Inflação maior não afeta política monetária, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (5) em entrevista à Radiobras, que a recente elevação de preço nos alimentos não provocará alterações na política monetária brasileira. Ele evitou falar sobre a decisão a ser tomada esta tarde pelo Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros (Selic), mas enfatizou que a inflação não ameaça.

“Estamos há vários meses com a redução da taxa de juros no país e isso se deveu ao fato de que a inflação está sob controle, está abaixo do centro da meta. A situação está totalmente sob controle do governo e, se houver alguma alteração, o Banco Central tomará as medidas em tempo hábil”, disse o ministro.

Os diretores do Banco Central, que fazem parte Copom, decidem sobre a taxa de juros com base no comportamento dos preços e sua interferência na meta estabelecida para a inflação. A meta este ano é de 4,5% e, segundo analistas de mercado ouvidos pelo BC, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – índice utilizado oficialmente para os dados da inflação – ficará em 3,8% em dezembro.

“O BC tem toda autonomia para julgar o momento presente, avaliar a tendência da inflação e tomar a decisão”, disse o ministro. Segundo ele, não há, “de jeito nenhum”, elevação generalizada de preços. “Alguns preços caem e outros sobem, como é natural numa economia grande e complexa como é a brasileira”. Ele voltou a lembrar que, se há elevação no preço da carne, cereais, leite e derivados, do outro há queda nos. preços administrados, como conta de luz.

Desde setembro de 2005 o Copom iniciou a trajetória de redução da Selic. Nas duas reuniões anteriores à de hoje, houve redução de meio ponto percentual. Alguns analistas acreditam que, desta vez, o corte será de 0,25 ponto percentual. Outros nem esperam redução.

Novas projeções

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revisou hoje sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) referente a 2007. A estimativa da entidade para o final do ano passou de 4,1% para 4,2%, especialmente devido às mudanças observadas nos itens Alimentação e Habitação. Para setembro, a Fipe aguarda uma variação de 0,48%, contra 0,07% registrada em agosto, a menor desde junho de 2006.

Segundo o coordenador do IPC, Márcio Nakane, o resultado de agosto foi o grande responsável pela mudança da projeção para o ano. A Fipe esperava que o oitavo mês de 2007 mostrasse deflação, especialmente devido ao reajuste negativo nos preços da energia elétrica. Porém, apesar da energia mais barata, o item Habitação registrou deflação menor que a esperada e o IPC fechou o mês em território positivo.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), em uma linha parecida, elevou nesta quarta-feira a estimativa de inflação pelos índices gerais de preços (IGPs) em 2007, depois da forte aceleração vista nos dados de agosto. A previsão passou para a faixa de 4,0 a 4,5 por cento, ante prognóstico anterior de 3,5 a 4,0 por cento.

“Hoje a inflação é bastante de alimentos, é uma inflação de oferta. Mas tem um elemento de demanda que não pode ser ignorado”, afirmou a jornalistas Salomão Quadros, economista da FGV, que calcula os índices gerais de preços.

Da redação, com informações da Agência Brasil e do Valor
Sire do PC do B

Rizzolo: É parece que as notícias caem do céu quando o COPOM se reúne, antes era a crise americana que no final, pouco resultado danoso, por enquanto, trouxe à economia do pais, ontem fazendo um comentário torcia por uma queda da taxa selic de 0,50%, mas os pessimistas de plantão a mando do “Brasil Cassino”, agora utilizam mais uma argumentação facciosa de presente ao COPOM, para talvez nem haver corte nas taxas de juros, a inflação, a famosa culpada pela manutenção da rédea curta do desenvolvimento, será que essa inflação já não foi “cavada” para justificar e legitimar o nada ? Precisamos criar 4,5 milhões de empregos por ano hein, vamos diminuir esses juros ! Ou será que os especuladores ainda não estão satisfeitos com o que já ganharam no Brasil ?

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