A Filarmônica, Villa-Lobos e os Negros

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O teatro não era grande, mas era espaçoso o suficiente para ser aconchegante naquela noite fria. Afinal, ouvir Villa-Lobos é quase um ato de oração ao Brasil. Com efeito, a grandeza da música erudita, quando tocada por uma boa filarmônica, nos leva a viajar na melodia, nos conduz à reflexão, arremessando-nos na seara da imaginação. Pois não há ninguém melhor que o grande compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, com sua música e ritmo, para desnudar de forma artística a essência do povo brasileiro.

Foi exatamente naquela noite, ao som das bachianas brasileiras, que descobri um Brasil que se transforma a cada dia. O público, na maioria oriundo de uma elite paulista, contava também com alguns ouvintes especiais. O que era raro anos atrás estava ocorrendo bem ali à minha frente. Alguns rapazes negros e de aparência humilde aplaudiam o concerto, sensibilizados pela beleza da música – pareciam acompanhar o ritmo cadente brasileiro, degustando a grandiosidade da melodia, embriagando-se de Brasil.

Ao observá-los, comecei a refletir sobre o papel dos negros na cultura, nas artes, na inclusão cultural, fruto de um trabalho social real do governo para finalmente levar a população negra e mais carente a compartilhar das diversas manifestações culturais do país. Não é por acaso que o Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que segue agora para a sanção do presidente Lula.

Não há como pensarmos em igualdade racial sem tutelarmos as ações que visem à igualdade de oportunidades, principalmente no que tange ao mercado de trabalho. Temos que nos conscientizar de que houve, sim, uma defasagem cultural, de oportunidades, de inclusão social, resultado de toda sorte de injustiças que já perduram há 121 anos, desde a abolição da escravatura.

Talvez Heitor Villa-Lobos, ao fundir material folclórico brasileiro às formas pré-clássicas ao estilo de Bach, já estivesse prevendo que um dia sua música inspiraria mais que uma viagem à essência do povo brasileiro – inspiraria uma união racial que levaria suas composições eruditas a serem uma referência lógica; talvez previsse que o reflexo do gosto musical refinado por muitos teria por princípio a participação dos negros e da população excluída – que, de certa forma, serviu de inspiração e de sonho a este grande compositor brasileiro, que cantou um Brasil mais justo para todos nós.

Fernando Rizzolo

Dedico este texto à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

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Ahmadinejad E Chávez unem-se contra o ‘imperialismo’

TEERÃ – O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad e seu colega venezuelano, Hugo Chávez, fizeram críticas ao Ocidente neste sábado, prometendo aprofundar os laços entre os dois países e permanecerem juntos contra os Estados Unidos e as potências mundiais, que os dois chamam de imperialistas.

Chávez está numa viagem de 11 dias e já visitou a Líbia, Argélia, Síria e Irã. O líder venezuelano também vai visitar a Bielo-Rússia, a Rússia e a Espanha no que chamou de uma tentativa de construir um “mundo multipolar” e de conter as influência dos Estados Unidos.

Depois de chegar a Teerã na noite de sexta-feira, sua oitava visita ao país, Chávez disse que o Irã é “um aliado estratégico, um aliado leal” do seu país e defendeu o direito do Irã de ter um programa nuclear.

Ele elogiou o Irã por não aceitar as supostas tentativas das “forças do Ocidente” de desestabilizar o país após as eleições presidenciais de junho que deu a Ahmadinejad seu segundo mandato. Essas tentativas fracassaram, disse Chávez, e “o Irã ficou fortalecido”.

Ele se referiu aos protestos feitos por opositores da reeleição de Ahmadinejad, manifestações que Teerã afirma foram patrocinadas pelo Ocidente e que foram violentamente reprimidas.

Durante a reunião deste sábado entre Chávez e Ahmadinejad, a imprensa em língua inglesa do Irã informou que o presidente iraniano disse que os dois países têm “a importante missão de ajudar os países oprimidos e revolucionários e expandir o fronte anti-imperialismo no mundo”.

Chávez e Ahmadinejad estabeleceram relações que vão do sistema financeiro à produção industrial. Fábricas iranianas produzem carros, tratores e bicicletas na Venezuela e as relações entre os dois países preocupam Washington.

Falando à televisão estatal venezuelana pelo telefone, Chávez defendeu o “direito soberano” do Irã de ter um programa nuclear, que o Ocidente acredita que mascare a produção de armas nucleares. Teerã afirma que o objetivo do programa é produzir energia elétrica.

“Não há qualquer prova que qualquer pessoa possa mostrar que o Irã está construindo uma bomba atômica”, disse Chávez. “Estamos certos de que o Irã não fará chantagem”.

Chávez disse que tanto Teerã quanto Caracas estão “enfrentando o mesmo inimigo, que é o império norte-americano e seus lacaios. E nós vamos vencer o império e os lacaios”.

Ele também disse que o recém fundado banco iraniano-venezuelano, sediado em Caracas, teve seu primeiro aporte de capital de US$ 200 milhões e que os dois países discutem a exploração de petróleo e gás tanto na Venezuela quanto no Irã e que estão construindo, em conjunto, usinas de etanol.
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Rizzolo: Esse camarada Chavez é realmente um problema para a América Latina. O pior é que o presidente Lula e a petezada adoram render homenagens a este cidadão que é um verdadeiro ” trouble maker “. Ele ainda fala em imperialismo, grita contra os EUA mas vende sua produção de petróleo aos americanos. Lula ao se solidarizar com Chavez faz um papel feio, com um regime mal visto em todo mundo. Imaginem Ahmadinejad e Chávez, bela dupla. Haja base americana e quarta frota para dar conta desse retrocesso na América Latina. Muitos devem estar falando ” Ah! mas esse Rizzolo, foi amigo dos bolivarianos, pagaram uma viagem de graça para ele a um Congresso em Caracas há dois anos atrás e agora se volta contra Chavez ?” É isso aí, só não é dado aos mortos o direito de mudar de idéia e se arrepender ! Só sou fiel as minhas idéias. Agora engraçado, não me convidaram mais..

