A Cartela e a Virtude

O endereço era em Pinheiros, bairro de classe média em São Paulo. Quando chegamos, fiquei impressionado com uma placa luminosa que piscava como naqueles cassinos em Las Vegas. A curiosidade era muita – afinal, nunca havia entrado num bingo antes, e, como na vida precisamos conhecer de tudo um pouco, lá fui eu com uns amigos que, após muita insistência, conseguiram me convencer a conhecer a tal casa noturna, na época em que os bingos ainda eram legais.

Ao entrar, o ambiente era de fumaça, envolto numa expectativa quase ofegante e atenta por parte dos participantes, sentados em mesas redondas como se sugerissem a roda da vida. Senti algo estranho, certo desespero disfarçado naqueles que ali procuravam mais que diversão, mas uma possibilidade de ganho fácil. Dos que estavam comigo, todos jogavam, incluindo eu, à minha maneira, é claro. Apostava, sim, nos números de forma mental, ganhava e perdia numa dança mentalizada, mas não investia, não comprava cartelas. Talvez uma forma judaica, no bom sentido, de não perder dinheiro, até porque jogos de azar são proibidos no judaísmo e em Israel.

Observei também que a grande maioria das pessoas era composta de gente simples – donas de casa, trabalhadores humildes que muitas vezes se endividavam para sustentar a adrenalina do vício de jogar. Interessante notar que hoje, na nossa sociedade, vivemos um momento em que os valores que compõem a virtude e os bons costumes estão em plena batalha na sobrevivência pela ética. Se por um lado as medidas de cunho profilático e de saúde pública assentam-se como a lei antitabagismo ou como a lei de restrição ao consumo de álcool aos motoristas, por outro as medidas preventivas de saúde mental, da manutenção dos bons costumes ou do combate ao vício do jogo parecem estar demasiadamente enfraquecidas.

Observamos alguns apregoando a descriminalização das drogas, enquanto outros tentam, de todas as maneiras, revitalizar os polêmicos bingos, que já no passado levaram à desintegração várias famílias da periferia, vítimas insanas do vício contumaz. Com efeito, nas próximas semanas, o projeto que legaliza os bingos e caça-níqueis deve agitar os debates do Congresso – a bancada do jogo articula para que o projeto seja votado na segunda quinzena de outubro.

Na verdade, não há argumentação plausível para a implantação de uma estrutura predatória e desintegradora como a legalização dos jogos de azar no nosso país. Instituir o hábito do jogo levará os jovens desde cedo, com toda certeza, a instarem-se ao vício, promovendo no futuro um problema de saúde pública. Ademais, todos os antecedentes do bingo apontam para a criminalidade, a corrupção e a lavagem de dinheiro.

Temos que repensar o Brasil do ponto de vista da virtude, do bem, dos bons costumes, fortalecendo o espírito religioso, da prática dos esportes, e não nos deixar levar pela eterna disputa entre a virtude e o vício. Hoje, quando passo pela rua onde estava localizado o bingo, há uma velha placa escrita “aluga-se”. Não há movimento, não há jogadores, não há luzes piscando. Apenas a lembrança de uma sala esfumaçada, de olhares tristes e tensos, de pessoas cabisbaixas. Naquela noite, ao sair, lembrei-me de uma frase do escritor austríaco Karl Kraus: “O vício e a virtude são parentes como o carvão e o diamante”. Nessa questão, como brasileiros, temos que torcer para que a luz do diamante ilumine de forma intensa o nobre espírito do nosso Congresso, na inegável virtude dos nossos parlamentares.

Fernando Rizzolo

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, últimas notícias, Bingos, Bolsa Geladeira, Brasil, comportamento, corrupção, cotidiano, cultura, defesa do mercado nacional, demissões em massa, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ, deputado José Anibal, Deus e você, Direito Internacional, Direitos Humanos, economia, Edir Macedo, evangélicos, Forças Armadas, General Augusto Heleno, geral, igrejas evangélicas, inclusão dos negros na sociedade, Jarbas Vasconcelos, Jarbas Vasconcelos (PE), jogo no Brasil, legalização do jogo, legalização dos bingos, Literatura, maçonaria, Maçonaria e a defesa da Amazônia, negros no Brasil, News, notícias, perder o emprego, Política, Principal, projeto de legalização dos bingos, RELIGIAO, Religião e Reflexões Espirituais, Serra critica legalização dos Bingos. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

A Filarmônica, Villa-Lobos e os Negros

imagem

O teatro não era grande, mas era espaçoso o suficiente para ser aconchegante naquela noite fria. Afinal, ouvir Villa-Lobos é quase um ato de oração ao Brasil. Com efeito, a grandeza da música erudita, quando tocada por uma boa filarmônica, nos leva a viajar na melodia, nos conduz à reflexão, arremessando-nos na seara da imaginação. Pois não há ninguém melhor que o grande compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, com sua música e ritmo, para desnudar de forma artística a essência do povo brasileiro.

Foi exatamente naquela noite, ao som das bachianas brasileiras, que descobri um Brasil que se transforma a cada dia. O público, na maioria oriundo de uma elite paulista, contava também com alguns ouvintes especiais. O que era raro anos atrás estava ocorrendo bem ali à minha frente. Alguns rapazes negros e de aparência humilde aplaudiam o concerto, sensibilizados pela beleza da música – pareciam acompanhar o ritmo cadente brasileiro, degustando a grandiosidade da melodia, embriagando-se de Brasil.

Ao observá-los, comecei a refletir sobre o papel dos negros na cultura, nas artes, na inclusão cultural, fruto de um trabalho social real do governo para finalmente levar a população negra e mais carente a compartilhar das diversas manifestações culturais do país. Não é por acaso que o Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que segue agora para a sanção do presidente Lula.

Não há como pensarmos em igualdade racial sem tutelarmos as ações que visem à igualdade de oportunidades, principalmente no que tange ao mercado de trabalho. Temos que nos conscientizar de que houve, sim, uma defasagem cultural, de oportunidades, de inclusão social, resultado de toda sorte de injustiças que já perduram há 121 anos, desde a abolição da escravatura.

Talvez Heitor Villa-Lobos, ao fundir material folclórico brasileiro às formas pré-clássicas ao estilo de Bach, já estivesse prevendo que um dia sua música inspiraria mais que uma viagem à essência do povo brasileiro – inspiraria uma união racial que levaria suas composições eruditas a serem uma referência lógica; talvez previsse que o reflexo do gosto musical refinado por muitos teria por princípio a participação dos negros e da população excluída – que, de certa forma, serviu de inspiração e de sonho a este grande compositor brasileiro, que cantou um Brasil mais justo para todos nós.

Fernando Rizzolo

Dedico este texto à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, últimas notícias, Blog da Dilma, Brasil, comportamento, cotidiano, crise no Brasil, cultura, demissões em massa, dia da consciência negra, Direito dos presos, Direitos Humanos, economia, Edir Macedo, evangélicos, geral, Heitor Villa-Lobos, holocausto, igrejas evangélicas, inclusão digital, inclusão dos negros na sociedade, Literatura, maçonaria, ministro Joaquim Barbosa, mundo, negros do Brasil, negros no Brasil, News, notícias, o papel no negro na sociedade, os negros no Brasil, Política, política internacional, preconceito racial no Brasil, Principal, sistema carcerário. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . 2 Comments »

A Política e os Conceitos Religiosos

05_thomas_jefferson

Talvez Thomas Jefferson, o terceiro presidente americano, e principal autor da Declaração da Independência Americana, tenha sido um dos primeiros estadistas a reconhecer o valor e a positiva influência dos valores morais da religião na construção de uma sociedade saudável. Jefferson publicou: The life and morals of Jesus. Uma seleção de todos os ensinamentos e eventos essenciais da vida de Jesus expurgada de todas as menções sobrenaturais ou de qualquer modo ligados ao dogma religioso, (ser o rei, o filho de deus, exorcismos, milagres).

