Fernando Rizzolo 3318 candidato a Deputado Federal por SP. Divulgue este vídeo e ajude o Rizzolo a chegar lá !!
*Por Tzvi Freeman
Pergunta:
Ouvimos dizer com freqüência que a Torá e a ciência na verdade não se contradizem. Você poderia dar-me um ou dois exemplos nos quais ambas realmente coincidem?
Resposta:
O exemplo mais notável; Durante milênios, fomos ridicularizados por acreditar que o mundo começou. Somente na segunda metade do Século Vinte surgiu uma prova esmagadora para o nosso lado. Como escreve Dr. Arno Penzias (um dos três a receber o Prêmio Nobel por identificar a “radiação de fundo” que se tornou um dos pilares da atual cosmologia do Big Bang), “a ciência finalmente vingou Moshê e Maimônides acima de Aristóteles.”1
Avraham foi um dissidente por acreditar que todas as forças do cosmos são na verdade uma única força. Esta é a contenção da ciência pelos últimos 100 anos e a força propulsora por trás da pesquisa para a Teoria do Campo Unificado.2
A narrativa da Criação encontrada na Torá e dos eventos que desafiam as leis da Física – e até da lógica – implica que as leis da lógica não são absolutas – i.e., não é impossível que aquelas leis tivessem sido criadas de outra forma, e mesmo agora, o Criador poderia ajustá-las ou superá-las à Sua vontade. Uma alusão a esse tipo de raciocínio abriu caminho para a moderna matemática, derrubando a visão euclidiana de que os axiomas da geometria são “verdades auto-evidentes”, e lançando o alicerce para a relatividade de Einstein. De fato, todas as tentativas posteriores de demonstrar que a matemática está baseada na lógica falharam. Os pensadores atuais questionam a lógica em si3.
A Torá, ao apresentar o conceito da Divina Providência dentro da natureza, exige um universo que é apenas vagamente linear, rejeitando o conceito determinista de que causa e efeito estão inerentemente ligados. Este é um resultado do Princípio da Incerteza, primeiro enunciado por Heisenberg em 19284. No decorrer dos últimos 30 anos, experimentos afirmaram repetidamente este conceito.
A Torá não fala em termos de matéria como uma substância auto-contida, mas como um evento, uma ‘palavra’. Atualmente entendemos a matéria como simplesmente uma dinâmica de energia concentrada, como na conhecida fórmula E=mc2. Ou, na definição do físico David Bohm. “Aquilo que se desdobra, qualquer que seja o meio.”5
A Torá confia em testemunhas e na observação acima da intuição. Hoje chamamos isso de empirismo objetivo. É o que distingue o cientista do filósofo helenista ou medieval.
A Torá reconhece o papel da consciência humana como participante ativo, não passivo, na formação da realidade6. Este resultado do modelo padrão da mecânica quântica foi primeiro anunciado por John von Neumann em 1932.7
A Torá confia firmemente no conceito de sinergia: o todo é maior que a soma de suas partes. Este se tornou um princípio essencial em muitas disciplinas modernas, da sociologia à química.
A Torá, em muitas aplicações haláchicas, confia no “quantum” – os menores incrementos possíveis de mudança dentro do espaço e tempo. Este era o postulado de Max Planck que abriu o campo da Mecânica Quântica.
A Torá descreve toda a humanidade como descendendo de um único homem e – uma única mulher.8 Esta esmagadora evidência genética coincide, embora a data ainda seja de certa forma vaga. Ainda estão tentando resolver.
A Torá entende a psique humana como sendo multifacetada e com diversas camadas – não há apenas uma pessoa lá dentro. Bem-vindo à moderna psicologia.
A Torá descreve o planeta Terra e todo o cosmos em termos holísticos. A ciência hoje está se movendo depressa nesta direção, nas ciências da vida, na física e cosmologia.
A Torá provê inferências a muitos dos costumes, crenças, política, tecnologia, etc., de tempos antigos que os historiadores já recusaram e apenas recentemente os arqueólogos confirmaram.
A Torá apresenta e desenvolve rigorosamente a chazakah: um evento deve ocorrer repetidamente e sob condições idênticas para ser considerado o resultado mais provável no futuro (como no caso do boi que ataca muitas vezes). Esta é a base do método científico.9
A Torá prescreve a educação pública, o envolvimento popular e o governo constitucional. Os sociólogos descrevem como esses elementos geram estabilidade e produtividade numa sociedade.
A Torá prescreve um uso responsável de nosso meio ambiente. Hoje está demonstrado que este tipo de atitude é a única possível para a vida sustentada no planeta.
Muitos desses exemplos podem parecer óbvios, porém nenhum deles foi aceito senão recentemente. Tenho certeza de que há mais – se você lembrar de algum, por favor, pode falar.
Agradeço ao Dr. Moshe Genuth por suas valiosas sugestões e ajuda para este artigo.
fonte: site do Beit Chabad
Tenha um sábado de paz
Fernando Rizzolo
Igreja Universal do Reino de Deus é acusada de ter enviado para o exterior cerca de R$ 5 milhões por mês entre 1995 e 2001 em remessas supostamente ilegais feitas por doleiros da casa de câmbio Diskline, o que faria o total chegar a cerca de R$ 400 milhões. A revelação foi feita por Cristina Marini, sócia da Diskline, que depôs ontem ao Ministério Público Estadual e confirmou o que havia dito à Justiça Federal e à Promotoria da cidade de Nova York.
O criminalista Antônio Pitombo, que defende a igreja e seus dirigentes, nega as acusações.
Cristina e seu sócio, Marcelo Birmarcker, aceitaram colaborar com as investigações nos dois países em troca de benefícios em caso de condenação, a chamada delação premiada. Cristina foi ouvida por três promotores paulistas. Ela já havia prestado o mesmo depoimento a 12 promotores de Nova York liderados por Adam Kaufmann, o mesmo que obteve a decretação da prisão do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), nos Estados Unidos – ele alega inocência.
Os doleiros resolveram colaborar depois que a Justiça americana decidiu investigar a atividade deles nos Estados Unidos com base no pedido de cooperação internacional feito em novembro de 2009 por autoridades brasileiras. Em Nova York, eles são investigados por suspeita de fraude e de desvio de recursos da igreja em território americano.
