O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi contundente nas críticas ao candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, em rápida entrevista coletiva após a inauguração do dique seco de Rio Grande (RS) nesta quinta-feira, 21. Sobre a suposta agressão sofrida pelo tucano durante comício na última no Rio de Janeiro, Lula chegou a usar os termos “mentira descarada” para classificar o ocorrido.
O presidente disse ter visto imagens das redes Record e SBT. Segundo ele, Serra foi atingido por uma bolinha de papel e seguiu caminhando por mais 20 minutos, quando recebeu um telefonema “de algum assessor da publicidade da campanha que o sugeriu para parar de caminhar e por a mão na cabeça para criar um factoide”. Para Lula, o episódio “deixou o dia de ontem marcado como o dia da farsa, o dia da mentira”.
O presidente comparou ainda o candidato tucano ao ex-goleiro Roberto Rojas, que, em 1989, fingiu ter sido atingido por um foguete no Maracanã, suspendendo a partida entre Brasil e Chile pelas eliminatórias. Após uma câmera da rede Globo ter flagrado que o foguete não acertou o goleiro, o Chile foi desclassificado das eliminatórias e suspenso da edição seguinte.
estadão
Rizzolo: Como já comentei anteriormente, a oposição está fazendo de tudo para chamar a atenção e se colocar numa condição de vítima para angariar votos. Com muita propriedade, o presidente Lula no Rio Grande do Sul lembrou as reportagens que mostraram uma bolinha de papel em direção ao candidato tucano. “Primeiro bateu uma bola de papel na cabeça de candidato, ele nem deu toque para bola, olhou para o chão e continuou andando. Vinte minutos depois esse cidadão recebe um telefonema, deve ser o diretor de produção dele que orientou que ele tinha que criar um factoide. Ele bota a mão na cabeça e vai ser atendido por um médico”, disse Lula. O presidente comparou ainda o episódio com o ex-goleiro da seleção chilena, Roberto Rojas, que fingiu ser atingido por um sinalizador em 1989, em um jogo entre Brasil e Chile. “Venderam o dia inteiro que esse homem tinha sido agredido”. Agora aqui entre nós, que fingimento para impressionar o povo não ?
Às 13h45 de domingo (18), a Polícia Federal encerrou uma operação para apreensão de cerca de 1 milhão de panfletos anti-Dilma impressos em uma gráfica no bairro do Cambuci, região central de São Paulo, e creditados à Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Arlety Satiko Kobayashi é sócia da gráfica Pana, onde foi encontrado o material na tarde do sábado. Segundo a ficha cadastral da empresa, constante no site da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), Arlety participa com 50% do valor da sociedade. Os outros 50% são de Alexandre Takeshi Ogawa.
Uma consulta no site do Diretório Municipal do PSDB de São Paulo mostra que Arlety é filiada ao PSDB no diretório zonal da Bela Vista. O Diário Oficial do Estado de São Paulo, publicado em 1º de julho de 2010, corrobora que Arlety tem cargo na Assembleia Legislativa de São Paulo e, portanto, atua também como funcionária pública.
O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), coordenador da campanha de Dilma, afirmou ainda que há indícios de que o PSDB possa estar por trás da articulação. “Não quero fazer aqui nenhuma acusação leviana, mas o fato de a gráfica ter uma das sócias filiadas ao PSDB desde 1991 e de ela ser irmã de Sérgio Kobayshi, coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra, são indícios suficientes para que o caso seja apurado com rigor.”
“É um desrespeito à inteligência da sociedade esses panfletos terem sido rodados lá. A Arlete é irmão de um dos coordenadores do Serra. A campanha dele tem uma resposta a ser dada. Queremos saber quem financiou, quem pagou. Cabe à Polícia Federal e à Justiça Eleitoral investigar”, disse Cardozo.
Suspensão de sigilo
Na tarde de ontem, após a conclusão da apreensão, o ministro Henrique Neves da Silva suspendeu o sigilo processual decretado na decisão que autorizou a operação.
Na liminar do deferimento, o ministro revela que a ação cautelar foi ajuizada pela Coligação Para o Brasil Seguir Mudando e por Dilma Rousseff e que as autoras afirmam que “tais ‘informações’ – diga-se desde já, inverídicas e degradantes -, além de configurarem crimes contra a honra (injúria e difamação eleitorais), também se configuram em propaganda eleitoral negativa irregular, pois não estão presentes os requisitos legais para a propaganda por meio de panfletos e folhetos”.
No decreto, o ministro usa as mesmas palavras das autoras: “o conteúdo do panfleto apresentado pelas autoras caracteriza, em uma primeira análise, peça de propaganda eleitoral negativa”. Ele ainda especula que a autoria dos panfletos não pode ser verdadeira, já que a CNBB se manifestou no sentido de não autorizar a utilização de seu nome para a realização de qualquer tipo de propaganda eleitoral, afirmando, depois, que, caso se confirme a autoria, há a infração da Lei 9.9504/97: “é vedado, a partido e candidato, receber direta e indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de (…) entidades beneficentes e religiosas”.
Entenda o caso
A carta, publicada no panfleto e intitulada “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, pede que nas próximas eleições os eleitores deem seus votos somente a candidatos ou candidatas de partidos contrários à descriminalização do aborto. A carta lembra que o PT manifestou apoio incondicional ao terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto. Esse material seria distribuído neste domingo em igrejas dos bairros do Paraíso e da Barra Funda, em São Paulo, e na cidade de Guarulhos.
O pai do outro sócio da gráfica, Paulo Ogawa, revelou que os folhetos foram solicitados pela Mitra Diocesana de Guarulhos.
Os mesmos panfletos já haviam circulado entre fiéis no primeiro turno das eleições. No feriado do último dia 12, eles ainda foram distribuídos em Aparecida (SP) e Contagem (MG).
Terra
Rizzolo: Não sabemos se realmente o PSDB está por trás disso tudo, porém como diz Cardoso, causa espécie a dona da gráfica ter relações políticas com os tucanos. A grande verdade é que existe uma orquestração maléfica com o intuito de desqualificar e atacar a candidata Dilma, utilizando-se de todos os meios, desde religião ao aborto e outros temas. Só por isso entendo que o radicalismo de direita tomou conta da oposição, e isso não é bom para a democracia. O Brasil no período Lula viveu uma paz social, poucas greves, poucas manifestações e muito desenvolvimento, meu receio é que se Serra vencer, isso tudo poderá mudar, e instabilidade social ninguém quer.
Canindé (CE) – Terminou em tumulto uma missa na Basílica de São Francisco das Chagas, realizada hoje (16) com a presença do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. No final de celebração, o padre disse que eram mentirosos os panfletos que circulavam na igreja afirmando que a candidata petista, Dilma Rousseff, era a favor do aborto e tinha envolvimento com grupos terroristas como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O padre disse que as mensagens estavam sendo atribuídas à igreja e esclareceu que esse tipo de publicação em nome da Basílica não era autorizado. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que acompanhou a missa ao lado de Serra, se exaltou e afirmou que era um “padre petista” como aquele que estava “causando problemas à igreja”.
Partidários do tucano também se exaltaram e o padre, cujo nome não foi confirmado pelos membros da paróquia, precisou sair escoltado por seguranças. Nenhum membro da administração da paróquia confirmou o nome de padre.
