Prioridade de Alckmin passa a ser busca de aliados

Não foi a aclamação que se pretendia. Mas a candidatura de Geraldo Alckmin à prefeitura de São Paulo foi, finalmente, formalizada no final da noite desta segunda-feira (5). Agora, noves fora os cuidados com as trincas em seu próprio partido, a prioridade de Alckmin passa a ser a obtenção de aliados fora do PSDB.

Sem o PMDB de Orestes Quércia, que fechou com Gilberto Kassab (DEM), Alckmin apressa o passo em direção ao PTB. Diz-se nos arredores do candidato tucano que o acordo está por um fio de cabelo.

Sozinho, Alckmin iria à campanha com escassos três minutos de propaganda televisiva. Os especialistas em marketing eleitoral dizem que é pouco, muito pouco, pouquíssimo.

Se conseguir arrastar as fichas do PTB, Alckmin teria cinco minutos de janela televisiva. É menos do que os sete minutos e meio de Kassab. Mas já dá para entrar no jogo.

Alckmin negocia também com o chamado bloquinho (PSB, PCdoB e PDT), dono de quatro minutos de TV. Neste caso, o acordo não é impossível. Mas, hoje, afigura-se como mais provável apenas no segundo turno da disputa.

Nos subterrâneos, Kassab e sua turma conspiram contra os acordos partidários almejados por Alckmin. Tenta-se, por exemplo, seduzir o deputado estadual Campos Machado, mandachuva do PTB paulista, com ofertas que vão da indicação imediata de apadrinhados na prefeitura gerida por Kassab a promessas de suporte à reeleição do parlamentar no pleito de 2010.

Quem negocia com Kassab enxerga atrás do prefeito o governador tucano José Serra e a máquina administrativa que ele comanda. Nesta segunda, enquanto o prefeito e o pedaço do PSDB que deseja se aliar à recandidatura dele tramavam contra Alckmin, Serra inaugurava um hospital em Teresina (PI).

Por trás da pseudo-neutralidade do governador, escondem-se operadores que manterão as lanças espetadas na direção de Alckmin. Alardeia-se agora a intenção de levar a voto na convenção do PSDB, em junho, a proposta de aliança com Kassab, em contraposição à tese da candidatura própria.

“Em junho, vamos à convenção com maioria esmagadora. Nenhum problema”, Alckmin desdenha. O candidato e seus apoiadores organizam para os próximos dias um evento que extrapola os limites de São Paulo. Pretende-se arrastar para a cidade as principais lideranças nacionais do partido. Participariam de um ato de apoio a Alckmin.
Blog do Josias

Rizzolo: Se existe uma coisa triste no âmbito partidário é a falta de lealdade política. Não possível conceber que um partido como o PSDB, tenha dentro de seus integrantes membros que desprestigiam um candidato de peso, de liderança, com densidade eleitoral e perfil político paulista como Alckmin. Querem o bloco Serrista, transformar o PSDB numa versão de um PMDB, que existe, para servir como um balcão de negócios na espera daquele que mais der. Ora, o PSDB é um partido de tradição e como todo partido tradicional, possui lideranças construídas através do tempo. Rachar o partido na capital paulista nesse momento, já denota a fragilidade que se avista em 2010. É claro que, a indicação deAlackmin terá de ser referendada na convenção do partido que deve ocorrer, segundo a lei eleitoral, até o final de junho. Observação: Como confiar num político através de seu voto, se o mesmo nem lealdade possui ao próprio partido ? Não sou tucano, mas entendo que ética partidária é algo saudável.

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