Seus depoimentos foram considerados excelente pelos investigadores. Ela afirmou aos promotores que começou a enviar dinheiro da Igreja Universal para o exterior em 1991. As operações teriam se intensificado entre 1995 e 2001, quando remetia em média R$ 5 milhões por mês, sempre pelo sistema do chamado dólar-cabo – o dono do dinheiro entrega dinheiro vivo em reais, no Brasil, ao doleiro, que faz o depósito em dólares do valor correspondente em uma conta para o cliente no exterior. Cristina disse que recebia pessoalmente o dinheiro.
Subterrâneo. Na maioria das vezes, os valores eram entregues por caminhões e chegavam em malotes. Houve ainda casos, segundo a testemunha, que ela foi apanhar o dinheiro em subterrâneos de templos no Rio.
Cristina afirmou que mantinha contato direto com Alba Maria da Silva Costa, diretora do Banco de Crédito Metropolitano e integrante da cúpula da igreja, e com uma mulher que, segundo Cristina, seria secretária particular do bispo Edir Macedo, fundador e líder da igreja.
De acordo com a testemunha, ela depositou o dinheiro nos EUA e em Portugal. Uma das contas usadas estaria nominada como “Universal Church”. Além dela, os promotores e procuradores ouviram o depoimento de Birmarcker. Ele confirmou a realização de supostas operações irregulares de câmbio para a igreja, mas não soube informar os valores.
Os doleiros Cristina e Birmarcker estão na relação de investigados no Caso Banestado (inquérito federal sobre evasão de divisas). Em 2004, foram alvo da Operação Farol da Colina – maior ofensiva da história da Polícia Federal contra crimes financeiros no País. Cristina e Birmarcker foram presos na ação e hoje respondem a processo na 2.ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
No Brasil, Macedo e Alba estão entre os diretores do chamado Grupo Universal processados sob as acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro obtido de fiéis por meio de estelionato. Alba representaria no País as empresas Investholding e Cableinvest, ambas sediadas em paraísos fiscais. A acusação sustenta que elas seriam usadas para a lavagem de dinheiro.
Provas. Os promotores brasileiros têm ainda como prova um relatório financeiro feito pelo Ministério Público Federal que relaciona algumas remessas supostamente ilegais feitas pela Diskline para a Cableinvest. A empresa teria movimentado recursos por meio da conta Beacon Hill, no JP Morgan Chase Bank, de Nova York, mantida pelos doleiros.
As provas sobre essas remessas foram encontradas em um CD apreendido na sede da casa de cambio pela PF. Uma tabela descreve remessas que totalizam R$ 7,5 milhões (em valores da época) feitas entre agosto de 1995 e fevereiro de 1996.
Na esfera estadual, as investigações seguem em duas frentes – uma comandada pela Promotoria do Patrimônio Público e Social e outra pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A primeira pode levar ao bloqueio e à perda dos bens dos diretores da igreja no Brasil. A segunda investigação pode levar à condenação criminal dos acusados.
agencia estado
Rizzolo: Bem, esta não é a primeira vez que surgem acusações contra a Igreja Universal, que evidentemente devem ser apuradas com o rigor apropriado. Contudo, ao que parece, existe em determinados segmentos da mídia uma verdadeira cruzada contra as atividades da referida Igreja, e aos evangélicos de uma forma geral, o que leva por certo à conclusão de que sempre há um componente político por trás de todas as acusações. A delação premiada é controversa, e na minha opinião pessoal, extremamente perigosa para a devida instrução criminal, portanto delação premiada, componentes políticos religiosos, conflitos de mídia, tudo pode levar à devida suspeição. Enfim apurar é o papel do Ministério Público.
As luzes da sala ainda estavam apagadas, e, como sempre, fui o primeiro a chegar. Na estante havia uma enorme quantidade de livros, alguns mais novos, outros mais antigos, provavelmente doados à sinagoga por pessoas piedosas. Estar só num espaço religioso, no silêncio do final de tarde, e ter à disposição livros que falam sobre o Antigo Testamento, a Torá, leva-nos a uma análise profunda sobre o que observamos no nosso dia a dia, nos fatos sociais, políticos e pessoais, estabelecendo uma comparação com o que aprendemos e interpretamos dos comentários dos nossos sábios.
Ter a sensação de que o espaço físico sagrado, envolto numa mistura profana que trazemos de fora, na maioria das vezes pelo acúmulo de informação, é capaz de elucidar nossas dúvidas sempre me fascinou e me impeliu a chegar cedo à sinagoga para me debruçar sobre os livros, na busca de respostas às minhas questões de alta indagação social. Contudo, naquela tarde, antes do pôr do sol, algo logo me chamou a atenção: a história de Sara, narrada por um sábio na Idade Média.
Como todos sabem, Sara ficou grávida aos 90 anos e amamentou seu filho sob o olhar indignado de todos na época. Alguns explicam que Deus quis, com isso, demonstrar e contrapor a atitude maternal de Sara – o aspecto do cuidado, do alimento, do amor ao ser humano – com a paternidade de Abraão – mais racional, mais masculino em seu papel.
Essa visão construtiva do ser humano – do alimentar, do sustentar, transpondo as barreiras da idade, na determinação de amamentar não apenas o próprio filho, mas também outros, como prova da capacidade de cuidar – remeteu-me imediatamente a uma nova visão sobre o que significa governar um país. Não há como conduzir uma nação com um braço inspirado apenas na determinação de Abraão, sem contar com o outro, inspirado na doçura, na compreensão, no amor à humanidade, como demonstrado por Sara.
Quando se critica um olhar aos mais humildes, levando em conta somente os aspectos técnicos de uma economia, desprezando a essência do ser humano, é o momento de avaliar o exemplo daqueles que, religiosos ou não, inspiraram ações que elevaram os homens à sua condição social, dando-lhes oportunidade, trabalho, alimento e uma vida digna. Digo religiosos ou não porque existem várias maneiras de manifestar a religiosidade, como, por exemplo, a luta por justiça social.
