Forças Armadas fazem manobras na região da mega província petrolífera

O Ministério da Defesa realizará entre os dias 12 e 16 de setembro um mega exercício naval no litoral dos estados do Rio, Espírito Santo e São Paulo. A operação, batizada de “Operação Atlântico”, vai contar com 9 mil militares, 20 navios, 40 aeronaves e 250 outros veículos. A Marinha terá apoio do Exército e da Força Aérea. Eles estarão de prontidão contra “presenças indesejáveis”, como definem os militares.

A manobra será realizada na região das recentes descobertas petrolíferas do pré-sal. Um dos principais objetivos, segundo um dos oficiais que coordena a operação, é mandar um claro sinal ao mundo de que o Brasil está pronto para se defender. Além dos exercícios na água, os militares vão treinar a defesa de toda a infra-estrutura terrestre associada à indústria petrolífera, do Espírito Santo a São Paulo, incluindo gasodutos, oleodutos, refinarias, portos e terminais.

Durante a operação, a Marinha espera reforçar a importância da defesa das riquezas brasileiras e mostrar que o país precisa de mais navios-patrulha e helicópteros para cumprir bem a sua missão, assim como do submarino nuclear – “um enorme fator de dissuasão favorável à Marinha e favorável ao país”, afirma o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto. O comandante quer dobrar de 18 para 36 o número de navios-patrulha.

O custo da “Operação Atlântico” será de R$ 20 milhões, mas, para o almirante Edlander Santos, subchefe de operações do Comando de Operações Navais da Marinha, força que comandará o exercício, “isso não é uma despesa, isso é um investimento”. “É como se fosse um seguro”, afirmou o militar.

Segundo o almirante Edlander, serão feitas diversas simulações durante a manobra. “Nós teremos ataques a pontos centrais da infra-estrutura logística localizados na área de Macaé (RJ) e de São Sebastião (SP). Teremos a defesa das três bacias petrolíferas”, disse. “Isso é um grande exercício envolvendo as outras forças, não só no mar, mas também gasodutos, oleodutos, pontos estratégicos”, informou o oficial, acrescentando que “a operação servirá para que seja feita uma avaliação das necessidades das Forças Armadas para proteger a infra-estrutura petrolífera do país”.
Hora do Povo

Rizzolo: As Forças Armadas do Brasil precisam urgentemente de investimento maciço no sentido de se reaparelhar. Quem acompanha este Blog desde seu início, sabe que sempre me debati sobre essa questão, a do reaparelhamentos das Forças Armadas, na construção do nosso submarino nuclear, em novos aviões de caça, enfim tudo o que o imenso território brasileiro necessita para que , como diz o texto, ” presenças indesejáveis” encontrem a devida resistência.

Agora vale a pena ressaltar, que tais presenças indesejáveis, perigosas, e traiçoeiras não são os EUA, ou a Quarta Frota, como a esquerda de Ipanema sonha e insiste em fazermos acreditar, muito pelo contrário, os EUA participam em conjunto com as nossas Forças Armadas em exercícios de rotina. As tais presenças indesejáveis, todos sabem quem são e da onde poderiam surgir.

O almirante Júlio Soares de Moura Neto, é um patriota e sabe da importância que significa a construção do nosso submarino nuclear, e este Blog, em muitas oportunidades, discorreu sobre esta imperiosa e urgente necessidade de investirmos de forma pesada nas Forças Armadas, face à nossa extensão territorial e as nossas riquezas. Parabéns a Marinha do Brasil.

Comandante diz que pré-sal só reforça a necessidade de fortalecimento da Marinha

“Tenho defendido a importância de a Marinha ter seus navios e estar equipada para tomar conta das nossas águas jurisdicionais que têm petróleo, gás, muita pesca, uma quantidade enorme de interesses, além do tráfico marítimo. Essas descobertas na camada pré-sal só reforçam a necessidade de a Marinha ter navios em número suficiente para se fazer presente”, declarou o Comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, ao destacar a importância dos submarinos.

“A prioridade nº 1 são os submarinos; a segunda, a construção de navios-patrulha para podermos estar junto às plataformas de petróleo, cumprindo a missão constitucional da Marinha. Precisamos continuar a construção dos submarinos convencionais e chegar à do submarino de propulsão nuclear. São armas de grande persuasão e o poder naval necessita delas”, afirmou o Comandante. “Vamos abrir um processo licitatório para a construção de quatro navios-patrulha de 500 toneladas”, anunciou.