O panfleto que circulou na igreja não tinha assinatura e falava em três “grandes motivos para não votar em Dilma”. O texto acusa a candidata de ter se envolvido com as Farc, de ser favorável ao aborto e de envolvimento em casos de corrupção na Casa Civil. Militantes do PT estavam na porta da basílica na saída da missa portando bandeiras com o nome de Dilma. Houve um princípio de briga entre eles e os militantes tucanos.
Com o tumulto causado pela chegada de Serra e seus apoiadores durante a missa, o padre pediu que os políticos não atrapalhassem o objetivo principal da cerimônia que era a adoração a São Francisco. No momento da comunhão, além de equipes da imprensa, muitos fiéis se aglomeraram em volta do candidato para tirarem fotos.
O DIA
Rizzolo: Como já comentei em outras oportunidades, a campanha difamatória da oposição, usa de todos os artifícios para denegrir a imagem da candidatada Dilma. Observem que o próprio padre constatou que tal panfleto não era sequer da região. Isso é uma constante, o PSDB faz uso sem escrúpulos de documentos forjados com o intuito desesperado de fazer com que Serra seja favorecido nesse segundo turno. Hoje constatei algo interessante nas palavras de Lula em Minas Gerais, quando afirmava que Dilma significa a volta de uma mineira na presidência, talvez a única oportunidade plausível de um mineiro no Palácio da Alvorada. Pura verdade.
No auditório do debate da TV Bandeirantes, formado por políticos convidados das duas campanhas, petistas eram só sorrisos para a firmeza da candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT), que respondeu de forma incisiva, primeira vez, ao seu adversário, José Serra (PSDB). Os tucanos, que não responderam à acusação de Dilma sobre o “desaparecimento” de cerca de R$ 4 milhões doados para a campanha como caixa 2, demonstraram surpresa com a nova atitude da oponente e diziam que o comportamento de Dilma dela era “agressivo”.
No final do primeiro bloco do debate, Dilma cobrou de Serra esclarecimentos sobre Paulo Vieira de Souza, ex-membro do governo tucano em São Paulo que, segundo a petista, “fugiu com R$ 4 milhões de sua campanha”. Na plateia, o questionamento deixou os petistas efusivos. Integrantes do PSDB, preocupados com o cerco da imprensa a partir deste instante, prepararam uma saída à francesa do senador eleito Aloysio Nunes, que mantinha relações estreitas com Vieira de Souza. Minutos depois, o senador eleito deixou o estúdio e não retornou.
Mais conhecido como Paulo Preto, Paulo Vieira de Souza foi diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). Ele era o responsável direto por grande parte das obras viárias do governo de São Paulo. Chamado de “homem-bomba do PSDB”, em matéria da revista semanal de ultradireita Veja, publicada em maio deste ano, Paulo Preto foi demitido oito dias depois de ter inaugurado o trecho sul do Rodoanel. Quando Aloysio Nunes deixou o debate, depois do questionamento sobre Paulo Preto, o correligionário Cícero Lucena ocupou o seu lugar na plateia.
No instante da acusação, Serra olhou para assessores, o marqueteiro Luiz Gonzalez e o estrategista Felipe Soutello. Tempo encerrado. Nos bastidores, a denúncia agitou a plateia e as conversas de pé-de-ouvido.
– Ele está desnorteado. Isso, no boxe, é nocaute – espetou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT).
Mais abaixo, o coordenador de comunicação de Dilma, o deputado estadual Rui Falcão, informava:
– A imprensa já noticiou: ele era diretor da Dersa e fugiu com R$ 4 milhões.
O dinheiro, segundo a pergunta-acusação de Dilma no debate, teria sido arrecadado para campanha tucana.
– Serra deve ter levado um susto – comemorou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Ainda segundo a matéria da revista Veja, “Vieira de Souza e Aloysio se conhecem há mais de 20 anos. Quando, no ano passado, o tucano sonhou em ser o candidato de seu partido ao governo de São Paulo, Vieira de Souza foi apresentado como seu ‘interlocutor’ junto ao empresariado. A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento”.
Em agosto, a revista IstoÉ publicou uma matéria de capa, segundo a qual líderes do PSDB acusam Paulo Preto “de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha”. A publicação traz também uma declaração de um diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel: “não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o ‘interlocutor’ do Aloysio junto aos empresários”.
À saída do debate na TV Bandeirantes, os petistas questionavam a falta de resposta do tucano à acusação feita por Dilma com base na denúncia da revista IstoÉ. O deputado Jutahy Magalhães Jr., diz “desconhecer completamente a história”.
Hipocrisia
Para o PT, Dilma levou ao palco do debate temas que a campanha tucana trata nos bastidores.
– Serra tem uma campanha na TV e outra nos subterrâneos. Vamos acabar com essa hipocrisia – disse José Eduardo Dutra, presidente do partido, no domingo à noite.
Entre os tucanos, o comentário era comum.
– A postura dela é de quem está perdendo. Quem está ganhando é light – julga o deputado Jutahy Magalhães Junior (BA), um dos peessedebistas mais próximos de Serra. Antes do início do debate, Jutahy chegou a dizer que os temas negativos iriam ficar de fora do programa, oferecendo como argumento a baixa audiência, comparada com outras emissoras.
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), concordou que o debate daquela noite lembrava 2006, quando, no primeiro embate presidencial do segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele também foi duro. Em desvantagem nas pesquisas, a estratégia acabou sendo negativa para sua campanha.
– Só que (aqui) foi invertido – limitou-se a dizer.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não escondia sua satisfação.
– É bom falar isso cara a cara – disse sobre Dilma.
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, acredita que a candidata “sentiu necessidade de trazer às claras, olho no olho, o que era dito às escondidas”.
– Arrasou – resumiu a senadora eleita Marta Suplicy (PT), falando diretamente à candidata.
Mais contido, o ex-ministro Antonio Palocci, um dos principais coordenadores da campanha petista, disse que “ela não fez ataque, fez perguntas”, enquanto na análise do candidato a vice, deputado Michel Temer (PMDB), Dilma falou para a militância.
Mais incisiva
Dilma também abordou o viés privatista do PSDB de Serra e denunciou seu assessor, David Zylbersztajn, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) no governo FHC, de privatizar o pré-sal. Serra esquivou-se:
– Não vou fazer privatização nenhuma do pré-sal. Eu tenho cabeça própria e tenho as minhas ideias.
E foi metafórico ao resumir de que se trata a ideia:
– Qual seria o Brasil do PT? O Brasil do PT seria o Brasil do orelhão…
O troco da petista veio em seguida:
– O meu Brasil não é o Brasil do orelhão, é o Brasil da banda larga, mas é a banda larga para todos.
Dilma também aproveitou uma deixa quando foi questionada sobre os problemas e falta de investimentos em infraestrutura, como portos e aeroportos. Ao justificar o porquê dos aeroportos estarem lotados, Dilma argumentou que “o povo está viajando de avião”, o que, segundo ela, só os ricos faziam no tempo do governo FHC, do qual foi ministro Serra.
