Vendas de imóveis em São Paulo caem 43% no 1º trimestre

SÃO PAULO – As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo caíram 43% no primeiro trimestre, para 4.831 unidades, em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram comercializadas 8.478 unidades, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 20, pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).

No primeiro trimestre, as vendas de imóveis de três dormitórios corresponderam a 42% do total de unidades, os de dois dormitórios, a 36%, os de quatro dormitórios, a 21%, e de um dormitório, a 1%.

O Secovi-SP citou dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp) que apontam lançamentos de 3.154 unidades na capital paulista no primeiro trimestre, 55% a menos que as 7.025 unidades do intervalo equivalente de 2008. O total vendido no trimestre superou o volume de lançamentos no período. O aumento de estoque registrado no fim de 2008 “começa a ser compensado com as vendas deste ano”, conforme o Secovi-SP.

No mês de março, foram lançadas 1.561 unidades no município de São Paulo, acima das 1.211 de fevereiro e das 382 de janeiro. As vendas chegaram a 2.162 imóveis novos, ante 1.556 em fevereiro e 1.113 em janeiro, o que indica, segundo o Secovi-SP, que os efeitos da crise financeira internacional sobre o setor imobiliário “são cada vez mais tênues”.

Conforme o Secovi-SP, sondagem realizada, no início de maio, com “parcela significativa de empresas do setor” estimou aumento de 20% a 25% do número de unidades negociadas no mês de abril em relação a março.

O Secovi-SP reiterou que, este ano, os lançamentos vão somar 28 mil unidades, mas revisou o volume de vendas projetado para mais de 29 mil unidades. O indicador vendas sobre oferta (VSO) esperado para o fim de 2009 passou a ser, portanto, de 12%, ante a projeção passada de 11%. A VSO foi de 13,8% em 2008 e de 16,2% em 2007. No primeiro trimestre, a média do indicador foi de 8%.
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Rizzolo: O mercado imobiliário é o típico segmento que depende da oferta de crédito, da confiabilidade de quem constrói, da capacidade financeira daqueles que em momentos de crise e de desemprego, assumem compromissos de risco. A característica do imóvel é não ter a devida liquidez e isso em momentos de crise, desemprego, e falta de crédito pesa muito nas decisões. A notícia confirma o que este Blog sempre sustentou, a crise do mercado imobiliário brasileiro.

Ademais o risco da saúde financeira das construtoras abaladas com a crise contribui para o forte desaquecimento do setor. Por mais que o setor ainda insista em que os números podem melhorar, a grande verdade é que em época de crise investir em imóvel acaba sendo a última opção. A melhor coisa em época de crise é não se arriscar mormente em se tratando de ativos com pouca liquidez.

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PF prende diretores da Camargo Corrêa por crimes financeiros

SÃO PAULO – A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 25, os quatro executivos e as duas secretárias da Construtora Camargo Corrêa acusados de crimes financeiros e lavagem de dinheiro no setor imobiliário na Operação Castelo de Areia. São eles: Fernando Dias Gomes, Darcio Brunato, Pietro Francisco Bianchi e Raggi Quadra Neto. E as secretárias Marisa Berti e Dora Flores Alvarenga. Também foram presos quatro doleiros. Três do Rio de Janeiro: Jose Dinei Mattos, Jadail Fernandes de Almeida e Maristela Brunet. E um de São Paulo: Kurt Paul Pickel. Segundo a PF do Rio, foi encontrado R$ 1 milhão de reais com um dos doleiros.

Segundo a PF, a quadrilha movimentava dinheiro ilegalmente através de empresas de fachada e operações conhecidas como “dólar-cabo”. Os principais crimes investigados são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações, os quais somados podem chegar a 27 anos de prisão.

Diversos clientes dos doleiros investigados foram também identificados e podem responder por crime de evasão que chega a 6 anos de prisão. A ação também é feita em outras cidades paulistas e cariocas.

A Construtora Camargo Corrêa divulgou nota na qual “manifesta sua perplexidade diante dos fatos ocorridos hoje pela manhã, quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o momento a empresa não teve acesso ao teor do processo que autoriza essa ação”.

Em resposta à acusação, a Camargo Corrêa ressalta na nota que “cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais, gerando mais de 60 mil empregos no Brasil e em 20 países em que atua”. A empresa confirma também “que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa e trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas”.
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Rizzolo: Muito pouco se sabe ainda em relação a esta operação denominada Castelo de Areia. O setor da construção civil e imobiliário passa por dificuldades em função da retração econômica e da escassez de crédito, alem disso, sempre esteve em evidência por ser um segmento politicamente influente. Dentre os crimes elencados, segundo informações da Polícia Federal estão: evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações.

Agora, tudo isso é apenas uma investigação, há que se provar realmente a participação da empresa construtora nisso tudo, e se há outras empresas do segmento, ou entidades, que poderíamos considerar como co-autoras na participação dos delitos investigados, ou até mesmo se foram apenas funcionários da construtora os agentes delituosos. De qualquer forma é mais um duro golpe no segmento da construção civil e imobiliário brasileiro, que como já vimos não está num momento de “confiabilidade”. Em nota a empresa manifestou perplexidade ante a operação. A origem dos mandados é da 6ª Vara Criminal Federal da Capital, juiz Fausto De Sanctis.

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Sem crédito, projetos imobiliários param ou atrasam

SÃO PAULO – Se a construtora Tenda tivesse cumprido o contrato, o motorista de van escolar Leandro Magno hoje estaria casado, morando numa cobertura de 116 metros quadrados em Santo André (SP), usufruindo o espaço gourmet e os outros atrativos que as empresas imobiliárias criaram para fisgar os clientes.

Embora já tenha pago quase metade (R$ 42 mil) do imóvel, continua noivo, morando na casa dos pais e vendo o mato crescer no terreno onde deveria ser construído o Residencial Santo André Life. A obra, prevista para ser entregue em agosto do ano passado, segundo o futuro morador, nunca começou. A última promessa é que começaria em maio. Já notifiquei o Procon e agora vou procurar a Justiça, diz Magno, que conseguiu reunir um grupo de oito compradores para tomar providências sobre o caso.

Magno é uma das primeiras vítimas de uma situação que começa vir à tona depois da farra vivida pelo mercado imobiliário. Confiantes de que teriam crédito fácil para construir, várias empresas torraram uma fortuna na compra de terrenos e no meio do caminho se viram sem dinheiro para colocar os prédios de pé. Mas a fonte secou e resultou em obras paradas e atrasadas em todo o País.