A própria concepção judaica de povo, conduzida por um líder, este imbuído de conceitos morais, já demonstrava que uma liderança só poderia ser exercida através de normas de conduta, regras de bons costumes, e um profundo sentimento de unidade. As religiões em geral, invariavelmente, trazem no bojo da sua essência, a noção do que é o correto na sua forma de agir, direcionando dessa forma a sociedade.

Contudo, num Estado laico como o nosso, a fragmentação ideológica – religiosa, dos conceitos morais, se perdem diante dos meios de comunicação como a televisão, o cinema, e outros, que afrontam tais preceitos, diluindo os conceitos morais apregoados pela força religiosa, desfazendo – os, ou tornando os ditames de cunho espiritual, algo ultrapassado, impraticável, ou fora de moda, a ponto destes valores serem apreciados apenas de forma caricata nas novelas, como a no ” Caminho das Índias”, da rede Globo, onde os lampejos morais eram pinçados de forma pitoresca, conceitualmente distanciados do dia-a-dia da maioria das pessoas.

Extrairmos as concepções morais, aplica-los e difundi-los numa sociedade na forma em que Thomas Jefferson o fez, como na chamada “Bíblia de Jefferson”, abstendo-se por completo do caráter religioso em si dos preceitos, é iniciativa cívica que falta no nosso Pais. Sem querer de forma alguma ultrapassar os limites da razoabilidade do que podemos chamar de puritanismo barato, a idéia independente, e de isenção religiosa na difusão dos bons costumes morais nas escolas, é sim de suma importância na construção e no alicerce moral dos nossos jovens de amanhã.

A história nos demonstra, que o ser humano desde a sua antiguidade, exercitou a absorção do que permeia os ensinamentos religiosos; o bem, a boa conduta, a urbanidade, a justiça, e isso constitui-se numa empreita dos educadores, dos governos, da sociedade em geral. Uma tarefa já foi desafiante, que já fora outrora empreitada pelo terceiro presidente dos Estados Unidos, autor da declaração da independência americana, da lei da liberdade religiosa da Virgínia e pai da Universidade da Virgínia por volta de 1800, e que hoje torna-se tão necessária quanto naquela época, que nem sequer televisão havia, e que no lugar da novela das oito, na mesa, no jantar, o que mais se discutia era o evangelho.

Fernando Rizzolo

Stalin vs. Schneersohn: Anos depois – Quem venceu?

*Por: Rabbi YY Jacobson – Em: theyeshiva.net

O Rebe de Lubavitch, Rabi Yosef Yitschak Schneersohn (1880-1950) disse que se havia uma batalha lutada em vão, foi esta. Ou pelo menos, assim parecia na época.

O ano era 1924. Vladimir Lenin, pai da Revolução Comunista, está morto; mais de 900.000 pessoas passam pelo Salão das Colunas durante os quatro dias e noites em que seu corpo esteve exposto à visitação.

Josef Stalin o sucedeu como o novo líder da União Soviética. Durante os trinta anos que se seguiram, ele iria assassinar 20 milhões de pessoas do seu próprio povo. Judeus e Judaísmo eram seus alvos principais. Ele estabeleceu uma organização especial do governo, a Yzvestia, para assegurar que os judeus russos aos milhões abraçassem a nova ética do Comunismo, introduzindo um paraíso construído de metralhadoras e gulags.

Stalin iria governar com mão de ferro até sua morte em 1953, quando quatro milhões de pessoas se reuniram na Praça Vermelha para se despedir do tirano reverenciado e amado por grande parte da nação e por milhões de pessoas no mundo inteiro.

Na sua casa em Leningrado (hoje S. Petersburgo), um rabino de 44 anos, herdeiro de um dos mais notáveis líderes do Judaísmo russo, convoca nove jovens discípulos. Oferece a eles uma oportunidade que muitos recusariam: assumir responsabilidade pela sobrevivência do Judaísmo na União Soviética; assegurar que a vida e a fé judaicas sobreviveriam às trevas infernais do regime stalinista. Ele deseja que lutem “até a última gota de sangue”, segundo suas palavras.

Eles concordam. O rabino dá a mão a cada um deles como um sinal de que estão aceitando um juramento, um voto que transformaria seu destino para sempre. “Eu serei o décimo”, diz ele, “juntos teremos um minyan.”

Uma Revolução Subterrânea

Os nove homens foram despachados por todo o país. Com ajuda de colegas com os mesmos ideais, eles criaram uma impressionante rede subterrânea de atividade, que incluía escolas judaicas, sinagogas, micvaot (banhos rituais usados pelas mulheres judias para revigoração espiritual), educação de Torá para adultos, yeshivot (academias para estudo de Torá), livros judaicos, fornecendo rabinos para comunidades, professores para escolas, etc.

Nas décadas de 1920 e 1930, estes indivíduos construíram seiscentas escolas judaicas subterrâneas em toda a União Soviética (1). Muitas delas duraram apenas algumas semanas ou meses. Quando a KGB (a polícia secreta russa) descobria uma escola, as crianças eram expulsas, o professor era levado preso. Uma escola nova era aberta em outra parte, geralmente num porão ou num telhado.

Um daqueles nove jovens foi enviado à Geórgia. Havia dezenas de micvaot ali, todas fechadas pelos comunistas que as enterraram em areia e pedras. Este jovem decidiu fazer algo radical. Falsificou uma carta supostamente escrita pela chefia do KGB em Moscou, instruindo os funcionários locais a abrirem duas micvaot num prazo de 24 horas.

Os funcionários locais foram enganados. Dentro de um dia, duas micvaot foram abertas. Vários meses depois, quando descobriram a mentira, foram fechadas novamente. E assim foi. Um mohel (o profissional que realiza a mitsvá da circuncisão) foi preso, e outro despachado para servir à comunidade; uma yeshivá foi fechada, e outra abriu noutro lugar; uma sinagoga foi destruída e outra foi aberta em segredo.

Porém aquilo certamente se parecia com uma batalha. Aqui estava um rabino, com um pequeno grupo de pupilos, fazendo uma rebelião subterrîanea contra um poderoso império que contava com centenas de milhões de adeptos, e aspirava dominar o mundo. Era como um bebê lutando contra um gigante, uma formiga tentando derrotar um ser humano. A situação era desesperadora.

Finalmente, em 1927 perderam a paciência com ele. O rabino por trás da obra contra-revolucionária foi preso e condenado à morte por fuzilamento. Pressão internacional e nada menos que um milagre convenceram a KGB a alterar a sentença para dez anos de exílio. Foi então convertida para três anos e depois – inacreditável no regime soviético onde tanto religiosos como leigos eram assassinados como moscas – completamente exonerado. Milagrosamente ele foi libertado da sentença de morte e da prisão stalinista.

