O ex-deputado estadual Romeu Tuma Júnior (PMDB-SP) foi empossado na chefia da Secretaria Nacional de Justiça na segunda-feira pelo Ministro da Justiça, Tarso Genro.
O novo secretário Nacional de Justiça, em seu discurso de posse, repeliu os ataques contra o Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação (Dejus), responsável pela classificação indicativa de programas de rádio e TV, órgão subordinado à sua secretaria. Ele rejeitou as críticas da mídia marrom que dizem que o Dejus seja um órgão de “censura”.
“Confesso ter ficado surpreso com algumas notícias errôneas, nas quais esta Secretaria figurou com a conotação pejorativa de órgão destinado a censurar a mídia eletrônica. Mas isso (a classificação indicativa) nada tem a ver com a censura que mutilou criações artísticas e noticiário jornalístico, maculando quase três décadas da história pátria”, afirmou.
Tuma Júnior declarou que vai desenvolver uma “ação muito pesada” para reprimir a lavagem de dinheiro. Ele exemplificou, tanto no discurso de posse, em Brasília, quanto em entrevista, o episódio envolvendo dirigentes do Corinthians. “Temos notícia de vários problemas que acontecem no futebol. Temos um caso público, que é a questão do Corinthians. Nós que militamos nessa área sabemos que isso tem se tornado um caminho para a ação do crime organizado, a lavagem de dinheiro. O futebol hoje não tem muitos parâmetros. É preciso ter um controle maior. Vamos ter uma ação muito pesada nessa área”, afirmou, após tomar posse.
“Vamos conversar com a equipe amanhã [terça-feira], ver os programas que estão em andamento. Teremos uma atuação integrada com outros órgãos do governo. Teremos uma atuação pontual e forte nessa área”, finalizou.
Tuma Júnior assumiu a Secretaria no lugar do ex-deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) que agora vai chefiar a Secretaria Nacional de Segurança e também foi empossado na segunda-feira
Hora do Povo
Rizzolo: Tuma Junior tem razão, a mídia que representa as elites conservadoras, que provoca denúncias vazias, que instiga os “cansados” e que depois os abandonam na porta da Igreja, é a mesma que tentou desqualificar a classificação indicativa, colocando a Secretaria Nacional de Justiça de forma pejorativa como órgão destinado a censurar a mídia eletrônica, quando na verdade estava ela exercendo um papel apenas classificatório; o medo que o lucro fosse afetado com essa medida, desnudou o caráter puramente comercial e pouco moral. A classificação indicativa está prevista no texto da Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas como o que interessa para mídia golpista é o lucro e o faturamento, entenderam que esta classificação poderia trazer prejuízos, assim então numa medida “heróica” arregimentaram “artistas fantoches do império” para acusar isso de censura ou de “cerceamento da produção artística”, ou seja, as crianças que se danem, o lucro acima de tudo; é lógico, para dar eficácia é necessário que as emissoras divulguem se aquele programa é adequado ou inadequado para determinada faixa etária.
Acho que estamos vivendo no Brasil uma situação análoga à da Venezuela, só que “às avessas?” Explico-me: no caso brasileiro quem concede a possibilidade do governo governar é a organização de mídia e não o contrário. Quanto a lavagem de dinheiro, Tuma como policial experiente vai atacar de frente essa questão, chega de mafiosos internacionais usar o Brasil como se aqui fosse a ” casa da mãe Joana” e olhe que para o Brasil para ser o ” país de escolha” dessa escória , é porque propicia todo tipo de malandragem, veja o caso do “acordo MSI-Corinthians”, onde figura sua ” excelência no crime de mafia ” o mafioso russo Boris Berezovski, aquele que virou magnata durante as privatizações do patrimônio público na Rússia de Yeltsin, privateiro de primeira linha, como diz o jornal HP, se tornou seu principal “articulador” político e “secretário” da CEI – frouxa associação que sucedeu à União Soviética -, cargos usados fundamentalmente para organizar a pilhagem do Estado e suas empresas, em prol de um pequeno grupo que acabou conhecido como os “oligarcas”. Ainda segundo o Hora do Povo, após a eleição de Putin, ele teve sua prisão decretada na Rússia por roubo e fraude, e fugiu para a Inglaterra, onde recebeu “asilo” do MI-6, pelos serviços prestados, e um passaporte com outra identidade. Entre as estatais afanadas por Berezovski, estão a montadora de veículos Lada, a empresa aérea Aeroflot, bancos, alumínio, TV e jornais, e petróleo.
O “acordo” com o clube brasileiro foi usado para manipular diretores do Corinthians, para que estes articulassem asilo no país para o mafioso russo, pedido que foi negado pelo governo brasileiro. Assim que ficou evidente que não haveria asilo para Berezovski no Brasil, o escroque retirou o dinheiro e até os jogadores comprados. A operação encontra-se sob investigação da Polícia Federal.
No empenho para atender Berezovski, os cartolas tentaram maquiá-lo de todo o jeito, como ‘mecenas do esporte’, provável ‘investidor do etanol’ e até ‘comprador da Varig’, mas não funcionou. O escroque não foi sequer recebido em Brasília. No começo do ano, Berezovski veio a público, na Inglaterra, convocando escancaradamente um golpe para derrubar Putin. Uma das razões de Berezovski para mudar de ares é que Londres vem se tornando uma cidade um tanto, digamos, insalubre, para aquela ninhada de ratos que fugiu da Rússia. Afinal, como qualquer máfia, costumam ser sangrentos seus acertos de contas. Berezovski é ainda suspeito de ser o mandante do assassinato em 2004 do jornalista Pavel Khlebnikov, autor do livro “O Chefão do Kremlin – o Declínio da Rússia na Era do Capitalismo de Gangsters – Boris Berezovski e a Pilhagem da Rússia”. Também tem notórios vínculos com os petro-terroristas chechenos e com máfias da heroína. É o Tuma vai ter muito trabalho, mas competência e principalmente coragem para faze-lo.