Apenas metade das escolas no Brasil oferece acesso à internet para alunos

GENEBRA – Apenas metade das escolas brasileiras tem acesso à internet. Os dados foram publicados nesta terça-feira, 25, pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que indica que a taxa brasileira é bem inferior à média dos países ricos. O acesso de escolas brasileira à internet é ainda inferior às taxas de Omã, Chile, Arábia Saudita, Tunísia e Turquia. Na Jordânia, 80% das escolas estão conectadas.

Nos países ricos, praticamente 100% das escolas estão conectadas à internet e a maioria à banda larga. Na Croácia, Suécia e Reino Unido, todas as escolas já contam com a internet de alta velocidade. Já em 2004, 97% dos colégios canadenses estavam conectados.

No caso do Brasil, a taxa ao final de 2009 seria de 56%. No Chile, a taxa é de mais de 65%. No Uruguai, o governo conseguiu garantir que 100% das escolas tenham acesso à internet de alta velocidade.

Outra constatação é de que menos de 10% das bibliotecas brasileiras fornecem acesso à internet aos visitantes. No México, a taxa é de 40%.

Língua

Apesar da baixa presença em escolas brasileiras, a internet vem observando um aumento importante no uso do português na rede. Hoje, a língua de Camões é a 6a mais usada no mundo virtual. No total, 73 milhões de internautas usam o português para se comunicar, um número superior aos usuários em alemão ou árabe. O português já rivaliza com o francês, que tem 74 milhões de usuários na rede.

A lingual mais usada na internet é o inglês, com quase 464 milhões de usuários adotando o idioma como ferramenta principal de comunicação. Mas a língua de americanos, britânicos e australianos vem perdendo espaço. Em 1996, 80% dos usuários da internet eram anglófonos. Essa taxa caiu para 30% em 2007 e hoje é de apenas 15%. Na prática, isso reflete o fato de que um número cada vez maior de usuários que não falam inglês estão ganhando acesso â rede.

Hoje, a segunda língua mais “falada” na rede é o chinês, diante do tamanho da China e do número crescente de internautas. No total, são 321 milhões de internautas que usam prioritariamente o chinês como língua. O espanhol vem na terceira posição, com 131 milhões de usuários.

Outra indicação da proliferação de outras línguas na rede é o número de sites registrados como .in (Índia), .ru (Rússia) e .cn (China). Mais da metade dos usuários de Internet hoje ainda usam alfabetos não-latinos, o que também exigiu a adequação dos caracteres. Hoje, a Google já reconhece 41 línguas e o Windows 7 deve anunciar sua versão 2011 em 160 idiomas, 59 a mais que em 2009.
agencia estado
Rizzolo: Bem, pode ser que ainda não tenhamos todas as escolas integradas na rede, mas o governo federal tem se esforçado para isso. O grande problema é que uma política de banda larga não se faz da noite para o dia, lançado em abril de 2008 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa Banda Larga nas Escolas completa agora dois anos bem perto da meta de equipar todas as 64.879 escolas públicas urbanas do país com computadores de acesso rápido à internet. A expectativa é que isso ocorra até o fim deste ano, beneficiando 37 milhões de estudantes, de acordo com os responsáveis pela sua implantação, no Ministério da Educação e na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esperem que chegaremos lá.

Banda larga em todas as escolas públicas até fim de 2010

Lançado em abril de 2008 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa Banda Larga nas Escolas completa agora dois anos bem perto da meta de equipar todas as 64.879 escolas públicas urbanas do país com computadores de acesso rápido à internet.

A expectativa é que isso ocorra até o fim deste ano, beneficiando 37 milhões de estudantes, de acordo com os responsáveis pela sua implantação, no Ministério da Educação e na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A previsão é baseada no balanço do programa feito pela Anatel no final do ano passado: em 2009 25.331 instituições de ensino público em municípios de quase todo o país foram conectadas à rede mundial de computadores e em 2008, ano de lançamento do programa, esse número foi de 17.681 escolas. Ou seja, ao entrar no segundo ano, o programa já alcançava 66% – 45.192 – do total de estabelecimentos de ensino a serem equipados.

Os números da Anatel, na época do balanço, mostravam que os estados com mais escolas conectadas à internet por meio do Banda Larga nas Escolas eram os de maior densidade demográfica: Minas Gerais (4.962), São Paulo (4.842), Rio de Janeiro (4.080) e Bahia (4.026). Já Roraima (68), Amapá (131) e Acre (187) foram os que tiveram menor número de escolas informatizadas, embora devam estar completamente atendidos até o fim de 2010, quando o programa termina.

O programa se tornou possível graças a um acordo firmado pelo governo com operadoras de telefonia fixa, por meio da Anatel, para a implantação da banda larga nas escolas indicadas pelo Ministério da Educação, sem nenhum custo para os cofres públicos, como contrapartida pelos serviços que elas exploram comercialmente no país.

Esse compromisso foi firmado com o Ministério das Comunicações, quando da mudança do Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU) do Serviço Telefônico Fixo Consultado (STFC). As cinco concessionárias concordaram em trocar a obrigatoriedade de instalar Postos de Serviços de Telecomunicações em todos os municípios, até o fim de 2010, pelo compromisso de instalar o chamado backhaul, a rede de telecomunicações de alta velocidade (banda larga) capaz chegar a todos os pontos do país.

Isso foi feito por meio da assinatura de aditivos contratuais com a Anatel, o que permitiu a conexão das escolas públicas urbanas à rede. Por ocasião da assinatura dos termos aditivos com as concessionárias, em 2008, havia cerca de 56 mil escolas públicas urbanas cadastradas pelo MEC, e desde então mais 8 mil foram implantadas, o que elevou o total para 64.879 instituições a serem conectadas à banda alarga até o fim de 2010. Aí estão incluídas todas as escolas públicas de ensino fundamental (municipais) e médio (estaduais), conforme o secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky.

Fonte: Agência Brasil

Rizzolo: O Projeto Banda Larga nas Escolas é de suma importância, todos sabem que hoje a Internet é um meio de inclusão, de pesquisa, de informação, e as escolas públicas sem exceção devem ter acesso à Internet, oferecendo aos seus alunos a inclusão digital. Há poucos dias escrevi um artigo sobre a Banda Larga nas periferias das grandes capitais, sem dúvida nenhuma o caminho para o desenvolvimento passa pela informação digital que será a maior fonte de distribuição de conhecimento a todos.