O homem por trás do motim era o Rebe de Lubavitch, Rabi Yosef Yitschak Schneersohn (1880-1950), que se tornou líder de Chabad em 1920, após o falecimento de seu pai. Ele escolheu nove jovens discípulos para batalhar ao lado dele. O jovem enviado à Georgia, falsificando o documento da KGB, era meu avô, Simon Yakabashvili, pai do meu pai (1900-1953). Ele, juntamente com centenas de seus colegas chassidim em toda a União Soviética, foi preso em 1938, impiedosamente torturado e condenado a 25 anos de prisão no Gulag. A maior parte dos seus oito colegas a fazer o juramento jamais conseguiu se livrar do inferno de Stalin. Pereceram na União Soviética. (Meu avô conseguiu, porém morreu anos depois em Toronto).

Investindo na Eternidade

Muitas décadas se passaram. Esta passagem do tempo nos dá a oportunidade de responder à pergunta: Quem venceu? Stalin ou Schneersohn?

Há mais de oitenta anos, o socialismo de Marx e o comunismo de Lenin introduziram uma nova era para a humanidade. Seu poder aparentemente interminável e sua brutalidade pareciam inatingíveis.

Porém um homem se levantou, um homem que não permitiria que a impressionante máquina de guerra da Mãe Rússia turvasse sua visão, eclipsasse sua clareza. Nas profundezas de sua alma ele sabia que a história tinha uma corrente subterrânea invisível para muitos, mas discernível para estudantes da longa e dramática narrativa de nosso povo. Ele sabia com plena convicção que o mal pode prosperar, mas irá morrer; porém a Divindade – incorporada em Torá e mitsvot – é eterna. E ele escolheu investir na eternidade.

Ele não sabia exatamente como tudo iria terminar, mas sabia que sua missão na vida era jogar as sementes no solo, embora as árvores estivessem sendo abatidas uma a uma.

Os cínicos zombavam dele; amigos próximos disseram que estava cometendo um trágico engano. Até mesmo muitos dos seus colegas religiosos estavam convencidos de que ele desperdiçava seu tempo e energia lutando uma guerra impossível. Eles fugiram do país ou se mantiveram em total discrição.

Porém 80 anos depois, este gigante e aquilo que ele representou emergiram de maneira triunfante. Hoje, em 2009, nas repúblicas da antiga União Soviética existem centenas de sinagogas, escolas judaicas, yeshivot, micvaot, centros de comunidade judaicas. Quando o verão está para começar, dezenas de acampamentos judaicos se abrem em toda a União Soviética com milhares de crianças que apreciarão um verão feliz associado à celebração da vida judaica.

No último Chanucá, uma menorá imensa foi colocada no Kremlim, lançando a glória de Chanucá sobre o solo onde Stalin caminhou com Berya e Yezkov. Em Lag Baomer, milhares de crianças judias com kipot sobre a cabeça marcharam pelas ruas de Moscou com cartazes proclamando: “Ouve, ó Israel… D’us é Um.” A vida judaica está ativa na Rússia, Ucrânia, Usbequistão, etc.

O Camarada Stalin está morto; o comunismo se desvaneceu como desesperadamente irrelevante e destrutivo. O sol das nações hoje não passa de uma nuvem escura. A ideologia do Império Soviético que declarou: “Lenin não morre e Stalin não morrerá. Ele é eterno,” agora não passa de uma zombaria.

Stalin e Lenin estão tão mortos como se pode estar. Porém as micvaot construídas pelo Rebe em 1927, estas ainda estão lá.

Se você visitar a Rússia neste próximo Shabat, não tenho certeza se encontrará alguém celebrando a vida e a visão de Stalin, ou mesmo Khruschchev e Brezhnev. Porém você encontrará dezenas de milhares de judeus celebrando a libertação do Rebe de Lubavitch em 1927 e a narrativa do triunfo de um homem sobre um dos maiores assassinos em massa da história humana, compartilhando sua visão, comprometendo-se a continuar sua obra de saturar o mundo com a luz da Torá e mitsvot.

L’chayim!

Fonte: Site do Beit Chabad

Tenha um sábado de muita paz !!!

Fernando Rizzolo

Publicado em a lógica e a fé, a morte e Deus, aceitar as coisas da vida, aceitar Deus, aceitar os desígnios de Deus, Allan Kardec, alma, alma e o espírito, as tragédias e Deus, últimas notícias, Blog do Rizzolo, budismo, catolicismo, comunismo, comunismo e judaismo, cotidiano, cultura, Deus e você, direito dos animais, Direitos Humanos, Edir Macedo, espiritismo, espiritualidade, espiritualidade maçônica, espiritualidade na crise, evangélicos, falta de Deus predispõe à violência, Festa Literária Internacional de Paraty, Flip festa literária, geral, holocausto, igrejas evangélicas, Israel, jamais perder a fé, Judaismo, Literatura, maçonaria, mau olhado, News, notícias, Política, Principal, protestantes, reflexões sobre a alma, RELIGIAO, Religião e Reflexões Espirituais, Richard Dawkins, sonhos e espiritismo, Stalin. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Nosso Maior empreendedor

*por Yanki Tauber, baseado nos ensinamentos do Rebe

O objetivo de um empreendimento de negócios é conseguir lucro; nenhum homem de negócios que se preze investiria capital, tempo e talento onde os números não mostrassem um potencial definido de lucro. Apesar disso, os maiores lucros serão colhidos sob as mesmas condições que o empresário responsável procura evitar – nas águas de empreendimentos completamente imprevisíveis, em ambientes sobre os quais ele não tem controle, e nos quais todo seu negócio (e talvez ele próprio) estejam em risco.

Assim, pode-se afirmar que a mente do empresário funciona em dois níveis. No nível manifesto, ele procura estabilidade e controle. Neste nível, é proibido ser apanhado desprevenido nos negócios. Embora ele saiba que existem riscos em todo empreendimento, sua meta é evitar os riscos, afastar-se do imponderável, ter um plano de contingência para cada eventualidade.

Porém num nível subconsciente, mais profundo, o homem de negócios anseia pelo imprevisível.
Dentro de si, ele quer ser apanhado desprevenido, ser atirado às mesmas circunstâncias que seu empreendimento foi programado para evitar. Pois aqui, e somente aqui, está o potencial para lucros maiores que qualquer analista poderia prever. Neste nível, ter tudo correndo segundo o plano seria um desapontamento, em vez de uma realização.

Estes são cenários que ele jamais apresentará a seus investidores, ou mesmo a seu “eu” consciente. Porém numa análise final, são estas mesmas possibilidades, espreitando por detrás dos números e projeções oficiais, que constituem sua maior motivação para fazer negócios.

O Complô

O Talmud declara que “O reino do Céu é semelhante ao reino da terra” – que as estruturas da sociedade humana e os padrões do comportamento humano refletem a maneira pela qual o Criador Se relaciona e governa Seu mundo.

D’us tem uma estratégia comercial: a Torá, que o Midrash chama de “o projeto de D’us para a criação”, cataloga o lucro que o Criador deseja ver de Seu empreendimento. As leis da Torá detalham o que deve e o que não deve ser feito, e o que deve ou não acontecer, para salvaguardar o Divino investimento na Criação e assegurar sua “lucratividade”.

Porém, no primeiro dia de negócios da história, o plano foi por água abaixo. Adam e Eva, ao comerem o fruto da Árvore do Conhecimento, violaram a primeira mitsvá (mandamento Divino) que lhes fora ordenado. Sua ação colocou em risco todo o empreendimento, desencadeando o caos do bem e do mal sobre o mundo ordenado e sob controle no qual eles nasceram.

Porém Nossos Sábios nos dizem que este foi o “temível complô de D’us sobre os filhos do homem”. “Fui Eu que os fiz pecar,” admitiu D’us ao Profeta Elijah, “ao criá-lo com uma inclinação para o mal.”

