O livro didático que a Globo quer proibir

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O professor de História Mario Schmidt responde à altura, diante da campanha de difamação contra o seu livro didático capitaneada pelo diretor executivo do jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel. “Em primeiro lugar exigimos respeito. Nós jamais acusaríamos o sr. Kamel de ser racista apenas porque tentou argumentar racionalmente contra o sistema de cotas nas universidades brasileiras”. Veja a resposta na íntegra.

A respeito do artigo do jornalista Ali Kamel no jornal O Globo de 18 de setembro de 2007 sobre o volume de 8ª série da obra Nova História Crítica, de Mario Schmidt, o autor e a Editora Nova Geração comentam: Nova História Crítica da Editora Nova Geração não é o único nem o primeiro livro didático brasileiro que questiona a permanência de estruturas injustas e que enfoca os conflitos sociais em nossa história. Entretanto, é com orgulho que constatamos que nenhuma outra obra havia provocado reação tão direta e tão agressiva de uma das maiores empresas privadas de comunicação do país.

Compreendemos que o sr. Ali Kamel, que ocupa cargo executivo de destaque nas Organizações Globo, possa ter restrições às posturas críticas de nossa obra. Compreendemos até que ele possa querer os livros didáticos que façam crer “que socialismo é mau e a solução para tudo é o capitalismo”. Certamente, nossas visões políticas diferem das visões do sr. Ali Kamel e dos proprietários da empresa que o contratou. O que não aceitamos é que, em nome da defesa da liberdade individual, ele aparentemente sugira a abolição dessas liberdades.

Não publicamos livros para fazer crer nisso ou naquilo, mas para despertar nos estudantes a capacidade crítica de ver além das aparências e de levar em conta múltiplos aspectos da realidade. Nosso grande ideal não é o de Stálin ou de Mao Tsetung, mas o de Kant: que os indivíduos possam pensar por conta própria, sem serem guiados por outros.

Assim, em primeiro lugar exigimos respeito. Nós jamais acusaríamos o sr. Kamel de ser racista apenas porque tentou argumentar racionalmente contra o sistema de cotas nas universidades brasileiras. E por isso mesmo estranhamos que ele, no seu inegável direito de questionar obras didáticas que não façam elogios irrestritos à isenção do Jornal Nacional, tenha precisado editar passagens de modo a apresentar Nova História Crítica como ridículo manual de catecismo marxista. Selecionar trechos e isolá-los do contexto talvez fosse técnica de manipulação ultrapassada, restrita aos tempos das edições dos debates presidenciais na tevê. Mas o artigo do sr. Ali Kamel parece reavivar esse procedimento.

Ele escolheu os trechos que revelariam as supostas inclinações stalinistas ou maoístas do autor de Nova História Crítica. Por exemplo, omitiu partes como estas: “A URSS era uma ditadura. O Partido Comunista tomava todas as decisões importantes. As eleições eram apenas uma encenação (…). Quem criticasse o governo ia para a prisão. (…) Em vez da eficácia econômica havia mesmo era uma administração confusa e lenta. (…) Milhares e milhares de indivíduos foram enviados a campos de trabalho forçado na Sibéria, os terríveis Gulags. Muita gente foi torturada até a morte pelos guardas stalinistas…” (pp. 63-65).

Ali Kamel perguntou por onde seria possível as crianças saberem das insanidades da Revolução Chinesa. Ora, bastaria ter encotrado trechos como estes: “O Grande Salto para a Frente tinha fracassado. O resultado foi uma terrível epidemia de fome que dizimou milhares de pessoas. (…) Mao (…) agiu de forma parecida com Stálin, perseguindo os opositores e utilizando recursos de propaganda para criar a imagem oficial de que era infalível.” (p. 191) “Ouvir uma fita com rock ocidental podia levar alguém a freqüentar um campo de reeducação política. (…) Nas universidades, as vagas eram reservadas para os que demonstravam maior desempenho nas lutas políticas. (…) Antigos dirigentes eram arrancados do poder e humilhados por multidões de adolescentes que consideravam o fato de a pessoa ter 60 ou 70 anos ser suficiente para ela não ter nada a acrescentar ao país…” (p. 247) Os livros didáticos adquiridos pelo MEC são escolhidos apenas pelos professores das escolas públicas. Não há interferência alguma de funcionários do Ministério.