As respostas às formas de governar com o coração e a razão sempre nos surgem quando há disposição espiritual para encontrá-las. Talvez chegar cedo aos locais religiosos, indignar-se e estar aberto a refletir sobre o que é bom para o Brasil, para o povo pobre e esquecido nos predisponha a alma a olhar nossa nação de maneira mais justa, com mais luz no coração, mesmo que todas as luzes do santo recinto estejam apagadas. Basta procurarmos nas palavras, submergirmos no silêncio da tarde, iluminarmos nossas dúvidas com as antigas luzes dos livros sagrados, como a bela história de Sara.
Fernando Rizzolo
Os cientistas refutam continuamente nossa crença de que o mundo tem menos de seis mil anos de idade. Seus argumentos são apoiados pelos muitos fósseis que têm sido achados e datados de milhões de anos.
Como pode nossa fé conciliar-se com as descobertas científicas?
Em primeiro lugar, seres humanos que usam meios e medidas falíveis podem errar, enquanto a Torá, outorgada por D’us, não desenvolvida pela mente humana, é mais acurada.
Há muitas outras explicações que podemos oferecer para eliminar a aparente contradição entre a Ciência e a Torá.
De acordo com o Talmud, D’us criou um mundo já pronto. As pedras surgiram com características de milhões de anos de idade (o que, no entanto, não significa que o mundo tenha sido criado há milhões de anos). As árvores estavam totalmente crescidas, produzindo frutos, não apenas sementes. Os animais apareceram já desenvolvidos. Da mesma forma, Adam não foi criado como bebê recém-nascido, mas sim um homem adulto.
Além disso, Parashat Nôach que conta a história do Dilúvio, nos fornece uma resposta para entendermos por que há elementos ainda passando pelo processo de transformação, o que cientificamente demoraria milhões de anos para ser completado.
Para entender as conseqüências do Dilúvio que cobriu totalmente a Terra, podemos compará-lo ao funcionamento de uma panela de pressão. Depois de pronto, sob o efeito da pressão, o alimento apresentará um aspecto de algo que foi cozido por mais tempo que o real.
Durante o Dilúvio, o mundo todo ficou sob forte pressão de águas termais por quase um ano. Conforme a Torá nos conta, a chuva, que durou 40 dias ininterruptos, iniciou-se em 17 de Marcheshvan no ano de 1.656 após a Criação. Nos meses seguintes, todas as águas termais jorraram, cobrindo toda a superfície, elevando-se mais de sete metros (15 amot) acima das montanhas mais altas.
Somente depois de seis meses, a água começou a refluir, processo que durou vários meses. Em 27 de Marcheshvan, a terra secou por completo. (O julgamento daquela geração durou um ano completo; os onze dias suplementares constituem a diferença entre o ano solar e lunar.)
Pode-se imaginar a tremenda pressão sofrida pela Terra durante todo esse período?! Assim, após o Dilúvio, todos os elementos subterrâneos apresentaram características de idade extremamente maiores do que as reais.
Resumindo: enquanto os cientistas observam a idade aparente de um fóssil por exemplo, a Torá trata da idade real do mundo que soma (este ano em que é publicado este artigo) 5764 anos.
Fonte: beit Chabad
Tenha um sábado de paz !
Fernando Rizzolo
Chovia muito e a estrada de terra escorregadia fazia o carro deslizar como que se estivesse sobre uma fina manta de gelo. De longe avistei Reinaldo, um rapaz pobre, agricultor, alcoólatra, que com a camisa ensopada pela água da chuva, tentava esquivar-se dos pingos segurando com firmeza sua Bíblia. Ao me aproximar parei e lhe ofereci uma carona. Meio sem jeito, agradeceu com um olhar desarmado e me disse que voltava do culto evangélico. Tinha, enfim, tornado-se “crente” e afirmou isso com certo orgulho, patente no seu gesto determinado e temente a Deus.
Ao chegar em sua casa agradeceu-me e convidou-me para um dia conhecer sua igreja, mesmo sabendo que não sou cristão. Aquele simples trajeto em meio a uma chuva fina, me fez refletir sobre as transformações espirituais que toda religião induz nas pessoas, pois de forma nobre afloram da alma as melhores intenções do ser humano. Reinaldo é um dos 26 milhões de evangélicos do Brasil, segundo censo de 2000, número que que com certeza, nos dias de hoje, deve ter-se elevado consideravelmente.
Não poderíamos deixar de reconhecer que as igrejas evangélicas, independentemente de seus segmentos, contribuem de forma decisiva para a formação da ética, da moral, dos bons costumes, preenchendo uma lacuna e um espaço fértil onde a desesperança, a miséria e a desventura prosperam face à fragilidade sócio-econômica e à falta de oportunidade que ainda persistem no nosso meio, conduzindo os jovens à criminalidade, ao vício e à desintegração familiar.
As várias denúncias elencadas nos últimos anos em relação aos líderes de igrejas evangélicas nos assustam e certamente, cabe ao Judiciário, como já o fez inúmeras vezes, apurar os fatos baseando-se no princípio de isenção religiosa, como é sua marca no Brasil. Contudo, nos parece pertinente uma reflexão sobre o papel da imprensa em relação a essa questão que envolve, de certa forma, essa grande parcela da sociedade brasileira, pois desta feita, quem está sendo julgado são seus líderes religiosos.
Com efeito – e me abstendo da questão criminal em si ajuizada – cabe ao provimento jurisdicional julgar. Maso que se observa é que existe nos meios de comunicação uma insinuação velada de que ser evangélico no Brasil é sinônimo de estar sendo enganado, ao mesmo tempo que, pouco se demonstra ou valoriza, os atos dos fiéis, a mudança em suas vidas, a fé despertada, a vida reconstruída. Tudo mais é enaltecido: os maus atos dos líderes e a improbidade religiosa, o que por consequência, desqualifica o espírito evangélico renovador, coisa que não deveria acontecer. Nos EUA os evangélicos são responsáveis pelas maiores doações a Israel e no Brasil, observa-se que a simpatia dos evangélicos pelo povo judeu faz com que as diferenças religiosas sejam superadas através do entendimento pela paz e da busca quanto à harmonia das idéias.