Pois é o processo de teshuvá (retorno) do pecado que proporciona os maiores lucros no esforço da vida. Não há amor maior que o amor sentido de longe, nem paixão maior que a procura do retorno ao lar que se abandonou, e a um eu alienado. Quando o apego de uma alma a D’us é esticada até o ponto de ruptura, a força com que ela ricocheteia até sua Fonte é maior que qualquer outra coisa que possa ser gerada pela alma que nunca deixa a órbita Divina. E quando uma alma se afasta até os cantos mais estranhos da vida, e explora a própria negatividade e o mal de seu ambiente como o ímpeto de retornar a D’us, ela redime aquelas partes da criação de D’us que estão além do pálio de uma vida justa.

Este é o “temível complô de D’us sobre os filhos do homem”: criar o homem com uma inclinação para o mal, para que quando ele sucumbir ao mal, volte com uma amor ainda maior por D’us, e com uma colheita ainda maior de recursos transformados e redimidos, que o gerado por uma vida toda passada em conformidade com a Divina vontade.

No entanto, não se pode dizer que D’us desejava que o homem pecasse: um pecado, por definição, é um ato que D’us não quer que seja feito. Além disso, se o plano de D’us era que o homem pecasse, isso levanta a questão do que teria acontecido se Adam e Eva não tivessem escolhido (pois este foi um ato voluntário da parte deles – se não tivesse sido, não seria um pecado) comer da Árvore do Conhecimento. O propósito da criação não teria sido realizado?

O que D’us deseja

É aqui que entra a analogia do homem de negócios. Como ocorre no caso do empresário convencional, há dois níveis de motivação por trás do Divino ato da criação.

No nível manifesto, o mundo foi projetado e criado para cumprir o plano delineado pela Torá. Este plano exige a existência de uma má inclinação no coração do homem, para que nossa conformidade para com a vontade Divina tenha um propósito e significado. Como escreve Maimônides: “Se D’us decretasse que uma pessoa fosse justa ou perversa, ou se existisse algo na essência da natureza de uma pessoa que a levasse rumo a um caminho específico… Qual seria então o papel de toda a Torá? E baseado em qual medida de justiça D’us puniria o perverso e recompensaria o justo…?”

Este plano não exige que o mal verdadeiro seja cometido – apenas o potencial para sua realização. Pode ser possível para nós violarmos a vontade Divina, de forma que não violá-la seja para nós um triunfo moral e uma fonte de prazer para D’us. Deve ser possível para nós não fazer o bem, para que nossas boas ações tenham valor e significado. Os riscos devem estar lá – são eles que tornam o empreendimento recompensador e lucrativo – mas o ponto principal é que devem ser evitados.

Porém num nível mais profundo e subconsciente, D’us deixou o homem sucumbir ao pecado. Isso não é o que Ele deseja – de fato, isso desencadeia uma multidão de possibilidades que são infinitamente mais fortes que qualquer coisa que o plano de negócios oficial poderia ter proporcionado. E são estas possibilidades, ocultas por trás dos números e projeções oficiais, a Sua suprema motivação para investir no negócio da vida humana.

Fonte: site do beit Chabad

Tenha um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Ativistas de direitos animais reivindicam autoria de incêndio

ZURIQUE – Ativistas dos direitos dos animais reivindicaram a autoria de um incêndio que atingiu a casa de veraneio do executivo-chefe da farmacêutica Novartis, Daniel Vasella, no mesmo dia em que a polícia suíça informa que um segundo túmulo de sua família foi profanado.

Vândalos picharam uma lápide da família Vasella com a frase “Drop HLS Now” (Abandone o LHS Agora), numa referência à instalação britânica de testes em animais Huntingdon Life Sciences.

Duas cruzes de madeira também foram cravadas no solo. As autoridades suíças recusaram-se a comentar os informes de que as cruzes traziam o nome do executivo da Novartis e de sua mulher.

A casa de veraneio mantida por Vasella na Áustria pegou fogo na segunda-feira, 3, e o ministério do Interior austríaco disse ter recebido uma reivindicação de responsabilidade de um grupo chamado Forças Militantes contra Huntingdon Life Science.

Em uma declaração publicada na internet, o grupo disse ter usado com coquetel molotov contra a cabana de caça de Vasella.

“Entenda que isso vai continuar até que você corte todos os laços com Huntingdon Life Sciences. Atacaremos sua vida privada sempre que possível”, diz a declaração.

O cemitério atacado foi o mesmo onde o túmulo dos pais de Vasella já havia sido profanado, e uma urna contendo as cinzas da mãe do executivo, roubada.

A polícia encontrou também as letras “SHAC” – sigla em inglês do grupo Pare a Crueldade com Animais de Huntingdon – escrita a tinta. O Shac negou envolvimento nos atentados, mas disse que alguma pessoa de opiniões parecidas pode estar por trás deles e prometeu dar prosseguimento a suas campanhas contra as empresas que acusa de serem clientes do Huntingdon, como Novartis, AstraZeneca, Bristol-Myers Squibb e GlaxoSmithKline.

A Novartis disse que não usa mais o Huntingdon, mas que suspeita que o Shac ou outros ligados ao grupo estejam por trás dos ataques.
agência estado

Rizzolo: O radicalismo de alguns ativistas é tão perigoso e repugnante, quanto a maldade cometida por alguns laboratórios e ” institutos” contra os animais. Existem centros no mundo todo que prosperam na ” ciência”, a custa da dor, da maldade, da violência contra os animais, atingindo principalmente os cães. Tudo em nome de uma “legitimidade científica” de conotação especista que entende que o ser humano pode dispor de outros seres em benefício próprio. Até para se abater um animal é necessário respeito, para isso existe até um código de conduta no judaísmo, nos abates casher. Agora radicais, ativistas bandidos, que utilizam a violência para manifestar seus ideais, devem ser banidos com veemência quanto as dolorosas e tristes mortes praticadas em laboratório e por tais “centros”.

Um sonho chamado Esperança

Certa noite, tive um sonho. Sonhei que o telefone de madrugada tocou; ao atender, um senhor com a voz calma e serena me pedia para que fossemos à Hope, pois algo havia ocorrido. Mais que depressa, chegamos à instituição. O guarda que costumeiramente se postava à porta não estava; na portaria não havia ninguém; o silêncio era total.

Desesperados, eu e Cláudia aumentamos os passos nos largos corredores da Hope à procura de alguém que nos informasse a razão do telefonema. Passamos pela monitora e não havia sequer um monitor; então, num gesto rápido e inquieto, subimos com a respiração ofegante, as escadas em direção à ala dos quartos, onde as crianças e os acompanhantes dormem. Para nossa surpresa, estava vazio: nenhuma criança, nenhum acompanhante, nenhum monitor. Apenas um doce silêncio rompia o frio vazio dos quartos.

De repente, uma luz brilhante no final do corredor surgiu. A mesma voz, calma e serena, do senhor do telefonema nos dizia: “Fiquem tranquilos, apenas houve um milagre por aqui. O Santo Bendito, num ato de misericórdia resolveu curar todas as crianças da Hope. Elas já partiram. Estão em suas cidades de origem e curadas. A casa está vazia, mas cheia de amor e misericórdia divina”.

Atônitos, sem reação, sentimos uma forte luz nos impulsionando para a saída da Instituição. Senti naquele momento uma imensa paz, o doce calor da luz divina nos acalentava; na saída, ao lado da porta, centenas de bilhetinhos das crianças alegres se despedindo.

