Yom Kipur

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Hoje nesta sexta-feira, ao final da tarde, se dará o início ao Yom Kipur. Portanto, este será o último post de hoje; amanhã sábado retornarei após 21 horas. Como meu jejum é completo, sem água inclusive, espero novamente estar ao lado de vocês, bem disposto. A todos os meus leitores, que são meus amigos invisíveis, saibam da minha mais profunda admiração, carinho e respeito que tenho por todos. Obrigado por me acompanharem nas minhas reflexões no ano que passou. Continuem divulgando o Blog do Rizzolo, e a minha candidatura, minha mídia é você querido leitor, mais ninguém ! Até mais.

Fernando Rizzolo

Um pouco da história

O nome Yom Kipur – Dia do Perdão – nos informa de um aspecto apenas de sua significação. “Porque neste dia se fará expiação por vós para purificar-vos de todos os vossos pecados; Perante Ad-nai ficareis purificados (Lev.XVI,30).

Isso é Yom Kipur, perdão e purificação, esquecimento dos erros e extirpação das impurezas da alma. Nobres conceitos que se tomam em sua acepção mais ampla. Não se trata unicamente do perdão Divino, que se invoca mediante a confissão das faltas e as práticas de abstinência, mas, também, do perdão humano, que exige o desprendimento da vaidade e contribui para a elevação moral. Quando chega Yom Kipur, cada judeu deve estender ao seu inimigo uma mão de reconciliação, deve esquecer as ofensas recebidas e desculpar-se pelas feitas aos outros, pois, limpo de todas as suas escórias físicas e morais, deve comparecer perante o Tribunal de D`us. Durante um dia inteiro ele permanece diante desse Tribunal numa ampla confissão de suas culpas, em humildade e arrependimento, não com o fim de rebaixar sua dignidade humana, mas para elevar-se acima de suas misérias morais e apagar toda sombra de pecado em seu interior. E assim, depurado, vislumbrar com mais claridade os caminhos do bem.

Yom Kipur é data de jejum absoluto que se interpreta não somente como uma evasão do terreno, mas como uma prova de nossa força de vontade sobre os apetites materiais que tantas vezes conduzem ao pecado. Por último, o jejum nos faz sentir na própria carne os padecimentos de tantos seres humanos que, por falta de meios, sofrem fome e sede.

por Isaac Dahan

D’us Em Plena Campanha

*Por Yanki Tauber

Um presidente tem quatro anos entre as eleições, um deputado precisa renovar seu mandato a cada quatro anos, enquanto os ditadores permanecem no cargo durante o tempo que quiserem, desde que consigam manter seus generais felizes (ou apavorados). Porém D’us passa pela reeleição todos os anos.

Em todo Rosh Hashaná, (ano novo judaico) coroamos D’us como rei. Segundo os cabalistas, sem esta coroação anual (efetuada pela nossa decisão de nos submetermos à soberania Divina, nossa recitação dos “versículos de soberania” incluídos nas preces especiais do dia, e pelo toque do shofar), o “reinado” de D’us não seria renovado, e a totalidade da criação – que deriva do desejo Divino de ser rei – deixaria de existir. (Geralmente não pensamos sobre reis precisando de eleição para manter o cargo, mas isso é porque a palavra “rei” é uma tradução um tanto inexata da palavra hebraica “melech”. Um “melech”, por definição, é um soberano cujo reinado deriva do desejo e livre escolha de um povo de submeter-se ao seu governo. Um rei que reina por força ou exploração não é um “melech”, e sim meramente um moshel ou “governante”.)

Como D’us Se prepara para Sua reeleição anual?

Ele simplesmente Se senta em Seu palácio confiando em nosso bom senso para proclamá-Lo como rei novamente? Ele saiu atrás do voto, misturando-Se com as massas, dando apertos e beijinhos nos bebês? Eis aqui como o mestre chassídico Rebe Shneur Zalman de Liadi (1745-1812), descreve o mês de Elul – o mês que precede a coroação Divina em Rosh Hashaná:

É como um rei que, antes de entrar na cidade, o povo sai para saudá-lo no campo. Ali, todos que desejarem podem encontrá-lo; ele recebe a todos com um semblante alegre e mostra uma face sorridente a todos. E quando ele vai para a cidade, eles o seguem até lá. Mais tarde, porém, depois que ele entra no palácio real, ninguém pode entrar em sua presença exceto com audiência marcada, e apenas pessoas especiais e selecionadas. Assim também, por analogia, o mês de Elul é quando encontramos D’us no campo…

(Licutê Torá, Reê 32 b; veja também Licutê Sichot, vol. II pág. 632 ff.)