Ela trouxe ao debate questões como a legalização do aborto, considerada uma das responsáveis pela perda de votos junto a eleitores católicos e evangélicos no primeiro turno. A candidata usou expressões duras contra Serra como “eu lamento as suas mil caras” e “essa forma de campanha que usa o submundo é correta?”. Afirmou ainda que a mulher de Serra, Monica, teria veiculado a informação de que a petista é “a favor da morte de criancinhas” e defendeu que “o professor não seja tratado a cassetete”.
Serra reagiu dizendo que Dilma quer se “vitimizar” e admitiu que estava surpreso com sua “agressividade”. Logo após o debate, Dilma justificou a tática como posição de segundo turno e não admitiu ter sido agressiva.
– Não é uma nova estratégia, é uma nova situação. É debate de segundo turno, em que as pessoas podem explicar de uma forma muito mais efetiva, muito mais dinâmica as suas posições. Quando tem mais candidatos, a roda gira e passa três para chegar em ti. Essa (no segundo turno) é uma forma mais límpida – explicou.
Serra declarou que a escolha do tom não foi dele.
– Debate é feito a dois mais o moderador. Se o outro prefere escalar acusações, o debate muda a sua natureza. Eu pensava, se dependesse de mim, ter discutido mais propostas e programas concretos de governo – afirmou ao final, sem admitir que também baixou o nível contra a adversária, acusando-a de “mentirosa”.
Segundo a Band, o debate teve média de 4 pontos no Ibope, com máxima de 6. O presidente do PT disse que há mais cinco convites de emissoras sendo analisados pela campanha para a realização de debates.
Fonte: Correio do Brasil
Rizzolo: Dilma foi nesse debate brilhante, combativa, e o que se pode inferir foi o desconforto do candidato Serra ao ver desnudada sua condição de amante do neoliberalismo. Pudemos observam também que a coordenação da campanha tucana se viu surpreendida com o desempenho de Dilma, que por muitas vezes deixava o candidato da oposição sem argumentos restando-lhe apenas a costumeira ironia e soberba.”Serra deve ter levado um susto”, comemorou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “A Dilma colocou o tema do Paulo Preto na campanha. Foi colocado e não houve qualquer reação. Está na pauta das discussões dos próximos dias”, avaliou Edinho Silva, presidente do PT paulista.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira (3) o fato de o PSDB ter entrado com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impugnar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência. Segundo Lula, o candidato do PSDB ao cargo, José Serra, deveria tentar ganhar as eleições com propostas em vez de “tentar convencer” a corte a cassar o registro da adversária. Para bom entendedor, Lula condenou o golpismo da oposição.
“Eu acho que o Serra precisa fazer uma coisa, uma eleição a gente ganha ela convencendo os eleitores a votar na gente, não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar a adversária”, disse. Para Lula, a atitude de Serra não é compatível com a democracia e sim com o período de ditadura militar.
“Isso já aconteceu em outros tempos, de ditadura militar. Em tempos de democracia, o seu Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade do seu programa, que faça propostas de coisas que ele quer fazer por esse pais, que apresente soluções para o crescimento industrial.”
Nesta quinta (2), o corregedor-geral do TSE, Aldir Passarinho Junior, arquivou pedido do PSDB para cancelar o registro de Dilma Rousseff. A oposição alegava que o vazamento de dados da Receita Federal tinha o objetivo de prejudicar a candidatura de Serra. O PSDB também culpa a campanha da petista pelas quebras de sigilo.
A internet é livre
O presidente confirmou a informação de que o candidato tucano à sucessão presidencial havia avisado a ele sobre a divulgação em blogs de dados sigilosos de Verônica Serra. “Ele se queixou de que estava acontecendo na internet, como eu sou vítima disso há muito tempo, eu sempre achei que a internet livre tem coisas serias e tem coisas que são levianas”, disse Lula durante a 33ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer) em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre.
O presidente disse ainda que tem assuntos “mais sérios” para tratar do que “censurar” blogs que divulgam notícias sobre a filha de Serra.“Primeiro, eu acho que nosso adversário devia procurar um outro argumento. Não é possível que um homem que se diz tão preparado para governar o país queira que o presidente Lula censure a internet”, disse.
Segundo o presidente, Serra deve estar com “dor de cabeça” com a previsão de que o Produto Interno Bruto do país vai crescer 7,3% em 2010. “Hoje ele deve estar com dor de cabeça porque o PIB, parece que pelo IBGE, vai crescer acima daquilo que os mais pessimistas previam, vai crescer 7%”, disse. “Olha, o Brasil vive um momento de ouro e eu não vou permitir que nenhuma coisa menor, nenhuma futrica menor” atrapalhe isso, afirmou.
Segundo Serra, blogs de apoio ao PT e à candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff, estariam divulgando informações sigilosas contidas na declaração do Imposto de Renda de Verônica e que ele teria feito esse alerta a Lula em janeiro. “Não tem nada de mais que a internet publicou”, respondeu Lula. “Tem insinuações como tem contra o presidente Lula, como tem contra a família do presidente Lula, como tem contra vocês, jornalistas.” Lula disse ainda que o Brasil vive em “uma democracia e nós precisamos aprender a respeitar”. “Querer que eu censure a internet não é meu papel.”
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Rizzolo: A personalidade de um político surge nas suas mais simples afirmações. Serra é uma pessoa extremamente centralizadora e autoritária, e isso pode-se observar na sua vida pública e nas suas afirmações contra a liberdade da Internet. Ora, se queixar que Blogs manifestem suas opiniões sobre sua pessoa, família, ou seja lá o que for, é algo que chega a ser infantil. Por bem o presidente Lula reagiu e trouxe o bom senso ao afirmar que isso faz parte do jogo democrático. Mas Serra é assim mesmo, jamais admite críticas, jamais admite negociar, e agora de forma cabal declaradamente não gosta da Internet tampouco dos Blogs inclusive do meu. Preocupante hein!..
Diante da possibilidade real de Dilma Rousseff, a candidata do PT à Presidência, resolver a eleição no primeiro turno, os integrantes da equipe de José Serra passaram os últimos dias tentando juntar os cacos de uma campanha que, até agora, se mostrou desastrosa. Mas as reuniões, ao longo da semana, em vez de pacificarem o já conturbado ninho tucano, contribuíram para tensionar o ambiente ainda mais.
Segundo apurou a revista IstoÉ, os encontros foram regados a críticas internas, discussões acaloradas e até ameaças de importantes caciques do PSDB de abandonar José Serra à própria sorte, caso suas exigências não fossem cumpridas. “Precisamos abrir mais a campanha. Do jeito que está não dá mais”, desabafou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em conversa com um importante dirigente do PSDB.
Emparedado pelos aliados, que cobraram uma participação mais efetiva na campanha e mudanças no programa de TV no horário eleitoral gratuito, Serra teve de ceder. Mas cobrou a liberação de recursos e o aumento da produção de material de campanha para ser remetido aos estados. “Os protestos incomodaram muito o Serra, mas a situação é tão crítica que ele não teve outra alternativa senão acatar as reivindicações”, disse um dirigente tucano.
Os novos passos foram definidos em conversas, que, dessa vez, contaram com a presença do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves e de FHC. O político mineiro teve um encontro com Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, num café nos Jardins, zona sul de São Paulo.
Já Fernando Henrique preferiu as articulações pelo telefone. “Apareço da maneira como acho que um ex-presidente deve aparecer, dando ideias, discutindo, mas não sou militante”, esclareceu. Os dois não eram consultados desde o processo de escolha de Índio da Costa (DEM) como vice na chapa tucana.