Ao acordar, ainda sob um estado extasiante, contei à Cláudia meu sonho. Ela olhou bem nos meus olhos e disse: “Não se impressione, eu já tive este sonho várias vezes, sei que um dia ele vai se realizar, talvez por isso o lugarse chame “Casa Hope “; uma casa da esperança.

Tentei dormir novamente, mas, não consegui. Então, pensei comigo: “Por que os sonhos não se tornam realidade? E então algo interior, no tom daquela calma voz, novamente me disse:

“Ajudar e fazer a caridade é a melhor forma de sonhar acordado, é reacender a luz da esperança quando tudo se parece perdido”

Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz!

Publicado em a lógica e a fé, a morte e Deus, aceitar Deus, aceitar os desígnios de Deus, Allan Kardec, alma, alma e o espírito, Artigos de Fernando Rizzolo, as tragédias e Deus, últimas notícias, Blog da Dilma, Blog do Rizzolo, budismo, Casa Hope, comportamento, Conheça o Site da Casa Hope, cotidiano, crianças com cancer se casam nos EUA, crianças da casa hope, cultura, Deus e você, Direitos Humanos, Edir Macedo, eleições 2010, espiritismo, espiritualidade, espiritualidade e medicina, espiritualidade maçônica, espiritualidade na crise, evangélicos, Falta de ética e de Deus, falta de Deus predispõe à violência, Federação Israelita do Estado de São Paulo, Fernando Rizzolo, Festa Literária Internacional de Paraty, geral, graac, igrejas evangélicas, Judaismo, Literatura, maçonaria, medicina, melhores especialista médicos e melhores hospitais, melhores hospitais, News, notícias, poesia, Política, Principal, RELIGIAO, Religião e Reflexões Espirituais, Silvio Santos e o Yom Kippur, sonhos e espiritismo, Transplante de medula ósses, Veja o Video Casa Hope. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

A Alma e a Lógica

Talvez uma das maiores implicações no desenvolvimento da descrença, do materialismo e do ateísmo, seja o fato de que a nossa condição humana está condicionada a processar as situações da vida do ponto de vista lógico. Toda a nossa estrutura cerebral foi constituída no racionalismo, inserida na lógica, entre relações de causa e efeito. Portanto, não seria estranho termos certa dificuldade ao nos depararmos com uma lógica diversa da nossa, inconcebível dentro de uma estrutura materialista.

Por consequência, fatores que ocorrem nas nossas vidas por influência espiritual – conceitualmente de origem divina -passam a serem pouco compreendidos, uma vez que, o racionalismo humano não possui instrumentos, tampouco, está preparado para a compreensão de uma inversão estrutural do previsível, do justo e do humano, no contexto das tragédias na vida.

Com efeito, ao nos perguntarmos porque coisas ruins ocorrem a pessoas boas – sob o prisma da lógica humana – teremos duas vertentes dentro deste mesmo raciocínio: a primeira, seria o inconformismo, que levaria à descrença na bondade divina epor efeito, ao enfraquecimento da fé, seguido por um desespero, e muitas vezes, adotando-se como resposta, os profetas do ateísmo.

Com efeito, ao nos perguntarmos porque coisas ruins ocorrem a pessoas boas – sob o prisma da lógica humana – teremos duas vertentes dentro deste mesmo raciocínio: a primeira, seria o inconformismo, que levaria à descrença na bondade divina e por consequência, à segunda, um enfraquecimento da fé, seguido por um desespero, e muitas vezes, adotando-se como resposta, os profetas do ateísmo.

A Alma e a Lógica são elementos diversos. Uma, é oriunda da espiritualidade; vive, responde e reage aos impulsos da fé, da captação de energia cósmica, do modo de vida na relação com os demais seres vivos, naquilo que nos alimentamos, das orações, da religiosidade seja ela qual for. Outra, é fruto da experiência terrena, das relações neurocerebrais, do aprendizado, do sentido de justiça material e, portanto, inerente às condições espirituais e às suas especificidades e características místicas.

Certos atos na Bíblia – como na morte de uma vaca vermelha, cujas cinzas foram capazes de purificar o povo judeu – jamais serão certificados pela lógica. Mas, exatamente quando prescindimos da lógica humana e intelectual, nos entregando à lógica da Alma e a um entendimento que poderíamos chamar de divino se dá o salto em direção aos milagres e às transformações, que são imensos na vida de um ser humano.

Colocar Tefilin pela manhã é um ato que pouca lógica humana descreve, porém ao utilizarmos algo material como couro – determinado e previsto na Torá – implementamos uma relação entre a matéria e o espiritual, nos anulando em questionamentos racionais e, simplesmente, nos lançando em direção à lógica divina, preconizada na Bíblia, fazendo com que a conexão entre o mundo material e o espiritual se realize como um link.

A morte de ente querido, uma tragédia ou uma perda, jamais poderão ser explicadas racionalmente, sob pena de nos desviarmos da fé. Aceitar os desígnios de Deus e compreender a incapacidade de nosso sistema racional de processarmos as razões dos fatos divinos, é por si só, uma forma de compreender o incompreensível, de respeitar a evolução e a dinâmica espiritual às quais estamos predispostos a vivenciar e, com certeza, de professar a mais profunda comunhão entre a nossa simples alma humana e a grandeza daquele que é Eterno e sabe o que faz, sendo essa, talvez, a maior forma de oração.

Fernando Rizzolo

Bons hábitos geram boas ações

O que parece ser uma afirmação simples, costumeiramente usada desde a nossa infância, torna-se complicada e trabalhosa quando decidimos colocá-las em prática no nosso dia-a-dia. Seguir uma rotina diária, constituindo uma trajetória de hábitos novos que nos elevam espiritualmente, para muitos, no início, é um processo penoso.Na própria Bíblia, o relato e a indicação do povo judeu recebendo o maná do céu, e a imposição de Deus às suas normas, fez a multidão se lembrar do antigo Egito como algo não tão ruim.

Lá, em Mizraim (Egito em hebraico), não havia regrasnem compromisso e a lassitude da condição de escravos os levava a uma rotina pobre e sem rumo, porém, cômoda. Vencer a comodidade impondo a si próprio uma vida mais regrada no cumprimento das leis de Deus, nos faz mais disciplinados, atentos e preparados para a nossa jornada semanal.

Pouco importa a religião, a origem ou a crença, mas, estabelecer uma rotina diária que inclua orações pela manhã logo após o banho, orações à noite ao se deitar, não comer determinados alimentos, não se ater a filmes ou programas de conteúdo violento, visitar sites e blogs saudáveis, ler livros sagrados – como salmos – nos leva a dormir melhor, a ter uma saúde mais equilibrada e acima de tudo, a ficarmos espiritualmente menos vulneráveis às depressões, ansiedades e tensões em geral.

Hoje, profissionais de todo gênero sabem que um executivo disciplinado e com bons hábitos produz mais e seu nível de eficiência é maior. Um conjunto de hábitos saudáveis forma um conteúdo de cunho pessoal de extrema importância.

Que tal começar seu dia orando após o seu banho pela manhã? No começo pode soar estranho, mas, para os judeus, budistas, muçulmanos e seguidores de outras religiões, orar três vezes por dia constitui um bom hábito e com certeza, gera boas ações. Vale tentar: oxigenar a rotina pobre e sem sentido fará de você uma pessoa mais disposta, mais tolerante, e acima de tudo, mais próxima de Deus.