Direitos Humanos e o Congresso Nacional

Ainda me lembro que uma das características do Partido dos Trabalhadores quando da sua fundação, em 1980, era seu purismo. O ideal de se criar um partido íntegro, na defesa da justiça social, na luta pelas liberdades democráticas e a favor dos Direitos Humanos, era uma bandeira irrefutável daqueles que na militância desfilavam e ostentavam suas bandeiras vermelhas pelas ruas das Capitais.

Com o tempo e exercitando o poder, o PT passou a sublinhar um discurso que se baseava não mais nos valores originais, mas nas condições reais da governabilidade. Em nome da viabilidade dos projetos sociais – que na verdade, há de se reconhecer que não foram poucos – o conceito de se procurar alianças passou a ser algo primordial. Em contraponto ideológico, passou-se a considerar tais alianças como um avanço, desprezando-se as conseqüências desta política nefasta.

Ter correlação de forças para viabilizar uma folga no Congresso, obtendo os instrumentos capazes de promover a governabilidade, substituiu, enfim, o purismo ideológico e toda essência proposital de sua fundação, que era composta por dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação.

No campo da política externa para os Direitos Humanos a postura brasileira causa polêmica no mundo ocidental. A estratégia de evitar confrontos nos plenários da Organização das Nações Unidas (ONU) faz o Brasil, infelizmente, poupar críticas à Coréia do Norte e sair em defesa do Sri Lanka. Tudo legitimado com a argumentação de evitar interferências às situações internas de países e dar espaço para que as regiões solucionem seus problemas. Nesse esteio, o Brasil também se absteve nos debates sobre Darfur, Irã e República Democrática do Congo, nos diversos órgãos da ONU.

Podemos observar que não só os conceitos de Direitos Humanos foram distanciados da proposta original petista, bem como os de origem ética e moral na preservação do tecido democrático. Tal condição ficou patente quando governo saiu em defesa apaixonada de parlamentares, cuja vida pública ainda é pautada sobre a velha política da frouxidão moral, no mau uso dos recursos públicos, do clientelismo, e do nepotismo.

Talvez, isso seja uma doença não só do PT, mas, da esquerda brasileira que, finalmente – em nome da governabilidade, da obtenção do apoio e simpatia da esquerda internacional, edo firme propósito de não perder os privilégios do poder – acaba por tudo sacrificar, abandonando a essência daquele purismo que seduziu grande parte do povo brasileiro que hoje observa, indignado, apenas um viés político oportunista e contraditório.

Fernando Rizzolo

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Zelaya diz que pedirá destituição de golpistas em 24 horas

SAN JOSÉ – O presidente deposto de Honduras, José Manuel Zelaya, chegou na noite desta quarta-feira, 8, à Costa Rica, para iniciar, na quinta, um diálogo junto ao líder de facto de seu país, Roberto Micheletti, mediado pelo presidente Oscar Arias, com o objetivo de pôr fim à crise política na nação. O líder destituído adiantou que pedirá a remoção do governo interino em 24 horas.

Em sua chegada a San José, Zelaya afirmou disse esperar uma “resposta clara da contraparte golpista que rompeu o processo democrático”. Mais cedo, o presidente deposto chamou Micheletti, nomeado em seu lugar após o golpe do último dia 28, de “gorila” e assegurou que o novo chefe de Estado hondurenho deverá “pagar” por sua traição.

“A traição é um crime que não prescreve”, afirmou Zelaya em declarações a um canal chileno de televisão, nas quais também reiterou que não negociará com os “golpistas” nas reuniões desta quinta. Segundo Zelaya, Roberto Micheletti representa um regime que deu um golpe de Estado com armas e que cometeu crimes como “assassinatos, violações aos direitos humanos e especialmente a traição.”

O presidente deposto negou ter violado a Constituição e as leis, como disseram os novos governantes de Honduras para justificar o golpe contra seu governo. “Se meu crime é lutar pela justiça, me declaro culpado”, disse Zelaya.

A missão de Arias será mediar um plano para que presidente deposto volte a seu posto, com o compromisso de não tentar se reeleger. Na terça-feira, Micheletti disse estar muito feliz com a escolha do presidente costa-riquenho e afirmou estar “aberto para o diálogo”. Em seguida ele recuou, dizendo que não iria à Costa Rica “negociar, mas conversar.”

A crise em Honduras começou no primeiro semestre, quando Zelaya desafiava o Congresso hondurenho, a Suprema Corte e o Exército do país ao pressionar por um plebiscito para obter apoio a uma mudança na Constituição que permitiria ao presidente se reeleger além do mandato único de quatro anos. Antes que ele pudesse realizar a votação, em 28 de junho o Exército de Honduras o prendeu quando o chefe de Estado ainda estava de pijamas e o levou à Costa Rica

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Rizzolo: Já comentei anteriormente meu ponto de vista em relação a Zelaya. Mas poderíamos de forma breve fazer uma reflexão, sobre o uso da democracia plebiscitária como instrumento da autocracia. É exatamente nessa esfera que os aproveitadores do “seculo 21” atuam, promovendo sucessivas consultas populares sob a égide da legitimidade democrática, para que num golpe rápido e rasteiro, solaparem as instituições e por último rasgarem a Constituição do país. Talvez a nova forma de golpe branco, como costumo classificar, seria uma “interpretação estelionatária” da essência da democracia, de forma a levar o povo a incorrer em erro ideológico, ensejando uma visão de legitimidade popular, com um claro propósito de chancelar uma verdadeira autocracia, esta, a favor da linhagem esquerdista implantada na América Latina. Uma verdadeira inversão de valores, que apenas impressiona os incautos e o pobre povo inculto.

