Os processos de execução [perda para o credor ] de imóveis hipotecados duplicaram no mês de julho nos EUA, chegando a 179.599 casos, apresentando um aumento de 9 % em comparação com junho último e 93% se comparado com julho de 2006.
O senador e presidente do Comitê Bancário do senado norte-americano, Christopher Dodd, afirmou na terça-feira, 21, que “entre um e três milhões de pessoas podem perder suas moradias nos Estados Unidos”.
“Por causa de certos tipos de créditos concedidos entre 2004 e 2006, a variação das taxas de juros pode elevar as prestações de 400 dólares a mais de 1.500 dólares, para os que contraíram os típicos empréstimos a risco, que ofereciam baixas taxas de juros no início”, afirmou o senador democrata.
DESPEJOS EM ALTA
“Estamos no nível mais alto de despejos em 37 anos, e no nível mais baixo em 10 anos na construção civil, pelo que solicito ao governo que, sem demora, faça o necessário para que as pessoas possam manter suas casas”, destacou Dodd.
Segundo o site Re-altyTrac, nos sete primeiros meses de 2007, foram iniciados mais de 1,1 milhão de processos nos EUA, o que representa um aumento de 60%.
O ritmo da devolução de imóveis nos Estados Unidos aumentou também em relação ao primeiro semestre, quando o percentual era de uma em cada 134 casas, com um total de 925.986 procedimentos (referentes a 573.397 casas, um aumento de 55% em um ano).
O presidente do RealtyTrac, James Saccac
Hora do Povo
Rizzolo: Alem do prejuízo moral que a população pobre americana sofre com os irresponsáveis especuladores que davam e ofereciam de forma irresponsável crédito á vontade pra “girara dinheiro” depois tiveram que correr e “tampar o rombo” para isso acreditam no “Estado Máximo”. No caso, nem os magnatas de Wall Street e de outras praças, nem a mídia ou os “teóricos” neoliberais, consideraram tamanha montanha de dólares, euros e iens uma negação do seu “Estado mínimo”.
Agora, clamam, a hora é de “estado máximo”, de acordo com o conhecido lema, muito devidamente apropriados privada-mente os lucros, ao aparecerem os prejuízos, “socialismo” neles. Wall Street anda pululando de socialistas, nos últimos dias… Como se vê, o estado só deve ser “mínimo” quando se trata de cuidar da saúde do povo, garantir educação, saneamento básico, infra-estrutura e desenvolver as áreas estratégicas da economia. Aí, haja rigor fiscal, cortes dos “gastos” e tesoura nos programas sociais que é pra gentalha não ficar mal acostumada ““.
É lógico que essa operação que não passa de uma pirâmide é uma forma de amarrar o pobre trabalhador operário americano a uma dívida que ele não teria condições de pagar. Muitos desses devedores são latinos explorados até o último fio de cabelo. Agora, aqui isso vai ter um “ganho secundário”, o Meirelles deve estar eufórico, tem motivos de sobra para a manutenção do cassino Brasil, com a desculpa da crise dos mutuários americanos.
O próprio fato da inadimplência dos pobres americanos que não possuem casa própria, já é uma prova cabal, que até no império o neoliberalismo está se autodestruindo, já está em decomposição, e isso, é claro, é bom para os democratas como Hillary que já aproveita e sublinha um discurso menos republicano egoísta, tentando resolver o problema mutuário americano.
Observe que as camadas mais pobres tanto lá como aqui são as que mais se sacrificam para manter a doutrina do “Consenso de Washington” agora consolar o pobre assalariado americano que geralmente é negro ou latino de que “entre um e três milhões de pessoas podem perder suas moradias nos Estados Unidos”, não vai ser fácil.
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