Fernando Rizzolo

Um Imenso Vazio

Esta semana foi banhada com as lágrimas da tristeza por aqueles que se foram no vôo 447 da Air France. Só quem perdeu, disse adeus, e se despediu acenando dos que embarcaram, sabe a dimensão da dor e do sofrimento. Este não foi o primeiro vôo trágico, outros antecederam, como o da Tam em São Paulo. Todos enfim, serviram para dimensionar o sofrimento das perdas repentinas.

Que palavras dizer, como entender, qual a lógica do desenlace da tragédia não anunciada? As explicações surgem em todas as religiões, mas a certeza de que as tragédias nos fazem refletir sobre nosso papel neste mundo, nos eleva na condição de repensarmos o aspecto espiritual de nossas vidas, muitas vezes ocultado pelo materialismo desenfreado do dia-a-dia .

Vidas ceifadas, amores que se foram, filhos queridos que jamais voltarão, traduzem os desperdícios das discórdias, da luta pela busca do material como prioridade, e da fragilidade da condição humana. Talvez seja tempo em que as pessoas devam buscar na espiritualidade, as respostas para os infortúnios da vida.

A lógica divina não pertence à mesma condição da lógica humana, e de nada adianta contestarmos a incapacidade do nosso cérebro de compreender os desígnios de Deus; que por vezes, faz das coisas tristes a maior razão do compreender divino. Se assim agirmos, estaríamos espiritualmente não elevando a alma e a lembrança daqueles que se foram, ao nos conformarmos, ultrapassamos nossa incapacidade diminuta, e sintonizamos uma lógica distante, incompreensível, mas repleta de luz.

Quando as buscas são ineficazes, quando as explicações técnicas das causas se confrontam, e não se vê absolutamente nada a não ser a saudade; fechar os olhos, se conformar e se apaziguar com Deus, é conectar-se com uma a lógica maior, é o caminho para entender o seu último adeus, seu último abraço, e quem sabe este imenso vazio.

*Dedico este texto aqueles que perderam seus entes queridos de forma trágica.

Divulguem este texto. Ajudem a divulgar o Blog do Rizzolo, enviem aos jornais de sua cidade

Fernando Rizzolo

Tenha um sábado de paz.

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, Avião da Air France desaparece, últimas notícias, Brasil, comportamento, cotidiano, cultura, Deus e você, Dilma Roussef, Direitos Humanos, doença de Dilma Rousseff, espiritualidade, espiritualidade na crise, evangélicos, geral, igrejas evangélicas, Judaismo, Literatura, mundo, News, notícias, poesia, Política, política internacional, Principal, protestantes, RELIGIAO, Religião e Reflexões Espirituais, terrorismo Air France, Voo AF447 Air France. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Um Olhar Enviesado

Vivemos no Brasil um momento em que a discussão sobre o papel do negro na sociedade é levado ao debate de uma forma a torná-lo confuso, polêmico, e até certo ponto complicado. Mistura-se a observação julgadora daqueles que legitimamente estão incumbidos desta função nas universidades, com injustiças aos demais não negros, causando de certa forma uma polêmica racial que tem por objetivo culminar com a extinção dos direitos à inclusão do negro na sociedade brasileira.

O que poderia numa análise perfunctória ser simples, torna-se complicada pois ao invés de se centrar na questão do negro, pontua-se com maior relevância os métodos de admissibilidade e reconhecimento da condição de ser ou não negro. Com efeito a análise ou os métodos não devem por si só, serem alvo das críticas, que pretensamente invalidam a luta na inserção do negro à sociedade, e animam os conservadores a uma cruzada à favor da manutenção do negro na condição de submissão na mantendo-o refém de seu próprio destino histórico.

Um olhar enviesado, uma distância nas relações pessoais, o preterimento na escolha de candidatos negros, a pronta relação vinculatória entre o negro e a pobreza, a pouca abertura ao ingresso de negros nos cargos públicos de nível, já seria por demais o suficiente para que a libertação do negro se desse de forma interior, vez que de nada adianta uma libertação exterior ou laboral como se deu na libertação da escravidão, se na alma os negros continuam acorrentados, humilhados, constrangidos, vítimas do contumaz olhar enviesado daqueles que se nutrem da enraizada intolerância histórica.

Fernando Rizzolo

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, últimas notícias, Blog da Dilma, Brasil, comportamento, cotidiano, crise no Brasil, cultura, demissões em massa, Direito dos presos, Direitos Humanos, economia, Edir Macedo, evangélicos, geral, holocausto, igrejas evangélicas, inclusão digital, inclusão dos negros na sociedade, Literatura, maçonaria, ministro Joaquim Barbosa, mundo, negros do Brasil, negros no Brasil, News, notícias, o papel no negro na sociedade, Política, política internacional, preconceito racial no Brasil, Principal, sistema carcerário. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

A virtude e a formação dos jovens

A virtude é uma qualidade moral particular. Poderíamos dizer que é a força de se fazer o bem em seu mais amplo sentido; tolerância, honestidade, caridade e lealdade fazem parte deste elenco de qualidades que devem ser instiladas à sociedade e aos homens públicos.

Muitos foram os sábios que se ativeram ao estudo sobre a formação humana, sua moral, e a conduta mais correta nas relações do ser humano com seus semelhantes. De grande parte vieram as propostas de cunho religioso, norteando os caminhos da retidão, servindo como uma bússola aos discípulos que se encarregavam de propagar tais conceitos éticos na humanidade.

Por outro lado instituições mais refratárias, e empenhadas em fazer desta empreita uma verdadeira escola da moral surgiram, como a Maçonaria que deste o seu início cercou-se de homens comprovadamente éticos, e que preenchiam as características da virtude no seu mais amplo sentido. Mas porque estaria eu refletindo hoje sobre a virtude e formação do ser humano?

Vivemos atualmente um Brasil politicamente desprovido de ética, o Congresso Nacional tornou-se alvo de críticas e desaprovação do povo brasileiro, os jovens brasileiros não mais possuem referencial de valores políticos e sociais, e lhes faltam um norteamento ético-humanistico no tocante ao trato das coisas públicas.

Não é por menos que instruir a juventude brasileira através de fontes que primam pela virtude, se faz necessário até para que num futuro próximo, tenhamos uma safra vocações políticas despertadas pela real vontade de servir ao povo de forma íntegra, e não fazer do mandato um braço vil a serviço de seus próprios interesses.

Hoje infelizmente assistimos ao comportamento pouco virtuoso de grande maioria da classe política brasileira, que de certa forma – pelo mau exemplo- maculam os jovens que ainda estão em formação intelectual e do caráter. A naturalidade no mau uso do Erário Público, faz com que a juventude incauta passa a entender que não há nada de errado em faltar com os essenciais predicados da virtude, predispondo a uma inversão de valores corrompendo os alicerces da democracia e da liberdade.

Cabe aos educadores, religiosos e aos formadores de opinião, reascender, elevando a chama da boa conduta, relembrando as antigas aulas de Educação Moral e Cívica onde se discutia o Brasil dentro de um prisma de civismo e de patriotismo.

Fernando Rizzolo

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, últimas notícias, Bolsa Geladeira, Brasil, comportamento, corrupção, cultura, defesa do mercado nacional, demissões em massa, Deus e você, Direito Internacional, Direitos Humanos, economia, Edir Macedo, evangélicos, Forças Armadas, General Augusto Heleno, geral, igrejas evangélicas, inclusão dos negros na sociedade, Jarbas Vasconcelos, Jarbas Vasconcelos (PE), Literatura, maçonaria, Maçonaria e a defesa da Amazônia, negros no Brasil, News, notícias, perder o emprego, Política, Principal, RELIGIAO, Religião e Reflexões Espirituais. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Entrada Proibida

Pretendendo encorajar o filho pequeno a fazer progressos no piano, uma mãe levou o garotinho a um concerto de Paderewski*. Depois que tinham se sentado, a mãe avistou uma amiga na plateia e foi até o corredor para cumprimentá-la.