Não seria justo que o lado bom de qualquer religião fosse ofuscado pela postura dos líderes, mas assim como é necessário denunciar as improbidades, também é dever da imprensa reconhecer e dar espaço às boas coisas, prestigiando aqueles que como Reinaldo, através da religião, tiveram o firme propósito de renascer com a sua fé, de superarem-se através do amor que nutrem por Deus e com orgulho, dirigem um olhar sereno segurando uma Bíblia, quando dizem: “ – Eu mudei, sou evangélico, estou renascendo. Deus te abençoe.”
Fernando Rizzolo
O governo de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (12) mais 42 mortes causadas pela gripe suína no Estado, elevando para 111 o número de pessoas que morreram em decorrência da doença. Segundo nota da Secretaria de Saúde, as mortes ocorreram entre os dias 18 de julho e 10 de agosto e estavam sob investigação do Centro de Vigilância Epidemiológica.
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais também confirmou mais uma morte por gripe suína. Ao todo, quatro pessoas morreram devido ao vírus da influenza A (H1N1) no Estado.
Segundo nota da secretaria mineira, morreu um homem de 34 anos em Ituiutaba no dia 2 de agosto. Outras 17 mortes suspeitas estão em investigação.
No Rio de Janeiro, foram confirmadas hoje mais duas mortes. Um dos pacientes era um homem de 49 anos, morador de Niterói, que tinha doença metabólica e morreu no dia 26 de julho. A outra era uma mulher de 22 anos, que morreu em 5 de agosto.
A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio anunciou também o afastamento temporário das gestantes do serviço público estadual. Já as escolas públicas estaduais voltarão às aulas na próxima segunda-feira (17).
folha online
Rizzolo: E o governo restringindo o Tamiflu a pretexto de não banalizar o medicamento e “causar resistência ao vírus”. Tenho me debatido neste Blog com a incoerência nesta política, infectologistas de renome já denunciaram esta prática que denota a falta de capacidade de gerenciar a pandemia. Em Alagoas já houve problema e a tendência é complicar. Restringir o medicamento para que? Se a população está sofrendo, desesperada nos hospitais. É o PT gerenciando a Gripe na forma petista. Dá nisso.
Em discurso a líderes da Igreja Presbiteriana no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (12) que chegou ao cargo por obra divina. Ele também defendeu a importância das religiões na formação cultural das crianças, embora mantenha a importância de o Estado ser laico.
“Estou há 1 ano e 4 meses de terminar meu mandato. Posso dizer que só cheguei ao meu mandato por obra de Deus”, afirmou Lula durante celebração dos 150 anos da presença da Igreja Presbiteriana no Brasil.
“Não estava previsto em nenhum livro de nenhum cientista político brasileiro que um torneiro mecânico pudesse encontrar um vice [José Alencar] também com 4 anos de escolaridade e eles pudessem chegar à Presidência da República. Não estava escrito, a não ser por uma obra de Deus.”
Lula, que se declara católico, disse também que a educação escolar deveria passar por ensino religioso, sem necessariamente se fixar em uma religião. “Imaginem se toda criança brasileira tivesse como ser educada para ir a uma igreja. Desde logo cedo ter um aprendizado religioso, para que depois essa criança pudesse fazer sua opção se quer continuar e não continuar”, declarou o presidente, acompanhado do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, e do prefeito, Eduardo Paes.
“Nós teríamos menos violência, menos deliquência, menos gente com propensão a entrar na criminalidade. Não conheço nenhum momento histórico em que a religião encaminhou uma nação à perdição. Se todo mundo tivesse a oportunidade de ter um encontro com a religião, que seria um encontro com Deus, o mundo seria menos violento, seria muito mais de paz.”
Ele voltou a se referir à crise do Senado, presidido por seu aliado José Sarney (PMDB-AP), pressionado por colegas para deixar o cargo em meio a acusações de favorecimento a familiares e assessores. Lula declarou que o nível do debates na Casa está abaixo da média de compreensão da sociedade.
“São todas pessoas formadas, acima de 35 anos de idade, que ao invés de prestar atenção ao que a TV está transmitindo, elas se agridem. Mesmo o cidadão que gosta muito de política fica sem saber o que está acontecendo”, disse. Na quinta-feira passada a tensão no Senado atingiu seu pico, quando Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Renan Calheiros (PMDB-AL) trocaram ofensas no plenário.
Culpa das TVs
Para o presidente, é melhor se aproximar da religiosidade do que passar o dia assistindo televisão. Recentemente ele afirmou que a instituição do Vale Cultura serviria para levar os brasileiros a teatros, cinemas e espetáculos de dança para que “o povo saia da poltrona”. Ele afirmou que a degradação das famílias nas últimas décadas tem de ser debitada em parte à programação televisiva.
“Quantos momentos de bom ensinamento nós temos na televisão, na nacional e na importada? Seria importante que a gente fizesse essa aferição. Se uma criança vê das 7 da manhã à meia-noite, o que ela vai formar dentro de si?”, questionou.
“Se nós ficássemos sentados na frente de uma TV brasileira e contássemos durante 30 dias no mês quantos filmes falam de integração familiar, amor e paz, perceberíamos que o percentual é infinitamente menor do que filmes que começam com tiro e acabam com tiro”, comentou.
folha online
Rizzolo: Quando Lula afirma que só chegou à presidência por obra de Deus é verdade absoluta. É claro que nada nessa vida é por acaso, e se tirarmos o aspecto político do cenário da vida do presidente, sabemos que ele não estava preparado pessoalmente para tal encargo, e se o alcançou, é porque espiritualmente forças superiores o auxiliaram. Pessoalmente, nunca tive nada contra o presidente Lula, sua pessoa, seus ideais, sua luta, sua opção por justiça social.
Ademais o presidente às vezes me surpreende. Sem a menor pretensão literária, e por me considerar um simples advogado idealista, religioso, e honesto, parece até que Lula na calada da noite lê minhas idéias, porque quando menos espero, ele vem de encontro com o que eu digo. O texto acima é um exemplo.