Nos últimos meses, já surgiram ações na Justiça, comunidades no Orkut sobre o assunto e reclamações no Procon e em sites de defesa do consumidor. O problema iria estourar em algum momento. Não são casos isolados. É um problema sistêmico, afirma Márcio Bueno, advogado da área imobiliária e ex-secretário da Habitação do Estado de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: Este fato é um problema que este Blog, já desde o início da crise comentava. Nem é preciso ser um ” expert” em economia, ou ler diariamente os jornais sobre a conjuntura econômica, para entender que se as grandes construtoras enfrentam problemas financeiros, imaginem as médias e pequenas. Investir no mercado imobiliário atualmente é estar praticamente correndo um grande risco. A escassez de crédito, os problemas de caixa das construtoras, a falta de divulgação da realidade do segmento através da mídia – até porque o setor é o grande anunciante – deixa o consumidor incauto à deriva e exposto a um eventual ” efeito Incol”.

A grande verdade é que cada segmento procura esconder a crise minimizando-a para não comprometer sua atividade. Os Bancos dizem que vai tudo bem, só não justificam o aumento dos spreads e a grande inadimplência, o setor imobiliário ” vaidoso” não comenta a realidade dos números e disfarça com anúncios de novos lançamentos cada vez mais caros e elaborados, o setor automobilístico não se diz tão afetado mas se beneficiou da isenção do IPI. Enfim as contradições nas informações são muitas e a verdade é que quem acaba sofrendo, é o pobre consumidor manipulado pelos interesses dos grupos interessados em manter seu ” nicho”, e a mídia em manter seus anunciantes. O melhor a fazer: Guarde seu dinehiro e durma tranquilo.

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Setor de construção reclama de burocracia e impostos

BRASÍLIA – O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil em São Paulo (Sintracon), Antônio de Sousa Ramalho, reclamou hoje da lentidão e da burocracia da Caixa Econômica Federal na liberação dos recursos para a construção civil. “Quero reclamar da burocracia da Caixa, que tem sido muito devagar”, disse.

“A gente vê grande otimismo no presidente Lula, ele faz os discursos e a gente acredita, mas a burocracia do governo está lenta para a situação que estamos vivendo”, afirmou Ramalho, durante a abertura do 2º Seminário Nacional da Construção Civil no Brasil: Desafios e Oportunidades.

Segundo ele, várias construtoras em São Paulo estão com mais da metade do empreendimento pronto, mas não conseguem a liberação dos recursos da Caixa para completar as obras. “O dinheiro não chega nas obras”, disse.

Presente no seminário, o gerente nacional de habitação da Caixa, Paulo Patay, disse que a instituição tem trabalhado para oferecer as menores taxas e os melhores prazos de financiamento habitacional. Segundo ele, a Caixa terá este ano um orçamento recorde de R$ 27 bilhões dos quais R$ 2,7 bilhões serão para financiamento da compra de material de construção e R$ 1 bilhão exclusivamente para a população de baixa renda.

Impostos

Representantes do setor da indústria da construção civil aproveitaram o seminário de hoje para reclamar dos altos impostos incidentes sobre a cesta básica de material de construção. Segundo o diretor da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Luís Carlos Botelho, é importante que o governo zere a alíquota da Cofins, PIS e Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) quando se tratar de empreendimentos voltados para habitação de baixa renda.

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Elias Conz, disse que a carga tributária incidente sobre a cesta básica da construção civil é de 38%, mais que o dobro da carga tributária para automóveis populares, sem contar a recente redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos.

Emprego e pacote

O presidente do Sintracon disse que, em julho do ano passado, o setor da construção civil já tinha um déficit de mão de obra de 230 mil trabalhadores e que, no fim de 2008, segundo dados do governo federal sobre empregos com carteira assinada, contidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve uma perda de mais 105 mil trabalhadores. Além disso, nos dois primeiros meses deste ano, mais 70 mil pessoas foram demitidas no setor da construção civil.

Ramalho afirmou que o setor espera que essa situação volte a melhorar a partir deste mês, mas alertou que o pacote da habitação, que deve ser anunciado pelo governo nos próximos dias, não pode se transformar “num pacote de R$ 1,99”.

Também presente no seminário, o secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Meziat, lembrou que o governo está finalizando as medidas do pacote habitacional. Segundo ele, essas medidas contemplarão um arranjo que incluirá Estados, municípios e setor privado.

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Rizzolo: Bem, numa crise com escassez de crédito, é evidente que a Caixa Econômica Federal não tenha agilidade de outrora, e possivelmente seja mais seletiva. A grande verdade é que o setor da construção civil passa por uma crise de confiança. Inúmeras são as construtoras com problemas de caixa, e o investidor, os bancos, enfim toda a cadeia fica receosa em relação ao segmento.

O segmento é ” vaidoso” e não admite a crise de confiança estabelecida em função dos problemas financeiros das grandes construtoras. Os dados apresentados pelo presidente do Sintracon confirmam a crise de confiança, que provavelmente por não admiti-la atribui à burocracia e os impostos. Com efeito muitos são os setores que reclamam da carga tributária, que é alto, concordo, contudo no meu entender essa queixa é mais de conteúdo político do que tributário propriamente dito. Vai por mim.

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Comércio esperava queda de pelo menos dois pontos na taxa Selic

O presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman, considerou que o Copom deveria ter sido “mais ousado” no corte da taxa Selic. “A redução foi insuficiente. O cenário internacional está pior do que o BC tinha por hipótese meses atrás. Outros Bancos Centrais já reduziram suas taxas para algo próximo de zero. Nós ainda estamos em dois dígitos”, afirmou.

Szajman disse que esperava queda de pelo menos dois pontos percentuais da Selic. “A despeito da retração econômica no quarto trimestre de 2008, apontada pelo IBGE, o Brasil tem amplas condições para superar no curto prazo esta crise. Mas o Banco Central precisa entender que a hora é agora. Não podemos deixar o País entrar em recessão. Se isso ocorrer, a autoridade monetária será duramente criticada pela sociedade por ter retardado o processo de redução da Selic”, destacou.

Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, a redução foi “tímida” a decisão do Copom, “pois os dados relativos ao desempenho da economia indicam a necessidade de medidas mais profundas para evitar que a economia brasileira entre em recessão”.

Hora do Povo

Rizzolo: As críticas generalizadas em relação ao tímido corte nas taxas de juros ecoam por toda a parte. O presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman, em quase em tom de desabafo, nos dá uma idéia clara da dimensão do que poderíamos chamar de ” indução a uma maior estagnação ” face à timidez da medida adotada pelo Banco Central.

Com a escassez de crédito e a crise, São Paulo perdeu 38,6 mil empregos, ante 65,1 mil vagas criadas no mesmo mês em 2008, aponta o Observatório do Emprego e do Trabalho. Na verdade o comércio extinguiu mais de 12 mil postos de trabalho, um número altíssimo que denota a proporção e efeitos de um pré recessão.

Pessimismo em diluição

Segundo Millôr Fernandes, ” o otimismo é o pessimismo em diluição ” . Diluir o pessimismo foi a tarefa do presidente Lula desde que a crise internacional se instalou. Tem lá suas razões, e que provavelmente abordam muito mais questões de cunho popular, do que bons conselhos que em última instância poucos acreditaram, principalmente o empresariado.