O sr. Ali Kamel tem o direito de não gostar de certos livros didáticos. Mas por que ele julga que sua capacidade de escolha deveria prevalecer sobre a de dezenas de milhares de professores? Seria ele mais capacitado para reconhecer obras didáticas de valor? E, se os milhares de professores que fazem a escolha, escolhem errado (conforme os critérios do sr. Ali Kamel), o que o MEC deveria fazer com esses professores? Demiti-los? Obrigá-los a adotar os livros preferidos pelas Organizações Globo? Internar os professores da rede pública em Gulags, campos de reeducação ideológica forçada para professores com simpatia pela esquerda política? Ou agir como em 1964?
Site do PC do B

Rizzolo:É impressionante que na defesa de interesses particulares, no interesse da perpetuação da mídia no poder de algumas famílias, na falta de consternamento que existem hoje 47 milhões de pessoas na vivendo na miséria nesse país, pessoas como o camarada Ali Kamel, representando as Organizações Globo, questiona de forma tendenciosa livros infantis, com informações históricas de interesse social. Agora somos obrigados a omitir quem foi Mao Tse – tung ? Agora somos obrigados a ignorar quem foi Marx? Temos que nos prepararmos para não admitir nossas idéias, e dize-las com cuidado, muito menos publicá-las de forma isenta, como foi demonstrado pelo professor Mario Schmidt , com os prós e contras, até para estimular o espírito crítico dos jovens, mas não podemos, por que o camarada os conservadores não querem, não gostam, e quer a Globo decidir é decidir o que é bom para o ensino brasileiro.

Depois ainda existem pessoas que não perceberam que a mídia golpista é sim um Partido Político. De acordo com o artigo podemos inferir que os textos apresentam os dois lados da história, aumentando a capacidade de reflexão sobre assuntos sócios culturais; mas a Globo não quer, entende como diz o artigo do PC do B, que o apropriado seria “internar os professores da rede pública em Gulags, campos de reeducação ideológica forçada para professores com simpatia pela esquerda política. Ou agir como em 1964”.O livro tem como objetivo estimular a critica e a visão reflexiva, para que no futuro não surjam pessoas reacionárias, que só entendem a essência da vida através do capital, do dinheiro, e do lucro, e o pior, legitimam suas idéias em cima dos ideais de ” liberdade”, econômica , é claro. Agora, vergonha é o Ministério da Educação decidir retirar o livro das escolas à partir de 2008, prestando vassalagem às Organizações Globo.

Entidades lançam manifesto na pré-Conferência de Comunicação

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Entidades que compõem o movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação lançaram nesta segunda-feira (17) um manifesto por uma conferência ampla, democrática e participativa. O documento, assinado por entidades da sociedade civil, foi entregue durante a abertura da Conferência Preparatória de Comunicações, organizada pelo Ministério das Comunicações em conjunto com a Anatel, Câmara e Senado Federais, que acontece até 19 de setembro, em Brasília.

“Por uma conferência democrática com participação popular”, esta é a frase que sintetiza as reivindicações contidas no documento assinado por dezenas de entidades, dentre elas a CUT, em defesa de uma conferência que seja construída pelo poder público e em conjunto com a sociedade, “respeitando o princípio da participação social ativa”.

O movimento aponta que a Conferência de Comunicação está em desacordo com o modelo das conferências que foram ou que serão realizadas – como a da Saúde, Educação, Direitos Humanos, Cidades, Segurança Alimentar e Nutricional, Meio Ambiente, Cultura, Assistência Social, Juventude, Crianças e Adolescentes, Economia Solidária e outras, constituídas com eleição de delegados em etapas regionais, estaduais e municipais.

Para Rosane Berttoti, secretária nacional de Comunicação da CUT, “é importante ressaltar que o crescimento e o desenvolvimento do País também está atrelado à democratização dos meios de comunicação. Portanto, a participação da sociedade civil, tendo como interlocutores os movimentos social e sindical é imprescindível em todos os debates de construção de políticas públicas de comunicação, como por exemplo, nos que dizem respeito às redes públicas e comunitárias de TV e rádio. Vamos lutar pela participação popular no processo da Conferência para que se rompa com a lógica mercantil que há décadas impera nos meios em nosso país, que é a mídia anti-brasileira”.

Mobilização

Celso Schröder, coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), uma das organizações signatárias da carta, diz que este evento deve ser preparatório para uma Conferência Nacional de Comunicação ampla, como reivindicam os movimentos sociais há algum tempo.