Problemas atrás de problemas
O problema é que, antes mesmo de Aécio e FHC entrarem em campo, os tucanos mais afoitos já haviam colocado em curso, no início da semana, estratégias dignas de uma campanha totalmente sem rumo, acertadas durante encontro, na noite do domingo 22, no Hotel Hyatt, em São Paulo.
Ficou decidido, por exemplo, que o PSDB iria aumentar o tom dos ataques ao PT, mas sem bater em Lula. Em campanha pelo interior, porém, um candidato a deputado federal pelo PSDB chegou a chamar Lula de embusteiro. Pelo DEM, coube ao vice Índio ser, mais uma vez, o porta-voz dos bombardeios. “Ela (Dilma) diz que lutou contra a ditadura. O que ela está oferecendo para o Brasil é uma nova ditadura”, atirou Índio.
No programa eleitoral, o PSDB associou Dilma ao ex-ministro José Dirceu. E fez troça da estreita ligação da candidata do PT com o presidente Lula. “Do jeito que ela anda pendurada em Lula, se ele se afastar, ela cai”, disse o locutor do programa.
Na trincheira política, o partido decidiu investir suas fichas na eleição de quatro estados: São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás. Mas as duas apostas do PSDB foram malsucedidas. A decisão de privilegiar os quatro estados abriu uma crise entre os aliados. “Estão provocando demais nossa paciência. Se Serra despencar também em Santa Catarina, será tarde”, protestou o vice de Raimundo Colombo (DEM) na chapa ao governo de SC, Eduardo Moreira (PMDB).
E, ao tentar conquistar eleitores indecisos com ataques à candidata do PT, o comando da campanha de Serra escancarou a incongruência do seu discurso, dias depois de tentar atrelar a imagem de Serra à de Lula. A julgar pelas recentes pesquisas de opinião, que registram uma vantagem cada vez maior de Dilma, o eleitor não aprovou o comportamento tucano.
Em 1994 e 1998, com a popularidade do Plano Real, o PT também teve dificuldade em se apresentar como alternativa ao então governo tucano. Dificuldade semelhante à que o PSDB encontra agora, no momento em que o país vive um cenário de consumo em alta e geração de empregos. A diferença é que o PT, um partido forte e orgânico, sobreviveu e chegou ao poder quatro anos depois. O que se percebe, agora, é um PSDB em frangalhos e com claros problemas internos.
A comunicação sob bombardeio
Nesse ambiente, o fogo amigo tomou conta. Além do estilo centralizador de Serra, os alvos principais da ira dos tucanos e aliados foram Luiz Gonzalez, marqueteiro e idealizador dos programas na tevê, e José Henrique Reis Lobo, responsável pela área administrativa da campanha do PSDB.
Lobo foi atacado por não querer investir de maneira pesada na mobilização de rua. “Tudo o que estamos fazendo já estava planejado e orçado. Os recursos não podem ser gastos com base em voluntarismos”, defendeu-se Lobo.
A crítica a Gonzalez deve-se ao fato de ele produzir um programa monotemático na TV, apresentando basicamente propostas para a área da saúde. Tucanos avaliaram ainda ter sido um erro mostrar Lula na inserção televisiva de Serra. Normalmente contido, Gonzalez se defende: “Traçamos uma linha e estamos nos mantendo nela. Há um tempo para que se atinja uma maturação do processo. O Lula entrando com o peso da sua popularidade é injeção na veia. Já os sucessos administrativos de Serra funcionam como comprimidos.”
Sérgio Guerra fez coro. “Os ajustes serão feitos com o tempo, de modo natural.” Mas nem os expoentes da campanha tucana acreditam mais. “Não creio mais na recuperação. A TV foi a grande responsável pela nossa fragilização”, disparou o presidente do PTB, Roberto Jefferson.
A constatação de fragilidade da campanha do PSDB rompeu fronteiras. Durante a semana, o jornal inglês Financial Times publicou que a campanha tucana está “caótica” e “praticamente baseada nos avanços na área de saúde”. O FT observou ainda que Serra nada tem a ver com o programa de governo tucano. “Ele deveria continuar a reforma do Estado iniciada na década de 90 por Fernando Henrique. Em vez disso, Serra permitiu que Dilma se posicionasse como a campeã da ortodoxia e da responsabilidade fiscal”, disse o texto.
Respirando por aparelhos, a candidatura Serra tentará, nos próximos dias, suas últimas cartadas para sair da UTI. Uma das estratégias é turbinar a campanha em São Paulo. Além de já ter estabelecido uma agenda conjunta entre Serra e Geraldo Alckmin, candidato favorito ao governo, os tucanos vão promover um evento, na quarta-feira 1º, para 450 prefeitos.
A expectativa é de que os representantes de municípios paulistas lotem o Credicard Hall, na zona sul da capital, e encampem o esforço concentrado para tentar levar a candidatura Serra pelo menos ao segundo turno. O esforço é válido. Mas pode ser tarde demais
vermelho com informações da IstoÉ
Rizzolo: Bem o maior problema da oposição não são as táticas políticas eleitorais, mas sim a essência da falta de propostas e discurso. Serra acreditava que poderia atacar Lula e Dilma na campanha, porém ao perceber que isso piorava sua situação passou então a tentar vincular a imagem de Lula à sua, o que ficou pior ainda. A grande questão é saber se com eleição a oposição na figura de Serra praticamente se reduzirá a pó, muitos analistas já apostam num triste fim para os tucanos, tudo evidentemente pelo simples fato de se tentar fazer oposição num contexto de um governo excelente como foi o do presidente Lula subestimando eles a inteligência do povo brasileiro.
A candidata petista Dilma Rousseff (PT) amplia sua vantagem para o adversário tucano, José Serra, em todos o Estados pesquisados pelo instituto Datafolha, segundo parte da pesquisa divulgada neste sábado. Ela passou o candidato do PSDB, em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país e fiel da balança na disputa entre as forças conservadoras, representadas pela aliança entre o PSDB, DEM e PPS, e a aliança de 10 partidos, que atualmente governa o país, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma agora lidera em todas as regiões do país, exceto nos Estados do Sul, onde avança desde que iniciou a corrida presidencial.
Segundo estudo realizado entre 20 a 23 de julho, o Sudeste estava dividido entre Dilma e Serra, com um Estado para cada um e Minas Gerais divido entre ambos. Desta vez, no entanto, Dilma não só amplia em dez pontos sua vantagem no Rio de Janeiro mas também seria vitoriosa em Minas, com 41% das intenções de voto, contra 34% de Serra, se a eleição fosse hoje. Na situação anterior a divisão era de 35% a 38%, respectivamente. Em São Paulo, a petista avança no interior do Estado.
correio do Brasil
Rizzolo: As previsões se confirmam, a candidata Dilma dispara por todos os Estados. A razão principal deste fato, no meu entender, é o discurso vazio da oposição. Serra não se coloca como um opositor, até porque se assim o fizesse, se daria mal em virtude da popularidade do governo Lula, e a grande massa, tem receio de que com Serra os avanços sociais terminem. Até nessa questão o tucano também peca em não reafirmar a continuidade dos projetos de inclusão deixando margem para dúvidas ao eleitorado. De nada adianta argumentar no esteio do medo, isso faz o povo ficar mais desconfiado, pois a figura de Serra está intimamente ligada à elite desse país, no imaginário do povo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu pela primeira vez que pode voltar a disputar a Presidência da República em 2014 se sua candidata presidencial, Dilma Rousseff (PT), perder as eleições este ano. Ele defendeu, no entanto, a reeleição da pestista em caso de vitória em outubro.