Embora essa descrição tenha alguma semelhança com um político concorrendo para um cargo numa democracia moderna, existem, obviamente, algumas diferenças. Tais como o fato de que uma promessa de campanha feita por D’us é muito mais provável de ser cumprida do que aquela feita pelo típico candidato a um cargo.

Entramos no mês de elul. O rei está no campo; se você precisar de algo da parte Dele, agora é a hora de pedir.

Fonte: Site do Beit Chabad

Tenha um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Esperando pelo Perdão

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Cena de Yom Kippur numa Sinagoga na época medieval

Neste domingo, ao final da tarde, se dará o início ao Yom Kipur. Portanto, retornarei nesta segunda-feira após 21 horas, pois ainda pretendo passar, após a quebra do jejum, na casa de um rabino amigo meu para tomar um “lechayim”, (geralmente vodka).

Como meu jejum é completo, sem água inclusive -iniciando-se domingo às 18:00 – espero novamente estar ao lado de vocês, bem disposto, após o horário referido (21:00 de segunda). A todos os meus leitores, que são meus amigos invisíveis, saibam da minha mais profunda admiração, carinho e respeito que tenho por todos, por este Brasil imenso.

Obrigado por me acompanharem nas minhas reflexões, nos meus pensamentos, no ano que passou. Continuem divulgando o Blog do Rizzolo, prestigiando este humilde espaço, minha mídia é apenas você, meu leitor e amigo, mais ninguém !

Tenho tentado nos meus escritos externar o que eu penso, sob uma visão ética, na defesa dos mais pobres, dos esquecidos, dos desvalidos, defendendo meu ponto de vista sem uma conotação ideológica marxista, ateista ultrapassada, mas numa visão humana, religiosa, firme e de bom senso. Até mais queridos amigos !

Fernando Rizzolo

Um pouco da história

O nome Yom Kipur – Dia do Perdão – nos informa de um aspecto apenas de sua significação. “Porque neste dia se fará expiação por vós para purificar-vos de todos os vossos pecados; Perante Ad-nai ficareis purificados (Lev.XVI,30).

Isso é Yom Kipur, perdão e purificação, esquecimento dos erros e extirpação das impurezas da alma. Nobres conceitos que se tomam em sua acepção mais ampla. Não se trata unicamente do perdão Divino, que se invoca mediante a confissão das faltas e as práticas de abstinência, mas, também, do perdão humano, que exige o desprendimento da vaidade e contribui para a elevação moral. Quando chega Yom Kipur, cada judeu deve estender ao seu inimigo uma mão de reconciliação, deve esquecer as ofensas recebidas e desculpar-se pelas feitas aos outros, pois, limpo de todas as suas escórias físicas e morais, deve comparecer perante o Tribunal de D`us.

Durante um dia inteiro ele permanece diante desse Tribunal numa ampla confissão de suas culpas, em humildade e arrependimento, não com o fim de rebaixar sua dignidade humana, mas para elevar-se acima de suas misérias morais e apagar toda sombra de pecado em seu interior. E assim, depurado, vislumbrar com mais claridade os caminhos do bem.

Yom Kipur é data de jejum absoluto que se interpreta não somente como uma evasão do terreno, mas como uma prova de nossa força de vontade sobre os apetites materiais que tantas vezes conduzem ao pecado. Por último, o jejum nos faz sentir na própria carne os padecimentos de tantos seres humanos que, por falta de meios, sofrem fome, sede, fraqueza, vítimas da mais profunda miséria.

por Isaac Dahan

Veja Também: Silvio Santos fala sobre o Yom Kippur

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Silvio Santos relata que é judeu e fala sobre caridade

Silvio Santos nos dá um exemplo do que é a caridade, ser judeu, e ajudar ao próximo. Parabéns ao apresentador pelas palavras e por admitir sua religião e seu amor à Deus. Em suas palavras ouve-se uma doce melodia de esperança, solidariedade, e amor aos pobres. Tudo que falta na visão egoista de alguns, que na política, viram suas costas aos humildes e necessitados.