À parte a escassez de crédito que pegou todos de surpresa, o empresariado sempre viu um certo exagero do presidente e notavelmente associava isso a um movimento interno de perpetuação e proteção da sua popularidade. Em verdade, situações econômicas graves não se resolvem com prioridades políticas eleitorais. Talvez este tenha sido o maior erro do governo, ao demorar e tratar a crise como sendo um “problema de Bush” ou uma simples “marolinha”.

No que diz respeito à queda do PIB – 3,6% no último trimestre -, muitos são os fatores que contribuíram, além da tardia compreensão e extensão da crise por parte do governo; a principal foi a dificuldade de obtenção do crédito, que no meu entender foi crucial na contribuição da queda do consumo das famílias que hoje representa 60% do PIB.

O pior, esse consumo das famílais, subia há 19 trimestres, desde 2003, e agora caiu -2,0%. Alegarmos que isto reflete já os efeito da crise na economia real, não é sensato, a questão principal foi a restrição ao crédito; além disso com o otimismo apregoado pelo governo, os Bancos já previam forte inadimplência, o que provocou na verdade um aumento real dos ” spreads”.

Outro número nada bom foi o nível de investimento, que caiu 9,8% no quarto trimestre, e é compreensível em função dos altos estoques, e de certa forma pelo comprometimento dos gastos públicos, que fez mais do PAC muito mais um ganho político do que investimento propriamente dito. A grande saída para a real mudança deste quadro de estagnação, é um corte nos juros num patamar maior, só assim poderemos viabilizar e minimizar o quadro econômico.

Podemos de certa forma entender que a política no Brasil induz a uma a letargia nas tomadas de decisões, principalmente em época de disputa eleitoral. Prioriza-se a nível de popularidade, fazer a suscessão, e as questões econômicas acabam sendo preteridas pelas de cunho político. Talvez ainda tenhamos tempo, muito depende agora do Copom, do Banco Central, do Bancos, dos ” spreads”, para que o banho de água fria dilua o pessimismo que nos abateu. Menos otimismo e mais realismo.

Fernando Rizzolo

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Construção civil ainda continua pessimista

Passados seis meses desde o estouro da crise financeira internacional, os empresários da construção civil ainda estão pessimistas. Sondagem realizada em fevereiro pelo Sindicato da Construção (Sinduscon-SP) e FGV Projetos com 214 empresários do setor revela maior preocupação quanto ao desempenho das empresas e ao crescimento da economia do País. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a nota foi 30% mais baixa no primeiro caso e quase 60% no segundo.

A construção civil é uma das áreas mais sensíveis às mudanças de humor na economia. Quando a crise se aprofundou, em setembro do ano passado, esse foi um dos primeiros setores a demitir, mesmo após dois anos de crescimento forte. O que chama a atenção nessa sondagem é uma melhora – ainda que tímida – na forma como as empresas enxergam suas dificuldades financeiras. Há pessimismo, mas a tendência é de alívio, segundo o Sinduscon. Isso porque as margens de lucro melhoraram – graças à queda nos preços de insumos básicos, como o aço – e ao efeito das medidas de expansão do crédito, adotadas pelo governo desde o ano passado.

As avaliações foram feitas antes do anúncio do pacote habitacional do governo federal, que prometeu a entrega de 1 milhão de moradias até 2010 e a redução no valor das prestações do financiamento. As medidas devem servir como um alento para o mercado imobiliário.

No último trimestre, o setor – que havia esgotado boa parte do seu caixa com uma compra desmedida de terrenos – praticamente parou. Foram lançados 14.505 unidades na região metropolitana de São Paulo, o maior mercado do País, segundo levantamento do Sinduscon-SP. Isso é metade do mesmo período do ano anterior. Em janeiro, sem perspectivas de melhora, as empresas colocaram na praça apenas 456 lançamentos, quase duas vezes e meia menos que no mesmo mês de 2008.

É esperado que o drama se repita em fevereiro. “Houve um choque de expectativas com a falta de crédito, que criou um ambiente de paralisação geral”, afirma o vice-presidente imobiliário do Sinduscon, Odair Senra. “Esse pacote vai trazer perspectiva, que é o que está faltando no mercado.”

Boa parte das empresas colocou o pé no freio não apenas por falta de compradores, mas também por falta de caixa. Elas preferiram reservar o capital para terminar projetos já iniciados. Algumas, sem alternativa, foram obrigadas a se desfazer de terrenos para levantar mais dinheiro.

Em dezembro, na tentativa de evitar o pânico no setor, o governo lançou uma linha de R$ 3 bilhões para capital de giro. Até o fim de fevereiro, a Caixa Econômica Federal havia analisado pedidos de financiamento num volume de R$ 2,6 bilhões. Mas até agora nada foi liberado, segundo o Sinduscon. “Vontade de emprestar eles têm. Mas há muito rigor e burocracia na liberação”, diz Senra.
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Rizzolo: O grande problema do setor imobiliário é o da confiabilidade. De nada adianta enormes informes publicitários no lançamento de imóveis, se todos sabem que, se as grandes construtoras enfrentam dificuldades financeiras, imaginem as médias e pequenas. O investidor informado, sabe que não é hora de se investir em imóvel, até porque se os empresários do setor estão pessimistas, temerosos, imaginem o comprador, aquele que poderá com certeza enfrentar um possível ” efeito Incol”. Hoje o que observamos é o desespero de algumas corretoras e construtoras em demonstrar uma falsa realidade: a “de que está tudo bem”, num segmento abalado. Como já afirmei em alguns comentários, nessa época de crise, por hora, o melhor que se faz é guardar seu dinheiro e dormir tranquilo, o resto é perfumaria…

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Lula diz que ‘Manifesto Comunista’ já dava receita contra crise

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula voltou a defender a regulação do sistema financeiro internacional e dos paraísos fiscais. Segundo o presidente, o manifesto comunista de Karl Max e Engels, publicado em 1848, já dava a receita para saída de crises como esta.”Agora é hora da gente aproveitar a crise e fazer o que não tivemos coragem de fazer nos últimos 20 anos”, afirmou.

O presidente voltou a defender a regulação do sistema financeiro internacional e dos paraísos fiscais. voltou a defender a regulação do sistema financeiro internacional e dos paraísos fiscais. “Onde está, Gerdau, o dinheiro que rodava antes da crise? Desapareceu”, disse o presidente dirigindo-se ao empresário Jorge Gerdau, que integra o conselho.

