UGT: só haverá acordo com fim do fator previdenciário

BRASÍLIA – O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Pattah, afirmou hoje que a entidade só aceitará proposta do governo federal para reajuste dos aposentados e pensionistas da Previdência que inclua o fim do fator previdenciário. “Não terá acordo em relação a esse instrumento perverso que reduz os benefícios, que é o fator previdenciário”, disse ele, em conversa com a Agência Estado. Segundo ele, a posição da entidade em favor do fim do fator previdenciário, nos moldes de um projeto de lei de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), foi referendada hoje durante a realização da 8ª Plenária da UGT, em Brasília, que reuniu dirigentes regionais da entidade.

O presidente da UGT confirmou a possibilidade de ocorrer uma reunião entre os dirigentes de todas as centrais sindicais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã ou na quinta-feira pela manhã, após a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora marcada para esta quarta-feira em Brasília. Segundo Ricardo Pattah, o reajuste real de 2,5% que está sendo sinalizado para quem ganha mais de um salário mínimo da Previdência Social pode ser melhorado. “No entanto, a nossa principal condição será o fim do fator previdenciário e vamos panfletar o Brasil com essa nossa posição”, ressaltou o sindicalista.

A proposta do senador Paim, que extingue o fator previdenciário, não agrada o governo porque elevará as despesas com aposentadorias futuras. O fator é uma fórmula que reduz ou eleva o valor final das aposentadorias de acordo com a idade do segurado. O Ministério da Previdência Social é contra a proposta porque, além de acabar com essa fórmula, o projeto também restabelece a chamada “média curta” no cálculo das aposentadorias, considerando apenas os últimos três anos de contribuições ao sistema. Atualmente, considera-se a média das contribuições feitas desde junho de 1994.

O governo não quer o fim do fator, que foi criado em 1999 para desestimular as aposentadorias precoces. Desde então, proporcionou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) uma economia estimada em R$ 10 bilhões. O governo aceitou apenas uma mudança de critério: as pessoas poderiam se aposentar com benefício integral quando a idade, somada ao tempo de contribuição, resultasse em 95 anos (homens), ou 85 anos (mulheres). Por essa nova fórmula, seria exigido menos tempo adicional de contribuição para não haver redução nos valores finais.

agencia estado

Rizzolo: É bom saber que, no universo sindical ainda existem pessoas, líderes, comprometidos com a causa dos aposentados como Ricardo Pattah. Desse eu posso falar porque o conheço, e é um amigo. A postura realista de Pattah na defesa do fim do fator previdenciário, faz dele um destaque no universo sindical, comandando a UGT. Falar claramente, sem rodeios que o que queremos é o fim do fator, sem meandros, sem instrumentos de substituição. Acabar com esse fator que na realidade agride a integridade física e moral dos aposentados e daqueles que já deram o seu quinhão de contribuição à nação. O presidente Lula não deixará uma triste lembrança na memória dos aposentados, tenho certeza disso. Parabéns Pattah pela sua postura !

Kassab participa de evento comemorativo às mulheres

SÃO PAULO – De volta de sua viagem ao Líbano, o prefeito Gilberto Kassab participou neste domingo (8) das comemorações do Dia Internacional da Mulher, no Vale do Anhangabaú, região central. Organizado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo (filiado à União Geral dos Trabalhadores-UGT) e apoiado pelas secretarias municipais da Saúde e do Trabalho, o evento – iniciado ontem – visa a resgatar, por meio de diversas ações sociais, a dignidade das mulheres, sobretudo das que vivem situação de alta vulnerabilidade social. Organizadores estimam que cerca de 15 mil pessoas participaram da programação nos dois dias. Fazem parte das atividades deste domingo shows de diversos cantores e grupos musicais.

Intitulado “Mulher com Vida”, o evento foi dedicado às mulheres excluídas, como moradoras de rua, de cortiço, sem teto e catadoras de material reciclável. Em cerca de 40 tendas instaladas no Vale do Anhangabaú elas receberam diversos tipos de atendimento, como corte de cabelo, manicure, maquiagem, alimentação. Foi montado um local onde elas puderam tomar banho e uma lavanderia, com máquinas, para lavar, secar e passar suas roupas. Foram oferecidos ainda serviços de cidadania em um posto da Delegacia da Mulher e orientações jurídicas, previdenciárias e de saúde. O Sindicato dos Comerciários e a UGT também arrecadaram roupas e calçados, distribuídos para a população carente.