“A Conferência precisa ser um espaço para o governo buscar subsídios junto à sociedade para a implementação das políticas públicas necessárias. Este evento preparatório tem participação majoritária do governo e de empresários. A sociedade civil tem apenas dois representantes, que são o FNDC e a UnB”, aponta Schröder.

Bráulio Ribeiro, do Intervozes, destaca que apenas a mobilização dos movimentos sociais e das organizações da sociedade civil poderá pressionar o governo a realizar uma verdadeira Conferência Nacional.

”Por um lado, não existe nenhuma movimentação concreta do governo no sentido da realização de uma conferência. O governo nunca assinou um documento nem pronunciou-se publicamente sobre o assunto. Por outro, o setor empresarial não tem interesse algum em que a sociedade discuta e delibere democraticamente sobre as políticas públicas de comunicação. A tarefa que está colocada para os movimentos sociais, portanto, é bastante árdua e exige muita mobilização”, diz Ribeiro.

Insatisfação

Augustino Veit, membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, ressalta que a carta divulgada na segunda é um alerta.

“Estamos dizendo que esta Conferência Preparatória não satisfaz os anseios da sociedade civil, que exige uma conferência nos moldes das demais. O sentido de uma conferência é produzir o acúmulo do conhecimento que vem da sociedade e, a partir daí, deliberar políticas públicas. Ela só tem legitimidade, portanto, se tiver participação popular, se for democrática. Este evento tem o caráter de um seminário, ou de um simpósio. Falta aqui a visão de que a comunicação é um direito humano e que, portanto, não pode se reduzir a um negócio”, destaca.

Site do PC do B

Rizzolo: Ah! Mas nessa conferência eles não querem a participação popular, isso aí é discussão para empresários e governo e dois representantes como dizem eles da “sociedade civil”. Ora, uma Conferência Preparatória de Comunicações, organizada pelo Ministério das Comunicações em conjunto com a Anatel, Câmara e Senado Federais, que não aceitam a participação popular. Porque ? É claro que os senhores “oligarcas da mídia” não querem esse “bando de sem mídias” e palpiteiros se metendo a discutir questões de Comunicações no Brasil, isso aí é território deles. Temos que acabar com esta democracia “relativa” no Brasil, estou cansado de dizer que aqui os “democratas” gostam da democracia às portas fechadas, somente discutidas com aqueles que eles financiaram nas campanhas, agora o povo, ora, o povo, nem é convidado! Comunicação hoje no Brasil é assunto de maior interesse público, por favor, abram as portas e deixem a sociedade entrar ! Que conversa é essa ?

Multidão em Washington exige o fim da guerra contra o Iraque

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Norte-americanos exigem volta das tropas já e o fim da guerra 100 mil pessoas dos mais diversos recantos dos EUA e com forte presença de veteranos de guerra marcharam da Casa Branca até o Congresso, com faixas, cartazes e bandeiras, dando um basta a guerra de Bush e Cheney.

Com faixas, cartazes e bandeiras, uma multidão marchou da Casa Branca até o Congresso, em Washington, no sábado dia 15, para exigir o “imediato fim” da ocupação do Iraque e a “volta dos soldados” enviados por W. Bush. 100 mil pessoas, vindas dos mais diversos recantos dos Estados Unidos, se manifestaram, no que boa parte da mídia imperial admitiu ser “uma das mais amplas” mobilizações já ocorridas. O ato foi convocado para desmascarar a fraude do general Petraeus no Congresso e para dar vazão ao sentimento do povo norte-americano de que a guerra tem de acabar – e já.

No percurso por dez quarteirões, a manifestação respondia à convocação “o que nós queremos?”, feita pelos organizadores, com “fora com as tropas!”. “Quando nós queremos isso?” – de novo, o coro de 100 mil vozes: “agora!” Num dos momentos mais tocantes, já diante do Congresso, 5 mil veteranos do Iraque e ativistas contra a ocupação conduziram uma cerimônia solene, um “die-in” em memória dos soldados que caíram na agressão ao Iraque e do um milhão de civis iraquianos mortos. Eles se deitaram simbolicamente no chão, em denúncia do morticínio causado por Bush.