“Temos não apenas de regular o sistema financeiro e os paraísos fiscais, mas estabelecer o crédito no planeta,porque sem crédito, a economia não funciona”, afirmou o presidente, no discurso de abertura da 29ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Ele aproveitou o discurso para fazer uma defesa da política social do seu governo. Ele disse que programas como o bolsa família e Luz para todos, entre outros,contribuíram para o aumento, no mercado interno, do poder aquisitivo das classes mais pobres da população. “Os especialistas que vieram para participar do seminário, gastando seu dinheiro, devem agora gastar um tempo para conhecer os programas sociais do governo”, disse o presidente. “Vocês vão perceber que foi possível ajudar os pobres e fazer os ricos ganharem dinheiro”, completou.

Em seguida Lula atacou , sem citar nomes, empresas que fizeram apostas no mercado especulativo. “Lamentavelmente muitos quiseram ganhar mais do que deveriam ganhar e aplicaram no derivativo e quebraram a cara. Não produziram uma única folha de papel. Temos de aprender esta lição”.

O presidente afirmou que a economia não pode estar desassociada da política e dos interesses sociais. “Chegou a hora da verdade e da política. Não tem contemporização. E essa crise foi gerada no coração daqueles que sabiam tudo”, afirmou.
Agência Estado

Rizzolo: A participação do Estado como regulador, não é novidade e já há muito as teorias que preconizavam a planificação da economia, detalhavam a sua importância O que o presidente Lula afirma – e com a devida propriedade – é que os amantes de Adam Smith se recusavam a compreender o papel do Estado por defender interesses próprios.

Não bastasse a crise das “sub primes”, com seus derivativos podres, resultado do liberalismo desenfreado, ainda existe defensores da não participação do Estado em certos segmentos, que mais se se assemelham a feudos. Caso típico é o do mercado imobiliário que não aceita a participação do governo na compra de construtoras. Não basta socorrer o sistema financeiro temos que atacar a causa real do problema.

Temos que olhar o Brasil de dentro para fora, investirmos no mercado interno, mercado este desprezado por alguns empresários brasileiros, que sofrem com os efeitos da crise. Como bem apregoou Lula, é necessário repensar o modelo econômico mundial. O raciocínio do presidente é lúcido e correto.

Lula sanciona lei que autoriza Caixa a comprar construtoras

BRASÍLIA – A Caixa Econômica Federal poderá comprar participação acionária em construtoras ou empresas de qualquer outro setor, segundo prevê o texto da Lei 11.908, publicada no Diário Oficial. A medida contava com forte oposição do setor privado. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o veto do artigo que abre essa possibilidade. Mesmo às vésperas do lançamento do pacote da habitação, o pedido não foi atendido.

A lei, proposta pelo governo no final do ano passado, quando a crise se agravou, tem como objetivo principal permitir que a Caixa e o Banco do Brasil comprem outras instituições financeiras em dificuldades. Originalmente, ela era a Medida Provisória 443, chamada “MP anticrise”.

“A Caixa, como tal, não poderá comprar construtoras. Mas, se ela estruturar uma empresa chamada Caixa Participações, prevista na lei, ela poderá entrar em qualquer empresa”, disse o deputado João Paulo (PT-SP), relator do texto.

As empresas do setor de construção querem ajuda do governo, mas com outro formato. Em vez de comprar participação nas empresas, como está na lei, elas propunham que a Caixa comprasse apenas cotas de empreendimentos. De fato, a nova lei abre essa possibilidade para o banco. Mas, ao mesmo tempo, permite a criação do braço investidor da Caixa – e, este sim, poderá comprar ações de qualquer companhia. O formato desejado pelo setor privado chegou a figurar no projeto de lei, quando este tramitou pelo Senado. Porém, ao chegar à Câmara, a redação foi modificada.

As empresas do ramo são contra a possibilidade de a Caixa comprar todo ou parte de construtoras, porque temem o surgimento de concorrentes desproporcionalmente mais fortes no mercado. Elas argumentam que o banco detém hoje domínio quase total sobre a aplicação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), uma das principais fontes de recursos do setor. Além disso, estão concentrados na Caixa 30% do dinheiro aplicado em cadernetas de poupança, que também financiam as construtoras.

Uma construtora ligada à Caixa poderia ter vantagem na obtenção desse dinheiro. Outro risco seria essa empresa ser privilegiada com o acesso a informações estratégicas de suas concorrentes que solicitassem financiamento ao banco.

Lula vetou apenas um artigo da lei, o 8º. Ele autorizava a criação de uma comissão mista, no Congresso Nacional, para o acompanhamento da crise financeira internacional. Esta semana, o Senado criou uma comissão exclusiva para tratar do assunto. Segundo informações do gabinete do senador Francisco Dornelles, (PP-RJ), que preside a comissão do Senado, a comissão mista, incluída pelos parlamentares na época da votação da MP 443, foi vetada porque era “estranha” à lei.

agência estado

Rizzolo: Vejo com muito bons olhos essa iniciativa do governo através da Lei 11.908, publicada no Diário Oficial. Com efeito a possibilidade da Caixa comprar construtoras desde que estruture a Caixa Participações, prevista na lei – que na verdade seria o braço investidor do banco -, oferece ao povo brasileiro maior garantia na aquisição de um imóvel. O que ocorre hoje, é que com a crise financeira, as construtoras muitas com problemas de caixa continuam sendo uma ” caixa preta”, ao mesmo tempo em que lançam empreendimentos imobiliários muitos dos quais não oferecem a devida segurança ao comprador.

A grande verdade é que o mercado imobiliário é ” vaidoso” e não gosta de dar a transparência real da crise no setor, tampouco sua dimensão, deixando o investidor retraído e procurando outros ativos mais seguros. Já é hora do Estado assumir a responsabilidade na condução de alguns segmentos da economia, tendo maior participação e regulação, e esta lei vem de encontro a isso. É claro que o empresariado do setor não gosta, querem na verdade o recurso público ” correndo por fora”, e isso nós todos já aprendemos que não funciona e não vem de encontro aos interesses do povo brasileiro.

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Emprego formal perde mais de 100 mil vagas e tem pior janeiro em 10 anos

Como antecipado pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o corte de vagas com carteira assinada foi menor em janeiro que dezembro, mas ainda indica forte contração de empregos formais no país.

Segundo números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram cortadas 101.748 vagas no mês passado, ante 654.946 postos de trabalho em dezembro. Em relação a dezembro, janeiro deste ano teve uma queda de 0,32% no estoque de emprego.

Trata-se do pior resultado para janeiro desde 1996. Desde 1999, o Caged não havia registrado perda de vagas em janeiro.

No mês de janeiro, a maior parte das demissões ficou concentrada na indústria da transformação, que fechou 55.130 postos. Outro setor afetado foi o de comércio, com 50.781 demissões. Na agricultura, houve uma redução de 12.101 empregos formais, e na construção civil, houve contratação de 11.324. Por Estado, São Paulo foi o que fechou mais vagas (38.676 mil) no mês.