Falta de ética e de Deus causaram crise econômica, diz papa

De Roma para a BBC Brasil – O Vaticano divulgou, nesta terça-feira, a terceira encíclica do papa Bento 16, intitulada “Caridade na Verdade”, onde o pontífice aponta os motivos que, segundo a Igreja Católica, teriam causado a atual crise econômica e indica a necessidade de reformas para colocar o homem no centro da economia.

A encíclica foi divulgada um dia antes da abertura, na cidade de L’Aquila, na Itália, da cúpula do G8, que reúne os líderes dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia, e onde a crise econômica deve ser o principal tema de discussões.

No documento de 148 páginas, Bento 16 afirma que o desenvolvimento econômico é positivo, porque “tirou milhões de pessoas da miséria e deu a muitos países a possibilidade de se tornarem atores eficazes da política internacional”.

Por outro lado, segundo o papa, a crise econômica atual evidenciou anomalias e problemas que devem ser analisados sem usar ideologias, que “simplificam a realidade”.

Disparidades

Na avaliação do papa, a riqueza mundial cresce em termos absolutos, mas aumentam as disparidades e surgem novas pobrezas.

“Nos países ricos, novas categorias sociais empobrecem e, em áreas mais pobres, alguns grupos gozam de uma espécie de desenvolvimento consumista, que contrasta de modo inadmissível com situações de miséria desumanizadora. Continua o escândalo de desproporções revoltantes”, diz o texto, preparado por Bento 16 e baseado na doutrina social da Igreja.

No documento, o papa aponta a “atividade financeira especulativa, fluxos migratórios muitas vezes provocados e depois mal administrados, e o uso desregrado dos recursos da terra”, como alguns dos principais fatores da crise.

Além disso, o papa afirma que a busca apenas do lucro, sem pensar no bem comum, pode destruir a riqueza e gerar mais pobreza.

“A economia precisa de uma ética amiga das pessoas para um correto funcionamento.(…). A crise atual mostra que os princípios de ética social, transparência, honestidade e responsabilidade não podem ser negligenciados”, afirma o papa na encíclica.

De acordo com o documento, a Igreja não sugere soluções técnicas para os problemas desencadeados pela crise que afeta a economia internacional, mas indica a doutrina social da Igreja como guia e recorda aos governantes que o “primeiro capital a ser preservado e valorizado é o homem, em sua integridade”.

“A Igreja não tem soluções técnicas a oferecer, mas uma missão de verdade a cumprir para uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade e vocação “, diz o texto. Deus

No segundo dos seis capítulos da encíclica, o papa afirma que a prioridade deve ser a criação de empregos e o acesso ao trabalho, assim como maiores garantias aos trabalhadores, cujos direitos estão em risco devido à “competição internacional das empresas e ao uso especulativo dos recursos financeiros”.

Na avaliação do papa, há condições para uma grande redistribuição da riqueza, mas “projetos egoístas e protecionistas” podem frear a difusão do bem estar.

“A crise atual exige mudanças profundas para as empresas, que não podem ter como objetivo apenas os interesses dos proprietários e as indicações dos acionistas, mas devem se encarregar da comunidade local”.

Segundo o papa, há uma relação fundamental entre o desenvolvimento econômico e social e o ponto de vista religioso. O evangelho, segundo ele, é “imprescindível” para construir uma sociedade justa e livre.

“Sem a perspectiva de uma vida eterna e sem Deus, o desenvolvimento é negado e desumanizado”, escreve Bento 16.

Organismos internacionais

Bento 16 sugere ainda a necessidade de reformar alguns organismos internacionais, para que sejam mais eficientes no combate à fome e no gerenciamento da globalização.

“É urgente a presença de uma verdadeira autoridade política mundial”, escreve o papa.

Segundo o pontífice, os organismos internacionais deveriam se interrogar a respeito da real eficácia de seus “caros aparatos burocráticos”.

“Às vezes, os pobres servem para manter caras organizações burocráticas. É preciso uma grande transparência sobre os fundos recebidos”, diz a encíclica.

Segundo Bento 16, o mercado não é negativo, mas não pode cumprir sua função econômica sem a solidariedade e confiança recíprocas, e deve ter como objetivo o bem comum, que deve ser responsabilidade principalmente da comunidade política.

Natalidade

Na encíclica, o papa volta a defender a vida, desde a concepção até a morte natural, e critica os programas de controle demográfico, como parte de medidas para desenvolvimento econômico.

“Em várias partes do mundo, há práticas de controle demográfico que chegam a impor o aborto. Há uma mentalidade contra a natalidade nos países desenvolvidos que se tenta transmitir a outros Estados, como se fosse um progresso cultural”, escreve o papa.

Bento 16 afirma que as causas do subdesenvolvimento não são de ordem material, mas, sobretudo, “a falta de fraternidade entre homens e povos” que, por causa da globalização crescente, “são vizinhos, mas não irmãos”.

Em sua opinião é necessária uma mudança de mentalidade e de estilo de vida.

“Menos hedonismo e consumismo e mais respeito aos recursos ambientais e à vida”, sugere o papa. BBC Brasil – Todos os direitos reservados.
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Rizzolo: Não há como discordar do papa Bento 16 em suas afirmações. O egoísmo e o descontrole do meio financeiro internacional, sem a sua devida regulamentação, causam os desajustes que afetam toda a humanidade, e principalmente os mais pobres. É também verdade que a prosperidade mal planejada proporciona um novo tipo de pobres nos países ricos. Mas a principal questão abordada que mais me preocupa, é a busca desenfreada pelo lucro e a falta de uma visão espiritual, divina, baseada em princípios religiosos, que hoje aflige os governos da maioria dos países.

A palavra ética, moral, Deus, é quase desconhecida no mundo político, e entre os presidentes da maioria das nações, fazendo com que o Estado pouco tenha de esteio moral e religioso, concitando o povo apenas a consumir, a ganhar, na busca deseperada pelo lucro, desprezando o essencial que é a espiritualidade: “a gasolina da alma”.