Em entrevista à revista IstoÉ, Lula contou como escolheu Dilma e despertou nela seu “animal político”. O presidente também provocou o candidato tucano à Presidência, José Serra, falou da presidenciável Marina Silva (PV) e pediu seis meses para pensar no futuro depois de entregar a faixa presidencial.
Leia, abaixo, os principais trechos da entrevista:
Lula ou Dilma em 2014?
– Tem essa de que a Dilma vai ser candidata para o Lula voltar em 2014. Não existe essa hipótese. Se a Dilma for eleita ela vai fazer um governo extraordinário e vai ser candidata à reeleição. Se o candidato for um adversário, a história muda de figura. Mas, aí, eu preciso estar bem, porque eu já vou estar com 69 anos. E com 69 anos você parece novo, mas não é tão novo, não. Eu, às vezes, acho que na política deveria ser que nem na Igreja Católica, onde o bispo se aposenta com 75 anos.
Dilma, um “animal político”:
– Quando ela [Dilma] veio para a Casa Civil começamos a trabalhar juntos, a nos reunir cotidianamente, a discutir as reuniões. Aí eu percebi que estava diante de um animal político não trabalhado. De um animal político que foi educado a vida inteira para ser técnica. E eu comecei a falar: bom, agora nós temos que descobrir o lado político de Dilma. […] Fui colocando a Dilma em várias reuniões das quais, teoricamente, ela não precisaria participar. Comecei a levá-la para viajar comigo para que começasse a ver o mundo de uma concepção mais política.
Conselhos eleitorais:
– O que leva um homem a ter preconceito contra um ser humano que o carregou na barriga nove meses? Que o limpou enquanto ele não sabia se limpar? Que o ensinou a comer quando ele não sabia comer? Que formou o seu caráter e que continuou cuidando dele até ele se casar […] Quem dava o peito para a gente machucar era nossa mãe. Por que nós temos preconceito contra essa figura tão nobre? Eu tenho dito para a Dilma que ela tem que dizer: “Eu não vou governar o Brasil. Eu vou cuidar do povo brasileiro”.
Dilma intercedeu por Marina Silva?
– Um ano antes de deixar o governo, a Marina pediu demissão. Eu não aceitei a demissão dela por conta da Dilma Rousseff. A Dilma e o Gilberto Carvalho me pediram para convencê-la a ficar. Ela ficou mais um ano, até que quis sair. Até hoje não me explicou por que saiu do PT e eu não fui tomar satisfação do motivo por que ela saiu.
Serra, o “azarado”:
– E eu acho que o Serra deu azar. Deu azar de disputar comigo [nas eleições de 2002] quando eu não podia perder. Digo do fundo da alma, eu nunca tive a menor preocupação de que não ganharia aquela eleição de 2002. Eu estava convencido de que era a minha vez, que tinha chegado a hora.
Conselho de Segurança da ONU:
– O Conselho de Segurança da ONU não pode ser um clube de amigos, não pode ser tratado assim. Aquilo tem que ser uma instituição multilateral para resolver problema de conflitos. Em minha opinião, no Oriente Médio não haverá solução enquanto os americanos acharem que são eles os responsáveis pela construção da paz. Se a ONU fosse forte, resolveria o problema do Oriente Médio. […] eu acho que é uma estupidez política não reformar o Conselho de Segurança da ONU.
Futuro político e clima de “já ganhou”:
– O meu medo é tomar uma atitude precipitada sobre o que eu vou fazer. Montar alguma coisa e depois de seis meses descobrir que não era aquilo. Então, eu acho que alguém que deixa o mandato, como vou deixar, numa situação graças a Deus muito confortável, tem que dar um tempo de maturação. Preciso de um tempo, quem sabe quatro, cinco, seis meses. Tem que deixar a Dilma construir um governo que seja a cara dela, do jeito dela, e eu ficarei no meu canto, curtindo o fato de ser um ex-presidente da República.
R7
Rizzolo: Bem Lula é mesmo um grande político, que enxerga longe, é estrategista, e acima de tudo sabe o que é bom para o Brasil. Dilma é uma candidata extremamente técnica, e no fundo eu entendo que o Brasil precisa mesmo é de um técnico, ou mais técnico que político. É bem verdade que Lula conseguiu transforma-la numa política que ainda traz consigo um visão tecnocrata de administração. Lula em 2014 nas previsões do própio presidente se necessário, entendo ser saudável e terá com certeza o apoio do povo.
Sem sono, como sempre, ligado na internet na madrugada desta segunda-feira, o presidenciável José Serra enfrentou um questionamento que deixa seu humor mais avinagrado do que de costume. Uma possível eleitora, identificada em seu microblog como Fada Carmin, que mora no Guarujá (SP), fez um pedido ao ex-governador paulista:
“José Serra, não aguento mais ouvir dizer que você não é formado! Por favor, passe dados de sua formação para eu poder rebater! Obrigada!”.
Em sua defesa, Serra respondeu à eleitora: “O Guido Mantega escreveu sobre a minha formação acadêmica no livro Conversas com Economistas Brasileiros”
Na página em que se encontra o documento, editada em 12 de março de 1999, há uma entrevista do tucano ao hoje ministro da Fazenda, extraído de um livro da Editora 34, editado em1999: Conversas com Economistas Brasileiros II, de autoria do ministro Mantega em parceria com o economista José Marcio Rego. Além da entrevista, há também um resumo do curriculo do presidenciável, o qual informa que Serra “entrou para o curso de engenharia na Escola Politécnica da USP, onde começou sua militância política no movimento estudantil”.
Em seguida, cita-o como um dos fundadores da Ação Popular (AP), ex-presidente da UNE em 1964 e explica que ele estava com 21 anos quando teve de deixar o país, “perseguido pelos militares”. Ato seguinte, conta que ele “começou um longo período de exílio pela América Latina e Estados Unidos, onde Serra completaria sua formação”, mas omite o nome da faculdade e o ano em que teria, realmente, concluído o bacharelado em Economia. Ele teria uma passagem pela Escolatina, no Chile, acrescenta o curriculo.
“A essa altura, Serra já se distanciara da engenharia e trilhava os caminhos da economia”, acrescenta, para adiante informar que ele também teria feito um mestrado naquele país, de onde seguiu para os EUA, onde teria ido fazer um doutorado na universidade de Cornell.
“Em 1976 já era membro-visitante do Institute of Advanced Study em Princenton, onde ficou dois anos (…)”, diz o livro de Mantega.
correio do Brasil
Rizzolo: Bem, entendo que numa democracia as coisas devem estar claras, nome da Universidade, a data, e a inscrição. Serra deve sim, provar através de um diploma e de uma inscrição em órgão competente se é ou não é economista, pois assim como candidato à presidente da república se auto denomina economista. Se isso ocorresse nos EUA já seria um escândalo, acho uma questão primordial dizer e provar. Não é possível legitimar uma formação através de uma opinião de terceiro, acho isso preocupante do ponto de vista político.