Os R$ 130 milhões para o programa nuclear, prometidos pelo presidente Lula, estão inseridos no orçamento da Marinha, que é de R$ 1,976 bilhão, este ano. “Houve um contingenciamento de R$ 400 milhões e temos muitas esperanças de que tudo será liberado a curto prazo. Mas estamos querendo ainda uma verba extra-orçamentária de R$ 330 milhões para outras necessidades da Força. Queremos ter de volta o que estava previsto na lei orçamentária, R$ 2,177 bilhões, e foi retirado por causa da perda da CPMF. Com esse total esperamos cumprir exatamente o que planejamos”, explicou o almirante.

Sobre os R$ 3,2 bilhões em royalties do petróleo atrasados a receber, Moura Neto declarou: “são recursos que têm sido contingenciados. Este ano, a previsão de arrecadação é de R$ 1,7 bilhão e, desse total, cerca de R$ 1 bilhão já está no Orçamento. Se uma parte desse dinheiro fosse liberada, dava para construir todos os navios que nós
Hora do Povo

Rizzolo:O Comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, com muita propriedade, pontuou as questões que envolvem a necessidade de um maior investimento na Marinha do Brasil. Não podemos a qualquer título ou pretexto, não atender de pronto os projetos que vem ao encontro à defesa da nossa soberania. O submarino nuclear é um exemplo disso, com maior autonomia poderá atender nossa enorme costa brasileira. Só não enxerga essa urgência no atendimento das demandas da Marinha quem não quer, ou que de uma forma ou de outra, possuem “outros interesses” que de patriotismo pouco têem.

Rússia e o mercado de armamento e tecnologia da América Latina

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A conjuntura econômica e também o desenvolvimento das relações bilaterais permitem à Rússia entrar nos mercados da América Latina. A Rússia, sem intervenção à política interna desses países, oferece serviços e tecnologia de aplicação civil e militar de elevada qualidade, que por alguns parâmetros é melhor do mundo.

Esta tecnologia e equipamento podem resolver nos países latino-americanos as tarefas militares e humanitárias. Por exemplo, se podem citar os caminhões da marca Ural para o Exército uruguaio, e Argentina, que manifesta interesse pela compra das estações de radar. Ainda nos tempos soviéticos a América Latina fazia demanda pelos helicópteros russos da empresa Mikoian: Mi-17, Mi-26, e Mi-35, que segundo os especialistas, são exclusivamente confiáveis e efetivos nas condições de clima e relevo latino-americanos.

Não é por acaso que a ONU com freqüência tem alugado os helicópteros russos para realizar missões humanitárias em várias regiões do mundo. Já foi fornecidos o número notável dos helicópteros russos a Colômbia, México, Peru e Venezuela, ademais de eles preferirem as possibilidades de uma cooperação com Chile. Também os militares argentinos expressam o interesse pelos helicópteros russos.

Outro cliente potencial do mercado de produtos de alta tecnologia russa pode ser a Bolívia com necessidade de equipar suas Forças armadas à conseqüência do cambio do Governo e novas prioridades no âmbito da segurança nacional. Mas as melhores perspectivas de cooperação são com Venezuela. Após os EUA suspenderem os fornecimentos de armas a esse país com o pretexto de ter relações “extremamente próximas” com Cuba e Irã, a Venezuela tem demandado o armamento na Rússia.

O período da vida útil da maioria dos aviões e helicópteros em serviço militar na Venezuela está esgotando. Venezuela já firmou com a Rússia contratos sobre o fornecimento de 24 caças Su-30 e cerca de 50 helicópteros de diferentes modelos. Também a Agência Federal Exportadora de Armas, Rosoboronexport, entregará à Venezuela um centro de treinamento para pilotos que será maior da América Latina. O equipamento desse centro permitirá preparar pilotos de helicópteros Mi-17, Mi-26, e Mi-35 que já estão em serviço ativo na Força Aérea da Venezuela. (em Júlio de 2006 a Venezuela chegaram quatro helicópteros Mi-35).

Nos inícios de 2007 supõe-se que Venezuela compre para seus Marinhos nove submarinos para controlar a zona de suas águas territoriais. Atualmente país só conta com dois submarinos construídos na Alemanha nos anos 70, ambos submergíveis, encontrados em processo de modernização, o que permitirá prolongar seu prazo da vida até 2020. A decisão de firmar os contratos para a adquirir de novos submarinos para a Venezuela em 2007 e entre fornecedores potenciais figuram Alemanha, Espanha e Rússia.