Outro exemplo: um comentário dias atrás, me referia sobre a incoerência ideológica na América Latina em relação as bases americanas na Colômbia. De repente fui surpreendido com um bom senso de Lula em suas novas declarações em tom de amenizar a questão. Acho ótimo tudo isso, quem sabe um dia terei o prazer de saber que o presidente um dia realmente leu um artigo meu e concordou comigo, em relação à televisão então nem fale, está coberto de razão. Já percebi que pelo menos espiritualmente estou afinado com Lula, já em relação ao partido dele, digamos que ele merece coisa melhor..
RIO – O infectologista Edmílson Migowisky fez duras críticas na manhã desta terça-feira à forma como o Ministério da Saúde vem ministrando o Tamiflu no país. Segundo Migowisky, a alta percentagem de mortes no Brasil, mais de 10%, contra 0,5% em todo o Mundo, é consequência da restrição que o Ministério fez quanto á distribuição da medicação.
– A letalidade da gripe no Brasil é muito superior à letalidade da Inglaterra, onde aconteceram quase 100 mil casos e poucas pessoas morreram. O Chile também distribui a medicação livremente e o índice de mortes é baixo – atacou.
O infectologista, que desde o início da epidemia defende a liberação da medicação sem restrições, diz que boa parte das 210 mortes no país aconteceram por conta desta política errada.
– Aqui no Brasil a política é restritiva
JbOnline
Rizzolo: Se há algo que me deixa revoltado é fazer uso de uma suposta alegação médica não comprovada, para legitimar uma incompetência. Assim nesse esteio de postura, o ministro da saúde José Gomes Temporão defendeu hoje a política brasileira de restringir o acesso ao medicamento Tamiflu, alegando “a banalização o uso do anti viral”. Ora, se as pessoas estão morrendo, se médicos como o Dr. Migowvsky e outros alertam para o perigo, este argumento serve apenas para não admitir a incapacidade do governo em suprir de forma eficiente a demanda pelo medicamento. Realmente uma vergonha em termos de saúde pública, é tudo para segurar o medicamento para o povo que sofre nos hospitais. Tamiflu já para todos !
SÃO PAULO – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse estar envergonhado pelo bate-boca ocorrido ontem no Senado entre aliados e opositores do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). “Os diálogos são de arrepiar, de envergonhar”, disse, após participar de um evento da revista Seleções na capital paulista. “Para a população fica como uma troca de desaforos e dá a sensação de que todos são iguais, todos são ruins”.
FHC apontou como responsáveis para dar um fim à crise os líderes partidários e o próprio presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. “Alguém tem de ter uma postura separada do dia a dia e apontar o caminho da solução.” Apesar disso, Fernando Henrique condenou as interferências feitas até aqui por Lula no Congresso. “Ele que faça como queira, eu não interferiria dessa maneira. Acho errado.”
O ex-presidente evitou tomar posição contra ou a favor da renúncia de Sarney, que vem sendo pedida pelos líderes do PSDB no Senado. “Não vou entrar nessa questão, pois é um problema que eles precisam resolver”, disse. “É preciso um esforço para acabar com essa crise. Se isso for a custa de renúncia, as pessoas devem entender.”
agência estado
Rizzolo: Só não entendi porque FHC não foi mais conclusivo em relação à renúncia de Sarney. Ser reticente a esta questão demonstra o quanto este país não tem oposição. O bate boca com direito ao espetáculo de ” caras e bocas” de Collor, não impressiona mais ninguém ao revés, nos leva a uma maior indignação em relação à classe política brasileira. Tanta luta pela democracia, para termos isso ?
Brasileiros estão cruzando a fronteira para comprar o medicamento Tamiflu nas farmácias de Ciudad del Este, no Paraguai. A informação é da edição desta sexta-feira (31) do jornal paranaense “Gazeta do Povo”. A droga é usada no tratamento de pacientes diagnosticados com gripe suína que apresentam quadro de saúde grave e tem distribuição controlada no Brasil.
Segundo reportagem do jornal, balconistas de farmácias de Ciudad del Este dizem que dezenas de brasileiros procuram o remédio todos os dias, pessoalmente ou pelo telefone. Eles contam que um cliente que viajou de Porto Alegre teria comprado de uma só vez 100 caixas do medicamento. Cada caixa custa R$ 98, mas o preço passará para R$ 134 na semana que vem. O Tamiflu é vendido sem receita médica na cidade.
A procura fez laboratórios paraguaios lançarem versões genéricas do medicamento, batizadas com nomes como Biosid, Oselta e Laporcina.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa que é proibido trazer o Tamiflu do Paraguai, alerta a “Gazeta do Povo”.
O protocolo adotado pelo Ministério da Saúde recomenda que somente pacientes com quadro de saúde agravado nas primeiras 48 horas dos sintomas devem tomar o Tamiflu, para evitar resistência do vírus da gripe ao medicamento.
UOL Celular
Rizzolo: Primeiramente é necessário saber a procedência desta medicação, alem disso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa que é proibido trazer o Tamiflu do Paraguai. Agora nada disso adianta se o governo não tiver a medicação em quantidade suficiente para atender a população. Já existem denúncias de falta do remédio, e sua restrição no fornecimento aos pacientes. De qualquer forma comprar Tamiflu no Paraguai entendo ser tão perigoso quanto não tomar absolutamente nada, se estiver contaminado.
SÃO PAULO – As escolas estaduais de São Paulo adiaram o retorno das aulas na rede de ensino, que deveriam acontecer no próximo dia 3, por conta da Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína, segundo informações da Secretaria Estadual de Educação. De acordo com a pasta, as aulas devem reiniciar no dia 17 de agosto. A medida foi tomada após recomendação da Secretaria Estadual da Saúde. As escolas que já registraram o fim das férias terão as aulas interrompidas.