Segundo Carlos Lupi, o mercado de trabalho deverá reagir a partir de março. Ele afirmou hoje que o mês de fevereiro deverá ter um desempenho fraco, mas ainda assim será melhor do que janeiro.

“O resultado de 102 mil negativos não é bom para o país, mas há demonstrações inequívocas da melhora da economia nacional. Fevereiro já será um resultado diferente desse de janeiro impulsionado por construção civil e serviços”, afirmou.

O ministro admitiu rever a previsão de criação de 1,5 milhão de empregos no fim do ano. Segundo Lupi, ele mantém a expectativa alta, mas fará uma revisão do número após o resultado do Caged de março.

Os números do Caged consideram o saldo registrado no mercado formal, ou seja, o número de contratações menos o número de demissões.

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Rizzolo: Os números do Caged nos mostram o efeito da crise e sua dimensão. Desde janeiro de 1999, isso não ocorria, e 99 foi um ano de crise no Brasil. Em dezembro, já houve fechamento de 650 mil postos. Amanhã o IBGE divulga a taxa de desemprego, que mede as pessoas que estão procurando trabalho. A taxa deverá também subir. São os efeitos da marolinha, do contraponto entre o entusiasmo do presidente Lula e do pessimismo dos empresários. O grande problema, é que estes números podem influir na popularidade de Lula, eu disse podem, contudo acho difícil, até porque o povo sabe que a crise vem de fora, e se há demissões os empresários já foram identificados como os culpados, assim como os assustados por conveniência, é claro.

As palavras do Presidente e o aumento dos Spreads

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Foi num momento em que o otimismo deveria contaminar o povo brasileiro, principalmente às vésperas do Natal, que o presidente Lula conclamou a todos a consumir, a comprar, minimizando as possíveis causas da crise que abala o mercado internacional, deixando projetar em suas palavras, um eventual aumento no número de inadimplentes num futuro próximo.

Os dados econômicos a partir de setembro, desde que a crise se aprofundou, já demonstravam a desaceleração da economia, e o empresariado bem como os demais setores da sociedade, exigiam uma nova postura do governo, como a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e dos depósitos compulsórios, assim como a queda da taxa básica de juros ( Selic ).

O grande problema é que a crise financeira, e as perspectivas negativas para o Brasil, atrelada ao receio de de se verem diante de um “mar de inadimplentes” – até em função do apregoamento do consumo – fez com que a alta do spread bancário essencialmente nas operações de pessoa física disparassem. Em novembro, o indicador estava em 43,1 pontos e, em dezembro, fechou em 45, 1 pontos , na verdade o mais alto desde setembro de 2004.

Na verdade todos sabem que os spreads, tem uma estrita relação com o nível de inadimplência, e os dados da Serasa não mentem apontando uma tendência preocupante. Contudo em momentos de crise, é imperiosa a necessidade de se ter em conta que as instituições financeiras necessitam de maior rigor na realização de empréstimos para as pessoas físicas, realmente constatando se elas tem efetivamente condição de honrar seus compromissos. Através desta seletividade poderiam os bancos se absterem de cobrir a inadimplência por spreads elevados, e entrarem num compasso mais harmonioso com as medidas já adotadas pelo governo.

As palavras do presidente exortando ao consumo, o cenário ruim, e os dados da Serasa, fazem com que os bancos encontrem as justificativas legitimadas para que seus lucros cresçam ainda, mais fazendo com que as palavras do presidente encontrem guarida naqueles que apregoam uma maior intervenção do Estado no setor, com o uso dos bancos públicos. Podemos concluir que o discurso político está mais sintonizado com a viabilidade do crédito do que com a preservação dos interesses do setor financeiro, que nos últimos anos foi agraciado com lucros nunca antes auferidos.

Fernando Rizzolo

artigo de Fernando Rizzolo publicado pela Agência Estado em Conjuntura Econômica no dia 02 de fevereiro de 2009

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Após 8 anos, balança comercial fecha o mês com saldo negativo

SÃO PAULO – A balança comercial fechou o mês de janeiro com saldo negativo de US$ 518 milhões. O resultado vem de exportações de US$ 9,788 bilhões e importações de US$ 10,306 bilhões. Trata-se do primeiro resultado negativo mensal após uma série 93 meses de superávits consecutivos – desde março de 2001, quando a balança foi deficitária em US$ 274 milhões. Em 12 meses, o saldo acumulado na balança comercial continua positivo em US$ 23,305 bilhões.

Em janeiro de 2008, a balança registrou um superávit de US$ 922 milhões. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, dia 2, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pelo critério da média diária, o déficit registrado no primeiro mês deste ano (média diária de -US$ 24,7 milhões) representa um desempenho 158,9% menor que a média diária registrada em janeiro de 2008 (US$ 41,9 milhões).

A média diária exportada no mês (US$ 466,1 milhões) representou uma queda de 22,8% em relação ao desempenho médio diário registrado em janeiro de 2008 (US$ 603,5 milhões). Já as importações fecharam o mês com média diária de US$ 490,8 milhões, com queda de 12,6% na comparação com janeiro do ano passado (US$ 561,6 milhões).

Em relação a dezembro passado, a média diária exportada registrou queda de 25,8% e a média das importações foi 6,3% inferior.

O ministério ainda não estabeleceu uma meta para as exportações deste ano por causa dos efeitos imprevisíveis da crise, principalmente no primeiro trimestre. Por isso, o governo desenhou cinco cenários.

No melhor deles, as exportações vão atingir US$ 202 bilhões e no pior cenário, US$ 158 bilhões. O alento é que as importações também devem cair por causa da queda na atividade doméstica, afirmou na semana passada o economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro. O que garante o superávit anual.

Agência Estado

Rizzolo: O motivo para isso foi o pequeno superávit de US$ 127 milhões na última semana do mês, face a desastrosa medida de exigir a licença prévia de importação para cerca de 60% dos produtos que o país compra lá de fora. O resultado foi claramente influência da medida. Basta ver as médias da última semana do mês para as outras. Na realidade, temos um trimestre negro pela frente, o resultado só deve começar a mudar, se mudar, a partir de março, com o embarque da soja precoce, no Rio Grande do Sul.

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Um terço das indústrias pretende demitir

Pressionada por estoques elevados e queda nas vendas, quase um terço da indústria brasileira pretende reduzir o número de empregados até o mês que vem. O índice de empresas que planejam demitir é o maior dos últimos dez anos.No mês passado, 32,5% de 1.086 indústrias que, juntas, têm perto de 1,3 milhão de trabalhadores, informaram à Fundação Getúlio Vargas (FGV) que pretendem demitir até fevereiro.

Esse índice é superior à média de 15 anos de empresas que planejam cortar pessoal, que foi de 19,5%. O pico mais recente de demissões na indústria ocorreu em janeiro de 1999, quando houve a mudança do câmbio fixo para flutuante e 32,7% das companhias informaram que iriam cortar o emprego.