Aproveitando a oportunidade para explorar as maravilhas do salão de concertos, o menino levantou-se e caminhou até uma porta onde se lia “Entrada Proibida”.

Quando as luzes do teatro foram diminuídas e o concerto estava para começar, a mãe voltou ao seu assento e viu que o menino não estava ali.

De repente, as cortinas se abriram e os refletores focalizaram o impressionante piano Steinway sobre o palco. Horrorizada, a mãe viu seu filho sentado ao piano, tocando inocentemente “Marcha Soldado, Cabeça de Papel”. Naquele instante, o grande virtuose entrou, caminhou rapidamente até o piano e sussurrou no ouvido do menino: “Não pare. Continue tocando.”

Inclinando-se, Paderewski colocou a mão esquerda sobre as teclas e começou a tocar a parte mais grave da melodia. Logo sua mão direita atingiu as teclas por cima da mão da criança e ele acrescentou um rápido obbligato.

Juntos, o velho mestre e o jovem aprendiz transformaram uma situação estranha numa experiência maravilhosa e criativa. A plateia estava hipnotizada.

É assim que acontece com D’us.

Aquilo que podemos conseguir por nós mesmos não é muito digno de nota. Tentamos fazer o melhor, porém os resultados não são exatamente uma música que flui graciosamente. Com a mão de D’us, o trabalho de nossa vida pode ser realmente belo. Portanto, da próxima vez em que você tentar conseguir grandes realizações, ouça cuidadosamente e poderá escutar a voz de D’us sussurrando em seus ouvidos: “Não pare. Continue tocando.”

* Ignacy Jan Paderewski (1860-1941): Pianista-virtuose e compositor polonês. Sua mais famosa peça “Minueto à l”Antique” figura ao lado de obras de Mozart e Beethoven. Em 1922, apresentou-se Carneguie Hall e passou a dar concertos ao redor do mundo. Mudou-se para Nova York no começo da 2a.Guerra Mundial, falecendo em 1941. Após 51 anos de sua morte, seus restos mortais foram transferidos para Varsóvia. O mais famoso compositor polonês deste século tornou-se também o maior expert na vida e obras de Chopin.

fonte: Site do Beit Chabad

Tenha um sábado de paz e uma semana feliz !

Fernando Rizzolo

Um “Transtorno Ético -Social”

auto_sponholz

Segundo a psicologia, a personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo (caráter). Pode-se dizer que é o “jeitão” de ser da pessoa, o modo de sentir as emoções ou o “jeitão” de agir. Um transtorno de personalidade aparece quando esses traços são muito inflexíveis e mal-ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incomodação.

Estamos vivendo no Brasil um tipo de transtorno social, algo que passaria pela personalidade pródiga dos políticos, e que por ser por demais contagiosa – com características de ” pandemia” – acabaria por contaminar até o discurso do presidente da república, que já não sabe mais “separar o público do privado” ao afirmar que, a discussão sobre o uso indiscriminado da cota de passagens aéreas recebidas pelos deputados federais é “hipócrita”, e que nada vê de reprovável em “dar passagens aéreas para dirigentes de sindicatos”.

Todos sabem que o dinheiro público não deve ser utilizado para pagar passagens de terceiros, tampouco ético é, apregoar que isso deva ser tratado como “algo normal” e dentro das expectativas da atual” ética no Brasil”, minimizando dessa forma, atos reprováveis cometidos por parlamentares. Blindar o Congresso Nacional através de um discurso presidencial que esbarra nos conceitos da probidade administrativa, é dar de ombros à moralidade cobrada pela sociedade na sua indignação com o mau uso do Erário Público.

Mas o que afinal ocorre com o mundo político brasileiro? De um lado estão os 261 deputados, eleitos pelo povo, que usaram a cota da passagem aérea de forma moral indevida, nos 1885 vôos internacionais entre janeiro de 2007 e outubro de 2008 – e que custaram à Nação custaram R$ 4,765 milhões. De outro, o pobre povo brasileiro que ouve resignado o presidente afirmar que tudo isso não é tão grave assim, numa apaixonante defesa dos atos desmedidos dos membros do Congresso.

Talvez estaríamos diante de um caso de TES. Um “Transtorno Ético -Social”, ainda não descrito pela medicina e psicologia, tão contagioso quanto a gripe suína, mas pouco alertado em seus aspectos profiláticos. Como se trata de um transtorno da personalidade política, cabe ao povo indignar-se, reagir e criar anticorpos, ou então sucumbirá na depressão democrática brasileira, – já imunodeprimida – numa doença da moral ainda não diagnosticada pelos estudiosos da mente, mas que infelizmente se propaga pelos ares de Brasília.

Fernando Rizzolo

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, atos secretos, é do Senado', últimas notícias, Blog do Rizzolo, Brasil, comportamento, corrupção, cotidiano, CPI da Petrobras, crise moral no Congresso, crise no Brasil, cultura, economia, eleições 2010, evangélicos, FHC e a cupinização do Estado, Forças Armadas, General Augusto Heleno, geral, inclusão dos negros na sociedade, Jarbas Vasconcelos, Jarbas Vasconcelos (PE), Literatura, Lula, maçonaria, negros do Brasil, News, notícias, OAB Federal, OAB quer deputados devolvendo dinheiro, pmdb corrupção, Política, Principal, regime militar, Sarney eo Senado. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

A Gripe Suína e a Humanidade

A fragilidade humana diante da natureza passa a ser assustadora quando nos deparamos com as novas doenças que surgem, principalmente aquelas relacionadas à infectologia. Na história da humanidade muitas foram as pestes que assolaram populações inteiras, e a problemática das epidemias sempre foi alvo de estudo da ciência e da medicina.

Os conceitos de transmissão das doenças contagiosas avançaram muito, e hoje podemos de forma clara constatar, a origem das doenças transmissíveis. Contudo vale salientar, que se avanços houveram em relação à pesquisa no campo da infectologia, no tocante as causas que propiciam o desenvolver das novas doenças, permanecem estas inalteradas, e de certa forma até potencializadas face ao abandono e ao abrandamento dos princípios básicos de fatores preponderantes e desencadeadores das propagações.

O aumento populacional, o estilo de vida, a ingestão maciça de carne animal, bem como a produção de grãos visando a criação cada vez maior de aves, suínos e bovinos – confinados estes, em grandes núcleos populacionais – nos remete a uma reflexão sobre esse meio de cultura perigoso, onde animais e seres humanos passam a ser atores biológicos, no desenvolvimento de novos tipos de vírus e bactérias.

Já no Antigo Testamento (Torah), as doenças contagiosas eram narradas com a descrição e a forma de prevenção, as quais surgiam dentro de um modelo religioso onde a caracterização das mesmas, continham conotações de estilo de vida, que esbarravam nos conceitos de alimentação e de obediência à Deus. Na verdade, a imposição das normas, vinham de encontro aos principais conceitos até hoje observados, no campo da infectologia e da saúde pública.