Rússia tem mais possibilidades porque Washington impôs um embargo de venda de armas à Venezuela. Essa proibição, que também afetou os países, que tinham fabricado o armamento com tecnologias, equipamento e peças norte-americanas, resultou na negativa da cooperação técnico-militar entre Espanha e Venezuela. , obrigando romper o contrato sobre a compra de aviões brasileiros Super Tucano para a Força aérea venezuelana. Além da Rússia entre os fornecedores potenciais de helicópteros da última geração figura a Índia. .

Discute-se a possibilidade de compra dos helicópteros ALH Dhruv (Advanced Light Helicopter). Os helicópteros da classe ligeira índios podem ser muito úteis para Venezuela nos trabalhos de manutenção de objetos de sua indústria petrolífera, o controle das zonas de fronteiras e outras tarefas.

Há um mês foi firmado um acordo governamental entre Peru e Rússia sobre a cooperação técnica-militar. Atualmente as Forças Armadas do Peru contam com uma quantidade considerável de equipamento e armamento da produção soviética adquirida na década 70 do século anterior. Nos últimos anos a falta de financiamento agravou os problemas relacionados e particularmente no sector da tecnologia da aviação.

Este sector inclui pelo menos 70 helicópteros de modelos Mi-8, Mi-17 e Mi-25, aviões de transporte An-26, e An-32 e dezenas de caças MiG-29, Su-22 e Su-25.

A pesar de certos limites, Rússia já tem acesso ao novo mercado de armas dos países da América Latina.

Moscou poderia de forma mais ativa desenvolver também a cooperação para a investigação do espaço, elaborando os programas conjuntos para utilizar o Sistema Glonass e de essa forma competir com os EUA.

Pravda.Ru

Tatiana Rusakova. Tradução Lyuba Lulko.

Rizzolo:Entre os países que mais compram armas da Rússia, via a Agência Federal Exportadora de Armas, Rosoboronexport, é a Venezuela. A pouco uma Comissão Venezuelana integrada pelos contra almirantes Sanz Ferrer e outros foram visitar a empresa estatal russa Rosoboronexpot, sendo recebidos pelo Diretor Geral da empresa Ribin, a Venezuela esta adquirindo o submarino da Classe “Kilo” 636, um desenho especial para as águas da América Latina.

Precisamos desenvolver nossa indústria bélica que foi sucateada por interesses que todos nós sabemos. A Venezuela em acordo com a Rosobronexport também fabricará sob licença russa o fuzil AK103, na Divisão Metalmecânica de Cavim (Companhia Anônima de Industrias Militares) empresa bélica Venezuelana findada há 32 anos.

O Brasil tem tudo para ter um grande parque industrial bélico, vamos crescer, vamos reconstruir o que nos forçaram a destruir. Temos tudo para isso, tecnologia, empresários empreendedores, o que falta é vontade política, e patriotismo.

Quanto à tecnologia militar desenvolvida no Brasil, por exemplo, na questão em pauta dos submarinos, do ponto de vista tecnológico, se por hora o ideal é o convencional, ou se, o ideal seria que os investimentos maiores fossem drenados para a construção do submarino nuclear, é uma questão técnica e dialética. O que precisamos de uma vez por todas nesse país, e isso eu fico muito à vontade pra falar, até porque não sou militar, é termos umas visões concretas, determinadas, e eficaz de investimento no nosso Parque Indústria Bélica.

Não há como conceber um país com uma extensão territorial como a nossa, onde ainda de forma submissa, ficamos escolhendo submarinos “de acordo com o nosso bolso”; não podemos aceitar, como disse o Almirante Roberto Carvalho, na sua justificativa, “que o Almirantado, então presidido pelo Almirante Serpa, ao decidir pela diminuição dos recursos destinados ao Programa Nuclear da Marinha, o fez motivado pela redução do orçamento da Força, pelo decrescente aporte de recursos da antiga Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), parceira no projeto, e por problemas de gestão na condução do Programa. Aliás, diz ele, na oportunidade, por determinação do próprio Almirante Serpa, foi criada uma Comissão de Almirantes e Oficiais capacitados, com a tarefa de proceder a um criterioso redimensionamento do referido Programa, adequando-o à realidade e às normas orçamentárias da Marinha”.