“A situação é mais preocupante hoje do que dez anos atrás: a crise é global e não tem para onde correr”, diz o coordenador técnico da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV, Jorge Ferreira Braga. Além disso, a situação se deteriorou rapidamente por causa da crise. Há apenas seis meses, a tendência era exatamente inversa. Isto é, 35,7% dos empresários consultados previam contratações nos próximos três meses. Os dados da pesquisa são livres das influências típicas de cada época do ano.

A perspectiva de demissão crescente na indústria faz soar o sinal de alerta porque o nível de emprego nas fábricas tem efeito multiplicador no número de postos de trabalho nos demais setores, apesar de comércio e serviços ocuparem mais da metade (64,4%) das vagas formais abertas em 12 meses até novembro de 2008, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para cada vaga aberta nas fábricas são criados três empregos diretos ou indiretos no setor de serviços, calcula o sócio diretor da RC Consultores, Fabio Silveira. “Uma trava na indústria puxa o freio no emprego em outros setores.”

O professor de Economia da Unicamp, Julio Gomes de Almeida, acrescenta que o desemprego industrial tem impacto maior na economia porque o salário é maior que nos demais setores. Além disso, as vagas são formais, o que abre as portas para o trabalhador comprar a prazo.

A pesquisa da FGV revela que os setores da indústria de transformação com maior intenção de demitir entre dezembro e fevereiro são aqueles cujas vendas dependem do crédito, como automóveis, eletrodomésticos e eletrônicos; e ligados aos planos de investimentos, como máquinas e equipamentos; e relacionados à exportação, como celulose e siderurgia.

Quem lidera o ranking dos cortes é a indústria mecânica, com 68,3% das empresas planejando demissões, mais que o dobro de novembro (32,5%). Na vice-liderança está a indústria de material de transporte, com 62,9% das empresas decididas a demitir, seguida pelos segmentos de matérias plásticas (39,4%), metalurgia (35,8%) e celulose (35,8%).

Agência Estado

Rizzolo: O pior neste contexto, é a passividade do governo, houve nas últimas semanas uma total falta de iniciativas com intuito de dar continuidade ao combate à recessão que se apresenta e é confirmada pelos índices de desemprego. A paralisia é total e inexplicável, mesmo vendo que as demissões se avultam dia a dia, provocadas pela queda da produção industrial, aliás a maior dos últimos 13 anos. Vivemos uma crise de confiança e que com certeza atinge mais determinados segmentos como o automotivo e o imobiliário. Convém lembrar o último pronunciamento de Obama ele afirma que ” só o governo pode quebrar o círculo vicioso que paralisa a economia “. Isso ainda não chegou por aqui.

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Para ‘Economist’, crise deixa Lula na defensiva em 2009

A última edição da revista britânica The Economist afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de governar na defensiva neste ano, apesar de seus altos índices de popularidade. Um dos principais motivos para isso seria a crise econômica.

No artigo, intitulado “Lula’s last lap” (“A última volta de Lula”), a publicação afirma que os altos índices de popularidade do presidente – classificados como “espantosos” para um segundo mandato – podem dar uma aparência de “onipotência” a Lula, mas que ela é apenas “ilusória”.

“Até as eleições (presidenciais, do ano que vem), a maior parte das energias de Lula deve ser gasta no gerenciamento da crise”, diz a revista. O texto afirma que muitos brasileiros que esperam que 2009 seja melhor que 2008 devem se “decepcionar”, já que a economia apenas começou a sentir os “solavancos” da crise.

Para a Economist, a tarefa de gerenciamento da turbulência econômica deve ser complicada, já que o espaço para lançar estímulos fiscais no Brasil é “limitado”.

A revista compara a situação do país com a do Chile, que anunciou nesta semana um plano de estímulo de US$ 4 bilhões e que pode facilmente administrar o déficit fiscal resultante, por ter acumulado reservas quando o preço do cobre – seu maior produto de exportação – estava alto.

“Mas o governo brasileiro, que tem uma dívida pública muito maior, precisa preservar o seu superávit fiscal para reter a confiança dos proprietários de títulos.” A revista ainda afirma que a arrecadação de impostos deve diminuir com a retração da economia.

Para a publicação, se a inflação continuar preocupante, o que fará com que o Banco Central evite cortes na taxa de juros, o governo vai começar a ser pressionado – “especialmente pelo PT” – para encontrar outras maneiras de estimular o crescimento econômico, o que pode incluir mais crédito para a agricultura e empreiteiras.

“Nos últimos anos, todas as vezes em que a economia apresentava problemas, os políticos brasileiros acalmaram os mercados demonstrando seu compromisso com a ortodoxia econômica. Alguns analistas se preocupam que este compromisso pode ser débil. Mas, neste ano, com governos ao redor do mundo intervindo nos mercados, os investidores devem ficar seguros se o Brasil fizer o mesmo – até certo ponto”, diz a revista. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Agência Estado

Rizzolo; É bem verdade que a popularidade de Lula está diretamente ligada às condições econômicas do País, porem a medida que a crise avança nas camadas mais pobres, a popularidade do presidente Lula ficará comprometida. A administração da crise ao governo petista não vai ser fácil vez que o empresariado cada vez mais encontra dificuldade no cédito e enfrenta a alta dos juros. O resultado da produção industrial denota isso, os números de novembro são muito ruins. Na comparação com outubro, houve retração em todas as 14 regiões pesquisadas, com destaque de baixa para o Espírito Santo (-22%) e Minas Gerais (-13,4%). Na comparação com novembro de 2007, só ocorreram altas no Paraná (5,7%) e no Pará (4%).

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Imóvel na planta já preocupa o governo

Os compradores de imóveis na planta nos últimos dois anos são uma das grandes preocupações para o setor imobiliário neste início de 2009. Depois de pagar direto às construtoras as primeiras parcelas do investimento imobiliário, esses clientes estão próximos do momento de receber as chaves e têm de ir ao banco para financiar o restante da casa ou apartamento.

O comportamento mais restritivo do mercado de crédito, conforme alertam analistas, aumenta o risco de muitas dessas famílias enfrentarem dificuldade para tomar o financiamento.

O efeito desse cenário menos propício já começou a aparecer nos números do Banco Central (BC). Em novembro, o volume de novos empréstimos para o financiamento de imóveis ficou em R$ 152 milhões, uma queda de 26,5% na comparação com os novos financiamentos concedidos em outubro. Entre todas as linhas de crédito para as pessoas físicas, essa foi a que apresentou a maior retração. Na média, a concessão de empréstimos para as famílias diminuiu 7,8% no mês.

Antes do agravamento da crise, o Brasil viveu período de bonança nunca visto no setor habitacional. Em 2007, construtoras lançaram inúmeros imóveis e as condições de crédito atraíram clientes. Só na Grande São Paulo foram colocadas mais de 62 mil unidades residenciais à venda, número 78% maior que o de 2006, segundo o Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis (Secovi-SP).