VETERANOS PRESOS

197 veteranos e ativistas foram presos quando tentavam ultrapassar a barreira de policiais e levar a mensagem da manifestação ao Congresso, fechado e cercado. Entre os presos, estavam o coordenador nacional da entidade ANSWER (Act Now to Stop War and End Racism – Aja agora para dar fim à guerra e acabar com o racismo), Brian Becker; os integrantes da entidade “Veteranos do Iraque Contra a Guerra”, Adam Kokesh, Liam Madden, Jeff Millard e Garrett Reppenhagen; a coordenadora do Comitê Nacional pela Libertação dos Cinco Cubanos, Glória La Riva; o coordenador nacional da juventude da Answer, Eugene Puryear; e a ex-coronel do exército dos EUA, Ann Wright. Foi o maior número de presos em uma manifestação contra a guerra, este ano; quatro vezes mais que no ato de janeiro. A repressão policial foi respondida pela multidão, com sinais de vitória e cantos: “vergonha sobre vocês”.

INVASORES

Chamava a atenção a quantidade de veteranos da guerra contra o Iraque que estavam ali, condenando a invasão, e portando seus uniformes de soldado. Um soldado de Oklahoma, Justin Cliburn, disse à “Associated Press”, que “estamos ocupando um povo que não nos quer lá”. Ele acrescentou que sua presença em Washington era “para mostrar que não é só uma meia dúzia de velhos hippies dos anos 60 que estão contra essa guerra”. O veterano Reppenhagen assinalou que “o povo iraquiano não nos vê como uma força de paz; nos vê como invasores e assassinos”. Ele serviu como franco-atirador no Iraque em 2004 e 2005.

Os manifestantes também exigiram o impeachment de Bush, que levou o país à agressão com suas mentiras, e do seu vice e comparsa Cheney. “Fim da guerra agora”, entoou a multidão. Muitos cobraram, do Congresso, o fim das verbas para a agressão. “Nada de dinheiro para a guerra!”. Em seu discurso à multidão, o ex-ministro da Justiça do governo Johnson e advogado de Sadam, Ramsey Clark, afirmou que “nada vai parar essa máquina exceto o impeachment de Bush e sua gangue e a volta das tropas”. Por sua vez, a mãe-símbolo Cindy Sheehan destacou que “que é hora de nos deitarmos na rua para dizer que já basta”. Participaram também do ato o ex-candidato a presidente Ralph Nader; o veterano do Vietnã e escritor Ron Kovic; o Reverendo Grayland Hagler; a Ordem Nacional dos Advogados; a Fundação Muçulmana pela Liberdade da Sociedade Americana; Conselho Nacional dos Árabes Americanos; Movimento Latino USA, Irmandade Nacional Mexicana; Pam África; Familiares e Amigos de Mumia Abu-Jamal; e mais centenas de organizações e personalidades.

VIÚVAS

Arregimentada às pressas pela máfia de Washington, meia dúzia de viúvas de Bush – era mesma uma meia dúzia, embora muito histéricas – encenaram um “ato de apoio à Casa Branca”; por sua vez a mídia imperial, o “New York Times” e o “Washington Post”, encenaram que haveria “duas manifestações” se “confrontando”. A da meia dúzia e a dos 100 mil: sempre em socorro de Bush e sua guerra. Um dos presos no “die-in’ foi o veterano da guerra do Iraque, Geoff Millard, que portava uma bandeira dos EUA. Presidente seccional de Washington da entidade “Veteranos do Iraque Contra a Guerra”, ele conclamou que “é hora do movimento pela paz dar os próximos passos para o protesto e a resistência”. De acordo com os organizadores da marcha, os veteranos da guerra do Iraque “estavam mais envolvidos e mais visíveis” no protesto de sábado do que “em qualquer manifestação semelhante desde que o conflito começou”.

JUSTIÇA

Ao lado de jovens, havia idosos como Walter Du-charme, de 78 anos, da área de Boston. Ele contou que já havia sido preso em manifestação anterior e que “resolveu que tinha de participar de novo”. A “AP” descreveu a manifestação com “uma atmosfera festiva”, “discursos veementes” e “veteranos do Vietnã batendo papo com veteranos da guerra do Iraque jovens o bastante para serem seus filhos”. “Um homem de chapéu com os dizeres ‘Caubóis que se opõem à guerra’, ao lado de uma mulher usando um hijab (tipo de véu muçulmano) assinalado: ‘impeache Bush/Cheney. Não deixe por menos”. Também pais com grandes fotos dos filhos mortos no Iraque, como Juan Torres Sr, que perdeu seu filho de 25 anos em 2004. Disseram a ele que seu filho teria “se suicidado”, mas ele não acredita e continua “lutando por justiça”. “Não quero ver outras famílias [perderem um filho] como a minha”.