Ontem, o Estado de São Paulo confirmou quatro novas mortes causadas pela doença. O Estado já contabiliza 20 vítimas da gripe suína. O Paraná também anunciou três mortes, elevando, até ontem, a 45 o total de vítimas da enfermidade no País. Porém, hoje, a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, na Paraíba, já confirmou o primeiro caso de morte causado pelo vírus da gripe A na Região Nordeste.
agência estado
Rizzolo: É uma medida de cautela e de bom senso por parte da Secretaria Estadual da Saúde, muito embora exista um certo exagero na mídia em relação a esta gripe. De qualquer forma a prevenção é a melhor forma de combate. A Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram também adiar o início das aulas do segundo semestre para o dia 17 de agosto por causa da nova gripe. As 1.309 creches municipais de São Paulo, seguem o padrão, terão suas atividades suspensas entre a próxima sexta (31) e o dia 17 de agosto. Mais duas universidades decidiram adiar o início das aulas por causa da disseminação do vírus da gripe suína. A Universidade Presbiteriana Mackenzie informou hoje, por meio de nota, ter adiado para o dia 10 de agosto o início das aulas dos novos alunos e para o dia 12 a data para alunos antigos.
As unidades da Estácio de Sá (UniRadial) em São Paulo adiaram a volta das férias para 17 de agosto, segundo informe do site da instituição. As unidades que terão o início do semestre adiado são: Moema, Jabaquara, Vila dos Remédios, Santo Amaro, Mooca, Marajoara, Interlagos, Brooklin, Vila Formosa, Pinheiros, Santo André, Estácio Europan, Estácio Ibiúna, Estácio Faac e Estácio Ourinhos. Leiam artigo meu: Gripe Suína, Religião e Imunidade
SÃO PAULO – A volta às aulas nas escolas municipais de São Paulo, que está marcada para o dia 3 de agosto, não será adiada, afirmou o prefeito Gilberto Kassab. Os professores e diretores da rede municipal de ensino foram orientados a procurar assistência médica caso algum dos alunos apresente os sintomas da Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína. O Ministério da Saúde recomendou que crianças gripadas fiquem em casa, mesmo que não tenham a confirmação da contaminação.
Em Osasco e Diadema, na Grande capital paulista, e também em Campinas, no interior do Estado, o retorno às aulas foi adiado em pelo menos uma semana para conter o avanço da doença. Para Kassab, porém, não há necessidade de mudanças no cronograma de aulas nas escolas da rede municipal. Os profissionais da educação estão cientes de que têm o apoio das instituições de saúde e sabem que devem informar o poder público caso alguma criança esteja contaminada?, afirmou.
Para facilitar o acesso ao atendimento a alunos, pais e professores, a Secretaria Municipal de Saúde ampliou os horários das Assistências Médicas Ambulatoriais (AMA), que passarão a atender a população também aos domingos. As 104 AMAs realizam o atendimento de segunda a sábado, entre 7 horas e 19 horas, e agora passarão a atender também aos domingos e feriados, no mesmo horário. Outros 11 ambulatórios já têm atendimento 24 horas. Segundo o prefeito, o novo horário deve continuar ?até quando for necessário.
agencia estado
Rizzolo: Realmente não há necessidade de se adiar as aulas. Proporcionalmente o número de vítimas em relação à população ainda é muito pequeno. A grande verdade é que houve por parte da imprensa certo exagero que acabou por causar pânico.
Estudos científicos realizados nas últimas quatro décadas têm demonstrado o papel do ponto de vista público e pessoal da religiosidade e seus efeitos na saúde e na longevidade. Tais pesquisas têm evidenciado que a prática da fé e da religiosidade, aumenta, de certa forma, a imunidade geral dos pacientes. Alguns dos resultados citados foram pesquisados durante 16 anos em Israel, em comunidades com o mesmo perfil, porém vivendo espiritualmente de forma diversa: uma num kibutz secular não-religioso e outra num kibutz religioso.
Apesar de ambas as comunidades serem demograficamente iguais, contendo o mesmo nível de estrutura médica e social, o número de óbitos era o triplo no Kibutz secular, comparado-se em relação ao religioso. Pesquisas nesta área também foram realizada na Inglaterra. Através de estudos semelhantes foram constatado os efeitos da fé na superação dos problemas de saúde.
Verificou-se, por exemplo, num estudo sobre os efeitos das doenças meningocócicas em adolescentes, que a religiosidade, a fé e a espiritualidade, tinham o mesmo efeito preventivo que as vacinas para as doenças relacionadas a esta bactéria ( Tully J, Viner RM, Coen PG, Stuart JM, Zambon M, Peckham C, Booth C, Klein N, Kaczmarski E, Booy R. 2006. Risk and Protective Factors for Meningococcal Disease in Adolescents: Matched Cohort Study. BMJ 332: 445-450.)
Estamos vivendo atualmente, a ameaça de uma pandemia de gripe do tipo H1N1 desta . Apesar dos esforços do governo, do exército e de toda sociedade, os procedimentos de higiene preconizados devem continuar sendo amplamente difundidos pela imprensa. Contudo, por tratar-se de uma doença que tem no seu âmago, indevidas violações do ser humano contra natureza – no seu característico desrespeito especista, no triste confinamento antinatural de grandes quantidades de animais – temos que refletir e rever nosso estilo de vida e os nossos conceitos em relação aos hábitos alimentares que jamais deveriam ser baseados na violência.
O sofrimento dos animais e a incessante busca de lucro pelos grandes abatedouros escondem, com certeza, um baixo conteúdo espiritual-energético no contexto desta doença. Muito mais do que um vírus, encontramos uma forma de “virulência espiritual”; assim, a razão e a nossa espiritualidade nos levam a lançarmos mão de uma busca religiosa como uma forma complementar de proteção de seus efeitos nefastos.
Pouco importa a religião, a origem ou a forma de se conectar com Deus. Talvez, no silêncio da noite, numa reflexão sobre a procedência desta epidemia ou numa oração, encontraremos, enfim, uma forma de nos apaziguarmos com toda a natureza e nos harmonizarmos com um elo perdido. Descobriremos também que nos relacionarmos com Deus é respeitarmos os seres vivos por Ele criados que aqui vivem e compartilham conosco essa jornada terrena. Afinal, uma oração ou uma reflexão espiritual é também uma forma de perdão e de harmonia que sempre leva à cura os que têm fé.