“Quem comprou imóvel naquela época vai receber o apartamento nos próximos meses. O problema é que as condições do crédito estão muito piores que as vistas lá atrás”, alerta o professor de finanças pessoais do Ibmec São Paulo, Ricardo José de Almeida. “Hoje os juros são mais altos e as exigências são muito maiores e isso pode gerar um gargalo.”

Almeida explica que, naquele período, parte dos clientes só assinou contrato de compra do imóvel após avaliar as condições de financiamento e ver que o negócio era sustentável.

Só que, na época, para ganhar mercado e com a economia a todo vapor, os bancos ofereciam condições mais vantajosas, com juros competitivos, prazos elásticos e renda necessária mais baixa. “Hoje, está tudo mais difícil. Isso limita o acesso ao crédito”, lembra Almeida.

O professor do Instituto de Economia da Unicamp e ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fernando Nogueira da Costa, diz que esse quadro deve prejudicar principalmente clientes de classe média alta. Normalmente esse segmento busca financiamento exclusivamente nos bancos privados. “Nos financiamentos para a classe média baixa, bancos públicos e recursos da poupança predominam e, por isso, a oferta tem se mantido”.

INCENTIVOS

Para tentar contornar a situação – pelo menos para a classe média baixa – o governo pretende anunciar até o fim deste mês um pacote de incentivos ao setor. Diante da falta de crédito disponível, o governo deve reforçar a Caixa Econômica Federal para que o banco federal possa financiar até 900 mil unidades residenciais em 2009 ante 600 mil imóveis em 2008.

Outra medida em estudo tenta remediar a situação de mutuários que fiquem desempregados durante o financiamento. Está em estudo a criação de um mecanismo que poderia fazer com que o mutuário possa suspender os pagamentos do empréstimo imobiliário em caso de perda do trabalho.

Almeida chama atenção para o segmento de renda mais alta, que pode ficar fora da ajuda. “Se muitas famílias não conseguirem financiar o imóvel na entrega da chave, teremos dois problemas: superoferta de unidades que sequer foram ocupadas e dificuldade no caixa dos empreendedores que contavam com esse dinheiro.”

Agência Estado

Rizzolo: Este quadro piora ainda mais o segmento imobiliário que já sofre com a crise. A saúde financeira já abalada das construtoras aliada à escassez de crédito pode agravar ainda mais situação das construtoras em geral. Este blog tem alertado que comprar imóveis nesta época de crise é extremamente arriscado, e vale esperar pelo menos seis meses para observar a reação do mercado, caso contrário o investidor poderá estar fadado a sentir o ” efeito Incol” na pele. Guarde se dinheiro e durma tranquilo.

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Inadimplência dos consumidores atinge maior nível desde 2003

BRASÍLIA – A inadimplência dos consumidores chegou a 7,8% em novembro, o maior nível desde agosto de 2003, segundo dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira, 23. A taxa entre as pessoas jurídicas foi de 1,7% no mesmo período, resultando em uma inadimplência total do crédito livre estável em 4,2% no mês.

Em entrevista para comentar os dados, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ressaltou a importância da inadimplência para pessoas físicas. “Este é um dado que tem que se observar porque vem aumentando”, afirmou. Em 12 meses, a inadimplência teve recuo de 0,3 ponto porcentual.

Cenário para 2009

O aumento da taxa de inadimplência prevista para 2009 não preocupa a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo o economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg, a manutenção do crescimento da economia brasileira no próximo ano, mesmo que em proporção menor do que a registrada em anos anterior, fará com que o indicador apresente expansão menos abrupta do que poderia ocorrer em cenários de forte queda na atividade industrial. A Febraban prevê que a taxa de inadimplência em 2009 atingirá 4,88%, acima da marca de 4,2% registrada este ano.

“Haverá um salto, mas é importante destacar que essa variação levará o indicador para nível próximo do visto em 2007, de 4,71%”, afirmou o executivo, durante apresentação realizada na sede da entidade, em São Paulo.

Para Sardenberg, o cenário para 2009 pode ser considerado positivo. “O número (de inadimplência) está dentro da expectativa e acho que não compromete a saúde do sistema”, destaca.

Na visão da Febraban, o aumento da taxa de inadimplência deverá refletir os prazos menores das operações de créditos disponíveis no mercado. Outro fator determinante para esse indicador, segundo Sardenberg, é o cenário de emprego e renda no País.

Agência Estado

Rizzolo: O pior nesse cenário de aumento na inadimplência, é o apregoamento por parte do governo no consumo. Com isso poderemos criar um contingente de inadimplentes no próximo ano. Acredito que a cautela nesse cenário crítico da economia, é primordial; incitar a população a consumir mais, à primeira vista, pode parecer bom, mas se capacidade de renda cai com o desemprego, nos veremos numa inadimplência terrível. Entendo esta política um pouco perigosa face ao processo econômico em que passamos. Enfim tudo em nome da popularidade, não é ?

Imóveis têm pior outubro desde janeiro de 1999 em SP

SÃO PAULO – Outubro foi o pior mês do setor imobiliário na cidade de São Paulo desde janeiro de 1999, quando ocorreu a maxidesvalorização do real. No mês, o índice vendas sobre a oferta (VSO) foi de 4,9%, considerado baixo para o setor. A média mensal de janeiro a outubro foi de 14,9%. ?Foi como se os vendedores não quisessem vender e os compradores não quisessem comprar?, afirmou Celso Petrucci, diretor-executivo do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), entidade que representa o setor.

Em 2007, ano do boom desse mercado, o indicador chegou a alcançar 16,2%. De janeiro a outubro deste ano, os lançamentos na capital paulista chegaram a 29 mil unidades, uma expansão de 5,1% ante o mesmo período do ano passado. Segundo Petrucci, nos próximos meses as empresas serão mais seletivas nos lançamentos, uma vez que desde outubro houve redução de até 50% nas visitas aos estandes de vendas.

Dois movimentos que tendem a se manter são a venda de imóveis de até R$ 350 mil, que podem ser financiados com recursos da poupança e do FGTS, e os imóveis de altíssimo padrão, a partir de R$ 1 milhão. ?Muitos dos investidores do mercado financeiro estão migrando para imóveis?, diz Petrucci. Na cidade de São Paulo, está previsto o lançamento de 35 mil unidades este ano, 10% menos que as 39 mil unidades lançadas em 2007. Para 2009, a expectativa é que sejam lançadas de 26 mil a 28 mil unidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado

Rizzolo: Há tempos este Blog já tem alertado para o perigo de se investir no setor imobiliário nesta época de crise. Esta crise em especial, atinge o fator confiabilidade, o que é primordial na compra de um imóvel. Ademais o segmento sofreu um forte impacto quando as construtoras se tornaram vulneráveis. O fato das grandes construtoras estarem encontrando dificuldade, nos leva a imaginar o que estará ocorrendo com as pequenas.