Uma nova pesquisa Ibope encomendada pelo jornal Diário do Comércio aponta variação positiva de dois pontos porcentuais à favor do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, em relação à sua principal adversária, a petista Dilma Rousseff. O levantamento, feito entre os dias 13 e 18 de abril, mostra o tucano com 36% das intenções de voto, sete à frente da petista, que seria a escolhida por 29% do eleitorado. No ultimo levantamento, a diferença era de 5 pontos.
Em terceiro lugar estão empatados o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e a senadora Marina Silva (PV-AC), com 8% das intenções de voto cada um. A porcentagem de votos em branco e nulos somou 10% e os que disseram não saber em quem votarão atingiram 9%.
Na simulação de um eventual segundo turno entre os pré-candidatos do PSDB e do PT, Serra lidera com 46% e Dilma tem 37%. A maior rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro, com 48%, seguido de Marina, com 43%, Dilma, com 34%, e Serra, com 32%.
O último levantamento Ibope, divulgado em 17 de março e encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrava o tucano com 35% das intenções, seguido pela pré-candidata do PT, com 30%. Ciro registrou 11% e Marina teve 6%. Naquela sondagem, o porcentual de votos em branco e nulos alcançou 10% e dos que disseram não saber em quem votar ou não quiseram responder somou 8%. De acordo com o “Diário do Comércio”, os levantamentos encomendados pela CNI e pela ACSP usam a mesma base de apuração e, logo, podem ser comparados entre si.
No cenário sem Ciro, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aponta Serra com 40%, Dilma com 32%, Marina com 9%, branco e nulos 11% e não sabem ou não opinaram, 9%.
Continuidade
A pesquisa Ibope/Diário do Comércio mostra também crescimento na popularidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 76% dos entrevistados, a gestão de Lula é ótima ou boa; para 18%, é regular, e 5% afirmaram ser ruim ou péssima. Na última edição do levantamento, 75% dos entrevistados avaliavam a gestão do presidente como ótima ou boa.
A mostra indagou ainda o que os eleitores gostariam que o próximo presidente fizesse. Do total de entrevistados, 35% querem a total continuidade da atual administração, 30% desejam pequenas mudanças com continuidade, 24% querem a manutenção de apenas alguns programas com muitas mudanças e 9% desejam a mudança total do governo do País.
Para 75% dos entrevistados, Lula é confiável, enquanto 21% disseram não confiar nele. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira, 21, pela página do jornal “Diário do Comércio” na internet, e que será publicada nesta quinta, 22, pela edição impressa, foi realizada com 2.002 eleitores em 141 municípios de todo o Brasil.
A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Esta pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o protocolo 9070/2010.
Com informações de Gustavo Uribe, da Agência Estado
Rizzolo: Com efeito, a pesquisa mostra uma realidade do momento. Serra está politicamente exposto há décadas, e Dilma há meses. Se levarmos em consideração a diferença, podemos imaginar o potencial de Dilma Rousseff na plenitude da campanha. Saber analisar com vista ao aspectos técnicos é o mais importante, paixões eleitorais de nada servem, devemos ser frios, apontar os erros e avançar sem polêmicas. Falta muito ainda para levarmos a sério pesquisas, no momento apenas a observação.
Uma nova pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República da Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes e divulgada na noite deste sábado, 3, mostrou que José Serra, pré-candidato do PSDB, lidera a corrida com 34% das intenções de voto. Dilma Rousseff, do PT, aparece com 31%, seguida de Ciro Gomes (10%) e Marina Silva (5%).
A pesquisa, divulgada na noite deste sábado, 3, pelo Jornal da Band, avaliou ainda um cenário sem Ciro na disputa. Nesse caso, Serra fica com 38% e Dilma, com 33%. Na pesquisa anterior do Vox Populi, feita em janeiro, Serra aparecia com os mesmos 34% no cenário que também incluía Ciro Gomes. Já a pré-candidata do PT tinha 27% das preferências.
Entretanto, os questionários dos dois levantamentos não são idênticos. Na pesquisa mais recente, antes de apresentar aos entrevistados os cartões com os nomes dos candidatos e perguntar em quem pretendem votar, o instituto fez perguntas relativas ao grau de conhecimento sobre os concorrentes. Também foram feitas perguntas sobre os cargos que os candidatos já exerceram.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos. Votos nulos e brancos somam 7%, enquanto 13% não souberam ou não quiseram responder.
agencia estado
Rizzolo: O mais interessante, não é a pesquisa em si, mas o o boicote de todos os portais da grande mídia a pesquisa do Vox Populi. Aonde a grande mídia quer chegar ? Não é possível que os maiores meios de comunicação sabotem uma pesquisa só porque o candidato por eles patrocinado diminuiu seu desempenho. A pesquisa do Vox Populi mostra um resultado bem diferente da última pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo no último dia 27. Nela, Serra aparece nove pontos à frente de Dilma, com 36% contra 27% de Dilma.
Nos anos 70, a imprensa conservadora insistia no argumento de que o regime militar era ideologicamente de viés estatizante. Ainda lembro quando, certa vez, comprei um Jornal da Tarde cujo título afirmava em tom de crítica que o Brasil era praticamente um país socialista em função do grande número de estatais. Com efeito, já havia na época, por parte dos meios de comunicação e do pensamento liberal, sinais de que algo precisava ser feito para promover uma guinada privatista.
Na verdade, o Estado como indutor do desenvolvimento compunha o pensamento do regime da época e era bem-visto por grande parte da população, até porque foi matéria-prima do “milagre brasileiro”. Portanto, a grande discussão em si entre a esquerda e a direita era, naquele momento, a volta do regime democrático e a serviço de quem o Estado se prestava na época. Com a redemocratização do país, os governos Collor, Itamar e FHC promoveram a construção de um novo consenso contra o viés estatal e a favor do mercado e da privatização. Assim, no decorrer dos anos 90, o consenso nacional foi se tornando conservador, apregoando de forma incisiva uma política baseada no Estado mínimo.
Talvez a grande inovação deste ano eleitoral de 2010 seja nos depararmos com dois candidatos que, em sua origem ideológica, sempre souberam do devido papel do Estado como indutor do desenvolvimento. No amadurecimento de suas ideias, souberam considerar o papel restritivo da participação do Estado, dando lugar, em vários segmentos, à iniciativa privada – ou seja, tanto o eventual candidato José Serra quanto a candidata Dilma Rousseff possuem história de militância na esquerda, mas com visão atual e de vanguarda na real dimensão do papel do Estado no cenário econômico.
Com base nisso, poderemos observar discursos semelhantes entre os candidatos e propostas afirmativas de cunho social, da participação de um Estado mais forte, que visam à continuidade do governo do atual presidente – políticas que emprestaram imensa popularidade a Lula. Talvez agora ambos candidatos, num revisionismo ponderado das vertentes socialistas de outrora, possam considerar de forma sensata os caminhos reais da inclusão social e do verdadeiro papel de um Estado saudável.