Fernando Rizzolo

“Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo – PMN 3318”

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Indignação uma boa reflexão no Shabat

Talvez uma das características mais revolucionárias do instinto humano seja a capacidade de nos indignarmos. Na história do mundo, inúmeras foram as pessoas que pela força motriz da indignação e do não conformismo se lançaram a uma nova proposta, a uma nova postura, diante de situações que ao olhar de um conformista nada restaria a não ser a resignação.

Tenho me aprofundado muito sobre na questão do que chamamos no judaísmo de Tikún Olam, que significa reparar, transformar e melhorar nosso mundo. Como seres humanos, somos, na essência, parceiros de Deus, e um bom parceiro não pode fazer vistas grossas aos problemas que envolvem a sociedade, como o combate às injustiças sociais, a luta contra a miséria e a disposição para a ética no esforço do aprimoramento profissional, seja de que área for.

No Brasil, ainda não transformamos a política num instrumento hábil e capaz de servir aos interesses da maioria da população pobre do nosso País, salvo algumas propostas ou a atuação de alguns políticos idealistas. Na verdade, este instrumento social tem sido desvirtuado de sua originária proposta social. Vivemos no Brasil uma crise de ética política, haja vista o comportamento negacionista do governo, a falta de uma política sanitária e o desprezo pela vida. Com efeito, a indignação e política são irmãs por natureza, a primeiro advinda do espírito, do senso de justiça, do inconformismo, a segunda resultante da viabilidade social de se fazer concretizar o ideal da mudança, no consternação em momentos como que vivemos onde temos já 250.000 mortes pela pandemia.

Quando partimos de uma análise política – espiritual, atemo-nos apenas ao lado emocional. Com certeza, em determinando momento de vida, nos vimos parceiros de um projeto maior, mesmo sem ter total conhecimento da essência deste projeto, mas temos que nos antecipar a tragédia social e isso jamais ocorreu neste governo.

A indignação é algo que devemos praticar. Alguns já nascem com ela, outros a desenvolve, e infelizmente outra parcela a perde. A vigilância e os questionamentos sobre o que é justo e ético do ponto de vista humano são matéria-prima do senso de indignação, que por sua vez, é o instrumento eficaz de participação do projeto divino de parceria do homem com Deus, muito embora o valor do exercício dessa parceria material transcenda aspectos religiosos.

Muitos daqueles que repararam, transformaram e melhoraram o mundo com seus atos, gestos e idéias, mesmo sem saber, foram de uma religiosidade infinita; até porque, aos olhos do Grande Arquiteto do Universo, o que importa é a ação, a parceria, e isso vale mais do que mil orações.

Ainda me lembro certa vez, quando caminhava no centro de São Paulo em direção ao fórum; em dado momento, na calçada movimentada, me dei conta de que as pessoas, inclusive eu, por falta de espaço físico, passavam por cima dos pés de uma criança que dormia enrolada num cobertor sujo, provavelmente drogada.

Num gesto rápido, ao passar por ela, olhei o relógio para verificar se estava atrasado ao meu compromisso. Foi quando me surpreendi com o fato de que eu e tantas outras pessoas, havíamos passado por cima de ser humano, uma criança abandonada, doente, sem nem sequer nos termos indignado. Aquela imagem e a minha insensibilidade me perturbaram o dia inteiro. Eu dizia para mim mesmo: ” Você jamais deve se acostumar a ver crianças jogadas na rua”.

Era época de Yom Kippur, o Dia do Perdão, quando fazemos um balanço do ano que passou e nos arrependemos dos erros cometidos. Então tentei responder perante Deus à seguinte pergunta, como costumo fazer todos os anos faço: ” Que tipo de pessoa eu me tornei ?” A resposta sempre me serviu para me redirecionar, e me fazer indignar com as coisas erradas desse mundo principalmente no Brasil de hoje. Afinal a indignação é um instrumento de Deus e perdê-la significa não ser mais um bom parceiro, e isso não é bom nem para Ele, tampouco para nós.

Fernando Rizzolo

Ano Novo judaico, judeus comemoram 5771

Judeus de todo o mundo comemoram o Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico, que se inicia nesta quarta-feira à noite dia 8 de setembro de 20010. Para saudar a chegada do ano 5771, as famílias seguem a tradição: reúnem-se para jantar, além de comparecerem às sinagogas para orações.