Outra cena descrita pela mídia dos EUA dá bem uma idéia das coisas. Dois débeis mentais de meia-idade gritavam obscenidades para a multidão, acrescentando vez por outra “comunas fora de Washington!” Em frente a eles na multidão, um homem jovem, com roupa de camuflagem e rosto coberto por um lenço, exceto os olhos, silencioso. Olhou para os idiotas, simplesmente assinalando o dizer sobre sua cabeça: “apóie as tropas, acabando com a guerra”. Já anoitecia, e os manifestantes continuavam cantando, “O que nós queremos? Paz!”, diante do Congresso e a poucas quadras da Casa Branca.

ANTONIO PIMENTA
Jornal Hora do Povo

Rizzolo:Essa manifestação é uma demonstração que o belicismo e o discurso ridículo da “guerra contra o terrorismo” não engana mais ninguém, assim como o neoliberalismo que prega o “mercado” como senhor das relações sociais, e “regulador” da distribuição de renda, o povo americano está descobrindo que a mídia juntamente com a elite norte americana, tenta alienar a população pobre principalmente negros e latinos vendendo um discurso mentiroso. Hoje os EUA são o maior país terrorista, como bem diz Noam Chomsky, as intervenções e invasões em paises que não rezam o “Consenso de Washington” são atacados, e a população cooptada pela mídia golpista em vender um discurso imoral.

Hoje os EUA têm 45 milhões de pessoas sem seguro saúde, já existe “Bolsões de miséria” e o povo americano esta reagindo a isso. Os democratas mais civilizados tentam remendar os estragos causados na política de Bush, Hillary Clinton dará com certeza, se eleita, uma visão mais humana e, mas social, inclusive ajudando a imensa população vítima dos especuladores imobiliários, que na sua maioria são negros e latinos, o autoritarismo de Bush se manifesta na prisão de 197 veteranos e ativistas até o coordenador nacional da entidade ANSWER (Act Now to Stop War and End Racism – Aja agora para dar fim à guerra e acabar com o racismo), foi preso. Foi o maior número de presos em uma manifestação contra a guerra, este ano; quatro vezes mais que no ato de janeiro. A repressão policial foi respondida pela multidão, com sinais de vitória e cantos: “vergonha sobre vocês”. Bela democracia, e ainda tem gente aqui que adora os Republicanos e a política americana atual.

De acordo com o Jornal Hora do Povo, o pré-candidato democrata à Presidência dos EUA senador Barack Obama defende a saída do Iraque em ritmo de duas brigadas ao mês, apresentou ele na quarta-feira, 12, o mais completo plano proposto até o momento para dar fim ao desastre da ocupação do Iraque, defendendo a retirada total de todas as tropas norte-americanas naquele país até o final do próximo ano.“Vim aqui para dizer que temos de começar a dar fim a essa guerra agora”, afirmou o senador pelo Estado de Illinois em um discurso proferido no Estado de Iowa. “Não há solução militar no Iraque, e nunca houve”, acrescentou.

No discurso, Obama afirmou ainda que daria início imediatamente à retirada das forças norte-americanas envolvidas em operações de combate a uma velocidade de uma ou duas brigadas por mês. Atualmente há cerca de 20 brigadas de combate no país árabe. O pré-candidato ponderou que partido Democrata tem sido muito “tímido” na oposição à guerra e criticou os republicanos por serem “irresponsáveis”. E acrescentou: “Agora é hora de sermos corajosos. Não devemos manter essa guerra”.

O discurso foi proferido um dia após o informe do general David Patraeus sobre a situação ianque no Iraque. Enquanto um dos pré-candidatos republicanos, senador John McCain, dizia que era necessário mais tempo para o “sucesso” militar das tropas, Obama afirmava que “o melhor modo de proteger a nossa segurança e pressionar os líderes iraquianos a resolver sua guerra civil é iniciar imediatamente a retirada das tropas. Não em seis meses ou um ano – agora”.

A pré-candidata democrata Hillary Clinton também criticou o informe do general Patraeus e pediu que a Casa Branca “acelere a desocupação”. Outro pré-candidato democrata, o senador John Edwards, declarou que “precisamos agora mesmo acabar com essa guerra” e exigiu que o Congresso não libere verbas para a guerra enquanto não for estabelecido um cronograma de retirada de tropas.

