Torós deixa diretoria do BC e Aldo Mendes será indicado

BRASÍLIA – O Banco Central confirmou no início da noite que o diretor de Política Monetária, Mário Torós, deixou o cargo nesta segunda-feira conforme já sinalizado pela Agência Estado na sexta-feira. Segundo nota, ele deixou a instituição “a pedido” e “por motivos pessoais”. A intenção de deixar o banco já havia sido declarada internamente há alguns meses e sua saída foi acelerada nos últimos dias após entrevista publicada na sexta-feira pelo jornal Valor Econômico.

Ele informou, na entrevista, que no auge da tensão causada pela crise, o Brasil viveu uma corrida bancária e, em poucos dias, R$ 40 bilhões migraram dos pequenos e médios bancos para as grandes instituições. Também disse que o Banco do Brasil soube por um diretor do BC que o Banco Votorantim estava com a saúde financeira fragilizada. Normalmente avesso à imprensa e cauteloso com as palavras, Torós detalhou ao jornal a reação do governo brasileiro à crise e divulgou dados que eram guardados a sete chaves.

As declarações de Torós causaram surpresa no BC porque o diretor é discreto e não tem declarações polêmicas no histórico. Houve também desconforto porque o diretor teria divulgado fatos que não poderiam ser levados ao público, como a troca de e-mails com o presidente da instituição, Henrique Meirelles.

No mercado financeiro, ficou a percepção de que o diretor usou a entrevista como um “balanço” de sua gestão e como forma de mostrar sua importância no processo de enfrentamento da crise. Para pessoas de dentro do BC, “vender” essa imagem é importante em um momento de busca por uma posição para retornar à iniciativa privada.

Em Brasília, há expectativa de que a saída de Torós pode ser a primeira de uma série. Além do próprio presidente Meirelles que pode deixar o cargo em março para disputar as eleições do próximo ano, os diretores de política econômica, Mário Mesquita, e de liquidações, Gustavo do Vale, também teriam intenção de deixar o BC brevemente.

Indicação

O BC informou que o presidente da instituição, Henrique Meirelles, vai encaminhar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a recomendação da indicação de Aldo Luiz Mendes para ocupar o cargo de diretor de Política Monetária, que era ocupado por Mário Torós. O indicado ocupou entre 2005 e 2009 a vice-presidência de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores do Banco do Brasil e atualmente presidia a Companhia de Seguros Aliança do Brasil.

Aldo Mendes já exerceu o cargo de diretor de Finanças e mercado de capitais no BB e foi vice-presidente da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), além de ter integrado os conselhos de administração da BM&F e da Central Interbancária de Pagamentos (CIP). O indicado é doutor em economia pela Universidade de São Paulo.
agencia estado

Rizzolo: É claro que nessa história toda existe um componente político, mas na verdade tudo ocorreu devido a profunda irresponsabilidade do Banco Central tratou da questão cambial. O BC acabou estimulando operações especulativas com o câmbio, o chamado “swap reverso”, uma operação em que em uma ponta ficava o BC e na outra grandes empresas exportadoras ou financeiras. Cada vez que o real valorizava, essas empresas perdiam dinheiro com exportações. Para compensá-las, o BC instituiu o tal “swap reverso”, um jogo de cartas marcadas que permitia às empresas lucrar no mercado financeiro com a valorização do real. Uma verdadeira aberração financeira, especula-se que os prejuízos do BC com essa jogatina chegaram a US$ 10 bilhões apenas em 2008 !

Acreditar em Deus reduz ansiedade e estresse, diz estudo

Acreditar em Deus pode ajudar a acabar com a ansiedade e reduzir o estresse, segundo um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá.

A pesquisa, publicada na revista Pyschological Science

, envolveu a comparação das reações cerebrais em pessoas de diferentes religiões e em ateus, quando submetidos a uma série de testes.

Segundo os cientistas, quanto mais fé os voluntários tinham, mais tranquilos eles se mostravam diante das tarefas, mesmo quando cometiam erros.

Os pesquisadores afirmam que os participantes que obtiveram melhor resultado nos testes não eram fundamentalistas, mas acreditavam que “Deus deu sentido a suas vidas”.

Comparados com os ateus, eles mostraram menos atividade no chamado córtex cingulado anterior, a área do cérebro que ajuda a modificar o comportamento ao sinalizar quando são necessários mais atenção e controle, geralmente como resultado de algum acontecimento que produz ansiedade, como cometer um erro.

“Esta parte do cérebro é como um alarme que toca quando uma pessoa comete um erro ou se sente insegura”, disse Michael Inzlicht, professor de psicologia e coordenador da pesquisa. “Os voluntários religiosos ou que simplesmente acreditavam em Deus mostraram muito menos atividade nesta região. Eles são muito menos ansiosos e se sentem menos estressados quando cometem um erro.”

O cientista, no entanto, lembra que a ansiedade é “uma faca de dois gumes”, necessária e útil em algumas situações.

“Claro que a ansiedade pode ser negativa, porque se você sofre repetidamente com o problema, pode ficar paralisado pelo medo”, explicou. “Mas ela tem uma função muito útil, que é nos avisar quando estamos fazendo algo errado. Se você não se sentir ansioso com um erro, que ímpeto vai ter para mudar ou melhorar para não voltar a repetir o mesmo erro?”.

Os voluntários religiosos eram cristãos, muçulmanos, hinduístas ou budistas.

Grupos ateus argumentaram que o estudo não prova que Deus existe, apenas mostra que ter uma crença é benéfico.

BBC/ agência estado

Rizzolo: A grande pergunta é se a ansiedade é reduzida pelo fato de alguém acreditar em Deus, ou se tal estado ansioso é minimizado pela manifestação divina. Acreditar apenas não basta, o importante nessa questão é observarmos que todo ser vivo, toda forma de vida na Terra, todo sistema complexo e maravilhoso da natureza, foi criado por algo maior, invisível, que brilha, que nos dá a energia positiva, e que se deixarmos essa energia adentrar em nossa alma (nefesh, em hebraico), o brilho divino iluminará as trevas e a escuridão da humanidade. Acredite em Deus, crie uma morada para ele no seu coração, e seja uma luz na multidão. – Fernando Rizzolo