Hillary: OEA enviará delegação a Honduras para negociar

WASHINGTON – A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou hoje que a situação em Honduras resultou “em um golpe”. Ela disse que os Estados Unidos estudam qual consequência terá a crise em Honduras para os programas de assistência ao país. Segundo ela, a Organização dos Estados Americanos (OEA) enviará uma delegação à nação caribenha “para começar a trabalhar” com os setores em conflito na restauração do governo constitucional. “É importante que tomemos uma posição a favor do Estado de direito”, afirmou.

Governos de América Latina e Europa condenaram a derrubada do presidente Manuel Zelaya e pediram que o conflito seja resolvido pela via democrática. Brasil e Uruguai afirmaram que não reconhecerão nenhum governo hondurenho que não seja o de Zelaya, deposto e expulso do país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em seu programa de rádio semanal “Café com o Presidente” que não aceitará nem reconhecerá nenhum governo que não seja encabeçado por Zelaya “porque ele foi eleito diretamente pelo voto, cumprindo as regras da democracia”.

Honduras se arrisca a ficar isolada do resto da América Latina se o mandatário deposto não retornar à presidência, advertiu Lula, que afirmou ter conversado sobre a situação com os presidentes do Paraguai, Fernando Lugo, e do Chile, Michelle Bachelet. “Não podemos aceitar mais na América Latina que alguém queira resolver seus problemas de poder pela via do golpe”, concluiu o brasileiro.

O governo uruguaio informou que não reconhecerá como presidente provisório de Honduras Roberto Micheletti, que foi designado ontem pelo Congresso hondurenho, após o golpe. “A chancelaria uruguaia ratifica o comunicado emitido pelo Mercosul, em apoio à institucionalidade democrática, e manifesta seu mais enérgico repúdio ao sequestro e expulsão do presidente Manuel Zelaya, em aberta violação da ordem constitucional”, afirmou um comunicado publicado hoje no site da presidência.

Condenação

O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, também condenou a expulsão de Zelaya e pediu seu imediato retorno ao poder. “A solução para qualquer disputa deve se buscar sempre no diálogo e no respeito às normas democráticas”, afirmou ele, em comunicado. O presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D”Escoto Brockmann, disse que havia convidado Zelaya a Nova York, para que informe diretamente sobre a situação do país. Segundo D”Escoto, a deposição do líder hondurenho foi um ataque indigno à democracia.

Em Londres, o porta-voz do Escritório de Relações Exteriores Chris Bryant informou que “o Reino Unido condena a expulsão do presidente Zelaya e a restauração do governo democrático e constitucional em Honduras”. Na Alemanha, o ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, disse que a detenção de Zelaya e seu exílio forçoso na Costa Rica “violam a ordem constitucional”.

O secretário geral Iberoamericano, Enrique Iglesias, ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), afirmou que o golpe de Estado “é algo que não pode ser aceito”. Escolhido para o cargo pelos chefes de Estado e de governo dos países da América Latina, mais Portugal, Espanha e Andorra, Iglesias acredita que em Honduras “a vigência da Constituição” será retomada e Zelaya voltará ao poder. “Vamos ver as coisas no bom caminho.”

Iglesias considera que “a reação mundial foi impressionante”, pela rapidez e firmeza. Uruguaio, ele afirmou que “na América Latina temos superado essas etapas de golpes militares”, algo que “ninguém aceita” no continente. O secretário também elogiou o posicionamento do novo governo dos EUA, presidido por Barack Obama. “O governo Obama também teve posição firme e clara”, disse ele, que está no Brasil para um seminário no Rio, preparatório para a reunião de Cúpula Iberoamericana que será realizada em 30 de novembro, em Estoril, Portugal.
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Rizzolo: Já disse em um comentário anterior mas irei ratificar minha posição novamente. O presidente Manuel Zelaya agiu mal, provavelmente influenciado pelo seu ídolo Hugo Chavez. Tentou conduzir um plebiscito à revelia das normas legais. Com efeito não respeitou a Constituição – tanto que queria fazer um plebiscito inconstitucional – pouco se ateve ao Congresso e desprezou o Judiciário.

Bem, já vimos que Manuel Zelaya bonzinho não é, tampouco coitadinho e injustiçado. Se os países da América Latina entendem que conclamando o povo pobre, que se encanta com as palavras doces dos oportunistas, e com artifícios demogógicos podem golpear, rasgar, e queimar a Constituição de um país, estão eles enganados. Ninguém aqui está defendendo um golpe militar, até porque se os militares ficarem a coisa muda de figura. Agora uma coisa é certa, a democracia não pode subsistir ou ser suplantada com os artifícios da demagogia e do populismo. Isso não. Não é tão fácil, como Hugo Chavez, Morales e sua turma entender ser.

Irã ataca Ocidente e volta a intimidar imprensa

Teerã, 21 jun (EFE).- O Irã começou hoje a mirar sua pontaria para os países ocidentais, enquanto prosseguem os protestos contra o Governo, especialmente em Teerã, onde cerca de 20 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas nos confrontos entre a Polícia e manifestantes.

De manhã, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, cuja reeleição foi o estopim da revolta no país, exigiu que Estados Unidos e Reino Unido parem de interferir nos assuntos internos do país.

“Com estas opiniões prematuras, tirarei-os com toda certeza do círculo de amigos do Irã. Portando, aconselho corrigirem esta postura intervencionista”, disse o chefe de Estado.

Segundo Ahmadinejad, acusado pela oposição de fraudar as eleições, EUA e Reino Unido não conhecem o povo iraniano e se equivocam ao julgarem “estes eventos que elevam ainda mais a importância da República Islâmica do Irã”.

