Vencendo os desafios

Os desafios sempre existiram na humanidade, muitos os tem como sendo uma provação divina, outros os entendem como uma oportunidade de crescimento. A verdade é que em épocas e crise, vencer desafios torna-se mais difícil e exige de nós paciência e uma certa dose de determinação.

Mas como encontrar forças se à primeira vista toda economia mundial está envolta a um ar de desânimo e desalento? Talvez uma das explicações mais interessantes e reveladoras, está na Torá quando da construção do Mishkan Kodesh (Tabernáculo), que quando pronto, estava tão pesado que ninguém tinha condições físicas de carrega-lo. Foi exatamente aí que houve a presença divina que o tornou leve, e de fácil transporte.

Quando nos dispomos a empreender algo com a razão e o coração, e temos Deus como inspirador, nenhum esforço ou desafio é em vão; no último momento, via de regra, surge a intervenção divina como houve no Mishkan. Todos sabem que um profissional competente, não basta ter apenas o conhecimento em si, se a base deste conhecimento não tem um conteúdo espiritual maior que a eleve e a santifique.

De nada adianta um médico, um cientista, um pesquisador, se propor a desenvolver um trabalho profissional e ético, sendo que no bojo da sua proposta não há um comprometimento com uma parceria divina e espiritual, que proporcionará a devida instrumentalidade emocional e racional ao desenvolvimento do seu trabalho, dando um sentido maior a tudo. Até mesmo na procura de um novo emprego, há que se firmar uma parceria com Deus para que possamos exteriorizar nosso potencial profissional, energizando-o com um viés espiritual mais humano.

Talvez muito do que falta na política brasileira em termos de ética e comprometimento, se dá ao fato de que a maioria no meio político pensa apenas em si, ignora as necessidades reais do povo, dando um sentido individualista de seu mandato a favor de si mesmo. É interessante notar que aqueles que possuem uma ideologia mais a esquerda, por força de suas convicções, passam a se tornar mais próximos dos pobres, e por conseqüência mais parceiros de Deus no cumprimento de sua missão política.

Marx era judeu, e vestígios do judaísmo persistem no socialismo; parafrasenado um rabino que conheci nos EUA, ” Existem muitas formas de se manifestar uma religiosidade, uma delas é se tornar um intransigente defensor dos pobres e humildes “. Na verdae, todo movimento que soma a força espiritual emocional, quer ela seja fruto de qualquer manifestação, política ou religiosa, tem maior combustão libertária, e desobstrui com mais facilidade os desafios que a sociedade nos impõe.

Em época de crise vencer os desafios, enfrentá-los apenas com a razão, torna a empreita vazia e sem esperança, saber que temos a oferecer é mais que um simples conhecimento, nos eleva a uma condição de parceria espiritual, que por fim torna tudo mais agradável aos olhos de Deus, convencendo Ele de certa forma a te ajudar. Seja um parceiro de Deus aqui na Terra.

Tenha um sábado de paz.

Fernando Rizzolo