Fernando Rizzolo
Secretaria de Saúde diz que RS é ‘porta de entrada’ do vírus Influenza.
País soma 11 mortes no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
O Exército vai ajudar a controlar o avanço da nova gripe em cidades estratégicas de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. O plano de ação é atuar nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em municípios estratégicos dos três estados. Nesta quinta-feira (16), a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou que o estado é porta de entrada da doença no país.
Em nota, o Comando de Operações Terrestres, do Exército, diz que, em coordenação com os órgãos de saúde regionais, planejou o emprego de equipes para distribuição de material informativo e preenchimento de formulários de controle de viajantes.
A ação, que deve começar na segunda-feira (20), vai monitorar as pessoas que entrarem no Brasil por vias terrestres, nos postos de 31 cidades nos três estados, durante um prazo de 90 dias.
Surto de gripe
O Secretário Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, considera que há um surto da nova gripe no município de Vila Nova do Sul, na região central do estado. As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa na manhã desta sexta-feira (17).
De acordo com o diretor do Centro de Vigilância em Saúde (CVS) do estado, Francisco Paz, no mês de julho, 503 pessoas buscaram atendimento médico no município. Destes, 266 casos apresentavam sintomas de gripe.
“Foi feita uma análise amostral do material biológico destes pacientes. Dois resultados foram positivos para o vírus A (H1N1) para três amostras analisadas. O que podemos considerar é que houve um surto localizado da gripe neste município”, disse Paz.
O diretor do CVS afirmou que o município está atendendo a todos os casos suspeitos adequadamente e orientando a população sobre formas de evitar contaminação.
Demora de atendimento em SP
Quem procurou atendimento com sintomas de gripe no hospital Emílio Ribas, referência em infectologia em São Paulo, passou a madrugada desta sexta-feira esperando. Apesar de hospitais particulares reforçarem o atendimento para a nova gripe, muitos ainda recomendam os pacientes a procurar o Emílio Ribas, que acabou ficando sobrecarregado.
Mortes pelo país
Na quinta-feira (16), subiu para 11 o total de óbitos no país. Em um dia, foram confirmados sete casos em três estados – um no Rio, um em São Paulo e outros cinco no Rio Grande do Sul.
O secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, informou que a vítima morreu na segunda-feira (13). Ela deu entrada num PAM (posto público de atendimento de saúde) no dia 3 de julho, mas foi liberada. Cinco dias depois, ela foi internada num hospital particular. Seu quadro se agravou evoluindo para uma pneumonia.
Dohamn informou que a mulher adquiriu a doença no país, e não quis dar detalhes sobre a vítima e nem mesmo em quais hospitais ela esteve internada.
Cinco casos no Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, em um dia, foram confirmadas cinco mortes. Na manhã de quinta, a Prefeitura de Uruguaiana comunicou o óbito de um paciente com a mesma doença: um caminhoneiro de 35 anos que estava na Santa Casa da cidade. Ele teria sido contaminado na Argentina.
As secretárias de Saúde de Passo Fundo e Santa Maria confirmaram quatro mortes, durante a tarde. Em Passo Fundo, os dois pacientes são um comerciante de 42 anos e um garçom, de 30. Os dois tinham histórico de hipertensão, de acordo com o governo estadual. As mortes ocorreram nos dias 8 e 10 de julho.
Em Santa Maria, foram mais dois homens. Um era vigilante, tinha 26 anos e não apresentava problemas de saúde. O secretário de Saúde de Santa Maria, José Haidar Farrett, disse ao G1 que o outro era funcionário de hospital. O estado diz que era um operador de manutenção, de 36 anos, que tinha diabetes, hipertensão e cardiopatia. A prefeitura diz que os exames que confirmaram o diagnóstico, feitos pela Fiocruz, chegaram nesta quinta-feira.
Os locais de transmissão da doença, nos quatro últimos casos anunciados, estão sendo investigados.
Também durante a tarde, a Prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, informou a cidade registrou mais uma morte em decorrência da gripe A (H1N1): um jovem de 21 anos que fazia cursinho na capital paulista. Ele morreu no sábado (11), com um quadro de pneumonia.
Outros casos
A primeira vítima da doença no Brasil foi um caminhoneiro gaúcho de 29 anos, que faleceu em junho. Na última sexta-feira (10), foi confirmada a morte de uma menina moradora de Osasco, em São Paulo.
A terceira morte foi anunciada na segunda-feira (13): um menino de 9 anos, morador da cidade de Sapucaia do Sul (RS). Ele morreu em 5 de julho, em Porto Alegre, mas o resultado da análise laboratorial que confirma a contaminação só saiu na segunda-feira (13).
Em São Paulo, a segunda morte no estado foi confirmada na terça-feira (14). Trata-se de um homem de 28 anos, que passou a apresentar febre, dor de cabeça, náusea, vômito, tosse e congestão nasal em 1º de julho, no Hospital de Clínicas de Botucatu. Ele procurou o serviço médico no sábado, 4 de julho, quando foi internado. No dia 7, o quadro clínico se agravou e ele morreu três dias depois, na sexta-feira.
globo
Rizzolo: A questão da gripe suína é extremamente séria em se tratando de uma pandemia no Brasil. A população pobre e carente, já com sua saúde debilitada por problemas econômicos, pode sofrer mais os efeitos desta doença. Na verdade a ajuda do Exército Brasileiro vem ao encontro do anseio da povo, na contenção da transmissão da doença. Esta doença como já afirmei em outros textos, está diretamente ligada à ganância do ser humano, ao desrespeito à natureza e aos animais, e na incessante busca do lucro.
Como nos EUA o controle sanitário é mais rígido, abatedouros irresponsáveis formaram enormes fazendas no México com a finalidade de criarem milhões de porcos confinados, onde numa mistura de esterco, falta de higiene, maldade aos animais, ganância, e promiscuidade humana neste meio viral, fizeram com que a natureza constituísse um novo vírus num ambiente apropriado.