A política intervencionista e golpista dos EUA é a mesma que impõe o protecionismo não deixando países como o Brasil ingressar no mercado americano, mas querem sim que as multinacionais norte americanas façam suas remessa de lucros à vontade, sangrando países como o Brasil. Uma vergonha !

Monsanto monopoliza a venda de semente de milho no Brasil

A compra da Agroeste pela Monsanto aumentou o domínio das sementes de milho da transnacional na área plantada brasileira. De acordo com estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, antes da aquisição 30% da área de cultivo de milho no Brasil já era monopolizada pela empresa norte-americana sediada em Saint Louis, através das marcas Dekalb e Agroceres, adquiridas na década de 90.

A Agroeste Sementes, comprada por cerca de US$ 100 milhões na semana passada da família Vacaro, com sede em Xanxerê (SC), detinha 10% do mercado, segundo a própria Monsanto.

“Vamos aproveitar todas as oportunidades que surgirem para consolidar nossa posição no mercado de sementes de milho, assim como foi feito nos EUA”, afirmou Christian Pflug, gerente de biotecnologia e licenciamento de milho da Monsanto do Brasil, sobre a nova política da transnacional para o Brasil.

Tendo entrado no mercado brasileiro através do contrabando realizado por sua subsidiária na Argentina – com a anuência do governo Fernando Henrique, a empresa é conhecida pelas falsificações de pesquisas e intimidação de cientistas, além da compra de autoridades governamentais, como foi comprovado pelo governo da Índia. Nos EUA, a “consolidação no mercado” resultou em condenação por invasão de propriedade, negligência, supressão da verdade e ultraje.

Pelo mundo afora a ação monopolista da transnacional angariou dezenas de denúncias. Entre os casos mais emblemáticos está o de Michael Taylor, que era advogado da Monsanto e depois se tornou diretor da FDA (agência que deveria controlar a qualidade dos alimentos, medicamentos e cosméticos comercializados nos EUA), quando modificou as regras para a aprovação da comercialização de transgênicos que beneficiou a empresa. Ao sair da FDA, Taylor voltou para a Monsanto, onde assumiu o cargo de vice-presidente.

Antes da aquisição da Monsanto, a Dow AgroSciences, subsidiária da The Dow Chemical Company de Indiana, comprou a Agromen, o que permitiu à empresa dobrar a sua participação no segmento de sementes de milho, para algo próximo a 20%.

A DuPont, dona da marca Pioneer, já em 2006 detinha 33% do mercado de sementes e fechou acordo com a Monsanto para utilizar a tecnologia transgênica Guardian, tão logo fosse aprovada pela CTNBio.

Hora do Povo

Rizzolo:Observem que em todas as áreas as transacionais atuam de forma compassada, todos nós sabemos o “modus operandi” das mesmas, se adentram no território estrangeiro protegidos com legislação vende-pátria, e aí começam as monopolizações espúrias como lemos no artigo do HP. Não podemos conviver com a destruição das empresas nacionais que são compulsoriamente compradas pelas transnacionais que “deitam e rolam” aqui no “Cassino Brasil”.

Depois aparecem os defensores do livre comércio dizendo que “precisamos ser competitivos” que o “governo é ineficiente” e por aí afora, já percebemos que o que representantes do capital internacional querem é: Aproveitar o máximo o mercado brasileiro de 190 milhões de consumidores. Monopolizar mercados. Fazer remessas de lucros vultuosas, só para se ter uma idéia, em maio, o Banco Central registrou a entrada de US$ 501 milhões referentes ao chamado investimento direto estrangeiro, ao mesmo tempo em que as transnacionais instaladas no país enviaram US$ 2,632 bilhões para suas matrizes no exterior a título de lucros e dividendos

Esses dados são relativos à questão da produção, não englobando os capitais meramente especulativos, atraídos pelos juros altos. O fato das remessas de lucros terem superado em mais de cinco vezes a entrada dos festejados “investimentos” diretos demonstra, mais uma vez, que a brutal desnacionalização a que foi submetida à economia brasileira tem proporcionado a transferência de fabulosos recursos para o exterior. Depois impedem e alegam seus governos que o Brasil, nas rodadas de Doha e outras “milongas”, nã é competitivo e barram nossos produtos com taxas protecionistas absurdas, para que, as mesmas transnacionais que aqui nos exploram, não sejam importunadas pelo Brasil nos seus mercados.Tudo para eles! Nada para nós! É uma verdadeira farra.