A gripe suína nos leva a uma profunda reflexão sobre a nossa relação com os animais, com a natureza, com o ecossistema, e acima de tudo sobre o fato de cada vez mais tornarmos o nosso hábito alimentar, num ato de paz em sintonia com natureza, e a crição divina, libertando assim os animais da triste missão covarde de fazê-los nos alimentar. Vamos libertar os animais, e quem sabe assim possamos nos libertar das pestes que nos aprisionam, e da triste violência sem limite contra os seres vivos da Terra.

Fernando Rizzolo

Ajude o Rizzolo a divulgar este texto. Envie aos seus amigos !

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, últimas notícias, Brasil, comportamento, cotidiano, cultura, Deus e você, direito dos animais, Direito Internacional, Direitos Humanos, economia, emergentes, espiritualidade, espiritualidade na crise, evangélicos, fome nos EUA, geral, Gripe mexicana, gripe suína no Brasil, igrejas evangélicas, Israel, Judaismo, Literatura, maçonaria, medicina, menina morre em Osasco, menina morreu em 30 de junho em Osasco, mundo, News, notícias, O agronegócio, Política, política internacional, primeira morte em São Paulo, Principal, protestantes, RELIGIAO, Religião e Reflexões Espirituais, Saúde, São Paulo registra 1ª morte causada pelo vírus, Sua Sáude, vegetarianismo, violência contra os animais, Violência e Impunidade. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . 8 Comments »

A Justiça, o povo e o futebol

Uma das causas que contribuiu para o crescimento do número de evangélicos no Brasil, deveu-se ao fato de que, ao contrário dos métodos litúrgicos tradicionais católicos, os pastores cobravam de Deus os milagres de forma clara, com veemência, como que estivessem num tribunal.

Ainda me lembro certa vez quando numa reportagem, um determinado bispo dizia que tínhamos que cobrar de Deus com rigor, discutindo com o Senhor de forma enfática, e até argumentando de igual para igual – em sentido figurado – nossas demandas; que só assim ele nos ouviria.

Talvez através desta visão de aprovação ao amor ao debate com o criador, e a forma de cobrá-lo, fez com que um novo gênero de prece surgisse em forma de pleito, e com teor argumentativo. Discutir com Deus e com os homens, faz parte da convivência espiritual e humana, e não devemos encarar as discussões -quando bem encaminhadas e com urbanidade, – como algo menor, mas sim enriquecedor ao debate. De forma que as idéias se tornam passionais, na exaltação da defesa dos pontos de vista cada um.

Por bem entendeu o presente Lula enxergar o bate-boca entre entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no plenário do STF, como um simples desentendimento, tão comum quanto os que ocorrem no futebol. Muito embora à primeira vista possa parecer uma visão simplista do presidente, tem seu quinhão de verdade comprovado no dia-a-dia de cada um de nós.

Os desentendimentos ocorrem entre as pessoas, e não há lugar imune a eles tampouco num tribunal, onde o amor ao debate transcende o controle das emoções. Apesar de não estarmos acostumados a presencia-los no Judiciário, de forma alguma estes embates comprometem a estrutura e o respeito que o povo brasileiro possui em relação à Nobre Corte brasileira.

Cada vez mais o povo brasileiro participa da vida política do País, e o ocorrido denota apenas uma efervescência saudável, na defesa dos pontos de vista de cada um; assim como na vida, no futebol e nas discussões que aprendemos a ter com Deus. Discutir de forma saudável também faz bem, induz à reconciliação, acalenta os ânimos e às vezes faz até milagres como no caso dos pastores.

Fernando Rizzolo

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, últimas notícias, Brasil, comportamento, cotidiano, Crise, cultura, Deus e você, Direitos Humanos, economia, espiritualidade, espiritualidade na crise, evangélicos, geral, igrejas evangélicas, Literatura, Lula, maçonaria, ministro Joaquim Barbosa, negros do Brasil, negros no Brasil, News, notícias, Política, preconceito racial no Brasil, Principal, RELIGIAO, Religião e Reflexões Espirituais. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Olhando para o mar e ouvindo as ondas

1234149307_mar_de_setembro

Muitas vezes caminhamos pela praia, ouvimos o barulho do mar, e nem sequer observamos a grandeza do oceano. Mas naquele dia eu parei. Resolvi sentar de frente para o mar, simplesmente observá-lo olhando nos olhos com um vento leve e salgado batendo no meu rosto. Olhar o mar com calma é quase uma oração, não é para qualquer um. A água batendo nas rochas, a onda trazendo suas espumas, nos leva a reflexões sobre nossas vidas, nossos destinos, pessoas que se foram, e projetos futuros.

Não é à toa de Dorival Caymmi de tanto amar o mar, afirmava que “era doce morrer no mar”. Velho mar, que me faz imaginar o quanto antiga é esta paisagem litorânea, e como que com tanto efeito estufa, Deus ainda soube informar a ele – o mar – o momento exato de parar na praia, na areia, sem avançar nas vidas, nas florestas, nas avenidas e nos butecos. Que sabedoria, hein, pensei.

O mar traz algo dentro si que lembra a poesia, lembra a cachaça, lembra o cheiro daquela esteira antiga que a gente levava para se deitar na areia, se lembra? Tinha um cheiro de palha, de uma tristeza doce, de algo guardado esperando pela gente lá no quarto do fundo. Quando chegava as férias pegávamos a velha esteira e íamos para a praia. Coisa antiga..

O mar tem seus encantos, seus deuses, suas lendas. Estive na Bahia e vi um mar imenso, bem maior que este. Pela manhã abri a janela do hotel e rezei. Ah! Rezar de frente para o mar é outra coisa, é olha, é tão doce quanto morrer dentro dele, como dizia Caymmi. Mas ainda acredito que o mar e as ondas, não foram feitas para morrer, mas para pensar e refletir. Só que, precisa parar, olhar de frente, ouvir a ondas, tomar o primeiro gole e escrever, o mar foi feito para sonhar e escrever; enxergar a grandeza de Deus, e dizer: “é doce olhar para o mar….muito mais que morrer, principalmente na praia….”

Fernando Rizzolo

Pêssach: a importância da liberdade

heller_pesach
Família comemorando pessach na época medieval (óleo sobre tela)

Esta noite, dia 29 de março 2010, judeus de todo o mundo dão início a uma festa especial : a comemoração da saída do Egito, narrado no Velho Testamento. Comemoraram a passagem de um estado de escravidão, a um estado de liberdade. Através dos anos o conceito de libertação narrado na Bíblia, que se resumia apenas à libertação de um povo, deu também interpretação maior, a toda forma de liberdade, quer do ponto de vista pessoal ou social.

Todos os dias estamos tentando nos libertar dos “Egitos” existentes nas nossas vidas e na sociedade. Quantas são as vezes, que nos escravizamos e nos deixamos escravizar por meio das desigualdades, das tiranias, das doenças, das limitações, ou das humilhações.

Toda liberdade é fruto da conquista. Moisés tentou convencer o faraó a libertar o povo judeu, através da intelectualidade, da argumentação ao mesmo tempo em que contava com a ajuda de Deus. É é assim na vida, precisamos nos educar, nos preparar intelectualmente, estudar, para mudarmos o mundo, e como parceiros de Deus, podermos tentar libertam também o próximo com nosso talento.

Liberdade se conquista através da educação, e da igualdade de oportunidades, instrumentos que servem de ponte à turva travessia entre o obscurantismo escravizante ao brilho da liberdade redentora. Que hoje seja um dia de reflexão para que possamos nos libertar do ” Egitos” que habitam nossas vidas, brindando a passagem com os ideais da solidariedade, da justiça e da ética no nosso País. Leia também artigo meu: Inclusão Social e Liberdade

Fernando Rizzolo