Horas depois, o Governo ordenou a expulsão do correspondente permanente da “BBC” em Teerã, John Leyne, acusado de dar “informações falsas”, “não manter a objetividade”, “estimular os distúrbios” e desrespeitar o código de ética da profissão.

Leyne, assim como os outros repórteres estrangeiros que ainda estão em Teerã, desde terça-feira está proibido de sair às ruas para cobrir as manifestações da oposição, consideradas ilegais pelo regime.

O ataque verbal contra os países estrangeiros foi iniciado pelo ministro de Assuntos Exteriores, Manouchehr Mottaki, quem numa reunião com o corpo diplomático credenciado no país acusou França, Alemanha e Reino Unido de aproveitarem as eleições presidenciais para tentar derrubar o regime.

“Os políticos de certos países fizeram declarações intrusivas e irresponsáveis (…). Eles deveriam pensar duas vezes antes de questionar o processo democrático das últimas eleições”, afirmou.

Mottaki foi especialmente duro com a Chancelaria britânica, que, segundo disse, perturba a paz no Oriente médio para “proteger o Estado sionista (Israel)”.

Além disso, pediu à França que se desculpe pelas declarações do presidente Nicolas Sarkozy, que disse ter certeza de que são verdadeiras as denúncias de fraude nas eleições.

O presidente do Parlamento, Ali Larijani, foi além e disse que os legisladores do país deveriam reconsiderar as relações diplomáticas com todos estes países.

Segundo a rádio oficial, Larijani classificou como “vergonhosa” a postura adotada pelas três potências europeias e pelos Estados Unidos. Em resposta, sugeriu à Comissão de Assuntos Exteriores do Parlamento que “repense os laços com os três países europeus”.

Há uma semana, o Irã é palco de protestos e confrontos diários entre a oposição e a Polícia, esta última apoiada por integrantes da milícia islâmica Basij.

A situação na capital Teerã se agravou ontem, depois que pelo menos 13 pessoas morreram vítimas da repressão policial contra mais uma manifestação convocada pela oposição em protesto contra o resultado do pleito do último dia 12.

Hoje, a TV estatal classificou como “terroristas” os que enfrentam a Polícia. Disse ainda que a Polícia deteve várias pessoas relacionadas ao grupo opositor armado Mujahedin Khalq.

Enquanto a militarização cresce nas ruas, o líder da oposição, Mir Hussein Moussavi, disse que é preciso “limpar as mentiras e as atitudes desonestas” que ameaçam destruir o sistema.

Num texto publicado em seu site, o ex-primeiro-ministro disse que as autoridades da República Islâmica devem permitir os protestos ou enfrentar as consequências.

As palavras de Moussavi representaram um claro desafio ao líder supremo da Revolução iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, que na sexta-feira negou as denúncias de fraude eleitoral e exigiu um fim nos protestos.

“Não nos opomos ao sistema islâmico e a suas leis, mas às mentiras e às ideias desviadas. Só buscamos uma reforma”, afirmou Moussavi.

“O povo espera de seus governantes honestidade e decência, porque muitos de nossos problemas se devem às mentiras. A revolução islâmica deve ser o caminho”, acrescentou. EFE

Rizzolo: Bem, como podemos observar, todo regime tirano quando é de certa forma desnudado, aponta suas ameaças sem constrangimento a seus inimigos. Intimidar a imprensa, vociferar contra países democráticos do Ocidente, é tudo que este Blog já previa quando os EUA se enfraqueceu com a vitória e o discurso dócil de Obama. Foi justamente quando os radicais do mundo descobriram a fragilidade ideológica de Obama, seu discurso populista, bobo, sem sentido, é que como bactérias oportunistas, aproveitaram para enrijecer suas disposições contra a democracia, a liberdade de imprensa, e a livre expressão do pensamento.

Agora o pior, o Brasil neste cenário, bate palmas e aplaude Mahmoud Ahmadinejad, convida-o para visitar o país, promete “estreitar os laços”, faz “vista grossa” para as armas de destruição em massa desenvolvidas no Irã e falta de direitos humanos, e se encantam com os discursos bobos de Mahmoud Ahmadinejad. O presidente de Israel, Shimon Peres, disse neste domingo, 21, que espera que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad seja derrubado “Não sabemos o que desaparecerá antes no Irã: o programa de enriquecimento de urânio ou o miserável governo (de Ahmadinejad). Esperamos que seja o governo”, disse Peres numa reunião da Agência Judaica em Jerusalém. É isso ai.

Sábado violento no Irã deixa mais de 20 mortos, diz TV

TEERÃ – Pelo menos 19 pessoas teriam morrido nos protestos que ocorreram hoje em Teerã, contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. A informação é da rede de televisão “CNN”, que citou fontes dos hospitais. Também neste sábado, uma explosão suicida deixou pelo menos dois mortos e oito feridos, segundo a emissora de TV estatal. O atentado ocorreu no mausoléu do líder da revolução islâmica, Aiatolá Ruhollah Khomeini. Dados não confirmados colocam o número de mortos em até 150 em uma semana de conflitos após as eleições; fontes do governo afirmam que 400 policiais ficaram feridos nesse período.

Os manifestantes apoiam Mir Hossein Moussavi, candidato derrotado no pleito, e afirmam que houve fraude eleitoral. O líder supremo da nação, Aiatolá Ali Khamenei, disse ontem que responsabilizará Moussavi caso os confrontos continuem, o que fez com que o oposicionista declarasse que estava pronto para o “martírio”, segundo a “CNN”. A rede de televisão norte-americana também informou que os helicópteros do governo que foram vistos despejando água sobre os manifestantes poderiam ter utilizado na verdade água fervente ou até mesmo ácido, segundo testemunhas.

Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu que as autoridades iranianas interrompam “toda a violência e ações injustas contra seu próprio povo”. Obama havia se oferecido para abrir negociações com o Irã, o que poderia aproximar os dois países depois de um congelamento diplomático de quase 30 anos, mas o aumento da violência pode prejudicar essa tentativa de distensão.
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Rizzolo: A situação esta se complicando no Irã. Os manifestantes apóiam Mir Hossein Moussavi, não se conformam, e com razão promovem as devidas manifestações de cunho democrático, enfrentando as milícias. Um governo que não respeita os direitos humanos, merece uma manifestação à altura. Os radicais do regime de Mahmoud Ahmadinejad com o apoio dos religiosos extremistas, faz com que o Irã se torne uma preocupação para o mundo, e a violência faz parte deste cardápio de horror promovido pelo louco Ahmadinejad. A imprensa estrangeira é coibida de seu exercício, e está proibida manifestações. Agora, o que eu não entendo é um país como o Brasil, democrático, aplaudir este regime estreitando os laços com essa gente, com o “pretexto comercial”.

ONGs criticam apoio do Brasil a violadores dos direitos humanos

Genebra, 15 jun (EFE).- As ONGs Human Rights Watch (HRW) e Conectas Direitos Humanos lamentaram hoje o fato de o Brasil apoiar países que sistematicamente cometem abusos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

“O apoio do Brasil a Governos abusivos está enfraquecendo o trabalho do Conselho. Em vez de falar pelas vítimas, o Brasil frequentemente argumenta que os Governos precisam de uma chance e que a soberania das nações é mais importante que os direitos humanos”, afirmou Julie de Rivero, diretora da HRW em Genebra.

“O fracasso do Brasil em se opor ao desvio dos objetivos do Conselho e, às vezes, sua própria cumplicidade no processo são alarmantes”, disse, por sua vez, a ONG brasileira Conectas Direitos Humanos.

Esses comentários são parte dos comunicados que as duas ONGs distribuíram hoje por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Conselho.

“A posição do Brasil no Conselho está marcada por ambiguidades, particularmente em relação a casos graves e persistentes de abusos em países específicos”, acrescentou a Conectas.

Ambas as ONGs lembraram que o Brasil se absteve nas resoluções sobre a Coreia do Norte, que condenavam as violações dos direitos humanos no país, e na da República Democrática do Congo (RDC), que buscava o reforço do papel dos investigadores das Nações Unidas e condenava o uso da violência sexual e o recrutamento infantil.

“Durante a sessão especial sobre a situação no Sri Lanka, o Brasil foi copromotor de uma resolução que afirma o desacreditado princípio da não ingerência em assuntos internos. Essa resolução ignorou as afirmações da própria alta comissária dos Direitos Humanos, Navi Pillay, de que no conflito cingalês tinham sido cometidos crimes de guerra”, lamentou a HRW.

“Com sua posição, o Brasil retrocedeu seis anos ao enaltecer o princípio de não interferência”, acrescentou a Conectas.

A ONG brasileira lembrou que, nesta semana, o Conselho deve decidir se renova ou não o mandato do especialista independente da ONU para supervisionar a situação dos direitos humanos no Sudão.

“Em outras ocasiões, o Governo brasileiro, alegando a cooperação e o apoio regional, apoiou resoluções frágeis que não se comprometiam com as vítimas do Sudão. Esta semana, o Brasil terá a oportunidade de mudar esta tendência e demonstrar uma liderança real com as milhares de vítimas, sem levar em conta outros interesses”, afirmou a Conectas em sua nota. EFE
globo

Rizzolo: Há tempos que este Blog vem afirmando que o governo brasileiro trabalha na contramão dos conceitos de Direitos Humanos apoiando países que sistematicamente cometem abusos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Não é possível o Brasil se solidarizar com o presidente do Irã, de se calar frente às loucuras da Coréia do Norte, de dar abrigo as idéias de grupos extremistas islâmicos como o fez no caso da Faixa de Gaza, provocando uma indignação na comunidade judaica mundial.

Esse esquerdismo fora de moda, que aplaude discursos populistas como os de Mahmoud Ahmadinejad que silencia frente à esquizofrenia de Kim Jong-il é lamentável, dá nisso aí, repúdio internacional em relação aos Direitos Humanos. Segundo a Human Rights, “o Brasil alega solidariedade mas essa solidariedade acaba sendo com governos que cometem abusos, e não com as vítimas”. Em linguagem simples, ” isso está pegando muito mal ao Brasil”.

Opositor ao governo do Irã, Moussavi está preso, afirma jornal israelense

Candidato à presidência, ele disse que eleições foram fraudadas.
Jornal ‘Haaretz’ diz que governo está dificultando comunicação em Teerã.

O candidato à presidência do Irã, Mir Hossein Moussavi teria sido preso neste sábado (13), informou o jornal israelense “Haaretz”. Ele é o principal opositor ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, reeleito em pleito conturbado nesta sexta-feira (12).

Moussavi, que obteve 33,75% dos votos, acusou o governo do Irã de fraudar as eleições. De acordo com uma ONG que defende os direitos humanos no país, ele foi preso a caminho da casa do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei.

Segundo o “Haaretz”, os jornalistas estrangeiros que estão no Irã têm dificuldades para saber o paradeiro do candidato derrotado, pois o governo estaria criando dificuldades para a comunicação.

Neste sábado, autoridades iranianas bloquearam o site de relacionamento Facebook, que seria utilizado por Moussavi para reportar fraudes nas eleições. Os telefones celulares também deixaram de funcionar em alguns momentos na sexta-feira e no sábado.