Temos que rever essas remessas, fazer a indústria nacional crescer, desenvolver nossa indústria bélica, promover crédito aos empresários nacionais, coibir empresas e negociações ” fajutas ” onde ” laranjas são utilizados” burlando nossa legislação, proteger nossa soberania com nossos satélites, não os da “Star One”, vamos negociar o protecionismo deles com o nosso protecionismo. Vamos ser patriotas, ou melhor, na pior das hipóteses nós vamos aprender a ser mais patriota com eles, porque na hora de defender os interesses deles, representantes aqui é o que não falta. Tenho pena do povo brasileiro, viu! E ainda reclamam e xingam o coitadinho que ganha uma Bolsa Famíia para alimentar crianças. ” Precisa ensinar eles a pescar ” como dizem eles da elite; agora pergunto aos evangélicos que podem me ensinar: Isso é ser cristão ? Tenho certeza que eles vão dizer , não, não é.

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Galardoado com mais de 1 bilhão por FH, banqueiro foragido há anos é preso

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A prisão do ex-dono do banco Marka, Salvatore Cacciola, foragido há sete anos da Justiça brasileira, no principado de Mônaco, voltou a tirar o sono de Fernando Henrique Cardoso, que apostava no sumiço do banqueiro para que um dos mais vergonhosos crimes contra os cofres públicos – que gerou um rombo de R$ 1,6 bilhão – fosse esquecido impunemente.

Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta no ano de 2005. O crime ocorreu no processo de desvalorização do real em 1999, quando o banco Marka e FonteCindam tiveram um prejuízo e receberam um presente de R$ 1,6 bilhão do então presidente do BC, Francisco Lopes. Além de Cacciola, Francisco Lopes, a diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi, Cláudio Mauch, Demóstenes Pinho, Luiz Augusto Bragança, Luiz Antonio Gonçalves e Roberto José Steinfeld também foram condenados à prisão.

Na época, o que mais chamou a atenção foi o fato de Fernando Henrique e o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, negarem insistentemente que não haviam sido informados que o presidente do BC iria doar mais de 1 bilhão e meio de reais para dois bancos de fundo de quintal. Entretanto, soube-se que na véspera da liberação do dinheiro houve uma reunião entre Francisco Lopes, Malan e FHC. Nem mesmo o mais ferrenho tucano acreditava nessa versão, a de que o presidente do BC tomou uma decisão desse porte sozinho, sem consultar o ministro da Fazenda e o então presidente da República. Será que eles também nunca ouviram falar dos 22,8 bilhões de reais do Proer (só no primeiro ano) que foram torrados para salvar bancos falidos?

Os implicados no caso contavam com o silêncio de Cacciola, que vivia tranqüilo na Itália.

No entanto, a situação poderia ter sido diferente. O ex-banqueiro chegou a ficar preso por 37 dias no ano de 2000 por solicitação do Ministério Público, que temia pela sua fuga. E de fato ela ocorreu, após o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, conceder um habeas corpus ao banqueiro ítalo-brasileiro. Cacciola aproveitou a benesse e se evadiu para o Uruguai, de onde pegou um avião para a Itália. Consultado a respeito do assunto, o ministro Marco Aurélio disse na segunda-feira que não se arrepende de ter tomado a decisão. Ainda na segunda-feira, o ministro Marco Aurélio de Mello concedeu liminar soltando 15 bicheiros e bingueiros presos na Operação Furacão, entre eles os contraventores Ailton Guimarães Jorge (Capitão Guimarães), Aniz Abrahão David (Anísio) e Antonio Petrus Kalil (Turcão), que só continuarão detidos porque são alvos de outros mandados de prisão. Marco Aurélio é primo de Fernando Collor.

Cacciola foi preso porque o seu nome foi colocado pelo governo brasileiro na lista de procurados da Interpol e os hotéis de Mônaco são obrigados a repassarem pela internet todas as informações de seus hóspedes à polícia. Agora os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores estão tomando todas as providências para solicitar a extradição de Cacciola.
Hora do Povo

Rizzolo:Francisco Lopes deu de presente ao banco Marka e FonteCindam a quantia de R$ 1,6 bilhão quando este era presidente do BC. Essa conversa de que o FHC não sabia que o BC eira doar mais de um bilhão e meio de reais para dois bancos “mixos”, tendo havido uma conversa com o Francisco Lopes, Malan e o próprio é um “conto da carochinha”, imagine se o presidente do BC havia tomado a decisão sozinho, isso é uma brincadeira; É como achar que FHC, em seu governo, não sabia de nada também sobre os escândalos do próprio Proer, Sivam, Sudam, Sudene, Dossiê Caymann, compra de votos na emenda da reeleição e muitos outros.