Ora, nossa defesa, nossas Forças Armadas não podem ficar sucateadas enquanto Bancos internacionais e nacionais se lavam em lucros, onde multinacionais em vultuosas remessas de lucros e dividendos nem sequer pagam Imposto de Renda, à Nação brasileira, onde tudo é programado para economizar, e se fazer superávit primário visando interesses externos. Agora em relação a orçamento militar tão importante como qualquer projeto social, temos sim que nos limitarmos “de acordo com o nosso bolso”, deixando a defesa nacional relegada a terceiro plano. A esquerda moderna, a intelectualidade militar dos dias de hoje entendem o que a soberania nacional envolve tudo, desde a mídia até a compra do fuzil.

Almirante Bezerril, presidente do Centro Tecnológico da Marinha:

“O país precisa de todo o tipo de energia e a nuclear é limpa e economicamente viável”

O almirante Carlos Passos Bezerril, diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), defendeu a matriz nuclear para geração de energia elétrica. “Sem dúvida o país vai precisar de todo tipo de energia que estiver a seu alcance”, afirmou o almirante, lembrando que o Brasil “tem um potencial hidrelétrico formidável, deve explorá-lo ao extremo. Mas, por segurança e flexibilidade do sistema, outros tipos de fontes energéticas devem entrar em cena. O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo (309,3 mil toneladas) tendo prospectado apenas 25% do território. A energia nuclear é limpa e economicamente viável”.

ULTRACENTRÍFUGAS

Com a construção da usina Angra 3, além de projetos do governo para a construção de mais centrais nucleares em outras regiões do país – contribuindo com a oferta de energia para garantir o desenvolvimento nacional –, o Brasil se prepara para colocar em funcionamento uma nova geração de ultracentrífugas, também desenvolvidas com tecnologia nacional, para o enriquecimento de urânio na fábrica da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ).

“As máquinas atualmente em uso (da geração A), que a INB usa na unidade de produção de Resende, apresentam desempenho 50 vezes superior às versões iniciais. As máquinas da geração B, em fase de testes, são 40% mais eficientes que a linha A com entrada em operação em 2008. Outra geração, a C, encontra-se na etapa inicial de ensaios de homologação e tem rendimento estimado 40% maior que a do tipo B. A validação dessas máquinas pode demorar até 5 anos”, declarou o almirante Bezerril ressaltando: “Isso representa um salto de qualidade e produtividade no sistema”.

O Centro Tecnológico da Marinha é o responsável pelo desenvolvimento dos equipamentos do programa nuclear brasileiro, como os sistemas compactos de propulsão nuclear para submarinos. A construção do submarino com propulsor nuclear foi incluído no plano de reaparelhamento da Marinha.

Segundo o diretor do CTMSP, a falta de verbas impediu a conclusão do reator PWR (de água pressurizada), instalado no Centro Experimental de Aramar (CEA), no município de Iperó (SP). Para a sua conclusão, falta construir o Laboratório de Geração Nucleoelétrica, o LabGene, cujas fundações estão prontas em Aramar. Com a possibilidade de ser expandido, esse tipo de reator servirá para a produção de eletricidade a partir de usinas regionais.

“Há anos o Programa Nuclear da Marinha encontra-se em estado vegetativo, recebendo fundos suficientes só para o pagamento do pessoal e custeio. Seria necessário à execução do programa uma dotação de R$ 1,040 bilhão até 2015”, afirmou o almirante Bezerril, ressaltando que “falta pouco” para o país dominar todas as etapas do processamento do urânio. “Falta pouco. Falta só a conversão do yellow cake em gás (hexafluoreto). Há uma unidade especializada, semi-industrial, em implantação no CEA, em Iperó. Mais uma vez, depende de haver recursos”.

Com estudos de prospecção realizados em apenas 25% do território nacional, o Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo, com possibilidade de suprir as necessidades internas e, no futuro, disponibilizar o excedente para o mercado externo.

Hora do Povo.

Rizzolo: O almirante Carlos Passos Bezerril, diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), tem toda a razão quando diz “O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo (309,3 mil toneladas) tendo prospectado apenas 25% do território. A energia nuclear é limpa e economicamente viável”, não há dúvida que o otencial hidreletrico no Brasil é grande, contudo a energia nuclear , do ponto de vista de produtividade de energia, é melhor alem de ser uma energia limpa,; ademais, é evidente que o Brasil possuindo a sexta maior reserva de urânio não pode deixar de pensar em outra coisa a não ser energia nuclear.

É uma vergonha, o Programa Nuclear da Marinha encontrar-se em estado vegetativo, recebendo fundos suficientes só para o pagamento do pessoal e custeio. Quanto aos ambientalistas e outros que querem emperrar o desenvolvimento, devem ser neutralizados do ponto de vista técnico e principalmente patriótico, que é o que falta para eles.

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