Após o anúncio da vitória de Ahmadinejad, milhares de eleitores de Moussavi se reuniram no centro de Teerã para pedir a anulação das eleições. O clima na capital ficou tenso, e houve confrontos com eleitores do presidente reeleito, segundo a agência Reuters.
globo

Rizzolo: Era de se esperar que a tirania continuasse sob os auspícios de Ahmadinejad. Infelizmente por meios fraudulentos, segundo informações, o cerceamento à democracia continua com o maior inimigo do mundo ocidental. Os próprios iranianos já não mais suportam a linha férrea do governo que isolou o Irã do mundo, com suas ameaças. A notícia de que o opositor Moussavi está preso corrobora o estado de exceção que vive o Irã. O pior é a política de países como o Brasil que apóiam o regime de Ahmadinejad, e ainda o convidam para uma visita de “cunho comercial”. Com certeza o povo iraniano saberá dar a devida resposta a estas arbitrariedades deste regime perigoso. Bela democracia, prende-se o opositor e ponto final.

Quatro aviões Airbus fizeram pouso de emergência nos últimos três dias

Dois aviões Airbus fizeram pousos de emergência devido a problemas técnicos nas primeiras horas desta quinta-feira, elevando a quatro o número de incidentes envolvendo aeronaves da empresa nos últimos três dias.

No mais grave deles, um Airbus A330 da companhia aérea australiana Jetstar, com 203 pessoas a bordo, teve que fazer uma aterrissagem de emergência na ilha de Guam, no Oceano Pacífico, por causa de um incêndio na cabine de comando.

A aeronave – do mesmo modelo do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio – fazia o trajeto entre Osaka, no Japão, e Gold Coast, na Austrália. Os pilotos teriam conseguido apagar o fogo antes de pousar, e nenhum passageiro ficou ferido.

Ainda na manhã desta quinta-feira, um Airbus A320 da empresa russa Aeroflot fez um pouso forçado em Novosibirsk, na Sibéria, com 122 pessoas a bordo, por causa de uma rachadura no para-brisas. O avião voava entre Irkustk, no centro-leste do país, e Moscou.

Na manhã da quarta-feira, outro Airbus foi obrigado a retornar ao aeroporto de Las Palmas, nas Ilhas Canárias, dez minutos após a decolagem, após ser detectado um problema no motor.

O avião da companhia escandinava Iberworld partia com 180 passageiros com destino a Oslo, na Noruega. Após o pouso, foram adotados os procedimentos de emergência para evacuar a aeronave, mas não houve maiores complicações.

Uma falha em um dos motores também causou um pouso forçado de um Airbus A340 da Air China, que fazia o trajeto entre Milão, na Itália, e Pequim, na terça-feira.

A aterrissagem ocorreu no aeroporto de Moscou, na Rússia. Não houve feridos entre as 155 pessoas a bordo.

‘Raros’

Apesar da proximidade dos incidentes com a queda do voo AF 447, e do fato de todos envolverem aviões da Airbus, especialistas garantem que essas ocorrências são raras.

“Todos os aviões apresentam problemas técnicos uma vez ou outra, mas eles são projetados para superar essas falhas com segurança, e os pilotos são treinados para lidar com eles”, lembra Richard Woodwird, vice-presidente da Associação Australiana e Internacional de Pilotos.

“Se considerarmos a quantidade de horas voadas por essas aeronaves, o número de incidentes é muito pequeno”, disse ele à BBC Brasil.

A assessoria de imprensa da Airbus disse à BBC Brasil que “a frota de A330 registra mais de 11 milhões de horas de voo” e que “não há motivos para relacionar esses casos individuais que ocorreram com aviões de outras companhias nos últimos dias ao acidente com o voo 447 da Air France”.

“O acidente (do AF 447) é muito grave, mas foi o primeiro com mortes desse avião em voos comerciais”, declarou a assessoria de imprensa da Airbus.

A empresa também lembra que a Agência Europeia para a Segurança da Aviação declarou nesta semana que o A330 “é um avião seguro, mesmo com os antigos modelos de sensores”.

Guam

Woodwird afirmou ter conversado com o comandante do voo da Jetstar que pousou em Guam e disse que os procedimentos adotados por ele foram os corretos.

Um porta-voz da companhia aérea disse à rede de TV australiana ABC News que um dos pilotos usou um extintor para apagar um fogo na cabine de comando, assim que foi notada uma fumaça.

“Nós fizemos um desvio de emergência para o Aeroporto Internacional de Guam, onde a aeronave pousou sem incidentes”.

De acordo com o porta-voz, o avião permanecerá em Guam até que as causas do incidente sejam apuradas.

Segundo informações, a maioria dos passageiros era de nacionalidade japonesa.

BBC

Rizzolo: Problemas com aeronaves sempre existem, a grande questão agora é o fato da perda da confiabilidade no Airbus. Pessoalmente entendo que ainda falta muito a esclarecer em relação a este acidente; sem antes descobrirmos a caixa preta ficará difícil especularmos sobre a causa. Sem análise nenhuma, sem provas, e por puro palpite minha opinião é de atentado terrorista, tudo leva a ser esta a causa. Como se trata se uma opinião sem base, fica no âmbito da especulação. Agora, esse avião não é de confiança mesmo, melhor voar de Boeing. Em novembro, como de costume, não vou mais à Paris de Airbus.

Publicado em Airbus pouso de emergência, Avião da Air France desaparece, últimas notícias, economia, fragata francesa, geral, ministro francês não descarta terrorismo, News, notícias, Nucleo de combate ao terrorismo, Política, política internacional, presidência núcleo de combate ao terrorismo, Principal, terrorismo Air France, terrorismo no Brasil, terrorismo no voo AF 447, terrorismo revista L´Express, Voo AF447 Air France. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

O Blog da Petrobras e os discursos do presidente

Uma das características do Presidente Lula é a sua capacidade pessoal de falar com o povo à sua maneira: de forma simples e objetiva, o que facilita a compreensão da maior parte do povo brasileiro. Sua fala é quase um dialeto, enriquecido com exemplos populares, o que de certa forma, empresta ao seu discurso um colorido pessoal, familiar e popular.