Entendo que momentos para uma reflexão independem de religião, qualquer comemoração que nos leve a pensar, ou a refletir no que somos, e de que forma utilizamos nossas habilidades, sejam elas culturais, técnicas, ou políticas, são valiosas. São intervalos em que esses momentos nos propiciam para que numa tentativa de nos aproximar de algo mais perfeito como a natureza ou Deus, arregimentemos as forças em prol daqueles que atualmente não estão tão fortes e que precisam das nossas habilidades para que possamos libertá-los. O conceito de religião, é o da libertação, e isso está incutido nas tradições judaico cristão, desde quando Moisés libertou o povo judeu do Egito.

Nas sinagogas, o Rosh Hashaná é comemorado com orações e com o toque do Shofar, um instrumento feito de chifre de carneiro e que avisa sobre a chegada dos “Dias de Arrependimento”, que culminam com Yom Kipur – o Dia do Perdão, dia 17 de setembro, a Vespera de Yom Kipur. O Yom Kipur é a data mais sagrada do calendário judaico, em que se faz jejum para atingir uma introspecção completa e pede-se o perdão dos pecados cometidos. Em Yom Kipur, o homem deve responder perante DEUS à pergunta: ” Que tipo de pessoa eu me tornei ?

Na religião judaica existe uma simbologia forte nos rituais, centrada nos alimentos. O pão redondo simboliza os ciclos da vida, a maçã com mel simboliza a idéia de se ter um ano doce, assim com a romã significa uma disposição para que a nossa vida tenha tantos méritos como as sementes dessa fruta.

Desejo aos Judeus e a todos que comemoram essa data como sendo uma referência, que pensem e reflitam até que ponto nossas habilidades estão realmente a serviço daqueles que a necessitam, ou estarão elas se prestando aos poderosos que a tudo tem, poderosos esses que como um Farol no Meio do Oceano apenas pensam em iluminar cada vez mais a parte de cima, deixando a base na mais profunda escuridão. Pela ética judaica, temos que iluminar também aqueles que estão embaixo, vamos iluminar os pés do Farol, vamos enfim trazer luz para quem está na escuridão, na escuridão do desamparo, da falta de oportunidade, da desesperança. Vamos celebrar nesta data, que sejamos inscritos no Livro da Vida, com o compromisso de jamais desistirmos de fazer um Brasil melhor a todo povo brasileiro.

Shaná Tová a todos , independente de religião !

Veja Também: Silvio Santos fala sobre Yom Kippur.

Hoje não haverá posts!

Fernando Rizzolo

Hoje Yom Kippur

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Hoje sexta- feira dia 21 por volta das 17:40 se dará inicio ao Yom Kippur término dia 22 às 18:46

O nome Yom Kipur – Dia do Perdão – nos informa de um aspecto apenas de sua significação. “Porque neste dia se fará expiação por vós para purificar-vos de todos os vossos pecados; Perante Ad-nai ficareis purificados (Lev.XVI,30).

Isso é Yom Kipur, perdão e purificação, esquecimento dos erros e extirpação das impurezas da alma. Nobres conceitos que se tomam em sua acepção mais ampla. Não se trata unicamente do perdão Divino, que se invoca mediante a confissão das faltas e as práticas de abstinência, mas, também, do perdão humano, que exige o desprendimento da vaidade e contribui para a elevação moral. Quando chega Yom Kipur, cada judeu deve estender ao seu inimigo uma mão de reconciliação, deve esquecer as ofensas recebidas e desculpar-se pelas feitas aos outros, pois, limpo de todas as suas escórias físicas e morais, deve comparecer perante o Tribunal de D`us. Durante um dia inteiro ele permanece diante desse Tribunal numa ampla confissão de suas culpas, em humildade e arrependimento, não com o fim de rebaixar sua dignidade humana, mas para elevar-se acima de suas misérias morais e apagar toda sombra de pecado em seu interior. E assim, depurado, vislumbrar com mais claridade os caminhos do bem.

Yom Kipur é data de jejum absoluto que se interpreta não somente como uma evasão do terreno, mas como uma prova de nossa força de vontade sobre os apetites materiais que tantas vezes conduzem ao pecado. Por último, o jejum nos faz sentir na própria carne os padecimentos de tantos seres humanos que, por falta de meios, sofrem fome e sede.
Isaac Dahan