O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC, uma vergonha hein ! É acharam Cacciola e agora?

FMI aconselha o Brasil a não interromper queda dos juros

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselhou o Banco Central brasileiro a manter o ciclo de reduções de juros, em comunicado divulgado nesta terça-feira (18), apesar da preocupação em relação a uma possível alta na inflação.

O Conselho, que representa os 185 países-membros do organismo, realizou em 30 de julho sua revisão anual da economia brasileira, mas só divulgou agora suas conclusões, cuja publicação requer a aprovação do governo.

No comunicado, o FMI indica que a concretização dos ganhos provenientes da baixa inflação deveria ser uma “prioridade”. Mesmo assim, o Fundo recomendou ao BC que reduza ainda mais os juros. O Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual em 5 de setembro, para 11,25%.

Alguns dos membros do Conselho do FMI opinaram que o BC deveria diminuir “levemente” a meta de inflação, atualmente situada em 4,5%. No entanto, outros diretores disseram preferir que a meta seja mantida, para dar mais flexibilidade às autoridades para responder a emergências. O organismo prevê que a inflação terminará o ano em 3,5%.

Competitividade

O Conselho afirmou que as perspectivas de crescimento do país a curto prazo “são favoráveis”. O diretório destacou que, para conseguir um crescimento sustentado, o Brasil deverá aumentar a competitividade e a flexibilidade de sua economia.

Neste sentido, disse que a melhora da infra-estrutura é fundamental e que, dado o alto custo deste tipo de obra, recomendou ao Governo promover mais concessões e projetos conjuntos com empresas privadas.

Também enfatizou a necessidade de investir na geração de eletricidade e de aplicar reformas no mercado de trabalho. Além disso, o Conselho destacou a importância da reforma tributária, para “simplificar o sistema tributário”.

O Conselho voltou a elogiar o desempenho orçamentário do Brasil, e afirmou que o país realizou “um esforço fiscal impressionante”. O organismo prevê que o superávit primário alcançará 3,6% este ano, contra 3,9% de 2006 e 4,4% em 2005.

Saúde em dia

Alguns membros do FMI recomendaram ao governo economizar mais dinheiro, o que reduziria a pressão de alta sobre o real, diminuiria a dívida pública e permitiria baixas adicionais dos juros.

Por outro lado, outros diretores respaldaram a posição do Executivo brasileiro de usar as receitas para cortar impostos e investir em infra-estrutura.

Alguns membros do Conselho também sugeriram a interrupção do aumento das despesas correntes – principalmente salários de funcionários –, “que foi muito rápido nos últimos anos”, e o uso do dinheiro para investimentos.

Apesar da turbulência nos mercados financeiros internacionais, o Fundo afirmou que o sistema bancário brasileiro é “saudável” e está se adaptando sem complicações à redução de juros.

O Conselho do FMI recomendou às autoridades reduzir o volume de fundos que os bancos devem manter como reservas, assim como a taxa legal de rentabilidade das contas de poupança.

Alguns de seus membros aconselharam ainda o governo a eliminar gradualmente os impostos sobre transações financeiras.

Da redação, com agências

Site do PC do B

Rizzolo:Tenho dito que não podemos ficar à mercê das políticas perversas editadas pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, observem que na própria Ásia que já sentiram de perto os efeitos de crises, estão estudando a formação de Fundo Monetário Asiático mais conhecido como a Iniciativa de Chiang Mai e começou basicamente pela criação de uma rede de acordos bilaterais de “swaps”, cuja finalidade é prover financiamento de balanços de pagamentos em situação de emergência. Os países participantes são a China, o Japão, a Coréia do Sul e os dez membros da Ásia, a Associação das Nações. Esses palpites do FMI sempre vejo com precaução, a preconização a não interromper da queda de juros, coisa que tudo mundo aceita, menos o Meirelles e os donos do ” Cassino Brasil”, vem sempre acompanhado do conselho “ao governo economizar mais dinheiro”, tudo conversa pra boi dormir, bem fez e faz a Ásia à não dar ouvidos a essa gente.