As velhas formas intelectualizadas e reflexivas que fizeram dos presidentes anteriores, líderes mais distantes do povo, agora dão lugar a uma nova linguagem: a linguagem popular e descontraída. Difícil será aos demais candidatos aprenderem tal dialeto, que tem na sua formação e exegese , a vivência dos pobres do dia-a-dia, as expressões calcadas nos conflitos oriundos das relações empregado-empregador, e na espontaneidade das risadas no chão de fábrica, nas horas vagas dos operários.

Da mesma forma, os jovens se comunicam de modo específico; absorvem as notícias rápida e objetivamente e passam a maior parte do seu tempo disponível, na Internet. Nesse esteio de pensamento, unindo uma linguagem clara e dirigida ao público jovem com um instrumento aceito no meio digital – os blogs – a Petrobras decidiu publicar as perguntas que lhe são formuladas por escrito pela imprensa, bem como as respostas dadas.

A imprensa não gostou. Entende que tal atitude intimida jornais e jornalistas quebrando a confidencialidade que deve orientar a relação destes com suas fontes. Fica patente que em face aos fatos que legitimam o uso de novas tecnologias, a Petrobras agiu bem, contudo, há de se reconhecer que em função de uma CPI, subtrair ou desconsiderar o papel da imprensa e dos jornalistas de uma forma geral é desacreditar em profissionais categorizados, desqualificando os demais meios de comunicação que não sejam os próprios, uniformizando o noticiário e restringindo o debate.

Os jovens, o povo brasileiro e os leitores, devem obter nas notícias conteúdos de cunho crítico e reflexivo e isso, só a imprensa como um todo, pode oferecer. Os blogs, jornais, noticiários, devem, de forma conjunta, extrair o rico conteúdo das informações e processá-las de forma ampla, para que a linguagem seja cada vez mais acessível e apropriada a todos tipos de leitores, amplificando a essência crítica que é um dos pilares da democracia e transformando-a numa dialética do pensar, assememlhando-se, assim, assim aos discursos do Presidente: de fácil compreensão, rico em exemplos, abrangendo os pobres e os eruditos.

Fernando Rizzolo

Presidência cria núcleo de combate ao terrorismo

BRASÍLIA – Um “Núcleo do Centro de Coordenação das Atividades de Prevenção e Combate ao Terrorismo” foi criado pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR), general Jorge Armando Felix. De acordo com portaria assinada pelo ministro e publicada na edição de hoje do “Diário Oficial da União”, o Núcleo, criado no âmbito do GSIPR, será integrado por servidores dos quadros do Ministério da Justiça, Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Defesa, e por funcionários que estão à disposição do Gabinete de Segurança Institucional.

Esses servidores terão a missão de promover a articulação de outros órgãos governamentais com interesse no combate ao terrorismo. O Núcleo terá como funções, além do acompanhamento de assuntos relacionados ao terror, realizar ações de prevenção e neutralização, além de promover estudos, reuniões, políticas, estratégias, programas e atividades de prevenção e combate ao terrorismo. Caberão ainda aos integrantes do Núcleo as tarefas de recolher subsídios para fazer “avaliação de risco de ameaça terrorista” e propor políticas e ações de combate e prevenção.
agencia estado

Rizzolo: Tenho observado que o governo tenta por todos os meios não admitir que no Brasil existam células terroristas. Contudo as afirmações do exterior, principalmente dos EUA nos dão conta que no Brasil existe sim grupos ligados ao terrorismo internacional. Mal acabei de comentar sobre terrorismo no post abaixo, me dou conta desta notícia sobre a criação de tal núcleo de combate ao terrorismo.

Depois de anunciado no exterior a prisão pela polícia federal de um suposto terrorista no Brasil – o que deixou o presidente Lula furioso – e agora as afirmativas da imprensa francesa de que pode haver nomes de passageiros no vôo 477 envolvidos no terror, o governo finalmente passa a se dar conta que é necessário criar órgãos que monitorem este grupos no Brasil, se é que existem.

Acho muito estranho toda esta movimentação em torno do terrorismo no Brasil de uma hora para outra. Ou há pressão do exterior, ou já se deram conta que existem elementos perigosos agindo por aqui. Preocupante isso, hein. Mais uma vez o tempo do governo reagir ás questões essenciais continua sendo lento.

Suspeitos de ligação com terrorismo estariam no voo 447, diz revista francesa

Identificação de 2 passageiros tem de ser confirmada, segundo ‘L’Express’.

Forças Armadas da França não confirmaram a informação.

Os serviços franceses de informação disseram que dois dos passageiros do voo 447 seriam ligados ao terrorismo, informou nesta quarta-feira (10) o site da revista francesa ‘L’Express’.

Segundo a matéria, a identidade da dupla precisa ser confirmada, e há a hipótese de que se trate apenas de homônimos.

Um porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da França, questionado pela agência Reuters sobre o fato, disse que não podia confirmar essa informação.

As autoridades francesas afirmaram diversas vezes que a hipótese de um atentado contra o voo da Air France 447 do Rio de Janeiro a Paris não estava totalmente descartada, mesmo sendo pouco provável.

As autoridades, no entanto, disseram que nenhum grupo reivindicou o atentado, o que seria de esperar num caso desse.
globo

Rizzolo: Como já disse em outras oportunidades não podemos descartar a possibilidade de um atentado. A revista L´Express em seu artigo afirma que dois passageiros poderiam estar envolvidos com o terrorismo, mas há de se provar se tais nomes não são homônimos.

O submarino nuclear francês Émeraude inicia nesta quarta-feira as operações para tentar localizar as caixas-pretas do Airbus A330 da Air France. Equipado com potentes sonares, ele irá patrulhar diariamente uma área de 36 quilômetros quadrados, que será a “cada dia diferente”, afirma o comandante Christophe Prazuck, porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da França.

A verdade é que esta tragédia não está devidamente esclarecida é só o tempo poderá indicar as causas. Minha opinião pessoal, de leigo no assunto, sem provas, mas levado pela minha intuição: atentado terrorista.

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