Fernando Rizzolo
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 27, mostra o pré-candidato do PSDB à presidência, o governador de São Paulo, José Serra, nove pontos à frente da pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff. Segundo o levantamento, realizado nos dias 25 e 26 de março, o tucano tem 36% das intenções de voto, enquanto a petista aparece com 27%. Há um mês, eles tinham 32% e 28%, respectivamente, no mesmo cenário.
O deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, ficou com 11%, de 12% na pesquisa de fevereiro, e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC) permaneceu estacionada com 8%. Dos 4.158 brasileiros com mais de 16 anos entrevistados, 7% disseram que vão votar branco, nulo ou estão indecisos e 11% não souberam responder.
No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano também venceria por uma diferença de nove pontos. Serra aparece com 48%, contra 39% de Dilma. Em fevereiro, os porcentuais eram de 45% e 41%, respectivamente.
De acordo com o Datafolha, o pré-candidato Ciro Gomes registrou o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis neste mês, com 26%, seguido por Serra, com 25%. Dilma aparece na sequência, com 23%, e Marina Silva tem 22%. Em fevereiro, Serra liderava as rejeições, com 26%, enquanto Dilma e Ciro tinham 23% e 21%, respectivamente. A pré-candidata do PV tinha 19% de rejeição no mês passado.
O levantamento tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa Datafolha foi registrada sob o número 6617/2010.
agencia estado
Rizzolo: Bem ainda é muito cedo para avaliações, contudo apenas uma observção, o Instituto do Datafolha, é uma empresa integrante do Grupo Folha de São Paulo, jornal que faz campanha abertamente para o tucano José Serra. Agora vamos aguardar o início da campanha e realmente reavaliar o desempenho dos candidatos. Temos que avaliar todas as pesquisas mesmo as mais suspeitas.
O governo de José Serra deu novas provas nesta quarta-feira (24) do jeito tucano de governar e se relacionar com os movimentos sociais. A Polícia Militar prendeu três professores da rede estadual de ensino que integravam um grupo de algumas dezenas de docentes que protestavam contra a administração tucana durante inauguração do Centro de Atenção à Saúde Mental, em Franco da Rocha (SP). Também usou cassetetes e gás de pimenta contra os manifestantes. Além disto, os tucanos determinaram silêncio e censura nas escolas sobre a paralisação.
O centro foi inaugurado pelo governador. Cerca de 40 soldados da PM e integrantes da Força Tática foram mobilizados para a repressão, de acordo com o comandante do 26º Batalhão da PM, José Carlos de Campos Júnior.
Repressão
A confusão começou quando os policiais tentaram impedir o protesto. Os professores resistiram e a polícia não pensou duas vezes: usou cassetetes e gás de pimenta para dispersar os manifestantes.
Enquanto o incidente se desenrolava, Serra discursava em palanque montado no Hospital Psiquiátrico do Juqueri, tradicional unidade clínica de Franco da Rocha. Ao final do discurso, o tucano fez comentários sobre as obras, mas não quis falar sobre a repressão. Os três manifestantes presos foram levados à delegacia de Franco da Rocha e a política pretende indiciá-los por desacato à autoridade e perturbação da ordem.
Intransigência
Maria Isabel, presidente da Apeoespe, explicou que o Sindicato está orientando os professores a realizarem manifestações durante eventos com a presença do governador para forçar a negociação.
A categoria está em greve desde o Dia Internacional da Mulher (8 de março) reivindicando um reajuste salarial de 34,3%, concurso público e outras medidas. Mas o governo não quer conversa e procura desqualificar o movimento, tachando-o de “político eleitoral” e sustentando que apenas 1% dos professores aderiu à paralisação, informação rechaçada pelos dirigentes da Apeoespe, que estimam em 55% o percentual de trabalhadores que decidiram cruzar os braços.
Desrespeito
Serra chegou a classificar a greve de “trololó”, dando a entender que a mobilização é irrelevante para o governo e a sociedade. “É um total desrespeito aos professores”, afirmou Isabel. “A categoria tem grandes responsabilidades sociais e não é devidamente retribuída”, sublinhou. Um professor ganha apenas 764 reais por 30 horas de aula, segundo ela.
“Estamos vendo o governador inaugurar obras e para isto não falta dinheiro, mas a educação, que é uma obra fundamental para a sociedade, tem sido tratada com desprezo”, ponderou. Os professores estão indignados e a adesão ao movimento é crescente. A Apeoesp pretende reunir 100 mil trabalhadores e trabalhadoras na próxima assembleia da categoria, convocada para a tarde de sexta-feira (26) diante do Palácio Bandeirantes.
Com o envolvimento das bases e o apoio da sociedade (especialmente de pais e alunos), a Apeoesp pretende sensibilizar os deputados estaduais e abrir canais para o diálogo e a negociação, segundo a presidente da entidade. Isabel destacou que as reivindicações não se limitam ao reajuste dos salários, “queremos rediscutir a avaliação por mérito, que deixa 80% da categoria sem nenhum reajuste e concurso público, entre outras medidas para melhorar a qualidade da educação em nosso Estado”.
Censura
O tucano José Serra também determinou a censura e o completo silêncio nas escolas sobre a greve. Pelo menos 77 escolas estaduais da zona leste de São Paulo foram orientadas a não dar informações para a imprensa sobre a greve dos professores, de acordo com informações publicadas pelo jornal “O Estado de São Paulo”.
A iniciativa partiu da Diretoria de Ensino da Região Leste 3, em comunicado enviado por e-mail aos diretores das escolas no início do mês. A região leste 3 compreende os distritos de Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, José Bonifácio, Lajeado e São Rafael.
No texto, a diretoria afirma que, por causa da paralisação, que teve início no dia 8, “A imprensa está entrando em contato diretamente com as escolas solicitando dados e entrevista.” E pede: “Solicitamos ao diretor de escola para não atender a esta solicitação.” O comunicado ainda orienta como proceder em relação ao envio de informações sobre a greve para o governo, detalhando dias e turnos em que os professores estiveram ausentes.
Cortina de fumaça
Para a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), a medida “fere a liberdade de expressão”. A palavra apropriada para a orientação é “censura”. O governador paulista pretende mascarar a realidade com a cortina de fumaça das informações manipuladas pela Secretaria de Educação, que insiste na afirmação de que apenas 1% dos professores participa da paralisação, “mais uma inverdade”, na opinião dos sindicalistas.
A intransigência do governador tucano lembra a conduta elitista e autoritária do governo FHC diante do movimento sindical. O primeiro mandato do tucano foi marcado pela repressão e desmantelamento das entidades sindicais dos petroleiros. O modo com que Serra trata os professores, que constituem uma das categorias mais injustiçadas e depreciadas em nosso país (daí a péssima qualidade da educação no Brasil), é um sinal do que seria um eventual retorno dos tucanos ao Palácio do Planalto.
Veja as principais reivindicações da categoria:
• Reajuste imediato de 34,3%
• Incorporação de todas as gratificações e extensão aos aposentados sem parcelamento
• Contra o provão das ACTs
• Contra o PLS 403 (Senado Federal)
• Pela revogação das leis 1093, 1041 e 1097
• Concurso público de caráter classificatório
site: vermelho
Rizzolo: As atitudes do governador Serra são deploráveis, falta espírito democrático, respeito, e acima de tudo a capacidade de ouvir à parte contrária em suas demandas. Não podemos conceber nos dias de hoje prisões de manifestantes, além disso afirmar que o direito de greve é um “trololó” denota a ideologia autoritária que permeia o PSDB. A greve dos professores é legítima, e deveria ser recebida com respeito assim como atendida nas sua plenitude. Pretender anular um movimento dizendo que ele não existe é negar a democracia. Talvez isso explique a saída do Chalida do PSDB para o PSB. Uma vergonha.