Cada vez mais, o ser humano precisa deixar de fazer do hábito de se alimentar, uma violência. No futuro, com certeza o número de vegetarianos, ou das pessoas que ingerem menos carne animal irá crescer. Temos que respeitar os animais, e sermos menos especistas, que é uma variação dos racistas, por entendermos que apenas pelo fato de sermos da espécie humana, temos a legitimidade para cometermos as atrocidades aos animais. Leia artigo meu. A Gripe Suína e a Humanidade.
Talvez uma das maiores implicações no desenvolvimento da descrença, do materialismo e do ateísmo, seja o fato de que a nossa condição humana está condicionada a processar as situações da vida do ponto de vista lógico. Toda a nossa estrutura cerebral foi constituída no racionalismo, inserida na lógica, entre relações de causa e efeito. Portanto, não seria estranho termos certa dificuldade ao nos depararmos com uma lógica diversa da nossa, inconcebível dentro de uma estrutura materialista.
Por consequência, fatores que ocorrem nas nossas vidas por influência espiritual – conceitualmente de origem divina -passam a serem pouco compreendidos, uma vez que, o racionalismo humano não possui instrumentos, tampouco, está preparado para a compreensão de uma inversão estrutural do previsível, do justo e do humano, no contexto das tragédias na vida.
Com efeito, ao nos perguntarmos porque coisas ruins ocorrem a pessoas boas – sob o prisma da lógica humana – teremos duas vertentes dentro deste mesmo raciocínio: a primeira, seria o inconformismo, que levaria à descrença na bondade divina epor efeito, ao enfraquecimento da fé, seguido por um desespero, e muitas vezes, adotando-se como resposta, os profetas do ateísmo.
Com efeito, ao nos perguntarmos porque coisas ruins ocorrem a pessoas boas – sob o prisma da lógica humana – teremos duas vertentes dentro deste mesmo raciocínio: a primeira, seria o inconformismo, que levaria à descrença na bondade divina e por consequência, à segunda, um enfraquecimento da fé, seguido por um desespero, e muitas vezes, adotando-se como resposta, os profetas do ateísmo.
A Alma e a Lógica são elementos diversos. Uma, é oriunda da espiritualidade; vive, responde e reage aos impulsos da fé, da captação de energia cósmica, do modo de vida na relação com os demais seres vivos, naquilo que nos alimentamos, das orações, da religiosidade seja ela qual for. Outra, é fruto da experiência terrena, das relações neurocerebrais, do aprendizado, do sentido de justiça material e, portanto, inerente às condições espirituais e às suas especificidades e características místicas.
Certos atos na Bíblia – como na morte de uma vaca vermelha, cujas cinzas foram capazes de purificar o povo judeu – jamais serão certificados pela lógica. Mas, exatamente quando prescindimos da lógica humana e intelectual, nos entregando à lógica da Alma e a um entendimento que poderíamos chamar de divino se dá o salto em direção aos milagres e às transformações, que são imensos na vida de um ser humano.
Colocar Tefilin pela manhã é um ato que pouca lógica humana descreve, porém ao utilizarmos algo material como couro – determinado e previsto na Torá – implementamos uma relação entre a matéria e o espiritual, nos anulando em questionamentos racionais e, simplesmente, nos lançando em direção à lógica divina, preconizada na Bíblia, fazendo com que a conexão entre o mundo material e o espiritual se realize como um link.
A morte de ente querido, uma tragédia ou uma perda, jamais poderão ser explicadas racionalmente, sob pena de nos desviarmos da fé. Aceitar os desígnios de Deus e compreender a incapacidade de nosso sistema racional de processarmos as razões dos fatos divinos, é por si só, uma forma de compreender o incompreensível, de respeitar a evolução e a dinâmica espiritual às quais estamos predispostos a vivenciar e, com certeza, de professar a mais profunda comunhão entre a nossa simples alma humana e a grandeza daquele que é Eterno e sabe o que faz, sendo essa, talvez, a maior forma de oração.
Fernando Rizzolo
RIBEIRÃO PRETO – Os produtores de suínos de São Paulo pretendem convidar o governador do Estado, José Serra, para um evento onde seja servido carne de porco como prato principal. O objetivo é tentar ratificar a segurança do produto, depois que passou a ser veiculado na internet, no portal de vídeos “YouTube”, trechos de uma declaração em que ele afirma que gripe suína é transmitida “dos porquinhos para as pessoas só quando eles espirram ou quando a pessoa chega perto do nariz do porco”. Serra fez a afirmação no dia 27 de abril, na abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
Desde então, vários vídeos editados apenas com a primeira frase, alguns até brincando com o fato de Serra ser palmeirense, cujo símbolo é um porco, lideram a preferência no YouTube. Não adiantou o governador paulista complementar e dizer que no Brasil não havia, à época, casos de gripe suína, que a transmissão era feita de pessoa para pessoa, que a doença era uma questão de vigilância sanitária e também que se houvesse um caso, o procedimento era isolar o doente. Até a tarde de hoje, o vídeo tinha mais de 60 mil exibições.
A repercussão fez com que a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) procurasse o deputado federal e ex-secretário de Agricultura de São Paulo Duarte Nogueira (PSDB-SP), que tem base em Ribeirão Preto (SP), onde Serra deu a declaração, para que ele intermediasse um encontro na tentativa de o governador desfazer a polêmica. “Eu liguei hoje para o secretário João Sampaio, ele ligou para o governador e ficou definido que um evento irá acontecer amanhã para resolver esse assunto e acabar com qualquer mal-entendido”, disse Nogueira à Agência Estado. A assessoria do governador informou que até o início da noite não havia nada programado sobre o tema na agenda de Serra de amanhã.
agência estado
Rizzolo: Eu pessoalmente acho engraçado esse convite. Na semana passada eu e a Claudia, fomos convidados a um jantar com Serra no Palácio dos Bandeirantes na comemoração de um ano do Instituto do Câncer. É impressionante seu conhecimento sobre doenças, e ele mesmo se diz um hipocondríaco. Agora este convite duvido que ele vai aceitar, já pensaram no provável ” efeito contaminação”? Serra provavelmente dará uma desculpa formal que no fundo terá um cunho de infectologia. Bem se até ele alega hipocondria podemos falar não é?