Alguns empreendimentos já foram alvo de manifestações dos trabalhadores da área, existe escassez de crédito às cosntrutoras, e isso afasta o investidor bem informado. Agora, realmente não acredito que investidores do mercado financeiro migrarão para imóveis como afirma o texto. Da forma em que o mercado está, a opção imóvel é a última escolha. Outra notícia nada boa, cerca de 9 mil dos 13 mil funcionários de empresas metalúrgicas de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo, estão em férias coletivas até o início de janeiro em virtude dos primeiros impactos da crise do setor, de acordo com o sindicato da categoria. “Pelo menos 70% da força de trabalho do setor na cidade está parada e não sabemos ainda como será a situação quando os trabalhadores voltarem das férias”, disse Rosalino de Jesus de Barros, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté. Minha sugestão: Guarde seu dinheiro e durma tranquilo.

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Crise: construção civil cancela R$ 7 bi em projetos

O mercado imobiliário deixará de injetar na economia nacional, até o final deste ano, cerca de R$ 7 bilhões em novos negócios com imóveis residenciais, cujos lançamentos foram suspensos ou adiados. Somente entre as doze principais empresas do setor de construção civil de capital aberto, com ações em bolsa, houve uma revisão na previsão de lançamentos com redução de R$ 3,23 bilhões, de acordo com o levantamento feito pela Fator Corretora.

Isso representa uma redução de 12% nos planos inicialmente anunciado para o ano, informa Eduardo Silveira, analista do setor de construção civil da Fator Corretora. A euforia do início do ano, que prometia volumes recordes de vendas e lançamentos no mercado imobiliário, foi apagada em parte pela chegada da crise financeira à economia real e em parte pela estratégia, algumas vezes equivocada, adotada pelas empresas em seus planejamentos de 2008.

“Em alguns casos, as previsões iniciais eram inatingíveis”, declara Gustavo Medina, sócio da M2 Investimentos, empresa de gestão de recursos financeiros. A maioria das empresas que fizeram IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) investiu em terrenos caros, contando que ainda poderiam voltar ao mercado para uma nova capitalização ou apostando que as vendas dos lançamentos se dariam em uma velocidade rápida, avalia Medina.

“Eram planos ousados e quando o mercado deu uma parada, ficou tudo comprometido. Não conseguiram realizar os lançamentos que imaginavam e as vendas não aconteceram na mesma rapidez que as empresas previam”, diz.

Na cidade de São Paulo, que diminuiu sua representatividade no volume de lançamentos imobiliários dentro da Região Metropolitana de São Paulo, o número de casas e apartamentos lançados no ano poderá terminar com uma queda de 10% sobre 2007, segundo estimativa de Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).

De acordo com ele, a curva de lançamentos na capital vinha ascendente até agosto e começou a cair em setembro. Ainda assim, a performance do setor nos doze meses findos em outubro ficou 10% acima de igual período anterior.Petrucci destaca que o próprio Secovi-SP só tem acesso aos planos das empresas que publicam seus relatórios, em torno de 20, mas estima que a atitude de revisão de metas é geral no mercado, que envolve cerca de 300 empresas só na capital.

Na Região Metropolitana de São Paulo, o cenário ainda é sustentado pelas incorporadoras que apostaram em projetos fora da capital. Mesmo com a retração do mercado, o ano ainda poderá superar os resultados de 2007, de acordo com Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). De janeiro a outubro foram lançados 427 empreendimentos com 53.725 unidades residenciais (casas e apartamentos), um volume 36% maior que as 39.370 unidades lançadas em igual período do ano passado em 421 projetos.

Segundo Pompéia, outro dado importante a ser avaliado é o volume de lançamentos que chegam a ser anunciados na mídia mas que não são efetivamente colocados no mercado. O levantamento da Embraesp, que acompanha as propagandas feitas em mídia impressa, mostra que, aproximadamente, 120 anúncios feitos entre janeiro e outubro, com chamada de “Breve Lançamento”, não foram de fato efetivados. Isso representa cerca de 28% dos 427 empreendimentos lançados no período. Essa é uma estratégia usada pelas incorporadoras apenas para sentir a receptividade do mercado.

Para 2009, as incorporadoras também estão trabalhando com um novo cenário e fazendo planejamentos com cautela. “O mercado está agora em compasso de espera em função da crise. A euforia de 2007 com os IPOs, as vendas e lançamentos, a disponibilidade de crédito, estava tudo um pouco exagerado, teria mesmo que passar por um período de ajuste em algum momento. A crise só antecipou o processo e aumentou o nível de stress”, declara Pierre Antoine Prelorentzou, superintendente da regional São Paulo da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, incorporadora e construtora de capital fechado.

Prelorentzou acredita que a crise deve durar de seis meses a um ano e que o mercado não vai sair dela com a mesma força que tinha em 2007 mas que estará ainda em crescimento porque, para todos os perfis de produtos do mercado imobiliário, existe demanda reprimida para os próximos 10 anos. A Queiroz Galvão suspendeu alguns lançamentos programados para o segundo semestre deste ano e passou para o início de 2009. “O que não deu para segurar nós lançamos, e os que foi possível postergar, deixamos para o ano que vem”, diz.

Medina, da M2 Investimentos, diz que a tendência do setor é buscar, cada vez mais, a consolidação através de fusões e aquisições para as empresas ganharem musculatura. Entretanto, as possíveis compradoras estão evitando porque “parece que soa mal”.

“Neste momento parece que o mercado está punindo tanto as empresas compradoras quanto as compráveis. As compradoras estão com medo de comprometer seus caixas, mesmo que seja para a compra de uma empresa barata. Quando a Cyrela anunciou a compra da Agra (negócio que foi posteriormente desfeito) as ações caíram e as empresas têm medo de uma queda maior ainda em suas ações, têm medo que o mercado possa puni-las mais ainda.”

Gazeta Mercantil

Rizzolo: O setor imobiliário continua a sentir o impacto da crise. A falta de crédito, e a falta de confiança do investidor na solidez das construtoras, derrubaram o segmento. Hoje poucos são os dispostos a investir em imóveis temendo o ” efeito Incol” nas construtoras. O que observamos é que as maiores do segmento, já sofrem problemas financeiros, e as menores não sabemos, mas podemos imaginar. Nem as próprias grandes imobiliárias querem investir no setor. A crise econômica desfez uma das maiores negociações do setor imobiliário no País: a venda da imobiliária Patrimóvel, do Rio, para a maior empresa do setor, a Lopes, de São Paulo, por R$ 210 milhões. O melhor por hora é ficar longe desse mercado que tende a piorar. Guarde seu dinheiro, e durma tranquilo.

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