O prefeito circulou entre as tendas e conversou com a população que estava sendo atendida, incluindo homens, crianças e portadores de necessidades especiais. Ele disse que esta iniciativa e outras que procurem homenagear a mulher têm o apoio da Prefeitura. “A UGT está fazendo um trabalho extraordinário, em que milhares de pessoas estão sendo atendidas, numa demonstração de sua preocupação em priorizar o papel e o valor da mulher. A Prefeitura, junto com o Governo do Estado e a UGT, participa desta ação, que é muito importante”, afirmou.

Dentre as ações da Prefeitura voltadas à mulher, o prefeito destacou a recém-criada Secretaria Especial da Mulher, dirigida pelo médico José Aristodemo Pinotti. Como mensagem às homenageadas, Kassab disse que todos reconhecem seu papel na sociedade. “Elas estão cada vez mais presentes na vida pública. Nossa presença aqui não é só na condição de prefeito. É de ser humano, cidadão, que vem abraçar cada mãe, tia, filha, enfim, cada mulher que com carinho embala o sonho de tanta gente”, observou o prefeito, que esteve acompanhado do secretário de Segurança Urbana, Edsom Ortega, e do secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, representando o governador José Serra.

O presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da UGT, Ricardo Patah, disse que é a primeira vez que as entidades realizam um evento desse porte num local público aberto e com apoio da Prefeitura. “Anteriormente era em auditórios fechados. Em grandes cidades há muitas pessoas excluídas que vivem à margem da sociedade, por conta disso nossa intenção é promover a inclusão social e facilitar o acesso aos serviços de cidadania. Trouxemos uma unidade do Poupatempo, para que elas pudessem tirar seus documentos, e órgãos da secretaria do Trabalho municipal e estadual para dar oportunidades de emprego a elas”, falou.

A parte final do evento foi marcada por shows dos cantores Leonardo e Netinho de Paula e grupos musicais Edson e Hudson, Ulisses e Moisés, Nuwance, KLB, dentre outros.

Rizzolo: Soube que hoje houve um movimento de feminista em São Paulo, na avenida Paulista. Uma tolice. O grande problema dos movimentos feministas é que são fruto do capitalismo, e visam acima de tudo – por trás de uma pretensa luta – uma cisão entre homens e mulheres, refreando uma luta que deveria ser conjunta; vindo assim ao encontro dos interesses daqueles que querem minimizar a luta, fracionando e enfraquecendo o movimento dos trabalhadores, homens e mulhers.

O feminismo é fruto do individualismo, e serve apenas ao capital. Com efeito, nos países socialistas, a luta para a libertação da mulher se faz na pauta para a libertação do homem e da mulher, ou seja, dos trabalhadores em geral e não gerar uma luta entre homens e mulheres enfraquecendo o objetivo comum. Sei que vão dizer que minha postura é comunista, socialista, seja o que for, mas esta é a verdade.

Em compensação hoje estive a convite do meu amigo Ricardo Patah, presidente da UGT, no ato político do Sindicato dos Comerciários – UGT, no Vale do Anhangabaú, referente ao artigo acima comemorando o Dia Internacional da Mulher. Essa sim foi uma grande festa, lá estavam o prefeito Kassab, o vereador Floriano Pesaro, Afif Dominos, a ex-candidata Soninha, o ex- ministro Magri entre outros. Tive o prazer de conversar com todos por um bom tempo, numa ambiente político e de inclusão social. Entendo que a luta da mulher deve ser comemorada todos os dias, contra os baixos salários, contra a dupla jornada, na exploração em suas mais diversas formas, numa luta conjunta, não de uma proposta fracionada, como as das ” feministas”. A UGT desponta como uma grande central Sindical, moderna, atuante, e com propostas originais, que vão realmente aos interesses do trabalhador, muito além dos interesses políticos. Parabéns ao Ricardo Patah e a UGT pela manifestação !