dar oportunidade para que elas se transformem em adultos plenamenmte realizados – afirmou.

Para a candidata, esse hoje é um dos desafios do Brasil. Segundo o último levantamento do Datafolha, divulgado no último sábado, Dilma Rousseff mantém a liderança na disputa presidencial, com 48% das intenções de voto, contra 41% de Serra. Considerando os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, a petista tem 54% contra 46% do tucano.

fonte: correio do Brasil

Rizzolo: A correta observação que deve ser feita, é que não há como suportar questões de ordem difamatória apenas na esfera da “cordialidade conservadora”. Com efeito, tal assertividade pontual como resposta à altura da desqualificação eleitoreira, se faz necessária. A defesa do povo brasileiro, da política desenvolvimentista, urge uma postura digna, pontual e firme diante das calúnias, das redes de boatos e intrigas, e do uso abusivo e nefasto das questões de cunho religioso com o simples fim de denegrir a imagem da candidata. Resposta à altura, sim, deve ser o caminho na defesa dos ideais do povo brasileiro.

PT ameaça acionar Justiça contra Serra

O PT divulgou uma nota no início da tarde desta quinta-feira (26) em que informa que deverá entrar com uma nova representação na Justiça contra o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, em resposta às declarações do tucano sobre a quebra de sigilo fiscal do vice-presidente da sigla, Eduardo Jorge, e de outras três pessoas ligadas ao presidenciável.

A sigla ainda não divulgou detalhes sobre o processo, porém, convocou a imprensa para uma entrevista coletiva hoje à tarde, quando o presidente do PT, José Eduardo Dutra – que também coordena a campanha de Dilma Rousseff – deverá explicar o caso.

Na última quarta-feira (25), Eduardo Jorge informou que, além dele, outras três pessoas ligadas a Serra e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tiveram seus sigilos fiscais quebrados pela Receita Federal. Os dados seriam usados em um dossiê supostamente encomendado por integrantes da pré-campanha petista.

Após a informação se tornar pública, o candidato tucano acusou a adversária petista de ser responsábel pela espionagem. Desde o início da campanha, Dilma Rousseff nega qualquer envolvimento de membros do seu partido na produção de dossiês.

Procurada pelo R7, a campanha de Serra ainda não se pronunciou sobre o novo processo.

R7

Rizzolo: Para toda ação existe uma reação, contudo no caso de Serra ao ver sua popularidade desabando, e os índices apontando Dilma já vencendo no primeiro turno, exacerba nos seus ataques contra a candidata petista sem nenhuma prova concreta, substanciosa que poderia servir de esteio às suas acusações. O grande problema do candidato tucano, é responder à queda nas pesquisas com supostas ilações e agressividade. O povo brasileiro quer propostas, seriedade, continuidade dos programas de inclusão e ataques dessa forma atrapalham ainda mais qualquer recuperação nos índices de aprovação tucana. A candidata Dilma já avança nos Estados dos sudeste e isso graças ao Serra.

Dilma vai ao Rio para encontro organizado por Lily Marinho

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, marcou viagem para o Rio de Janeiro nesta sexta-feira onde deverá se encontrar com o governador do Estado, Sérgio Cabral, e almoçar com Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho. “O encontro é só para mulheres. Pela relação de convidadas que eu vi, são mais de 40 mulheres”, disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra ao iG, que vai acompanhar a agenda da presidenciável.

Segundo Dutra, o encontro está previsto para 12h30 e será na casa de dona Lily. Antes, Dilma dará entrevista para uma rádio.

Este é o segundo almoço de mulheres que Dilma participa com mulheres desde que se tornou candidata. No último dia 25, ela se reuniu com 40 mulheres na casa de Abilio Diniz, em São Paulo, em encontro organizado pela mulher do empresário, Geyse.

Entre elas, estiveram Milú Villela, presidente do MAM e acionista do Itaú Unibanco, e Maria Antônia Civita, esposa de Roberto Civita, do Grupo Abril.

Rizzolo: Ao contrário do que muitos alegam, Dilma Rousseff tem a simpatia de grande parte da elite brasileira. A aproximação de Dilma com as mulheres empresárias denota a sensibilidade da candidata e o espírito aberto ao debate às idéias, e a participação feminina na composição dos ideais de seu governo, parabéns a estas mulheres guerreiras e de espírito democrático.

“Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo, PMN 3318”

PSDB diz que processo do PT contra Serra é “cúmulo da inversão ética”

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), criticou o PT por dizer que irá processar o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra. Segundo ele, o processo do PT é o “cúmulo da inversão ética”.

Nesta quinta-feira, o PT decidiu interpelar judicialmente Serra para que ele confirme ou não a declaração na qual atribuiu a Dilma Rousseff (PT) a responsabilidade pela confecção de um suposto dossiê contra ele. Se reafirmar, será processado, segundo os petistas.

“Quem deve alguma explicação a respeito dessa fábrica de dossiês é o PT e a campanha da Dilma”, escreveu o senador na sua página no Twitter.

Segundo o tucano, “se a Dilma não manifesta repúdio ao que foi feito, não manda embora e nem entrega os malfeitores, então ela assume a responsabilidade por mais essa trapalhada. Não adianta inverter as coisas.”

Depois de uma reunião entre o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o secretário-geral do partido, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), o partido decidiu processar Serra.

“Um candidato à Presidência não pode ficar fazendo acusações ao léu. Se ele confirmar o que disse, entraremos com uma ação por danos morais. Ele terá de provar o que falou. Essa declaração é uma lesão à imagem de Dilma”, defendeu Cardozo.

No sábado, a revista “Veja” divulgou que petistas articularam a montagem de uma equipe de espionagem para confeccionar dossiês contra adversários, mas a estratégia não teria ido adiante, em razão de intervenção de outra ala do partido.

Ontem, Serra comentou pela primeira vez o episódio. “A principal responsabilidade desse dossiê é da candidata Dilma. Não tenho dúvidas”, afirmou. A ex-ministra da Casa Civil rebateu a acusação. “Isso é uma falsidade. Não vou ficar batendo boca, mas isso é uma falsidade.”

24 horas news

Rizzolo: De forma nenhuma, se o pré candidato fez uma acusação terá que arcar com o ônus da prova, para tanto do ponto de vista jurídico o remédio por hora é a interpelação judicial. Ora, não é possível que um partido faça uma acusação dessas desprovido de provas simplesmente por desespero político. Por bem o partido dos trabalhadores ingressou com a devida ação, agora Serra terá que provar ou se desmoraliza ainda mais.