Investir na Habitação é investir em dignidade

Um estudo elaborado pela FGV Projetos para o SindusCon SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil paulista), indica que o País precisa de 27,7 mi de moradias até 2020 esse é o número necessário para atender crescimento das famílias e eliminar o déficit habitacional. Com esse número poderíamos zerar o atual déficit habitacional e acabar com cortiços e favelas. Para chegar a esse número, a FGV considerou que, em 2020, o país terá 21,1 milhões de novas famílias -no ano passado, eram 59,1 milhões de famílias.

O cálculo prevê eliminar as 2,431 milhões de moradias habitadas por duas ou mais famílias e as 3,548 milhões de moradias inadequadas, como as favelas -segundo os últimos dados da PNAD (IBGE) de 2006. O estudo também constatou que cerca de 70% a 75% dessas 27,7 milhões de moradias têm de atender as famílias com renda familiar de até dez salários mínimos, já que essa faixa de renda é a mais carente de habitação e é a que mais cresce.

Para tanto precisamos nos voltar a uma forte política de inclusão na área de habitação à população de mais baixa renda. A inclusão habitacional é tão necessária quanto a inclusão a outras áreas como saúde, educação e a alimentação. O setor da construção civil, tem um componente extraordinário de geração de emprego, alem disso, uma política voltada a essa faixa da população voltaria a descentralizar os bairros nas grandes capitais. Recursos do Estado voltados para o financiamento a longo prazo nesse segmento da população de mais baixa renda é essencial nessa fase de crescimento do País.

O Estado como parceiro da iniciativa privada no financiamento dos recursos necessários, deve empreender uma planificação das construções juntamente com o Ministério das Cidades, visando beneficiar áreas situadas em cidades ao redor das capitais num raio de 20 a 30 Km, até por que, os terrenos são de menor custo e o acesso à Capital é extremamente fácil, alem disso, trará desenvolvimento para pequenas cidades vizinhas que margeiam as Capitais dos Estados. É hora de investir na habitação gerando dignidade ao povo brasileiro.

Fernando Rizzolo