Há uma curva descendente no caminho do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o governador José Serra, enquanto é crescente a curva similar em relação à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o nome do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a sucessão presidencial deste ano. O mapeamento é do cientista político Marcus Figueiredo, coordenador do laboratório de pesquisas eleitorais do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj).
“Serra sofreu uma variação positiva até o início de 2009. A partir daí, há uma tendência constante de queda”, afirma em entrevista ao iG. Assim, Figueiredo prevê que, em um ou dois meses, caso não haja uma inversão das duas tendências, a ministra Dilma Rousseff deve ultrapassar o governador José Serra na média das pesquisas eleitorais. Segundo Figueiredo, o governador paulista precisará sair da “encolha” e explicitar que é candidato à sucessão de Lula “o mais rapidamente possível”. Mesmo que faça isso logo depois do carnaval, o cientista político acredita que as pesquisas de março continuarão mostrando a ascensão da ministra da Casa Civil.
A projeção põe mais lenha na acalorada disputa entre petistas e tucanos, esquentada com o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicado no domingo no jornal O Estado de S.Paulo.
Figueiredo fez um levantamento sobre as curvas eleitorais de Serra e Dilma entre fevereiro de 2008 e janeiro de 2010. Especialista em pesquisas eleitorais, ele usou uma metodologia chamada Poll of Polls (Pesquisa das Pesquisas). Trata-se da união de dados das pesquisas de vários institutos.
O gráfico mostra crescimento exponencial de Dilma. A queda de Serra é lenta, porém contínua. Na média, Serra sai de um patamar de 38,2% em fevereiro de 2008, atinge a marca dos 43% no início de 2009 e começa a cair, com variações episódicas, até descer ao patamar de 33% no início deste ano. A ministra começou com 4,5% em fevereiro de 2008 e, na média, cresce sistematicamente até uma média de 27,8% em janeiro de 2010. A última pesquisa, do Instituto Sensus, mostra os dois candidatos tecnicamente empatados. Na média de dezembro, porém, a pré-candidata do PT aparecia em torno de 19%.
site do pc do b
Rizzolo: Bem ainda é cedo para previsãoes, agora Serra precisa sair da “encolha” o mais rápido possível sob pena de sofrer danos em sua candidatura, sua imagem e seu desempenho eleitoral. Vamos acompanhar.
A cantora Madonna conversou por quase uma hora na tarde desta quarta-feira (10) com o governador José Serra (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Ela entrou acompanhada de seguranças e foi recebida no hall principal do palácio pela chefe do cerimonial, Cláudia Matarazzo. Antes de deixar o local, posou para fotos com o governador.
Na reunião, Madonna conversou com Serra sobre a ONG Success for Kids, entidade voltada para crianças carentes da qual participa. O encontro dos dois ocorreu no gabinete do governador.
De acordo com a Polícia Militar, após o encontro Madonna deixou a sede do governo paulista de helicóptero rumo ao Rio de Janeiro.
ONG visitada
Antes da reunião com Serra, a cantora visitou a ONG Meninos do Morumbi. Ela chegou ao local por volta das 15h15 em uma Mercedes preta. Do lado de fora, um grupo de fãs gritava pelo nome de Madonna e Jesus, seu namorado brasileiro. De acordo com o diretor-presidente da ONG Meninos do Morumbi, Flávio Pimenta, 300 crianças receberam a diva pop com uma apresentação musical.
Servidores ‘parados’
A visita de Madonna à sede do governo atraiu servidores que esticaram o horário de almoço ou contaram com a camaradagem do chefe para ficar no local e tentar ver a cantora.
É o caso da servidora Thaís Rodrigues, de 29 anos, que trabalha no setor legislativo. “Estiquei o horário de almoço e pedi que me liberassem até 15h30. Vamos ver se consigo prestigiar a popstar”, disse.
Ao lado dela, câmera digital na mão, o funcionário do setor reprográfico Izac José da Silva, de 21, aguarda ansioso pela cantora. “Gosto dos projetos sociais dela, de como ela dança”, conta.
Carnaval carioca
Madonna deve assistir ao desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro, no camarote oficial, a convite do governador Sérgio Cabral (PMDB). E pode participar também da festa em Salvador, já que o namorado brasileiro da musa, Jesus Luz, foi contratado para tocar como DJ em um camarote na Bahia.
Globo
Rizzolo: Bem, o teor dessa conversa ninguém sabe, na minha opinião alguém deve estar patrocinando essa visita, afinal Madona empresta popularidade, outra possibilidade é Jesus (seu namorado) ser tucano, mas tudo bem Serra é uma boa pessoa, agora seu partido….
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça (9) que as ações dos partidos de oposição ingressadas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra suas viagens para inauguração de obras são um pretexto para a falta de discurso.
“Penso que quando um partido de oposição não tem o que propor e não tem discurso, fica difícil a situação deles, então eles tentam impedir que o outro time jogue. Nossos adversários estão com aquele time mais frágil que tenta parar [o adversário] fazendo falta”, disse Lula em entrevista a rádios em Minas Gerais.
“Eles não têm como competir e tentar dizer que o presidente está viajando. Eles queriam que eu ficasse em Brasília? Tenho que ver as obras, que é o dinheiro do povo”, disse o presidente que hoje cumpre agenda com visitas a várias obras nos municípios mineiros de Teófilo Otoni e Governador Valadares.
Lula ressaltou que está recuperado da crise de hipertensão sofrida há duas semanas e que pretende continuar viajando até o final do seu mandato. O presidente afirmou ainda que não medirá esforços para eleger “sua sucessora”.
“Vou continuar viajando até o dia 31 de dezembro à meia noite. A partir da meia noite começo a desligar os neurônios e pretendo passar para quem de direito e tenho convicção que vou fazer muita força para eleger minha sucessora. Aí sim, estarei tranquilo e não vou dar palpite porque vou deixar o governo com quem sabe jogar”, disse Lula em referência à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dima Rousseff. Durante a entrevista, Lula ainda falou sobre os investimentos que estão sendo feito em saneamento básico. Ele lembrou que a segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) será voltada para obras de drenagem e saneamento. “Querermos mudar o Brasil. É preciso entender que cada centavo que for investido na coleta e no tratamento de esgoto, estamos investindo em saúde, porque é menos doença nas cidades.”
agencia brasil
Rizzolo: Entendo a situação da oposição como sendo um trabalho penoso. Mesmo o governador de São Paulo José Serra, homem que tem um passado político brilhante, combativo, sabe que o PSDB que é o espelho de FHC, e sua gestão voltada ao capital, às privatizações, ao distanciamento do povo, Serra tem pela sua frente o estigma do partido. Certa vez disse algo que foi alvo de comentários raivosos dos tucanos, afirmei que José Serra pelo seu passado está em partido errado, e sinceramente entendo que na calada da noite, sozinho, antes de dormir ele pensa nisso.